@leiturasdabah
17/05/2023"O AMOR CURA, MAS O ÓDIO FAZ MILAGRES"Cristian Dantas é um dedicado investigador criminal na cidade de Planalto Alto. A espera do primeiro filho e muito feliz em seu casamento com Aurora, é pego de surpresa por ter de chefiar uma investigação fora de comum: uma série de assassinatos grotescos.
Corpos mutil@dos a plena vista, sem pistas aparentes e motivações para os homicídios, deixam Cristian e seu departamento policial estarrecidos, mas também determinados em capturar o culpado.
Mas, até onde podemos vivenciar o mau, sem se ver manchado por ele?
“Beleza Assassina”(18+) é um jogo de quebra cabeça que nos deixa inteiramente atordoados, com anseio em descobrir o responsável por tantas mort&s e suas justificativas, como também, em compreendermos os segredos que vários personagens guardavam a tanto tempo, e são revelados no decorrer da história.
Diversos suspeitos, imensas dúvidas, mais há um padrão, uma coincidência isolada, que nos motiva a continuar a leitura de maneira contínua, para colher cada pequena pista largada pelo caminho, deixada para nos confundir ou ajudar a chegar ao criminoso.
A narrativa é em terceira pessoa, o que nos dá uma visão ampla dos acontecimentos e de diversos pontos de vista não manipuláveis, o que achei excelente. A descrição dos momentos violentos é cru e detalhista, que traz realismo a história, por mais incômodo que possa ser e gostei muito desse panorama, tornou a experiência imersiva.
Apesar de ter adorado criar centenas de teorias, shippar personagens secundários e colher tantas referências, o plot twist principal não me conquistou, por estar a parte do que pode ser pressuposto e teorizado, apesar de válido.
E autora optar por trazer extensas descrições dos momentos escusos, mas ser sutil e breve nas cenas que proporcionariam júbilo ao leitor, foi o que mais me entristeceu.
Momentos de justiça? Extremamente resumidos.
Momentos de violência? Abundantes e amplos.
Em um todo, gostei da história, enredo e do propósito final. Errei a maioria das suposições, mas não por faltar investigar, mas por, repetindo, ser algo além do que poderia ser presumido.
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