spoiler visualizargianna. 16/06/2023
"... mas talvez seja possível ter mais de um lar. Talvez haja uma centena de modos diferentes de pertencer a centenas de pessoas e lugares diferentes."
Vou começar dizendo que eu não sabia que precisava ler um livro assim, até ler esse livro.
Eu amo esses livros e filmes da típica comédia romântica em que um dos personagens vai para uma cidade pequena e muda completamente, se apaixona por alguém, se apaixona pelo lugar e fica por lá mesmo, mas assim como a Nora, eu sou uma pessoa da cidade. Então ver que, apesar de gostar de Sunshine Falls, ela ainda sim queria a vida dela em Nova York, que essa parte dela não mudou, foi maravilhoso.
O fato dela e nem do Charlie quererem filhos e aparentemente não estarem nem pensando em mudar de ideia em relação a isso, foi uma coisa que também gostei.
Como uma pessoa que também não quer filhos, e sabe disso com 100% de certeza, é bom ver mais personagens assim também. Como o Charlie disse: "Gosto de crianças, mas não quero ser responsável por nenhuma."
Agora a Nora se tornou uma das minhas personagens femininas protagonistas favoritas. Ela é independente e simplesmente incrível, tudo que ela faz por todo mundo, mesmo que isso signifique deixar a própria felicidade em segundo...me identifiquei um pouco, não vou mentir.
"? São boas pessoas, Nora. Gente trabalhadora e honesta. Esse é o tipo de pessoa que eu quero ser. Escuta, Nora, não finja estar transtornada...
? Quem está fingindo?
? Você nunca precisou de mim...
? É claro que não!"
A Nora é uma irmã maravilhosa e mostra isso durante o livro inteiro. Tudo que ela fez e continuou fazendo pela Libby me deixou ao mesmo tempo feliz e triste. Como uma irmã mais velha, eu super me identifiquei.
"Parei de namorar, basicamente. Tinha encontros (só uma vez e só para jantar), e, embora nunca tenha contado a ninguém, a razão para isso era porque seria menos uma refeição para pagarmos. Duas se eu pedisse o bastante para levar as sobras para Libby.
Não havia segundos encontros. Era então que a culpa aparecia ? ou os sentimentos.
Libby implicava comigo, brincalhona, dizendo que ninguém era bom o bastante para um segundo encontro comigo.
Eu não me importava. Me destruiria ouvir o que ela pensaria da verdade."
"Libby estava errada quando disse a Sally que eu sou exatamente como a mamãe. Nossa mãe trabalhava sem parar para correr atrás do que ela queria. No meu caso, corro sem parar para fugir do passado.
Com medo de que o dinheiro acabe de novo. Da fome. Do fracasso. De querer tanto alguma coisa que aquilo acabe me destruindo quando eu não puder ter. De amar alguém que não consiga manter ao meu lado, de ver minha irmã escapar pelos meus dedos como areia. De ver alguma coisa quebrar e não saber consertar.
Tenho medo, sempre, do tipo de dor a que sei que não sobreviveríamos uma segunda vez."
Mas a relação das delas me deixou com o coração quentinho também, as duas são maravilhosas.?
Agora sobre o Charlie, eu amei ele demais. O jeito que em nenhum momento ele muda a Nora drasticamente, eles simplesmente se completam, de uma forma maravilhosa e incrível.
Ele estava sempre ali motivando ela e falando o quão maravilhosa ela era no trabalho e em tudo que ela se dispõe a fazer.
Além das interações deles que sempre me faziam morrer de rir.
"Ele me mandou o dólar de volta, com o bilhete: Sou um homem adulto, Nora. Posso comprar meus próprios romances eróticos do Pé-Grande, muito obrigado."
Ver eles superando os traumas e se ajudando, um sempre querendo o melhor para o outro, mesmo que isso significasse que eles tivessem que ficar separados...?
"? Você, Nora Stephens, sempre vai ficar bem."
Mas felizmente no final deu tudo certo, e meu único arrependimento é não ter lido esse livro antes.
Eu simplesmente amei cada detalhe e cada parte dele, e apesar de ainda não ter favoritado, ele ainda tem muito potencial para entrar nos meus favoritos!
"Às vezes, mesmo quando a gente começa a ler pela última página e acha que sabe tudo, um livro encontra um modo de nos surpreender."