alex 24/12/2022
O mais sutil é a queda, de Narjara Meideiros (2020)
O livro é uma viagem - em muitos sentidos.
A técnica em 100% do livro é a do fluxo de pensamento (o que lembra nosso amado Faulkner).
Portanto, o texto tem aquela dinâmica de sobressaltos que gera uma impressão de bagunça narrativa (no que a ausência proposital de vírgulas tb colabora em muitas passagens).
Trata-se de uma mulher casada e bem de vida que busca algo mais na vida, e o faz nas drogas, nas viagens, nos amantes ou na tentativa de produzir vinho na Chapada dos Veadeiros, no meio do nada, com a consequente conexão com a natureza.
Algumas passagens são bem interessantes, mas confesso que não consegui criar uma conexão mais forte com a protagonista narradora. Minha impressão é q ela estava sempre em transe, com uma mente em modo perturbação constante. Por conta, até que o final fez muito sentido (embora tenha sido a maior "viagem" do roteiro).
No balanço geral, acho q vale a experiência da leitura.