Resenhas - Uma Mulher Não é um Homem

JoanaPJaneiro 22/08/2023

Que livro triste e bom ao mesmo tempo.

A história de 3 gerações de mulheres Palestinianas a viver em Brooklyn: Fareeda, Isra, Sarah e Deya.

Uma cultura onde ?Uma filha era apenas uma hóspede temporária?, onde a violência física e mental faz parte do dia a dia de uma mulher é considerado normal. Onde as mulheres são apenas criadas dos maridos e da família, onde não têm voz e onde os livros são proibidos.

Uma cultura que está tão enraizado que a mulher é apenas um apêndice, que as próprias mulheres se tornam os carrascos das outras.

Um livro que nos mostra situações de partir o coração a qualquer mulher ou ser humano.

Mas é um livro que também mostra que é possível quebrar a corrente, que as ?tradições? podem tornar-se História, que o que foi feito não precisa de ser repetido.

Gostava de conhecer melhor a história de Sarah, uma personagem que podia ter sido ainda mais aprofundada.

aluisapmadeira 28/06/2023

"Uma Mulher Não É um Homem" | 5 estrelas + favorito.
E encontrar palavras para descrever esta obra-prima? Essa está a revelar-se uma verdadeira missão impossível.
Que história!!! ? Ainda não consegui processar tudo por inteiro.
É um murro no estômago tão grande, mas tão necessário.
Um retrato cru, intenso, daquilo que é ser mulher na cultura islâmica e que nos traz uma lição, um choque de realidade, uma mensagem, a cada linha, a cada palavra.
Leitura obrigatória para toda a gente e novo livro na lista de favoritos! O meu "2023 literário" não podia ter começado de melhor forma. ?

? ? "??s?? s?? ??? ??? ??? ???? ? ??????? ?? ????????, ???? ??????. ???????? ?????? ?? ????? ??????????. s?? ???s ?????s ??s????? ??? ??? ????, ?????? ???? ? ???? ???? ????? ? ??? ?????? ? ??????? ??? ???????? ?? ?????."

Cristiana.Teodoro 14/05/2023

A verdade da cultura islâmica
Não importa o país, mas percebemos que as mulheres sofrem e são vistas como inúteis e apenas servem para cuidar da casa e dos filhos, e quando corre alguma coisa de errado é unicamente culpa delas, enquanto os homens podem cometer todos os pecados sem serem castigados.
Isra é mãe de Deya e vamos percebendo que ela sofre uma depressão profunda e cada vez que engravida e passa mais tempo a cuidar da casa e das filhas, a pressão e o medo vão apagando quem ela é e deixa-a com medo e tristeza.
Deya cresce com a ideia que deve agradar aos avós porque assim diz o Alcorão, mas consoante vai afastando os pretendentes e procura uma felicidade que não acredita, as memórias dos pais vão indo e vindo sem aviso e deixam-na com medo de viver uma vida infeliz.
Mas, reencontrar Sarah e ver como ela está bem depois de fugir, percebemos que nem tudo é como lhes foi dito e de repente, os pais não morreram num acidente, a mãe não estava possuída e o pai não era o rei da casa, nem os avós eram os santos da família.
Coragem e poder de decisão é algo que vem além do destino e é preciso muita força para conseguir ser feliz e mulher numa cultura em que as mulheres não têm voz nem poder...

Luisa.Maria 06/05/2023

Uma mulher não é um homem
Incrível, como em pleno séc. XXI, na América, famílias palestinianas continuam a inferiorizar a mulher, a fazer dela apenas um ser para reproduzir... Homens.