Ifigênia em Áulide e Ifigênia entre os Táurios

Ifigênia em Áulide e Ifigênia entre os Táurios Eurípides




Resenhas - Ifigênia em Áulide e Ifigênia entre os Táurios


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Erich 13/04/2024

São duas histórias, como diz o próprio nome. A história é embebida da relação dos gregos com os deuses. Eventos mágicos saltam aos olhos dos personagens como se fosse normal. E é extremamente comum para eles que algum grego seja descendente de um semideus. Ou de repente vir um deus e agir ou falar em prol de alguma causa.

Não achei a leitura tão simples de fazer, provavelmente pela escolha na tradução de tentar manter alguma estrutura similar à ideia original do texto. Ainda assim, não consegui de verdade captar essa experiência. Talvez fosse necessário ouvir alguém declamar no ritmo certo.

Um aspecto que chama atenção é a maneira como a mulher é vista na sociedade descrita. Simultaneamente vemos a mulher sem grande importância (a mulher de Agamenon tem suas opiniões quase que ignoradas por ele e posta numa posição de subserviência) e também em posições que a colocam acima de homens normais (como sendo uma sacerdotisa responsável por sacrifícios aos deuses). Não está claro para mim o motivo dessa aparente dicotomia. Assim como não consigo entender com clareza como uma sociedade que acredita na existência de deusAS consegue ao mesmo tempo ter uma estrutura machista na sua fundação.

Voltando à questão da influencia dos deuses na trama, nesta história não temos de verdade nenhum herói ou heroína. É uma história que ocorre em paralelo à história da guerra de troia. A primeira parte ocorre antes da guerra e a segunda parte ocorre ao fim da guerra. Mas aqui o foco é simplesmente a Ifigênia e o pequeno círculo entorno dela.
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Pk_Affonso1408 24/02/2024

Que família essa sua em Ifigênia kkkkk.
Nesta edição incrível, temos duas peças de Eurípedes, 'Ifigênia em Áulide e Ifigênia entre os Táurios'.

A primeira peça nos traz uma história anterior à guerra de Tróia, na qual se retrata um período em que o exército de Agamenão está parado em Áulide, pois os ventos que levariam seus barcos para Tróia foram cessados pela deusa Ártemis. Calcante ( o oráculo ) diz para Agamenão que ele deveria fazer um sacrifício para Ártemis se quisesse ter sucesso em sua empreitada; sendo como sacrifício, a morte de sua filha Ifigênia.

A história é bem construída e com ótimos diálogos entre os personagens, conseguindo o leitor resgatar algumas críticas que Eurípedes conjectura em sua mente.

A segunda peça se passa vários anos após a primeira peça. Ifigênia se encontra em uma terra dominada por bárbaros, tendo que servir como sacerdotisa em um templo de Ártemis, mas a infelicidade a corroe e a saudade da antiga vida sempre a visita... Orestes ( irmão de Ifigênia ) após alguns acontecimentos se vê perseguido pelas 'Furias' e para se livrar desse infortúnio lhe é mostrado que teria que roubar a estátua de Ártemis do seu templo. Em certo momento da peça, Orestes encontra sua irmã, gosto muito dessa parte, pois eles não se reconhecem e geram diálogos muito bons, não quero passar muito da história, pois a diversão dessa leitura é desfrutar de toda a sua trajetória.

Fiquei muito interessado por toda a história grega após terminar esse livro, mais do que nunca quero ler as obras relacionadas que complementam esse contexto histórico, em especial ( Odisseia e Ilíada ) do Homero.

Vale muito a pena a experiência de ler obras tão antigas como essas e imaginar como era o processo de escrita nessa época, permita-se.
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Thiago275 25/01/2024

Maravilhoso
Ifigênia foi a primeira vítima da Guerra de Troia. Antes mesmo da guerra começar. Devido à ira da deusa Artemis, Agamênon, pai de Ifigênia, foi instado a sacrificar a própria filha para que os ventos fossem favoráveis aos barcos gregos.

É essa história que a peça Ifigênia em Áulide conta. No texto tocante de Eurípides, vemos o remorso e a hesitação de Agamêmon em chamar a filha até o acampamento; o desespero e, depois, a resignação de Ifigênia em aceitar o seu destino; a revolta de Clitemnestra, sua mãe, sentimento que trará consequências trágicas narradas em outra trilogia de peças.

Numa trama que envolve uma promessa de casamento falso com Aquiles, a honra militar e o temor dos deuses, Eurípides nos fala muito sobre a alma humana. Mas se Ifigênia sobrevive ou não no final, isso só lendo a peça para descobrir.

A segunda peça contida nesse volume, Ifigênia entre os Táurios, também é tocante, mostrando o reencontro de dois irmãos (homem e mulher) dilacerados pela maldição que envolve sua família. Mais não vou contar.

Os gregos antigos, como nenhum outro povo, souberam captar as angústias, as dores, os desejos e os medos do ser humano. De lá pra cá, a humanidade chegou à lua, descobriu a cura de inúmeras doenças e vive em meio a um mar de telas. Porém, em 2500 anos, os sentimentos humanos não mudaram. E por isso, textos como o de Euripides ainda falam profundamente em nossos corações.
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Mateus.Silva 26/09/2023

Ifigênia em Áulide e entre os Táurios
Uma das tragédias gregas que mais gostei de ler. De forma geral me interesso muito por histórias que integram a guerra de troia, e as duas contidas nesse livro deram um panorama muito claro sobre a jornada de uma das personagens "envolvidas".
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Tiago 10/08/2023

Os gregos sabiam das coisas
Ao terminar de ler estas duas tragédias gregas, é fácil entender porque hoje não se dá mais valor a esse tipo de Literatura. Se dá um valor arqueológico, como peça preciosa de museu, mas não um valor prático de ensinamento como se dava até, digamos, cem anos atrás.

A tragédia grega fala de princípios e valores que, muitas vezes, são mais importantes que a própria vida. Fala de sacrifício em favor de um bem maior. Fala de decisões difíceis e de atitudes heróicas. Ou seja, tudo que o mundo atual - viciado em prazer, comodidade e alienação - rejeita como o diabo rejeita a cruz.

Nessas duas peças sobre Ifigênia vemos essa jovem donzela confrontada com momentos terríveis. Na primeira delas, seu pai está obrigado a matá-la, por vontade dos deuses, pra possibilitar que as tropas gregas cheguem a salvo na guerra de Tróia. A filha deve ser sacrificada à deusa Artêmis. O pai se entristece, a mãe se desespera, e até o herói Aquiles se compromete de enfrentar a todos pra salvar a inocente Ifigênia. Mas quem sai como grande protagonista é ela própria, que não se revolta nem pega em armas pra salvar sua pele. Não. Se entrega em sacrifício por um bem maior, que é a necessidade do seu povo. Esse é o tipo de conflito que mostra por que os gregos estavam bem mais avançados na percepção da realidade do que a nossa sociedade, tão dissolvida em falsidade, artificialidade e negação.

O que completa a leitura é a lindíssima edição, com uma ótima tradução e extensas notas explicativas. Que venham muito mais edições assim.
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Everton Gonçalves 28/07/2023

Ifigênia em Áulide é uma peça grega de Eurípides. A história se passa durante a Guerra de Troia e gira em torno do rei Agamenão, líder das forças gregas. Estando em Áulide, um oráculo revela que os deuses só permitirão a partida para Troia se Agamenão sacrificar sua filha, Ifigênia, à deusa Ártemis. A trama principal gira em torno do dilema de Agamenão, que é colocado em uma situação extremamente difícil: se sacrificar a filha, ele poderá garantir a vitória em Troia para os gregos, mas também terá que assassinar sua própria filha. A tragédia se aprofunda com os conflitos emocionais e éticos enfrentados pelo rei e sua família diante dessa escolha terrível. Ifigênia é levada a Áulide sob o pretexto de seu casamento com Aquiles. No entanto, quando a verdade do sacrifício é revelada, Ifigênia enfrenta sua morte iminente com coragem e nobreza, compreendendo a importância do sacrifício para a guerra de Troia e o destino de seu povo.
É uma tragédia clássica que levanta questões sobre ética, dever, sacrifício e o peso das decisões tomadas por líderes em tempos de guerra.
Ifigênia entre os Táurios é outra peça de Eurípides. A trama se concentra em Ifigênia após os eventos de "Ifigênia em Áulide." Contrariando as expectativas de sua morte, Ifigênia é salva pela deusa Ártemis no último momento e transportada para a terra dos Táurios, uma região selvagem e bárbara, onde tornou-se uma sacerdotisa, encarregada de realizar rituais e sacrifícios em honra à deusa. Em meio a esse cenário, Orestes, irmão de Ifigênia, e seu amigo Pílades chegam a Táuris. Orestes está atormentado por ter matado sua própria mãe, Clitemnestra, em retaliação ao assassinato de seu pai, Agamenão. Os dois amigos desejam roubar uma antiga estátua de culto de Ártemis de Táuris e levá-la de volta à Grécia como forma de purificação para Orestes e para evitar seu terrível destino pelas mãos das Fúrias. Quando Ifigênia descobre que dois estrangeiros estão tentando roubar a estátua sagrada, ela tenta detê-los e após diálogo acaba reconhecendo Orestes como seu irmão. A partir daí, Ifigênia enfrenta o dilema de escolher entre sua lealdade à Grécia e sua casa, onde ela pertencia antes de ser levada para Áulide, ou permanecer fiel ao seu papel como sacerdotisa de Ártemis em Táuris. Ifigênia e Orestes elaboram um plano para escapar de Táuris com a estátua e retornar à Grécia, superando uma série de desafios e obstáculos. A tragédia aborda temas como redenção, perdão, identidade e o papel dos deuses na vida dos mortais, explorando os laços familiares, a ética e a natureza humana.
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Calebe 15/07/2023

Ifigênia
Achei essas duas peças incríveis!
Tendo lido a Orestia e a Ilíada, finalmente ter um contato maior com a história de Ifigênia foi muito interessante e esclarecedor, mudou minha percepção quanto a Clitemnestra e seus motivos, me apresentou um Agamemnon (um pouquinho) mais humano e um Orestes redimido. Achei a tradução do Bruno Gripp excelente e as notas de rodapé dessa edição muito boas.
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Eduardo.Weiland 24/06/2023

Ifigênia
Assim como eu comentei na resenha do livro de Francisco Dias Gomes, nunca fui fã de mitologia grega, e não conheço quase nada. Mesmo assim, eu gostei dessas duas obras de Eurípides; a falta de conhecimento sobre os mitos gregos não foi uma barreira para o entendimento da história, e as notas de rodapé preencheram as lacunas onde necessário.

Com certeza esse box serviu para despertar meu interesse pela mitologia grega. Quero mais 😅
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Gustavo611 05/06/2023

Não foi uma leitura fácil, não considero esta uma tradução ?fluida?. Ela requer muito mais atenção para entender o contexto. Porém, de forma nenhuma diria que não é acessível. O trabalho feito aqui é primoroso, tentando reproduzir a sensação de estar lendo no original do grego antigo. A melhor parte deste edição, a meu ver, são as notas de rodapé, riquíssimas em todos os sentidos. No início, senti uma dificuldade em entender a história, mas ao insistir, e apoiado nas notas comentadas, terminei com a sensação de ter absorvido bem as duas histórias. No final, é recompensadora aquela sensação de dever cumprido, de ter prosperado em ler um livro de leitura mais complexa. O trabalho editorial merece aplausos, além do design do livro ser lindíssimo e de acabamento premium.
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Zenaildo 01/06/2023

Ifigenia
A história de Eurípedes é o começo da história que conhecemos de Orestes escrito por esquilo, conta como ifigenia é sacrifícada e explica o depois porque aconteceu o que aconteceu e no segundo livro meio que uma continuação (uma versão alternativa) após o julgamento de orestes
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Paola 27/05/2023

5 ??
?Aos homens ver a luz é o que há de mais doce,
Nada os ínferos são, e louco é quem deseja
Morrer. Melhor viver mal do que bem morrer.?
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Lucas Lobo 21/04/2023

A moça
Apesar de ser um clássico bem antigo a leitura é de fácil entendimento, o texto é bem fluido.

Meu primeiro contato com Eurípides foi fantástico.
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Sol 62 20/04/2023

Em 2022 me debrucei sobre Oréstia de Ésquilo, e agora li com muito mais facilidade Efigênia de Eurípides. Ambos os autores contam tragédias onde os principais personagens são os mesmo e isso ajuda a ampliar nosso entendimento. Apesar de Eurípides ter escrito sua tragédia anos após Ésquilo escrever Orestia, a Ifigênia em Áulide ocorre em um tempo anterior a Oréstia, mas isso não dificulta a leitura, pelo contrário nos dá vontade de retornar a leitura da tragédia descrita por Oréstia. A forma em verso das tragédias gregas, para encenação em teatro, me causou estranhamento na primeira leitura, todavia atualmente gosto muito desse tipo de leitura.
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Nicolas27 13/04/2023

Nesta obra, se não fosse pelas notas eu não teria entendido metade, a outra metade ainda não compreendi 100%. Ademais, se você pretende ler e deseja entender tudo, estude sobre os mitos, lendas, crenças das sociedades gregas e sociedades próximas que sofreram forte influência da Grécia, as notas ajudam e auxiliam para realizar pesquisas mais aprofundadas, sem isso você consegue, sim, entender o enredo principalmente, mas ficam algumas lacunas. Recomendo para quem ama a cultura grega ou estuda sobre a Grécia.
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Lucas 26/03/2023

Ifigênia
Tradução muito boa e repleta de notas que auxiliam no entendimento do texto.
Relativo à história, apresenta tramas interessantes situados durante o período da guerra de Tróia, fazendo muitas citações à odisseia de Homero.
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