Gabyh 21/02/2023
Misericórdia que trabalho lindo
Eu não tenho nem ideia de onde eu começo isso daqui. Posso começar dizendo que graças aos deuses Bella escreveu um livro emocionante, mas não tão traumatizante quanto VEFNMM.
Tá aí, vou começar daí: por algum motivo, não se passou pela minha cabeça que a história seria um pouco mais leve já que estamos falando de adolescentes. Depois de todos os baixos em VEFNMM, eu estava genuinamente esperando no mínimo um aspirador de pó, se é que vocês me entendem.
Esse é o primeiro ponto que eu apreciei na história: a leveza do livro. Ele tem seus pontos mais pesados, suas reflexões, seus maiores pesares, mas nada disso é retratado de forma tão pesada quanto em VEFNMM. Provavelmente se deve ao fato de que adolescente nunca vê TANTA gravidade no que acontece na própria vida. Em compensação, seu sentimental sempre está um passo à frente, sentindo o que o adolescente sentiria se tivesse uma certa maturidade (ou algum parafuso na cabeça).
Cara, eu amei absolutamente todo mundo que apareceu aqui. Quanto personagem carismático, p*** que pariu.
Eu devo admitir, achei a Magnólia muito irritante no início, mas me toquei que seria hipocrisia, porque eu sou ela todinha. Toda a dinâmica dela com as amigas é tão bem construído, é o tipo de amizade que todo mundo merece ter na vida. Todo mundo merece uma Magnólia na própria vida. É esse tipo de gente que levanta as pessoas, que vive como se o mundo fosse acabar amanhã. Eu vi um pouco da Liza aqui, de verdade, achei isso incrível!
Pam é a famosa figura materna da família. Seus olhos atentos, sua postura de uma pessoa que não é tão velha, mas que tem um "q" de algo maduro em si. O seu jeito de lidar com as situações, suas palavras, o seu tom, tudo reflete muita sabedoria. Eu gosto dela, me vejo demais nela.
Malika é... eu. Não só na aparência, como na cabeça. O seu jeito de não falar quanto tá mal, quando tenta não ser um "problema" pras outras pessoas, quando se isola pra não "atrapalhar a vida dos outros". Mas eu também sou ela quando ela canta, sorri com uma piada muito ruim do trio, quando coloca todos acima de si. Pessoas como Malika precisam de uma "Flora" pra si. Eu fico feliz dela ter encontrado o grupo dela.
Deixei a Emi por último porque mesmo sendo a que menos me arrancou lágrimas, sem dúvida é a que mais me reflete, principalmente ao falar sobre sua aparência. Mas também me vejo em suas cantorias desafinadas, sua paixão por bateria, suas danças desajeitadas, ao seu ver, mas tão talentosa para quem realmente a aprecia. Eu me vejo demais nessa garota, misericórdia.
Por algum motivo ela me lembra aquela menina do filme Red, a que está sempre de lilás, só que mais velha.
Eu gostei muito com Connect4. Jurei que seria um trio de irmãos mesquinhos, do tipo que sobem na mesa do refeitório só pra atrair os olhares de todes pra cantar algo cafona, mas eles se provaram muito mais que isso. Eu preciso ver uma história só deles.
Único defeito é que eles não sabem contar. Coitados, três irmãos e colocaram o nome de "Connect4" na própria banda. A professora de matemática deve ter um ataque toda vez que os vê cantando.
É claro, eu não poderia deixar de citar as REFERÊNCIAS! Bella teve a pachorra de juntar todos os meus amores musicais de infância e colocar todos aqui: Rags, Jonas Brothers, Camp Rock, Lemonade Mouth. Bella fez a minha semana só com a playlist, foi só partir pras referências no livro que ela fez foi o meu mês!
Eu espero de verdade ver mais deles no futuro. Só pra concluir, deixo a frase que só de reler tá me fazendo chorar de novo.
"Ela já não se sentia mais solitária."