Resenhas - Love in the Big City

Gabriela 20/04/2024

Love in the big city
Mais uma da saga de ler o livro antes de ver o filme, e dessa vez com essa obra aqui que passei muito tempo enrolando pra começar...

Eu achava que ia encontrar uma história totalmente sóbria, complicada e de leitura super densa, mas encontrei algo que foge um pouco dessas expectativas.
Ainda é um livro que mexe com temas complicados e sensíveis, mas o autor traz uma leveza pra trama.
O protagonista é divertido, faz piadas em momentos inoportunos e traz um aconchego ao narrar a história como se tivesse contando algo para um amigo.

Entretanto, por essa história se passar em contos que narram diferentes momentos da vida do protagonista e com enfoque em diferentes aspectos da sua vida, achei que por vezes a narrativa ficou confusa pra mim.
Eu acabava me perdendo nos acontecimentos, não entendia muito bem o andamento das coisas e como elas se encaixavam...
E isso, acredito, é apenas uma estranheza de uma Gabriela crescida e criada numa lógica ocidental de pensar a vida como uma linha do tempo. Não acho que seja um problema da trama em si.

Num geral, foi uma leitura muito proveitosa. Agridoce, dolorida e divertida.
Infelizmente não consegui me afeiçoar e me relacionar com o protagonista tanto quanto eu gostaria, então acabou que me sentia em boa parte do tempo como apenas mais uma espectadora e não como alguém que sente um profundo apreço pela história sendo contada.

Mas ainda sim, foi uma experiência muito boa. Agora estou preparada e com muitas expectativas para a adaptação!!

amanda 17/04/2024

Esse é um dos livros mais realistas que eu já li ao falar de relações humanas, como as pessoas se relacionam, como reagem as situações, como são falhas mas não necessariamente ruins. confesso que as vezes me perdi nas linhas do tempo mas nada que folhar de novo não me ajudasse a me achar. Eu chorei, ri, passei raiva, surtei e amei aleitura. E mal posso esperar para o filme e a série, quero ver as duas maneiras diferentes que essa história vai ser contada!!

milly 06/02/2024

Não é um livro pra quem procura romance ou coisas leves.
love in the big city me proporcionou um misto de sentimentos a cada nova página, a forma que o protagonista vai se desgastando e encontrando novas decepções me deixou de certa forma frustada já que esperei o tempo inteiro que ele tivesse um grande momento de felicidade, achei que o gyuho seria o momento, me chateou muito eles não terem tido um final feliz e até nos últimos segundos da leitura tive esperança do reencontro dos dois... porém amei o livro, muito bom

matheuso 16/01/2024

In the end, I left just two syllables on the lantern.

Gyu-ho

My only wish

Esse livro é literalmente um "eita atrás de eita".

Vamos lá, a história se divide em 4 partes. Onde o protagonista vai narrando fatos importantes da sua vida e nos apresentando pessoas que tiveram grande importância nesse percurso. A primeira parte foca mais na amizade dele e da melhor amiga, de como eles se conheceram até o dia do casamento dela. Ao longo do capítulo nosso protagonista nos mostra os altos e baixos da sua amizade e como eles sempre tentavam contornar as desavenças e se conciliar. Durante a parte dois, temos a mãe do protagonista que é uma pessoa muito egocêntrica e que machuca muito o Young. Nesse meio tempo, enquanto o jovem luta contra a doença da mãe acaba conhecendo um rapaz bem mais velho que acaba sendo alguém que mais o machuca do que o faz bem, ele acaba aceitando muitas coisas até da o basta. No capítulo 3 é onde ele contrai o HIV e tudo começa a desandar até ele conhecer o doce Gyu-ho a relação dos dois é bem conturbada mas eles se amam da maneira deles.

Esse livro não é sobre lindas histórias de amor, mas sim sobre como certas feridas não se curam e como o ferido também pode ferir. É um livro onde temos um protagonista extremamente machucado e que sofre muitos abusos psicológicos que acaba encontrando alguém e posteriormente acaba o perdendo por não saber manter, pois tudo o que ele aprendeu durante a vida foi ser deixado e machucado.

Fiquei bem triste em muitas partes e esse final me matou... Assumo que esperava que o Young e o Gyu-ho se encontrassem nos segundos finais mas como disse, esse não é um livro de histórias fofas.

Larissa 30/12/2023

é um livro pra rir, ficar triste e pensar
É um livro que, ao mesmo tempo, arranca umas risadas e te deixa muito pensativo. Ver a forma como o personagem, no começo, ignora as coisas ruins direcionadas a ele, seja vindo da própria mãe, de um parceiro ou de desconhecidos, faz com que a gente pense: 'C*RALHO, DÁ UMA RESPOSTA'. Por outro lado, me fez questionar: 'Por que ele não responde?' Será medo, cansaço de sempre ouvir as mesmas coisas ruins, ou uma mistura de tudo?

Queria poder indicar esse livro para mais amigos...

ananda 27/12/2023

DOR
é difícil começar a falar desse livro. esse livro é um desabafo, e eu senti cada pedacinho desse desabafo, algumas vezes como vidro fininho que te corta aos poucos, algumas vezes como uma risada genuína presa a muito tempo dentro de mim. a forma como o autor narrou sutilmente o quão dolorosa pode ser a vivência lgbt em um país conservador foi perfeita. mesmo sendo um homem forte, sarcástico e que aparentava não se abalar com qualquer coisa, por trás dessa máscara que o protagonista colocava tinha um cara frágil e muito machucado pela homofobia constante. um cara deprimido, que tinha dificuldade de ter motivação e ambição na vida depois de tanta porrada. essa homofobia, a maior parte do tempo, era velada. essa homofobia vem desde o ser chamado por nomes ruins na rua, até o simples ato de ver sua melhor amiga indo viver a "vida normal" que você nunca poderá ter. esse livro ao mesmo tempo que me faz rir, me doeu no fundo da alma sabe... é horrível saber que você sempre vai carregar a carga de não poder ter uma boa relação com a sua família por ser gay, saber que é pouco provável que você tenha chance de amar alguém sem que seja de forma totalmente traumatizante, tanto por conta das feridas da homofobia que a própria pessoa carrega, quanto pela falta de aceitação social. eu sei muito bem como é isso. é se sentir sozinho o tempo todo e entender que você vai morrer sozinho, sem afeto, sem carinho, sem alguém, sem amante, sem família. é só você no mundo. e, por mais que as coisas estejam avançando, não tem luz no fim do túnel. a esperança é justamente o encontro que ocorre entre pessoas que estão na mesma situação, compartilhando essas vivências e fazendo conexões através da dor que é passar por isso... tenho muito mais pra falar desse livro, mas por hoje é só.

Me.f 03/12/2023

Chefs kiss
Melhor livro da terra, ele retrata o sentimento de ser lgbt em um país conservador de forma tão incrível e cativante de ser ler, favorito do ano com certeza.

Sabrina758 13/09/2023

Dividido em quatro partes, Love in The Big City fala sobre Young e as dores e delícias de existir, enquanto introduz cultura e referências queer na Coréia. Young é um homem gay que tem problemas familiares, como uma relação conturbada com a mãe e o abandono do pai, enfrentando dificuldades financeiras e outras questões advindas dos traumas de conviver com uma mãe conservadora e hostil.

Na primeira parte, o foco é na amizade dele com Jaehee, sua melhor amiga, onde a conheceu na época da faculdade e desbravaram o final da adolescência e início da vida adulta juntos. Bebem, fumam, saem e transam com pessoas de forma inconsequente, enquanto tentam sobreviver e dar conta de serem "comuns". Aqui fica escancarado a importância que Jaehee tem na vida de Young, talvez caracterizando a primeira relação saudável e afetuosa em sua vida. Ao mesmo tempo que sabemos mais sobre as inseguranças dele, em questão de aparência e autovalorização.

Na segunda parte acompanhamos Young no decorrer de um relacionamento desigual e tóxico, com um homem 12 anos mais velho e cheio de homofobia internalizada e a luta contra o câncer da Mãe. Essa parte é marcada por uma crueza que vai se escalando aos poucos. É como se tivéssemos caminhando com ele para o ponto de ebulição da situação, onde ele finalmente se dá conta de que as coisas não vão melhorar, pelo contrário. Aqui é como se ele tivesse uma confirmação de que não merece algo bom e ser amado.

Na parte três, uma das minhas favoritas, é quando Young finalmente entende - e sente - o amor em sua forma mais genuína. Ele está perdido, acordando e torcendo para o dia passar logo, vazio e sem perspectiva. Até que ele conhece Gyu-ho, em uma noite extremamente caótica, no bar em que ele trabalha. Gyu-ho foi tudo aquilo que Young precisava e não sabia: carinhoso, atencioso, cuidadoso e presente. E, principalmente, aceitação. Se tornou uma constante, trazendo suavidade e cor na vida de uma pessoa que parecia nem enxergar mais. Diferente das duas partes anteriores, vários trechos aqui foram escritos como uma confissão, declarações e, por vezes, tom de despedida.

Na parte quatro e final, é em tom nostálgico e sofrido que vamos nos despedindo desse protagonista falho, quebrado e cheio de sarcasmo e acidez. Young segue solo, e reflete sobre as coisas da qual abriu mão e o quanto a falta de coragem e enfrentamento fez com que perdesse momentos e pessoas incríveis. Enquanto tateia o Tinder e viaja com um desconhecido, revisitando lugares enquanto relembra do passado, sabemos que Young se encontra perdido mais uma vez, mas que, eventualmente, vai ficar tudo bem e a vida vai continuar.

Apesar do tanto a dizer e da leitura fácil, sinto que esse livro não trouxe nada que eu já não tenha lido antes, além de que a cronologia é muito confusa e tem momentos que parecem não bater com as informações anteriores. Algumas partes, como a dois e quatro, tiveram momentos bem tediosos e cansativos, mas deu pra sacar logo de início que seria um livro mais "character driven" e tudo bem. No geral foi uma leitura ok, nada muito especial, mas foi gostoso de ler. Creio que a adaptação possa explorar melhor o que o livro não conseguiu transmitir.

Jackie! 07/05/2023

"As lágrimas juntaram, mas não se derramaram."
Foi uma leitura bem frustante, por mais que eu lutasse para sentir empatia pelo protagonista, foi difícil gostar dele, após todas as suas decisões. Não gostei muito da forma como os relacionamentos aconteceram, nem como os personagens lidaram com as consequências dessas relações, mas entendo que, infelizmente, as vezes as coisas acontecem assim mesmo.

Não embarquem aqui esperando belas histórias de amor, o livro é muito mais sobre as feridas que o abuso psicológico e a falta de afeto causam e como tudo isso de reflete nas futuras relações daqueles que nunca tiveram tempo de se curar.

Thais 12/04/2023

Love in the big city
{falo da perspectiva de uma pessoa que começou a ler love in the big city por uma recomendação de que ele lembrava o álbum melodrama da lorde - meu álbum favorito}

de fato, a primeira parte do livro lembra muito a forma como a lorde descreve conhecer alguém novo em músicas como homemade dynamite (I'll give you my best side, tell you all my best lies). lembra também green light, pela forma como fala da vida noturna em uma cidade agitada de uma pessoa nos seus 20 anos (I do my makeup in somebody else's car, we order different drinks at the same bars).

além disso, o primeiro amor do personagem principal me lembrou the louvre, muito pela obsessão (I am your sweetheart psychopathic crush, drink up your movements, still I can't get enough) e pelos segredos entre eles, pela dinâmica da relação (blow all my friendships to sit in hell with you).

mas o segundo amor do personagem principal, pra mim, é todo buzzcut season: a rotina, o carinho que se mostra no cotidiano, a amizade entre eles (I'm the one you tell all your fears to, there?ll never be enough of us).

e a outra relação muito explorada no livro é a do personagem principal com a mãe, que me lembrou muito dynasty de rina.

enfim, gostei bastante da escrita do autor, mas acabei tendo a impressão de que li três/quatro grandes ensaios e não exatamente um livro inteiro e coeso.

*foi bom ler um livro que conta a perspectiva de um homem gay que foi escrito por um homem gay porque ele aleatoriamente pontua a história com coisas da cultura e de divas pop e de fato, relatable.

Ronan 07/04/2023

Eu ainda não sei muito bem o que pensar desse livro, talvez o que eu sinto agora mude com o tempo, mas por enquanto esse não foi um livro que eu tenha amado.

Eu gostei muito das duas primeiras partes do livro, a leitura foi fluída, eu estava curtindo a história, pensava que seria um livro favorito, mas as duas partes finais do livro foram extremamente chatas, desinteressantes, e eu não acho que tenha algo ali que eu tenha gostado.

Considerando isso acho que uma nota mais apropriada seria 2.5 ⭐
Eu tinha grandes expectativas com esse livro e infelizmente o livro não conseguiu atingi-las.