A Lança do Deserto

A Lança do Deserto Peter V. Brett




Resenhas - A Lança do Deserto


50 encontrados | exibindo 46 a 50
1 | 2 | 3 | 4


Luan 31/03/2016

Aprendendo com Peter V. Brett a como fazer continuações de série sem perder a qualidade
É regra, e não exceção, que o segundo volume de uma série normalmente caia de qualidade. Especialmente quando o primeiro livro tem ótima avaliação, tanto de público, quando de crítica. O segundo sempre é uma espécie de transição e a história pode se tornar morna. Graças a um enredo bem construído e uma mente brilhante por trás das páginas, isso não aconteceu com Lança do Deserto, segundo livro da série fantástica Ciclo das Trevas, de Peter V. Brett.

Depois que Arlen Fardos, do Riacho de Tibbet, assume sua condição de Protegido, mas não de Salvador, ele passa a ser visto como um grande defensor e a maior esperança para as pessoas, pelo menos na Clareira do Lenhador, ou, agora, Clareira do Salvador. Ele não vive exatamente lá, mas ao se aliar, de certa forma, com Leesha e Rojer, Arlen criou certa raíz no local e, juntos, os três serão responsáveis por uma virada na vida da população que aprenderá a ser forte diante dos demônios que por tanto tempo mataram um sem-número de pessoas por toda Thesa.

Mas, apesar de ainda ser o protagonista, o foco de Lança do Deserto já não é apenas Arlen. Vamos conhecer um pouco mais de Jardir, o amigo krasiano de Arlen, que o "expulsou" do deserto há vários anos. O foco inicial torna-se a vida deste líder e vamos conhecer como foi que ele se tornou tão poderoso, vendo sua infância, adolescência até se tornar quem ele é. E ainda acompanharemos o plano de Jardir, o Shar'Dama Ka, em tentar unir todas as comunidades espalhadas por Thesa a fim de construir um grande exército para a grande guerra final contra os terraítas. Com trama mais política, o livro nos mostra uma série de tentativas de evitar guerras, destruição e a busca por alianças - alguma até surpreendentes.

E foi neste ponto, em que o livro focava em Jardir, que morou o perigo para mim. Achei que seria realmente um leitura enfadonha, lenta, chata e desmotivadora. Não vou mentir: o início realmente foi. Mas conforme a história avançava, não só se tornava prazeroso em ler, como nascia uma empatia pelo "vilão" da história. Conhecendo todas suas razões por se tornar quem se tornou, passamos a entendê-lo melhor e vemos que nem tudo que ele faz é por maldade, mas por crença e fé naquilo que acredita. E aí o livro nos alerta para um grande problema também da atualidade: a cegueira perante a religião. Mas não vou me aprofundar no tema.

Mas é na parte que o livro retorna com sua narrativa sob a perspectiva de Arlen que a leitura volta a ficar animadora e viciante, como poucos livros de 700 páginas conseguem ser. Como também já conhecemos todo o processo que levou Arlen a ser o Protegido e um homem de certa forma amargurado, não prejudica a leitura, ao menos para mim, o fato de a personalidade dele ser difícil. Ele é também inteligente e um verdadeiro salvador que arrisca a si mesmo a um bem maior: matar terraítas e salvar as pessoas. Um protagonista como poucos e que, a não ser por uma reviravolta muito grande, continuará sendo um de meus personagens literários preferidos.

Além dele, continuamos a acompanhar a saga de Leesha como ervanária, mas também como uma grande combatente contra os terraítas, e Rojer, como o encantador de rabecas. E pela força e poder de liderança que os três conquistaram, eles se tornam uma espécia de líderes na Clareira, onde ensinam os demais a lidar com as formas de acabar com os demônios. Uns com mais sorte, outros com menos. Além disso, em determinado momento somos levados de volta para o Riacho de Tibbet, onde, talvez, presenciemos o fato mais interessante do livro. O fato desencadeia também a volta da personagem Renna Curtidor, fazendo com que ganhe espaço na história. Embora todo o desenrolar dos acontecimentos que a envolvam seja muito interessante, não gosto de algumas decisões tomadas pelo autor em relação a ela. Mas aí cabe ao leitor julgar.

Soma-se a isso, um aprofundamento na própria história do Protegido, que começa a sentir efeitos e consequências de suas decisões em se tornar um combatente de igual para igual dos terraítas. Em algum momentos ele já não sabe se é humano ou demônio. Mas podemos ver sua humanidade, sim, em vários momentos. Momentos rápidos com pinceladas de emoção que o autor acertou em cheio, como alguns recontros importantes tanto para Arlen, quanto para nós. Mas, cabe ressaltar, que não vai faltar ação, luta, sangue e momentos mais ousados, todo os ingredientes necessários para uma boa história, afinal, Peter é um mestre e tenho dito. E se em O Protegido o tema era o medo, aqui podemos dizer que o autor quis mostrar que é possível ter coragem, mesmo perante a grandes problemas e desafios.

A edição da DarkSide Books é de outro nível, assim como no volume anterior. Mas a revisão deixou a desejar, uma vez que notei vários erros de digitação. A história, em geral, é excelente, assim como foi O protegido. Com várias páginas a mais, uma história ainda mais profunda e com tramas mais políticas - o que me agrada muito -, A Lança do Deserto é, de fato, um segundo livro que muito autor gostaria de escrever, mas que poucos conseguem. Desde já, muito ansioso por A Guerra Diurna, o terceiro volume da série, que promete ser ainda melhor, e maior - cerca de 800 páginas, a ser lançado no segundo semestre. O livro leva nota máxima, mas não será favoritado pelo início um pouco lento. Mas, no geral, continua sendo minha história literária preferida.
comentários(0)comente



Natalino.Lemos 11/03/2016

A Lança do Deserto -Ciclo das Trevas - livro 2
inicia relatando justamente a infância de Jardir, desde o seu treinamento para se tornar dal’Sharum até chegar à liderança dos guerreiros em Krasia e, por fim, sua ascensão ao posto de Sha Darma Ka,e sua relacao com o khaffit Abban. nisso se vai quaze 200 pag.
mas assim com no primeiro livro, conta um pouco de cada personagem ,Renna, a garota que fora prometida a Arlen,Leesha,Rojer...
o livro fala muito sobre Jardir que inicia o seu plano para conquistar todas as cidades e vilarejos e convertê-los em guerreiros na luta contra os terraítas. Essa empreitada irá aproximar ainda mais o seu destino ao de Arlen, o resto não posso dizer, kkk
comentários(0)comente



Tiago sem H - @brigadaparalela 07/01/2016

O segundo volume da série Ciclo das Trevas do autor americano Peter V. Brett foi lançado recentemente no Brasil pela editora DarkSide Books e caso você tenha se apegado a Arlen, Leesha e Rojen em O Protegido, primeiro volume da série, você pode sentir um desconforto ao começar a ler A Lança do Deserto.

Tudo por que nesse volume, o autor irá nos levar para um lugar distante da Clareira do Lenhador, localidade que já era bem conhecida para os leitores do Ciclo das Trevas. Somos transportados até o Forte Krasia e somos apresentados a um novo núcleo de personagens, alguns já conhecidos, como Ahmann Jadir, antigo amigo de Arlen.

Enquanto que no primeiro tomo, Peter se preocupou em nos apresentar o Protegido, neste segundo ele se preocupa em nos apresentar o Salvador e as consequências da ascensão de Jadir como Shar'Dama Ka.

A trama também não irá seguir de forma linear. Entre os capítulos, o autor irá alternar com acontecimentos no presente e no passado, da infância de Jardir até sua ascensão como Salvador. O leitor pode estranhar e muito essa mudança de núcleos de personagens, como eu já havia falado, porém, foi uma boa sacada do autor.

A cultura e o idioma de Krasia são bem diferentes dos utilizados nas Terras Verdes, então, conhecermos a vida de Jardir, desde sua infância servirá para nos familiarizarmos com esses novos termos. Termos esses que não são fáceis de recordar. Durante minha leitura precisei fazer um glossário para facilitar o entendimento da trama e assim aproveitar ao máximo o que o livro ofereceria.

Obviamente, como foi visto no primeiro volume, haverá um momento em que os destinos de Jardir e Arlen se cruzam em Krasia. Só que dessa vez veremos a história do início e fim da amizade entre os dois pelo ponto de vista do krasiano e entenderemos ao certo o que aconteceu. Essa parte é bem interessante, visto que em O Protegido, o leitor pega antipatia por Jardir, porém, entendendo a cultura do país e conhecer o outro lado da história, seu duro treinamento para se tornar dal'Sharum e sua conturbada amizade com o khaffit Abban, dá uma nova luz aos acontecimentos.

Acompanharemos todo esse processo de crescimento do personagem Jardir até a metade do livro, mais ou menos. Depois, nosso velho trio de amigos retorna para as páginas do Ciclo das Trevas. No entanto, uma outra personagem, também já vista em O Protegido, se tornará um núcleo muito importante nesse segundo volume.

Renna que fora prometida a Arlen quando eram crianças, se vê em sérias complicações com a dura convivência com seu pai e o seu destino está prestes a mudar totalmente. Nesse núcleo o autor não terá pena do leitor ou da personagem, fornecendo momentos de angústia para os leitores.

Enquanto Leesha, com o auxílio de Rojer e vez ou outra Arlen, reergue a Clareira do Lenhador após os conflitos sofridos no final do primeiro tomo, Jardir ruma para as Terras Verdes para conquistar e unificar todos os povos, trilhando um caminho de destruição e caos e em meio a todos esses conflitos, os terraítas continuam a surgir após o pôr do sol.
Somos apresentados a novos terraítas, sendo dois deles extremamente poderosos. O leitor fica desesperado frente a esses novos personagens quase titânicos.

A edição que conta com mais de 700 páginas, pude observar três problemas de revisão, nos últimos capítulos, como por exemplo, a utilização de "Protegeu" ao invés de "Protegido", porém, não é nada que influa de modo prejudicial à leitura como um todo. A belíssima edição nacional, segue o mesmo padrão do primeiro livro: capa dura, com folha-guarda envernizada, fita marca página, mapa para o leitor se situar e ilustrações entre uma parte e outra, além das proteções sempre acima de um novo capítulo.

Peter V. Brett mandou super bem ao escrever esse volume por que expande a horizontes incríveis todo esse universo que ele criou para o Ciclo das Trevas, tanto a nível de localidade, quanto político-cultural.

Por fim, ainda bato na tecla que eu havia falado lá na análise de O Protegido, de que Ciclo das Trevas é uma das melhores fantasias que eu li nos últimos tempos e entrou fácil, fácil para a lista de livros favoritos da vida. Mesmo que o leitor se sinta desmotivado pela mudança de núcleo na primeira parte do livro, ele será recompensado com boas lutas e um enredo fantástico e envolvente com personagens bem construídos e humanos.

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/2016/01/bora-ler-44-lanca-do-deserto-peter-v.html
Bruno Arruda 10/01/2016minha estante
Excelente resenha. Totalmente condizente com o livro.


Cássia 31/10/2016minha estante
Excelente resenha! Vou começar hoje!




Vagner46 06/01/2016

Desbravando A Lança do Deserto
Um pouco abaixo do 1º livro, me pareceu mais uma preparação para alguns grandes acontecimentos no 3º. Umas 50-100 páginas foram só de enrolações amorosas e coisas desse tipo, o que não era tão necessário, se fossem só umas 30 já teriam sido mais que suficientes, era melhor ter focado no mundo em si, que é muito interessante, e em explicar mais sobre os demônios, principalmente os demônios da mente e seus príncipes.

De melhor, gostei bastante da primeira parte, toda sob o ponto de vista do Jardir, agora o Shar'Dama Ka dos krasianos.

Lerei os próximos, sem dúvidas.

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/
Vanessa.Campagnaro 07/01/2016minha estante
O que está me incomodando é o excesso de termos krasianos. Não custava nada ter um glossário!


Vagner46 07/01/2016minha estante
Pois é, facilitaria bastante!!


Eder 13/01/2016minha estante
Abaixo do primeiro? Me desanimou porque o primeiro já não é grande coisa...


Vagner46 14/01/2016minha estante
Achei um pouco abaixo, Eder, mas o 3º parece que vai ser o melhor dos três até agora.


Chulzmi 14/01/2018minha estante
penso que os termos krasianos, depois de uma leitura de algumas páginas há o entendimento e o significado do próprio leitor, acho que o autor fez isso para induzir o leitor a profundidade das palavras. com um glossário, isso logo seria esquecido.

também não penso que ficou ruim de modo algum, já que foi necessário esta preparação. assim como acontece em tantas outras sagas. e, na minha percepção, teve muitos mais acontecimentos e revelações no primeiro. já que no primeiro, arlen mudou dramaticamente de um capítulo para o outro (será porque ele CRESCEU E AMADURECEU de acordo com as circunstâncias, né?) e muita gente reclamou disso. agora, no segundo livro, vi certa profundidade no personagem e todos os motivos não explicados no segundo, o que é justificável pelas ocasiões.

mas enfim, isto é a mera opinião minha. de certo modo, achei que seria necessário comentar minha opinião contrária a sua, para mostrar que há pessoas que, como eu, vêem por outra versão a qual o autor quis trazer, mas eu respeito vossas opiniões de acordo, claro, são bons argumentos. :)




Kayque.Julio 21/08/2015

to gostando muito to na parte que ele fica no deserto
otimo
Rafael 04/09/2015minha estante
ce é o bixão memo em


Will Ernande 13/09/2015minha estante
Como cê ta gostando se esse livro nem foi lançado ainda??


LuCas Amaro 15/10/2015minha estante
"pérolas do Skoob"




50 encontrados | exibindo 46 a 50
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR