Resenhas - O Homem Bicentenário

Elpidio 16/01/2024

Sci-fi bonito
História muito interessante e bonita que traz discussões existenciais e filosóficas sobre o humano. Assim como em ?Eu, robô?, o autor constrói muito bem a história a partir de recortes no tempo, embora não seja dividido em episódios sobre a história dos robôs mas sim recortes da vida de um robô de quase 200 anos. Sci-fi bom é sci-fi profundo e este é um deles!

Marcos.Leste 03/01/2024

Reflexivo
O Homem Bicentenário é uma obra de ficção científica que narra a jornada de um robô chamado Andrew, que foi comprado pela família Martin para ser um serviçal doméstico. No entanto, Andrew revela ter uma personalidade única e uma curiosidade insaciável pelo mundo humano, o que o leva a desenvolver habilidades artísticas, intelectuais e emocionais. Ao longo de dois séculos, Andrew busca se tornar cada vez mais humano, enfrentando os preconceitos, as limitações e os desafios impostos pela sociedade e pela tecnologia.

O livro é uma reflexão profunda sobre o que significa ser humano, e quais são os valores, os direitos e as responsabilidades que envolvem essa condição. Andrew é um personagem carismático, que conquista a simpatia do leitor com sua persistência, sua sensibilidade e seu senso de humor. A narrativa é envolvente, misturando momentos de comédia, drama e aventura, e explorando temas como a ética, a liberdade, a identidade e a morte.

Caio.Victor 25/12/2023

Sempre bom ler o Bom Doutor! Em época de ChatGPT, Gemini e afins, constatar o início da IA na literatura é prazeroso.

Camila2023 28/11/2023

Em 1976, Asimov criou o conto de um robô que é adquirido por uma família e que aos poucos passa a se destacar em funções e habilidades para as quais ele não foi programado inicialmente.
Gerações depois, Andrew, o robô, segue na busca por seus direitos: o direito à liberdade, à escolha de vestir uma roupa, a se parecer com um ser humano e? a ser um ser humano.

Larissa.Herbsthofe 16/11/2023

Asimov é muito incrível...
Sempre gostei do filme, mas não tinha lido o livro. E essa história é incrível!
O final bem mais lógico do que o filme.

Edoarda 02/11/2023

O robô que quer se tornar homem. Ele entra numa espiral, vitória a vitória, para se tornar um homem. O que define o que é o homem? Pra mim, fã inveterada de Star Trek, ler esse livro foi como assistir ao episódio The Measure of a Man, em que Data, um androide, quer se reconhecido como homem e evitar que o desmontem - um dos melhores episódios de Star Trek e claramente baseado neste livro de Asimov. Data, assim como Andrew, ganham e são reconhecidos como formas de vida independentes. O que muda - e isso é crucial - é a motivação. Data quer ser homem pelo fato de admirar os seres humanos e querer ser um igual. Andrew, sinceramente, não. Ir atrás de sua terminalidade somente para provar um ponto de ganhar seu status de humano é leviano e, seu último pensamento em vida, pela Pequena Senhorita, mostra a verdade: ele se destruiu tanto querendo ser humano somente para provar, em seu último suspiro, que era um robô. Era a Pequena Senhorita que o via como um humano e que lutava para que ele fosse um humano. Tornar-se um humano nada mais era do que atender ao desejo da Pequena Senhorita, ou seja, a obedecer a Segunda Lei. Ironicamente, isso reforçou apenas a sua condição robótica. Fantástico.

Saulo.Fragoso 16/10/2023

Publicado originalmente em 1976, O Homem Bicentenário é um conto que se passa em um futuro distante, onde robôs dotados de inteligência artificial tornaram-se comuns na sociedade humana.

O protagonista é Andrew Martin, um robô único que, devido a um erro de programação, começa a exibir traços de individualidade incomuns para máquinas desse tipo.
Ao longo da história, testemunhamos a jornada de Andrew ao longo de dois séculos de existência. Sua busca por identidade e anseio por se tornar mais humano levam-no a enfrentar dilemas éticos e legais enquanto luta por seus direitos como ser inteligente.

O conto levanta questões profundas sobre a natureza da consciência, o livre-arbítrio e o que realmente define um ser humano.

Ana 18/09/2023

Limites do ser
Nesse livro apaixonante acompanhamos o Andrew, um robô (ou, talvez, um homem) com o qual facilmente nos identificamos em busca da concretização do seu sonho.
São muitos os temas que têm relação com essa narrativa curta e fluida! A cada capítulo me vinha uma vontade de discutir muitas coisas, e até chegou um momento em que eu evitava ler para não acabar tão rápido. Uma leitura mais que recomendada!

italoSpassos 18/09/2023

O que define o ser humano é apenas o seu fim?
Asimov nos envolve em uma narrativa única, cheia de afeto e críticas pontuais, elevando seus personagens a mais íntima reflexão sobre ?o que é ser humano??. O que define o que é ou deixa de ser um humano? É a sua capacidade de criar arte? De juntar pensamentos e reflexões sobre a vida? Criar obras literárias, ou até mesmo ajudar a evoluir a ciência para o benefício e longevidade humana?

Dentro de todos esses questionamentos, Asimov consegue resumir bem o quanto a humanidade é frágil quando se trata de reconhecer o potencial de outros seres. Fazendo questão de não compará-los a nós.
A todo momento nos sentimos ameaçados, até mesmo por aqueles que não tem o mínimo interesse de ver nosso sofrimento.

É um conto belíssimo, com personagens amáveis e questionamentos válidos até os dias de hoje. É mais uma vez O Bom Doutor à frente do seu tempo.

Fernando Artes 06/09/2023

Diferente do filme. É uma boa história e bem escrita. Achei bem interessante e não achei que o final fosse da maneira como foi.

s4mi1y 02/09/2023

O que é ser um ser humano?
Nós sempre ditamos o que é humano. Quando há assassinatos, nós chamamos os assassinos de lixo, de monstros. Nós sempre analisamos os comportamentos pra definir o que é ter humanidade. E é esse o pano de fundo dessa história.

Há uma passagem no livro que cita a política como transformação das pessoas: a capacidade de ódio e de serem ruins que elas têm. Se Asimov vivesse hj em dia, ele certamente usaria a internet e a era do cancelamento que dita o que seria um comportamento humano adequado.

É um livro cheio de camadas e é possível fazer várias analogias com ele. O livro super funcionou pra mim, com sua leitura rápida, proporcionada por uma escrita leve, e um personagem super envolvente: Andrew! Se fosse pra dizer um defeito, seria o fato do livro ser muito curtinho. Eu gostaria de ficar mais tempo vendo a luta de Andrew em ser um de nós.

Não é um livro para qualquer faixa etária. Pessoas que buscam por um enredo movido por ações não vão conseguir ficar muito tempo. Apesar da leitura super fácil, alguém com 30+ e que quer ler algo sobre comportamento social aproveitaria melhor.

Amei! ?