Resenhas - Mulher-Maravilha 12/62

Tico Menezes 04/01/2024

Um murro na boca do Machifesto!
É o que eu sempre digo, né? A mensal da Mulher-Maravilha é de uma constância invejável na qualidade! Já faz um ano que digo isso e a única vez que essa afirmação titubeou foi ali no finzinho do evento Prova de Fogo. De resto, é sem dúvidas a melhor mensal da Panini em muito tempo!

E aqui se encerra o arco espetacular, provocativo e MARAVILHOSAMENTE bem escrito "A Vilania dos Nossos Medos". Arco que tão bem retratou a cultura do coach de masculinidade, dessas seitas de homens frágeis que precisam se reafirmar o tempo todo, que não aceitam ver minorias ou mulheres em lugar de protagonismo e que vivem num constante medo de gente de verdade. Como era de se esperar, o arco finaliza magistralmente, as lutas finais são satisfatórias - Etta rouba a cena mais uma vez! -, mas é o confronto de Diana e Cyzko que mais nos faz vibrar. O roteiro desse arco é um espetáculo e eu espero que Becky Cloonan continue escrevendo.

A seguir, temos uma verdadeira jornada de Hipólita no Olimpo e um retrato maravilhosamente debochado dos deuses. A arte é belíssima e a Rainha Hipólita nunca esteve tão bem desenhada, com traços árabes e um olhar tanto desafiador quanto sensível. É uma edição surpreendente que merece o destaque e o número de páginas que tem.

Então uma série de edições curtinhas comemorativas, em sua maioria Elseworlds, completa o encadernado. O destaque pra mim foi o date de Diana e Clark - arranjado por Lois! - nos anos 60, que entregou uma arte belíssima e referências super divertidas a outras versões da dupla.
É, sem dúvidas, a melhor mensal dos últimos anos. Tudo funciona, tudo é bom e é um privilégio acompanhar essa fase tão grandiosa da Mulher-Maravilha!