Tuca 08/08/2023Passar tempo com suas amigas bebendo martinis (e às vezes praticando corrida, mas isso ela não iria admitir) e observar o comportamento humano eram as duas coisas que Hazel mais amava fazer. Odiar Corban Nash era a terceira. Corban e sua pesquisa de como fazer as pessoas se apaixonarem, que claramente não tinha condições de ser aprovada pelo método científico. Quando seu arquinimigo passa a trabalhar na mesma faculdade que Hazel é que a briguinha de internet passa para a vida real, além de que, é no dia a dia que Hazel consegue perceber que seu nêmesis é gostoso para caramba. Eles se detestam, tem que trabalhar juntos e ainda vão competir pela mesma vaga de bolsa, mas não conseguem negar a atração que sentem um pelo outro. A gente já conhece essa história. O que a gente não sabe é como Hazel conseguiria refutar a hipótese de Corban, se ela mesma parece ser o experimento perfeito para provar que ele descobriu a teoria do amor.
Eu amo um nerd. Sério. É um dos meus tipos de mocinhos favoritos. Um nerd lindo e com sua vulnerabilidade à mostra em um livro com uma protagonista que é perfeita para ele é melhor ainda. É muito fácil perceber tudo o que Hazel consegue enxergar em Corban a ponto de se apaixonar, o que não é fácil de entender é como esse homem tinha dificuldades para ter um relacionamento. Como menciona Hazel, até o que Corban considera estranho sobre ele mesmo era fofo, desde o fato de ele citar fatos aleatórios sobre o mundo animal quando ele fica nervoso até perder suas chaves o tempo todo. Provavelmente muito da autoestima minada dele vinha da relação que ele tinha com os pais que o comparavam o tempo todo com a irmã. Isso é um saco, mas infelizmente muito comum. Se os pais soubesse como comparações podem ser tóxicas, teríamos adultos com menos traumas.
E para quem ama um bom relacionamento entre amigas, de volta temos as meninas do clube de corrida Dirty Martini: Hazel, Everly, Nora e o mais novo membro, Sophie. Neste livro, mais do que nunca, fazendo jus ao nome do grupo. Mais do que amigas, friends, realmente, porque sem elas Hazel não teria a mínima ideia de como se comportar no mundo real. Sem contar que elas estão sempre prontas para ajudar. As amigas nessa história não são um mero subterfúgio para uma série em que cada uma ganha livro, elas são parte essencial de cada enredo. Claire Kingsley tem conseguido manter o mesmo nível dos livros, e “A teoria do amor” foi tão bom para mim quanto “A proposta perfeita”. Agora me resta esperar pelo livro de Sophie.
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