Ricardo Fontenele 01/03/2024
Pondé não decepciona
Deixo aqui um trecho do livro que me pegou:
?Quando você vê isso, pode dizer: 72 gêneros sexuais possíveis, sem nenhum debate aprofundado sobre o tema, é claro que se trata de uma posição de marketing.
Por quê? Porque, se você vende a ideia de que as pessoas são completamente autônomas - no caso específico, cada um "escolhe" seu gênero único -, essa ideia vende porque, como dirá Pascal no século XVII em relação ao molinismo pelagiano: essa hipótese elogia a vaidade humana.
Falar de autonomia humana é um bom marketing. Quando é importante para as vendas, claro.
O marketing é uma ciência social aplicada, muito inteligente na sua própria função, então ele sabe muito bem que, às vezes, é bom vender autonomia e, às vezes, é bom vender heteronomia, como, por exemplo: eu faço isso porque a sociedade me obriga a fazê-lo
Aí é o limite em que ele investe: eu roubo porque a sociedade me fez fazer isso. Ou eu tenho um preconceito porque a sociedade me fez ter esse pre-conceito.
Ou seja, você tem uma certa variação. Às vezes, é bom vender autonomia; às vezes, é bom vender heteronomia.?