The Last Love Song

The Last Love Song Kalie Holford




Resenhas - The Last Love Song


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jiangslore 18/02/2024

[2/5]
Obrigada ao NetGalley e à editora por conceder uma cópia avançada do livro em troca de uma resenha! Todas as opiniões expressadas abaixo são minhas.

Romance adolescente não é um dos meus gêneros favoritos, mas acho interessante ler um de vez em quando - especialmente se o romance em questão é LGBTQIA+ (e especialmente se é sáfico). Embora eu entenda que, pelas limitações do meu gosto literário, eu nem sempre vou adorar esse tipo de livro, eu ainda espero que eles apresentem uma história divertida, com personagens amáveis e um enredo engajante. Infelizmente, não acho que consegui encontrar nenhuma dessas características em "The Last Love Song": apesar da premissa ser divertida, a execução não me agradou muito - considerei o enredo e os personagens superficiais; e a escrita, apesar de muito boa em alguns momentos, não parecia polida ou bem colocada.

O aspecto que mais me desagradou na leitura foi o enredo. "The Last Love Song" é um daqueles casos em que o ritmo dos acontecimentos em si é rápido (afinal, uma única semana é pouco tempo para terminar uma caçada que envolve várias pistas e locais diferentes), mas parece que nada do que acontece é verdadeiramente interessante - parece que a parte mais interessante da vida da Mia é o que acontece antes do início da sua narrativa, e a parte mais interessante da vida da Tori é o que acontece depois do final da sua narrativa.

No caso de Mia, isso interferiu até mesmo no romance. Mia e seu par romântico já possuem uma bagagem considerável antes do início do livro, então o leitor tem que simplesmente acreditar na significância de tudo que aconteceu entre elas sem ter visto nada disso se desenvolver. No caso de Tori... Eu diria que a falta de acontecimentos interessantes fez com que as partes narradas por ela fossem extremamente monótonas e, em alguns pontos, desnecessárias. O que Mia realmente aprende sobre Tori durante o livro é muito pouco; e uma parte bem significativa desse "pouco" ocorre depois do ponto em que os flashbacks terminam.

Além disso, o fato de existir poucas informações realmente novas sobre Tori durante a caçada fez com que o conflito criado parecesse muito forçado, em especial porque, com as informações que Mia já possuía sobre a mãe era possível ter evitado o conflito. Entendo dizer que ela não compreendeu isso por estar nervosa e ser algo importante para ela, mas, ao mesmo tempo, acho que foi uma escolha que deixou a desejar na execução. Se mais informações relevantes tivessem sido ocultadas do leitor, talvez tivesse sido possível para mim simpatizar mais com a confusão feita por Mia e entendê-la como algo realmente coerente com o que foi apresentado da história.

Com relação aos personagens, eu diria que a falta de desenvolvimento foi maior problema. Tori continua sendo mais ideia do que personagem verossímil, mesmo depois das descobertas de Mia. Mia possui inseguranças e conflitos internos que, em tese, seriam interessantes; mas há muito pouco que eu conseguiria dizer sobre um desenvolvimento substancial dela como personagem. Além disso, o nível de conhecimento que ela já tem sobre várias das coisas que farão parte da sua jornada durante a história acabam prejudicando um pouco seu crescimento, pois parece que ela já possuía tudo que precisava; e apenas um ou outro detalhe mudou - e embora isso seja algo que pode ser realista, não acho que é algo que se traduziu bem no livro.

A escrita, no entanto, é um aspecto de "The Last Love Song" que possui, na minha opinião, pontos negativos e positivos. Em alguns momentos nos quais eram narradas ações, a escrita não parecia encaixar muito bem - coisas anteriormente mencionadas em uma cena seriam esquecidas por alguns momentos para aparecer depois de algum acontecimento que não era compatível com elas. Além disso, é claro que há algumas questões na escrita que possuem relação com os problemas que entendi existirem em outros aspectos da obra; tais como o excesso de exposição em algumas partes do livro.

Mas, embora eu não possa dizer que gostei da escrita em todos os momentos, é importante destacar que achei trechos em que a autora se utilizava de um estilo um pouco mais "poético" eram interessantes. Isso ocorreu, por exemplo, em alguns versos das músicas que são transcritas no decorrer do livro - claro, elas não tinham a mesma "energia" de uma música real, mas isso é o que normalmente ocorre com músicas que são criadas no contexto de uma mídia escrita. Além disso, algumas descrições e diálogos tinham partes que eram realmente bonitas. O problema nessas ocasiões é que eu tinha que me colocar fora do contexto do livro para perceber que elas eram boas: as músicas, por vezes, eram enfadonhas, porque as transcrições eram longas; as falas mais "poéticas" pareciam fora de lugar e dramáticas demais para os diálogos em que estavam inseridas.

Infelizmente, não posso dizer que recomendo a leitura. No entanto, acredito que a média alta do livro em outros sites de leitura deve demonstrar que estou em uma minoria. Então, se a sinopse parecer algo que te atrai, talvez valha a pena tentar.
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