Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Katharina.Pedrosa 08/06/2024

Tem um lugar especial na minha memória
Esta edição apresenta ilustrações belíssimas e materiais de apoio que enriquecem muito a compreensão do livro.

Esta foi uma releitura, e lembro que, na primeira vez que li, chorei com a morte de Baleia e me compadeci dos dois meninos. Desta vez, não foi diferente. O que mudou foi minha percepção de Fabiano. Enxergá-lo como alguém muito mais próximo dos animais do que dos humanos ressalta como a seca e a fome são avassaladoras para quem está preso à terra e interfere muito na dinâmica familiar.

É difícil falar sem revelar detalhes da história, mas recomendo fortemente a leitura. Posso garantir que você não será a mesma pessoa após concluir este livro.
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Soninha 06/06/2024

Sempre emociona...
Vidas Secas foi escrito durante 10 meses em que Graciliano Ramos esteve em uma prisão como preso político. É um dos maiores romances da literatura brasileira e mesmo após 70 anos de sua primeira edição, ainda vemos o quanto é atual. A miséria de muitas pessoas que vivem em condições subhumanas no nordeste brasileiro ainda é enorme, seja por falta de trabalho ou de educação que proporcione o vislumbre de uma vida melhor. Embora os personagens não saibam em diversas passagens expressar o peso do sofrimento que enfrentam, o leitor sente angústia, empatia e dor em vários momentos da narrativa, principalmente quando lemos as passagens em que se fala de baleia, uma cachorrinha, que só se esquece dela, quem nunca leu a obra. Uma releitura que ainda emociona como da primeira vez, e que com certeza merece quantas mais forem possíveis realizar.
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Daniel 04/06/2024

Muito bom voltar a leitura dessa obra após cinco anos. Relembrar como a sutileza da narrativa apresenta personagens profundos em meio a uma dialética interessante entre ambiente e sentimento, isto é, mostrar como o ambiente cíclico da catinga, entre seca e inverno, influencia na identidade do povo sertanejo e retirante.
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Gabriel1994 28/05/2024

Eu amo essas edições da antofágica pq os materiais de apoio elevam muito a compreensão dos livros.

Quando se trata de clássicos, eu sinto que isso é essencial para nos ajudar a ter uma compreensão melhor das obras, que muitas vezes podem ser difíceis pela linguagem.

Eu adorei o livro, é forte, pesado, seco... mas a Baleia é um personagem que deixa tudo mais leve. O capitulo dela me deixou bem triste ? mas é isso. Leiam clássicos!
Debora1051 14/06/2024minha estante
Vc viu a videoaula antes ou depois de ler o livro?




JezielH 22/05/2024

Queria e=ler vidas secas a um tempo, Graciliano entrar em domínio público era o empurrão que eu precisava. Gosto muito da Leitura nacional, quando leio machado de Assis e percebo que as ruas que ele cita existem realmente ali no RJ, quando leio O cortiço e lembro de Saudosa Maloca de Adoniram. São eventos que fazem parte da nossa história. Mas vidas secas foi algo completamente diferente, conseguia sentir cada personagem como se os conhecesse, já ouvi essa mesma história antes, só que de outro ponto de vista: O dos meus avós.
Tal como Fabiano não acho palavras para descrever tudo: a injustiça da vida, a injustiça da terra, a injustiça do homem; a culpa que é arremessada de um para os outros quando não há o que fazer, seu Tomás porque lia demais, os meninos porque perguntam demais, Sinha Vitória porque quer uma cama, Fabiano porque não sabe fazer contas, o soldado amarelo porque abusa da lei, aqueles que controlam o soldado amarelo; a tristeza que permeia o livro, da vida real ser triste, ser dura, ser seca.

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Kimberly106 09/05/2024

LEITURA OBRIGATÓRIA REAL E NECESSÁRIA
Quando comecei a lê esse livro eu pensei que iria achar meio difícil de entender, mas com o decorrer da leitura fui me ambientando e vendo o quando a vida pode ser sofrida para alguns e como essa família sofre. Eu recomendo que vc leia esse livro pq é maravilhoso. As imagens que essa edição trouxe foi de suma importância para que o leitor adentre mais na história e sinta nela as emoções passadas em cada linha que Graciliano escreveu.
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Marto 01/05/2024

Baleia
Um livro sensível, regionalista e que me rememorou muitas coisas da minha infância/adolescência? tantos exemplos conhecidos dos sertanejos desse nordeste, tantas camadas sociais e críticas sob a forma de uma escrita tão poética e simples. É desses livros que você se pergunta como alguém consegue escrever algo que toque tanto a gente sem ser forçado e de me seira tão genial como o Graciliano. Leitura que me marcou, fiz em menos de 24h pois não conseguia parar de ler com curiosidade e encanto. A cachorra Baleia e seus sentimentos tão humanos, sua lógica e carinhos inabaláveis diante da dureza da vida e das intempéries da pobreza são encantadoras. Livro favoritado
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Joyce463 28/04/2024

Ô sertão lindo e sofrido!
Obra-prima que narra a dura realidade de uma família de retirantes no sertão nordestino durante a seca implacável. Retrata de forma comovente a luta diária pela sobrevivência, a falta de perspectivas e a desumanização enfrentadas pelos personagens, revelando as injustiças sociais e a brutalidade da vida no interior do país. Por meio das experiências de Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos e a cachorra Baleia, o autor nos convida a refletir sobre as condições de vida dos mais desfavorecidos e as complexidades da condição humana.
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Camis 22/04/2024

Um clássico muito atual
Vidas Secas é um clássico da literatura brasileira de Graciliano Ramos, trata a vida de uma família de imigrantes em região sertaneja, o vaqueiro Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cachorrinha Baleia.

Acredito que um dos maiores desafios, como leitora paulistana, é tentar entender a realidade de um Brasil totalmente diferente do que vivo e ao mesmo tempo entender que estamos falando do mesmo país, o mesmo Brasil.

Outro obstáculo da leitura é a linguagem, com muitos termos característicos da região e com uma narração muito concisa, seca e direta. Talvez o segredo seja entender mais o contexto geral do que cada passagem individualmente.

Gostaria de ressaltar como foi completa essa edição da Antofágica. Conta com a belíssima arte de Adriana Coppio, algo que mudou a experiência e auxiliou a tangibilizar esse universo. A sensível apresentação de Djavan com uma identificação ímpar. Os posfácios de experts da literatura e a videoaula de Rafael Julião ajudaram a compreender melhor esse clássico.

Finalizo pontuando como essa leitura é necessária, um romance de 1938 explorando o sertão se mantém tão atual diante dos desafios de mudança climática, reforma agrária, direitos dos animais e precarização do trabalho, a atuação de governo para atender um país tão gigante e plural torna-se urgente.
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Sabrina - @linhaposlinha 21/04/2024

"Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça."
Existe uma enorme diferença entre ler um livro para uma prova quando se está no ensino médio e ler ele mais tarde (e consequentemente, mais velha) por livre e espontânea vontade.

Assim como a maioria, tive que ler Vidas Secas quando estava na escola. Não me apeguei em nada quando o fiz e claro, fiz a leitura já pensando nos aspectos que cairiam na prova e prestando atenção somente nos acontecimentos com uma visão objetiva. E só agora, 8 anos depois, pude finalmente sentir tudo o que os professores de literatura falavam que era pra sentir. Me emocionei em várias partes e me senti tocada pela delicadeza da escrita de Graciliano Ramos.

Fabiano e Baleia foram os personagens que mais me apeguei, o primeiro pela sua dificuldade em se expressar e o segundo pela inocência e lealdade. O modo como acompanhamos de perto a vivência dessa família em busca de um lugar e futuro melhores é tocante. E mesmo que não tenha aproveitado a leitura na primeira vez que a fiz, foi excelente ler agora percebendo os aspectos que tanto os professores nos chamavam a atenção: o papagaio que não fala (afinal, não tem como imitar sons vivendo rodeado por pessoas que não conversam entre si, ainda que sejam da mesma família), os meninos não terem nome, o fato de se tratar de uma história cíclica, etc.

"Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior. Por isso desconfiava que os outros mangavam dele. Fazia-se carrancudo e evitava conversas. (...) Sabia que a roupa nova cortada e cosida por sinha Terta, o colarinho, a gravata, as botinas e o chapéu o tornavam ridículo, mas não queria pensar nisso." (p.145)

"Muito bom uma criatura ser assim, ter recurso para se defender. Ele não tinha. Se tivesse, não viveria naquele estado." (p.181)

" - Você é um bicho, Fabiano.
Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades. (...) Não, provavelmente não seria homem: seria aquilo mesmo a vida inteira, cabra, governado pelos brancos, quase uma rês na fazenda alheia." (p.39-48)

Vidas Secas é uma história emocionante com linguagem simples e direta ao mesmo tempo que constrói uma narrativa delicada e tocante sobre a condição humana e as desigualdades sociais no sertão nordestino. Não a toa é um dos maiores clássicos do nosso país.

site: https://instagram.com/linhaposlinha
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Jean 20/04/2024

Livro para vida
Essa é uma releitura. Infelizmente não consegui aproveitar quando li a primeira vez, na adolescência, mas relendo agora consigo entender porque essa história é tão bem conceituada.

Quão seca uma vida pode ser? É o que iremos descobrir acompanhando essa família de retirantes.

Um retrato bruto e digno de uma realidade que existia e ainda existe no Brasil.

Ao mesmo tempo, as situações se mostram analogias que te fazem ir muito além da seca e da fome, mas sem perder a crítica, necessárias, desses mesmos pontos.

É difícil explicar como você vai longe, mas paralelamente está tão preso aquela realidade.

A narrativa impecável somada a edição da antofagica com as ilustrações incríveis te ambientam nesse sertão, parece que você sente as mazelas.

É importante frisar que um dos capítulos continua sendo meu trauma da vida e me fez chorar.

É muito difícil falar sem entregar algo da história, mas ninguém irá se arrepender de ler esse livro, é impossível.

Um grande e necessário clássico nacional que deveria ser de leitura obrigatória.

É um livro cinco estrelar, favoritado e que terá sempre um lugar especial na minha estante.
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cinthyaarruda 20/04/2024

Primeiramente belíssima edição da antofagica. Segundo que o livro foi perfeito então mostrar um pedacinho da vivência na caatinga, mas também não é pra levar pro estereótipo. Mostra o dia a dia da família e seus agregados e até a festa na praça. Foi um livro muito bom pra se inteirar do assunto, lutar por melhorias e pensar no dia e nas necessidades dos outros.
Foi uma leitura bem fácil (essa edição tem notas de rodapé) deixando a compreensão mais fácil como também foi uma leitura rápida.
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Mii 19/04/2024

Uma obra atemporal
Gente foi a primeira vez que de fato li a história, já conhecia por conta de vestibular e tudo mas nunca li ela inteira de fato. A edição é linda, a história é incrível, os comentários são enriquecedores.

Baleia jamais será esquecida;
Menino maior aprende que inferno é uma palavra bonita pra algo feio;
Menino menor só quer ser igual ao pai;
Fabiano é bruto mas tem coração;
Sinhá Vitória só queria uma cama.

No fim somos todos retirantes, se não de corpo de espírito.
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Alê 01/04/2024

Pela reforma agrária
Esse livro me incomoda em alguns aspectos, mas que bom foi ler ele enquanto venho estudando educação do campo! Graciliano mostra pra gente uma realidade que não quer se mostrar, uma narrativa contrária e de denuncia, ao mesmo tempo que dramatiza a vida no campo e coloca o trabalhador e trabalhadora rurais num espaço de completa miséria. Gostei da leitura, e em muitos aspectos entendi os personagens mais do que queria entender. Nas condições de Fabiano e da família, a vida pode ser tão dura quanto a terra no período de seca, mas acho importante ressaltar que a vida dos camponeses não se resume às experiências apontadas, e quando a chiva chega tudo fica verde de novo. É possível viver bem, com vida digna no campo sob condições diferentes. Caso Fabiano e Vitoria tivessem terra, as questões seriam outras. No fim tudo se resume ao imperialismo, o capitalismo, e a superação deles.
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Laiane 31/03/2024

"Vidas Secas" é uma obra maravilhosa, talvez pequena em páginas, mas abundante em sua grandeza de significados.
É um livro construído como denúncia da realidade de desigualdade social, em que os personagens são submetidos por uma sociedade que se aproveita da condição deles para tirar-lhes algo, tanto quanto mostra a dureza da vida ligada pela seca.

A edição da Antofágica está perfeita! Dispensa comentários.
Vania.Cristina 01/04/2024minha estante
Graciliano merecia ter ganhado o Nobel com esse livro. Universal, potente e eterno




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