Vidas secas

Vidas secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Kimberly71 09/05/2024

LEITURA OBRIGATÓRIA REAL E NECESSÁRIA
Quando comecei a lê esse livro eu pensei que iria achar meio difícil de entender, mas com o decorrer da leitura fui me ambientando e vendo o quando a vida pode ser sofrida para alguns e como essa família sofre. Eu recomendo que vc leia esse livro pq é maravilhoso. As imagens que essa edição trouxe foi de suma importância para que o leitor adentre mais na história e sinta nela as emoções passadas em cada linha que Graciliano escreveu.
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Marto 01/05/2024

Baleia
Um livro sensível, regionalista e que me rememorou muitas coisas da minha infância/adolescência? tantos exemplos conhecidos dos sertanejos desse nordeste, tantas camadas sociais e críticas sob a forma de uma escrita tão poética e simples. É desses livros que você se pergunta como alguém consegue escrever algo que toque tanto a gente sem ser forçado e de me seira tão genial como o Graciliano. Leitura que me marcou, fiz em menos de 24h pois não conseguia parar de ler com curiosidade e encanto. A cachorra Baleia e seus sentimentos tão humanos, sua lógica e carinhos inabaláveis diante da dureza da vida e das intempéries da pobreza são encantadoras. Livro favoritado
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Joyce463 28/04/2024

Ô sertão lindo e sofrido!
Obra-prima que narra a dura realidade de uma família de retirantes no sertão nordestino durante a seca implacável. Retrata de forma comovente a luta diária pela sobrevivência, a falta de perspectivas e a desumanização enfrentadas pelos personagens, revelando as injustiças sociais e a brutalidade da vida no interior do país. Por meio das experiências de Fabiano, Sinhá Vitória, seus filhos e a cachorra Baleia, o autor nos convida a refletir sobre as condições de vida dos mais desfavorecidos e as complexidades da condição humana.
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Camis 22/04/2024

Um clássico muito atual
Vidas Secas é um clássico da literatura brasileira de Graciliano Ramos, trata a vida de uma família de imigrantes em região sertaneja, o vaqueiro Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, seus dois filhos e a cachorrinha Baleia.

Acredito que um dos maiores desafios, como leitora paulistana, é tentar entender a realidade de um Brasil totalmente diferente do que vivo e ao mesmo tempo entender que estamos falando do mesmo país, o mesmo Brasil.

Outro obstáculo da leitura é a linguagem, com muitos termos característicos da região e com uma narração muito concisa, seca e direta. Talvez o segredo seja entender mais o contexto geral do que cada passagem individualmente.

Gostaria de ressaltar como foi completa essa edição da Antofágica. Conta com a belíssima arte de Adriana Coppio, algo que mudou a experiência e auxiliou a tangibilizar esse universo. A sensível apresentação de Djavan com uma identificação ímpar. Os posfácios de experts da literatura e a videoaula de Rafael Julião ajudaram a compreender melhor esse clássico.

Finalizo pontuando como essa leitura é necessária, um romance de 1938 explorando o sertão se mantém tão atual diante dos desafios de mudança climática, reforma agrária, direitos dos animais e precarização do trabalho, a atuação de governo para atender um país tão gigante e plural torna-se urgente.
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Sabrina - @linhaposlinha 21/04/2024

"Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça."
Existe uma enorme diferença entre ler um livro para uma prova quando se está no ensino médio e ler ele mais tarde (e consequentemente, mais velha) por livre e espontânea vontade.

Assim como a maioria, tive que ler Vidas Secas quando estava na escola. Não me apeguei em nada quando o fiz e claro, fiz a leitura já pensando nos aspectos que cairiam na prova e prestando atenção somente nos acontecimentos com uma visão objetiva. E só agora, 8 anos depois, pude finalmente sentir tudo o que os professores de literatura falavam que era pra sentir. Me emocionei em várias partes e me senti tocada pela delicadeza da escrita de Graciliano Ramos.

Fabiano e Baleia foram os personagens que mais me apeguei, o primeiro pela sua dificuldade em se expressar e o segundo pela inocência e lealdade. O modo como acompanhamos de perto a vivência dessa família em busca de um lugar e futuro melhores é tocante. E mesmo que não tenha aproveitado a leitura na primeira vez que a fiz, foi excelente ler agora percebendo os aspectos que tanto os professores nos chamavam a atenção: o papagaio que não fala (afinal, não tem como imitar sons vivendo rodeado por pessoas que não conversam entre si, ainda que sejam da mesma família), os meninos não terem nome, o fato de se tratar de uma história cíclica, etc.

"Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior. Por isso desconfiava que os outros mangavam dele. Fazia-se carrancudo e evitava conversas. (...) Sabia que a roupa nova cortada e cosida por sinha Terta, o colarinho, a gravata, as botinas e o chapéu o tornavam ridículo, mas não queria pensar nisso." (p.145)

"Muito bom uma criatura ser assim, ter recurso para se defender. Ele não tinha. Se tivesse, não viveria naquele estado." (p.181)

" - Você é um bicho, Fabiano.
Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades. (...) Não, provavelmente não seria homem: seria aquilo mesmo a vida inteira, cabra, governado pelos brancos, quase uma rês na fazenda alheia." (p.39-48)

Vidas Secas é uma história emocionante com linguagem simples e direta ao mesmo tempo que constrói uma narrativa delicada e tocante sobre a condição humana e as desigualdades sociais no sertão nordestino. Não a toa é um dos maiores clássicos do nosso país.

site: https://instagram.com/linhaposlinha
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Jean 20/04/2024

Livro para vida
Essa é uma releitura. Infelizmente não consegui aproveitar quando li a primeira vez, na adolescência, mas relendo agora consigo entender porque essa história é tão bem conceituada.

Quão seca uma vida pode ser? É o que iremos descobrir acompanhando essa família de retirantes.

Um retrato bruto e digno de uma realidade que existia e ainda existe no Brasil.

Ao mesmo tempo, as situações se mostram analogias que te fazem ir muito além da seca e da fome, mas sem perder a crítica, necessárias, desses mesmos pontos.

É difícil explicar como você vai longe, mas paralelamente está tão preso aquela realidade.

A narrativa impecável somada a edição da antofagica com as ilustrações incríveis te ambientam nesse sertão, parece que você sente as mazelas.

É importante frisar que um dos capítulos continua sendo meu trauma da vida e me fez chorar.

É muito difícil falar sem entregar algo da história, mas ninguém irá se arrepender de ler esse livro, é impossível.

Um grande e necessário clássico nacional que deveria ser de leitura obrigatória.

É um livro cinco estrelar, favoritado e que terá sempre um lugar especial na minha estante.
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cinthyaarruda 20/04/2024

Primeiramente belíssima edição da antofagica. Segundo que o livro foi perfeito então mostrar um pedacinho da vivência na caatinga, mas também não é pra levar pro estereótipo. Mostra o dia a dia da família e seus agregados e até a festa na praça. Foi um livro muito bom pra se inteirar do assunto, lutar por melhorias e pensar no dia e nas necessidades dos outros.
Foi uma leitura bem fácil (essa edição tem notas de rodapé) deixando a compreensão mais fácil como também foi uma leitura rápida.
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Mii 19/04/2024

Uma obra atemporal
Gente foi a primeira vez que de fato li a história, já conhecia por conta de vestibular e tudo mas nunca li ela inteira de fato. A edição é linda, a história é incrível, os comentários são enriquecedores.

Baleia jamais será esquecida;
Menino maior aprende que inferno é uma palavra bonita pra algo feio;
Menino menor só quer ser igual ao pai;
Fabiano é bruto mas tem coração;
Sinhá Vitória só queria uma cama.

No fim somos todos retirantes, se não de corpo de espírito.
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Alê 01/04/2024

Pela reforma agrária
Esse livro me incomoda em alguns aspectos, mas que bom foi ler ele enquanto venho estudando educação do campo! Graciliano mostra pra gente uma realidade que não quer se mostrar, uma narrativa contrária e de denuncia, ao mesmo tempo que dramatiza a vida no campo e coloca o trabalhador e trabalhadora rurais num espaço de completa miséria. Gostei da leitura, e em muitos aspectos entendi os personagens mais do que queria entender. Nas condições de Fabiano e da família, a vida pode ser tão dura quanto a terra no período de seca, mas acho importante ressaltar que a vida dos camponeses não se resume às experiências apontadas, e quando a chiva chega tudo fica verde de novo. É possível viver bem, com vida digna no campo sob condições diferentes. Caso Fabiano e Vitoria tivessem terra, as questões seriam outras. No fim tudo se resume ao imperialismo, o capitalismo, e a superação deles.
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Laiane 31/03/2024

"Vidas Secas" é uma obra maravilhosa, talvez pequena em páginas, mas abundante em sua grandeza de significados.
É um livro construído como denúncia da realidade de desigualdade social, em que os personagens são submetidos por uma sociedade que se aproveita da condição deles para tirar-lhes algo, tanto quanto mostra a dureza da vida ligada pela seca.

A edição da Antofágica está perfeita! Dispensa comentários.
Vania.Cristina 01/04/2024minha estante
Graciliano merecia ter ganhado o Nobel com esse livro. Universal, potente e eterno




najudnl 31/03/2024

Reler é sempre um desafio pra mim, mas não podia deixar passar a oportunidade de ler esse clássico em uma edição tão linda como é essa da Antofágica.

Chega a ser engraçado como essas minhas leituras, separadas por uns 7 ou 8 anos, me afetaram de maneira tão diferente.

Vale muito a pena começar a ler Graciliano Ramos a partir de Vidas Secas, sem dúvidas um dos maiores clássicos da literatura nacional.
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Kadu 30/03/2024

Perfeito
Um livro comovente e triste sobre uma família que vive no sertão nordestino (caatinga).

Tive vários socos no estômago em relação à como eles eram desumanizados na história. Fabiano não sabe falar direito, e se sente constrangido perto de outras pessoas que ele julga inteligentes como seu Tomás da bolandeira.

Uma das coisas mais tristes para mim foi que o maior desejo de sinhá Vitória era ter uma cama de verdade, já que eles dormiam em um feita de tábuas.
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Rildery 27/03/2024

Primeira leitura cinco estrelas de 2024
Creio que ouvi falar desse livro ao longo de toda minha vida, principalmente sendo um apaixonado por literatura em uma região pacata do Ceará.
Esse romance é como um compilado de crônicas tristes onde o cenário é a seca e a miséria. Tudo se une para uma obra provocativa à algumas pessoas distantes da realidade do povo sertanejo.
O capítulo "Baleia" foi uma das coisas mais lindas que eu li na minha vida. Fiquei bastante emocionado e quase chorei com os relatos dessa cadela que, para mim, é a protagonista do romance (depois da seca, lógico).
A leitura foi rápida e agradável, a linguagem foi de fácil acesso, pois conheço a maioria dos termos regionais usados, mas a edição da Antofágica conta com um leque de notas de rodapé que auxilia o leitor. Os posfácios foram escritos para uma análise mais rasa de algumas passagens, e acredito que poderiam ter sido mais elaborados.
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Carolina.Lausmann 20/03/2024

O mundo coberto de penas
Falar sobre "Vidas Secas" é mais do que apenas elogiar sua perfeição e valor histórico-literário; é expressar uma paixão profunda por uma obra-prima que toca a alma de forma indescritível.

Eu tenho por esse livro um valor sentimental difícil de descrever. Me cativou muito nova, na minha primeira leitura no colégio.

A história cíclica, a escrita truncada e emocionante, sem falar na edição maravilhosa, caprichadíssima da Antofagica, com posfácio e notas de rodapé super cuidadosos, além das artes únicas que se unem para criar uma experiência de leitura verdadeiramente transcendental.

Assim como Baleia, hoje fico com pensamentos revolucionários.
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felix enrique 17/03/2024

"Você é um bicho, Fabiano." "Você é um bicho, Baleia."
"Vidas Secas", de Graciliano Ramos, é uma obra que transcende a mera narrativa e mergulha o leitor nas entranhas do sertão nordestino. A riqueza da ambientação, as gírias características e os costumes tradicionais, ainda tão presentes na cultura, são elementos que conferem uma autenticidade ímpar à narrativa, especialmente para nós, nordestinos, revelando características ainda presentes em nossa cultura, o que faz da obra um verdadeiro clássico ao resistir à fragilidade do tempo.

A obra aborda de maneira profunda a dura realidade da seca, explorando os conflitos e as angústias dos personagens, com destaque para a relação peculiar entre Fabiano, sua família e a emblemática personagem, Baleia, que se destaca como um símbolo de humanidade em meio à incomunicabilidade dos demais. A condição humana é elevada ao extremo, as incertezas e as duras realidades são exprimidas friamente pelo autor.

Quanto à edição, é digna de um clássico, enriquecida pelas belíssimas ilustrações de Adriana Coppio, que agregam valor à obra. A diagramação primorosa, típica da editora, aliada às notas de rodapé explicativas, contribuem significativamente para a compreensão das nuances regionais presentes ao longo da narrativa.

Em suma, "Vidas Secas" não apenas emociona, mas também proporciona uma reflexão profunda sobre as condições humanas e sociais, enquanto sua edição primorosa eleva ainda mais sua importância como um verdadeiro clássico da literatura brasileira.

Certamente um dos meus livros favoritos da nossa literatura.
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