Um Artista da Fome

Um Artista da Fome Franz Kafka




Resenhas - Um artista da fome


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Natália Tiene 12/06/2021

Uma leitura apenas não basta para a complexidade e singularidade kafkiana
É incrível como Kafka atira milhares de reflexões na direção do leitor sem nada além de uma narrativa intrigante. Um artista da fome é denso na sua simplicidade e extremamente envolvente. Sinto que vou ter que ler no mínimo dez vezes para digerir tudo e extrair todas as referências extraordinárias.
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Raul 05/08/2021

O surreal que vejo em Kafka: espelho da realidade.
Como sempre, Kafka expõe em suas narrativas um mundo imperfeito, com pessoas imperfeitas. Contudo, instiga o leitor a ansiar pelo desfecho.
Em "Um Artista da Fome", a obstinação praserosa pelo sofrimento, tanto do artista quanto dos espectadores se assemelha à realidade. Na novela "Na Colônia Penal" nos deparamos com mentes deturpadas pelo poder. Enfim, mais uma boa pedida de leitura.
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Carol.Ortiz 24/07/2018

Kafka Animalizando o Ser Humano – Um artista da Fome
Franz Kakfa, em 1922, escreveu um dos mais simbólicos e intrigantes conto da literatura mundial. A história narra a vida de um artista cujo talento é jejuar. Passa longos períodos sem comer na esperança do reconhecimento do público. Entretanto, o que no início era uma agradável atração, se transforma na mesmice monótona do cotidiano e os espectadores, tão incansáveis por buscar novidades, deixam a atração de lado e vão procurar novas emoções. O artista, incompreendido, chega ao seu limite e o desfecho do livro é um episódio surpreendentemente fatal que banaliza completamente o espetáculo.

Li esse livro ainda adolescente, logo após me aventurar no complicadíssimo “A metamorfose”. Achei que seria mais um clássico enigmático do autor, mas a narrativa crescendo, a ambição cada vez maior, a animalização do ser humano e o ápice abrupto com o final despencando para uma tragédia fizeram essa obra entrar para a lista dos meus preferidos.

Kafka levanta inúmeras e inquietantes questões humanas existenciais quando descreve o personagem principal e as características de seu público. Por que estamos sempre insatisfeitos? Por que sempre queremos mais? A ambição, necessária para a sobrevivência, além de parâmetros éticos, é também um vício incontrolável e destruidor? Conseguimos encontrar prazer em algo verdadeiramente real ou sempre precisamos desejar e ter sonhos? Caímos num ciclo vicioso em que nada nos satisfaz por completo e carecemos de novidades, de emoções diferentes, de situações que nos tirem da rotina. É isso que nos torna humanos?

Quando o autor aborda os sentimentos negativos do jejuador, é possível nos sentirmos arremessados à um mundo primitivo das vontades humanas: a raiva, a ira, a irritabilidade de ter que controlar um desejo canibalesco de devorar tudo e todos ao seu redor. Quem nunca se sentiu assim? Voltamos às nossas raízes e nosso lado mais animal tenta emergir no meio das nossas duras construções éticas e morais. A agressividade oral e a banalização da mesmice são o que tornam essa obra algo grandiosamente construído: ao mesmo tempo que nossos instintos animalescos querem se exteriorizarem, o autor nos coloca na posição de uma fera selvagem, domesticada e aprisionada para o deleite sádico de quem está observando.

Leiam Um artista da fome. Leiam Kafka.

site: http://www.ojornalzinho.com.br/2018/07/24/kafka-animalizando-o-ser-humano-um-artista-da-fome/
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Lúcia 16/07/2009

Amor à arte
Interessante traçar um paralelo entre este conto e os tempos em que vivemos...
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IvaldoRocha 01/06/2015

Apenas uma dica leia o postácio
Não sou muito favorável à leitura de prefácios e posfácios, pois acho que às vezes dão uma dimensão exagerada a algum ponto de vista sobre a obra e cria um viés na nossa avaliação. Não é esse o caso, o Posfácio contextualiza a obra de uma maneira bastante justa e honesta e nos ajuda a ter uma ideia mais aprofundada dos objetivos do autor. Muito bom, quanto ao resto tudo já foi dito e bem dito.
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Iohana 20/04/2015

Amo!
Esse livro me cativa, principalmente o conto "O Artista da fome"!
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Michel 03/06/2014

Simplesmente Kafka
talvez se não fosse seu péssimo relacionamento com o pai kafka não seria kafka com uma mente brilhante expondo suas idéias e questionando a vida, o cotidiano a burocracia e a alienação da raça humana, seria apenas kafka desconhecido.
Suas obras relatam sobre a angústia do homem.

Essa com certeza é uma ótima leitura.
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Bells 26/05/2014

Grande Kafka
O brilhantismo de kafka continua inabalavel nesta série de contos. Um artista da fome e a Colonia penal são contos de cair o queixo e reler para registrar todos os pormenores, inclusive o primeiro conto "primeira dor" que é fantástico e de bem facil interpretação, bem diferente do grau de complexidade dos outros que só aumentam o numero de vezes que você irá reler...
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Francinni 18/04/2013

Um Artista da Fome
O conto 'Um Artista da Fome' de Franz Kafka, publicado em 1922, relata a vida de um artista que ganha a vida a jejuar. O artista não jejua apenas para atrair o público em suas performances, para ele jejuar significa vida e morte. O artista da fome é vigiado por uma grande quantidade de espectadores implacáveis que contam os dias de jejum, que não entendem a natureza artística de jejuar.

Entretanto, quando suas atuações deixam de ser populares, o artista é abandonado dentro de suas grades e se transforma num pobre-diabo. Trocado por uma pantera que foi colocada em sua jaula, o artista da fome leva o seu desejo de jejuar até o limite passando desapercebido pelos espectadores que se esquecem de contar os dias de jejum. Para o artista o ato de jejuar se faz necessário, quando está agonizando admite que jejua porque nunca conseguiu encontrar um alimento que o satisfizesse. Sua arte é um modo de existir, e a perfeição para ele nessa arte significa a morte.

O artista da fome pode ser comparado ao próprio Kafka, que na época em que escreveu este conto estava com o organismo fragilizado por uma forte tuberculose e laringite e se alimentava com muita dificuldade.
Além da projeção pessoal, Kafka trata de conceitos atuais, como a mudança dos gostos e hábitos da sociedade. Assim como o artista da fome deixou de ser uma atração, a sociedade moderna define novos objetos que aos nossos olhos pareçam aceitos. kafka descreve o modernismo.
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Pérola 23/03/2013

ótimas histórias que transmitem através da nossa realidade a submissão do homem diante das mais diversas situações o sofrimento psíquico, aquelas coisas que a gente fica remoendo durante anos e não faz nada para mudar...O Artista da Fome retrata de forma clara a alienação e submissão e por fim o conto NA COLÔNIA PENAL, retrata a tortura física.

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Diego 01/07/2012

8 ou 80
Quatro contos e uma novela.

Os contos são um pouco confusos, com exceção de "Um Artista da Fome", que traz um final bem reflexivo. Sendo bem sincero, os outros contos são bem chatos, especialmente "Josefine", que é cansativo pra caramba!

Mas o esforço de passar pelas páginas maçantes de "Josefine" é recompensado com "Na Colônia Penal". Doentio! No fundo até te deixa pensando: "será que o oficial tinha razão?". Recomendo!
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Nathy 10/01/2011

Supra-sumo do Kafka
Dentre os livros do Kafka que li até hoje, este foi o que mais traduziu pra mim o significado de algo "kafkiano".
Bem fininho e quando você começar a ler chegará ao final sem nem notar.

Surpreendente, da maneira que só o Kafka consegue.
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Daniel432 07/04/2011

Sensacional
Este livro que reúne alguns contos de Kafka é realmente sensacional!!
Os contos são curtos e, no geral, Kafka mantém seus períodos longos e cheios de contradições e insegurança, além de mostrar seu conturbado relacionamento com as mulheres.

Agora, o mais interessante é o conto Na Colônia Penal, onde Kafka mostra pela primeira vez (pelo menos para mim) a supremacia do sofrimento físico, real sobre sua constante inferioridade, baixa alto-estima e insegurança.

Para mim, que sou fã de Franz Kafka, soaria como suspeita qualquer recomendação de leitura de seus livros, mas esse realmente vale à pena pela diferença de estilo em Na Colônia Penal.
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Bia 04/08/2010

É fascinante. Kafka transforma a greve de fome em emprego, em maneira de se ganhar a vida, e depois de estruturar o leitor à idéia de que fazer greve de fome, é um emprego como outro qualquer, explica a decadência da profissão. Genial. A decadência que se vê em todos os meios de produção, cedo ou tarde.
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