Resenhas - A moradora de Wildfell Hall

Nah S 10/03/2023

A Inquilina de Wildfell Hall - Anne Brontë
Esse livro é maravilhoso e com certeza, surpreendente!

Conta a história de Helen, uma misteriosa e solitária viúva que passou a habitar a lúgubre e isolada Wildefell Hall com seu filho pequenino, Arthur.
O enredo é contado em sua maior parte por Markham, o fazendeiro vizinho a Wildefell, que irá se apaixonar por Helen, e desenvolver uma relação encantadora de se ver.

A história está repleta de belíssimas construções de imagens, a autora faz com que vizualizemos e sintamos o ar daqueles lugares, porém, o desenrolar da história mostrará que a questão central do enredo não é exatamente o desenvolvimento de um romance entre um casal, mas tratar de assuntos extremamente sérios e tensos como o vício, a devassidão, a degradação do ser humano ao se deixar levar por tais comportamentos, e principalmente, o que me chocou mais que tudo nesta leitura, foi o fato de Anne Brontë retratar de forma tão impecável, tendo escrito este livro há tanto tempo, o que hoje sabemos se tratar de um relacionamento abusivo e extremamente tóxico em toda a sua totalidade, com as descrições do passado atormentado de Helen pelo seu casamento inadequado com o repugnante e depravado Arthur Huntingdom, tendo ela ignorado os inúmeros sinais do mal caráter de seu pretendente e dos conselhos de todos ao seu redor. A autora apresenta muito bem a natureza inocente, cega, inexperiente e ludibriada de Helen ao retratar sua juventude, e com mestria a desenvolve mais madura, sábia e confiante no "atual momento" da história.
Uma escritora genial, que só me fez amar cada vez mais essa talentosa família de escritoras. As irmãs Brontës são extremamente criativas e fazem, com certeza, que todas as mulheres que as conheceram através de seus livros, se sintam orgulhosas por elas terem existido e terem dado voz ao talento feminino no mundo literário, mas muito além disso, ter demonstrado a capacidade feminina de ser independente, de agir por si mesma, de ter vontade própria e direitos como os homens de se desenvolverem como pessoa e profissionalmente, através da criação de personagens maravilhosas, com coragem para desafiar a "regra geral" de que as mulheres não deveriam sustentar a si mesmas, nem trabalhar.

Esta leitura foi muito prazerosa, apesar de a autora fazer com que sintamos realmente ódio pelo vilão da história em muitos momentos, minhas únicas críticas são, em minha opinião, alguns poucos momentos de suspense demasiadamente longos rs.
Super indico completamente esta leitura tão especial!

Ah! E eu absolutamente amei a revelação no último momento do livro de quem é Halford, e eu adorei!!!

*****Minha citação favorita S2:

" ?Esta rosa não é tão fragrante quanto uma flor de verão, mas resistiu a tantas privações que nenhuma delas poderia suportar: a fria chuva de inverno bastou para alimentá-la e seu débil sol, para aquecê-la; os gélidos ventos não a empalideceram ou quebraram seu talo, e a afiada geada não a murchou. Olhe, Gilbert, está ainda fresca e florescente quanto uma flor pode estar, mesmo com a fria neve agora em suas pétalas. ? Você a aceita?? "

Barbara M Giolo 02/03/2023

O Sr. Markham é um grande chato.
Esse livro é dividido em duas partes, uma no tempo presente dos personagens e o outro é a leitura de um diário que começa cerca de dois anos antes dos fatos atuais. Tudo começa quando uma viúva misteriosa se muda para uma antiga mansão abandonada causando grande alvoroço nos habitantes de um pequeno vilarejo de fazendeiros. Helen Graham é uma mulher muito discreta com um filho pequeno e apenas uma criada, está sempre de preto e não parece muito preocupada com os boatos que podem surgir de seus comportamentos, como por exemplo não ir às missas toda semana.
Em sua primeira visita à casa dos Markham se mostra uma mulher de opiniões fortes e bastante revolucionárias sobre a educação de crianças, em especial a de seu filho Arthur. Seus métodos e comportamentos são vistos com maus olhos por todo o vilarejo. O filho mais velho de seus anfitriões, Gilbert, fica fascinado pela excentricidade da pobre mulher e passa a atormentá-la com desejos de aproximação e casamento. Helen é bastante resistente a princípio mas acaba cedendo e até cultivando certos sentimentos pelo tal.
Já tem um tempo que fiz essa leitura e comecei essa resenha, temo não ter mais tanta informação para colocar aqui como antes. Mas ainda tenho os eventos principais frescos na memória, pois foi uma leitura marcante. Me lembro de que Helen se sustentava vendendo pinturas a óleo de sua autoria, o que a tornava uma mulher independente, algo muito mal visto na época. Também recordo que era bastante reservada por medo de ser encontrada pelo marido. A parte dois do livro onde temos a leitura de seu diário acontece depois que ela volta para ele que está acamado e no fim da vida. Gilbert que sempre foi um enxerido de primeira força tanto a barra após se sentir abandonado por Helen que ela lhe entrega o diário para que acalme seus ânimos. Ele era um grandessíssimo mala.
No diário ela relata sua vida desde solteira, todo o casamento e paixão que viveu com Arthur Huntingdon e até o momento em que o abandona. Este era amigo de seu irmão Frederick Lawrence. Casou por amor e teve uma triste surpresa ao descobrir o marido tendencioso a vícios e maus tratos, um homem fracassado que ia mal nos negócios e sem nenhuma responsabilidade para com a família. Seu irmão a ajuda na fuga e dá a ela a mansão onde ficará. Sem poder contar seus segredos a ninguém, Gilbert acredita por boa parte do tempo que ela e o irmão têm um envolvimento amoroso e acaba até agredindo ele (provando que é um babaca também).
Helen foi uma mulher muito maltratada e forte o suficiente para fugir com seu filho e uma ama apenas com a coragem, em uma sociedade retrógrada onde isso poderia significar sua morte. Apesar de todas as dificuldades que os boatos lhe traziam, ela vivia bastante bem até o marido adoecer e ela sentir a necessidade de voltar e cumprir sua obrigação como esposa. Fiz essa leitura para um clube de discussão e essa decisão da parte dela foi muito incômoda para grande parte dos meus colegas. E realmente seguindo a linha de pensamento que a autora propõe o livro todo essa escolha fica contraditória, mas eu gostei bastante. Acredito que para os leitores da época fica muito mais fácil dar credibilidade para as falas e ideais de Helen se ela cumprir suas obrigações de acordo com o que exigia a sociedade. Com essa conclusão, Brontë meio que dá uma apaziguada nos ânimos e faz com que escutem ela melhor ao invés de jogarem para o escanteio de primeira. Não sei com certeza se isso deu certo, mas gostei dessa possibilidade ficar em aberto.
A única coisa que me desagradou foi que após a morte de seu marido ela acaba se juntando ao Gilbert e ele também não valia a pena. Gostei muito dessa que foi pra mim uma das leituras clássicas mais fluídas. Amei conhecer o trabalho de uma Brontë, isso com certeza fez eu querer conhecer o restante da obra da família. Lamento por mulheres tão incríveis terem que ter vivido em tempos tão obscuros.

Lucelia16 20/02/2023

Uma obra que merecia mais atenção
Acho uma pena a Anne Brontë ter morrido tão jovem, ela tinha tanta vontade de viver e planos pela frente. Acredito que ela tinha muito a oferecer para a literatura inglesa, ah e que escrita linda e poética ela tinha, cada simples frase tinha um ar tão poética.

A Senhora de Wildfell Hall não só prova que Anne não é "a irmã Brontë menos talentosa" mas também o quão a frente de seu tempo Anne estava, abordando em sua obra, temas incomuns e até polêmicos para sua época, como relacionamentos abusivos, vícios, a maternidade e a condição da mulher na Inglaterra vitoriana.

O enredo se divide entre o ponto de vista de Gilbert e Helen, eu gostei de ambos e a amizade tão respeitosa deles, mas amei a primeira parte com o Gilbert. Todos personagens são bem desenvolvidos, mas o desenvolvimento mais notável é o amadurecimento da Helen. Todas as situações que ela vivenciou e a maternidade a fizeram uma personagem mais madura e forte, apesar de solitária. E uma das coisas mais interessantes que achei nessa obra é que podemos ver o quão religiosa a Anne era, isso se reflete na protagonista, uma mulher sensata e temente a Deus.

Já considero uma das melhores leituras e recomendo muito a leitura para quem gosta de clássicos. Uma pena ter sido ofuscada pela obra das irmãs e ser um tanto esquecida.

Aylana Almeida 18/02/2023

Irmãs Bronte não erraram ainda comigo!
Completamente rendida pela leitura desse livro e pela escrita fluida, hipnotizante e muito gostosa das irmãs Bronte. Ansiosa para me apaixonar pela próxima história ??

Bianca 17/02/2023

5 estrelas e favoritado facil
incrivel como esse livro consegue te transportar pra dentro dele e viver todos os sentimentos que os personagens sentem, principalmente os sentimentos da hellen, insano como eu sinto que vivi todo o inferno que ela viveu junto com ela

isabellecardosu 13/02/2023

Eu só sei amar as irmãs Brontë
Sou completamente obcecada pela Emily Brontë e Morro dos Ventos Uivantes. Por existir tão pouco dela, comecei a ler os livros das irmãs dela também! Li Jane Eyre da Charlotte Brontë e amei! Agora li A Inquilina de Wildfell Hall da Anne e amei também! Não consigo decidir qual das 3 heroínas é minha favorita mas cada uma delas tem um espaço no meu coração: Catherine, Jane e Helen ??

Creio que a Helen foi a que mais sofreu? eu sei que as irmãs Brontë em suas escritas falam explícita e implicitamente sobre valores cristãos. Mas quem eu acho que mais deixa escancarado é a Anne.

Ouvi muito sobre esse livro antes de lê-lo e ele é tudo isso que falam sobre ele! Eu me senti impactada lendo em pleno 2023 e fico me perguntando o quando foi polêmico e impactante na época que foi lançado. Ele merece todos os elogios que recebe. De fato, é um livro revolucionário e bem feminista! E também muito envolvente!

Muitos dizem que é uma ?continuação de morro dos ventos uivantes? ou como seria se a Cathy tivesse casado com o Heathcliff? mas ouso dizer que é uma grande besteira! Os personagens não se ASSEMELHAM EM NADA! Óbvio, os dois são dois canalhas? mas até Heathcliff tem mais ?caráter? que o Senhor Huntington, PELO MENOS ele gostava da Cathy, não era hipócrita? sabe? Heathcliff não queria viver conforme os costumes da sociedade hipócrita da época, já Huntington faz isso com maestria? ele é odioso em todos os aspectos. Mais odiável que o Heathcliff. Não tive empatia por ele em momento nenhum. Até fiquei feliz com a morte dele.

Uma das personagens que mais gostei foi de Rachel. Fico feliz por Helen ter uma amiga tão confidente.

Sinto que gostei da história mais quando foi narrada pela Helen do que pelo Gilbert. Achava ele meio chatinho rs

Fiquei muito feliz com o final feliz! Helen merecia!

A mensagem do livro é clara: FELIZES SÃO AQUELES QUE ESPERAM NO SENHOR!

Nath Mel 12/02/2023

?Esses escrúpulos de falsa educação e orgulho jamais o teriam perturbado. Você teria visto que as maiores distinções e diferenças terrenas de classe, nascimento e riqueza são como poeira na balança se comparadas à singularidade da harmonia de pensamentos e sentimentos de corações e almas que se amam e simpatizam de verdade.?

Esse trecho definiu muito o livro a mim, o quanto a virtude de duas pessoas definem seu tipo de relação.

Livro que me revoltou e me deixou com raiva dos homens várias vezes mas no fim nos mostra que o amor e a virtude, quando presentes, são capazes de criar lindos laços.

Valentina.Kurtz 11/02/2023

NÃO COMPREM ESSA EDIÇÃO
A Inquilina de Windfell Hall é um dos melhores livros (top 5) que já li na vida! Helen se tornou minha heroína, identifiquei relações de identidade e alteridade dela comigo do começo ao fim do livro. Na história de Anne Brontë, vemos uma mulher firme nos seus princípios e disposta a fazer sacrifícios em prol dos mesmos.

Apesar disso, não recomendo, em hipótese alguma, o livro da nova fronteira. Há erros grotescos de português e, principalmente, de recisão aqui. Um dos erros mais esdrúxulos se encontra num trecho onde a autora dos diários diz que "o céu estava lindo no céu". Sério, recomendo muito a obra, mas não a edição em que li.

Quel 11/02/2023

Críticas atemporais
Gostei muito do livro e da escrita da Anne, foi uma leitura longa, mas com diversos detalhes importantes na construção da Helen.

A influência religiosa é muito presente na personagem e na escrita da Anne e em diversos momentos vemos a personagem lutando contra seus desejos e tomando atitudes condizentes com sua fé.

Por fim, é triste perceber que a maioria dos homens continuam com as mesmas atitudes de 1848, e ao invés de evoluírem mostram uma natureza cada vez pior, também é triste perceber que a sociedade ainda julga tanto as mulheres e suas escolhas e que a igreja ainda incentiva tanto as mulheres a serem salvadoras de seus maridos.

Alessandra Leandro 10/02/2023

Romanesca e ao mesmo tempo cheia de reflexões
Eu realmente não sei qual das irmas Brontê eu gosto mais. A cada livro que leio, há sempre superação.

Além da escrita cheia de diálogos inteligentes, marcantes e sempre num crescente amadurecimento dos personagens, em A inquilina a história me prendeu de uma forma que me incomodava parar a leitura pra fazer as minhas atividades rotineiras.

Em A inquilina de Wildfell Hall, vemos uam carta de Markham para seu amigo, contanto um momento de sua vida que foi a chegada de uma mulher, com um filho pequeno viúva na Mansão Wildfell Hall. A comunidade se sente ansiosa por conhecer mais a história da moça que vive reclusa em sua casa.
A históiria então gira em torno dessa mulher, a Sra Graham e seu relacionamento com a comunidade e com o próprio Markham que se apaixona por ela, Porém há nuances, reviravoltas e muitas expectativas nessa história romanesca e ao mesmo tempo cheia de reflexões importantes. Realmente um texto pra ficar pra sempre no coração!!!

Rosangela Max 08/02/2023

Uma história sobre devassidão e orgulho.
Gilbert Markham é obcecado pela misteriosa Helen Graham e, com isso, tem atitudes violentas e egoístas.
A Helen foi uma jovem tola, orgulhosa e apaixonada que sofreu as consequências por escolher o pior homem para se casar.
Achei admirável como a autora reuniu em uma história toda a questão do amor feminino juvenil que começa cheio de paixão (beirando a obsessão) e expectativas e depois se apaga devido as frustrações, decepções e maus tratos.
Entendi o porquê desta história ter causado tanto furor quando foi publicada. A autora foi corajosa em expôr as condições de alguns casamentos tóxicos da época, a libertinagem dos homens (e de algumas mulheres) e as convenções sociais que pressionavam estes casais a permanecerem juntos, mesmo com o fracasso matrimonial. O curioso é que muita coisa ainda é aplicada hoje em alguns relacionamentos.
A introdução do livro é excelente, porém, contém vários spoilers. Sugiro deixar para ler no final.
Recomendo a leitura.

Rebeca.Verino 05/02/2023

Atemporal
Às vezes me pego pensando em como as três irmãs Brontë foram tão geniais. Seus livros são imortais.
Faltava ler uma obra de Anne para poder afirmar com total convicção a frase acima. E que surpresa: A senhora de Wildfell Hall se tornou uma das melhores leituras que já fiz. Definitivamente a sua temática transcende o tempo e espaço.
E que o encontramos no livro? Relacionamento tóxico, assédio, traição, mulheres com fingida sororidade, fofocas, ?cancelamento?, a sociedade dizendo para mulheres o que devem fazer e uma mulher tentando tomar as rédeas da sua vida. Esses são temas suficientemente atuais para você? Para mim eles são.
Helen é a protagonista que vai morar com seu filho em uma propriedade no campo. Uma mulher com filho e sem marido é a combinação perfeita para especulações na comunidade. Através da leitura do seu diário, iremos descobrir como um companheiro tóxico e infiel moldaram seu destino.
A senhora de Wildfell Hall é um livro com fluidez admirável e quando você perceber, já terá terminado a leitura.
Indicação para todos. Leiam.

Vitoria 05/02/2023

A esperança jorra eternamente do peito do homem
Um livro maravilhoso que enfatiza a genialidade de Anne Brontë, considerado a primeiro romance feminista ?A senhora de Wildfell Hall? desafia as convenções sociais da época, desprezado pelo seu tom obscuro, o livro além de ensinar muito sobre relacionamentos e principalmente a respeito de casamentos mostra as atitudes que eram consideradas normais no século XIX.
A primeira parte da narrativa é bem leve e deixa o leitor curioso sobre o passado de Helen. Já a segunda parte é pesada e penosa, é muito conflitante ler os percalços sofridos por Helen em seu infeliz matrimônio. Depois a narrativa admite um tom mais esperançoso e somos levados a desejar todo o bem possível para a personagem principal, que diferente de muitas mocinhas de época é forte, corajosa e consegue fugir de seu lar tormentoso. O final do livro é maravilhoso, Anne consegue dirigir o leitor por uma montanha-russa de sentimentos que acabam satisfeitos por fim.
Em geral, é um clássico que vale muito a pena, conscientiza as mulheres sobre o tipo de homem que devem escolher e a se afastar dos que bebem em demasia ou são inconstantes.
Recomendo demais :))

Hellen 02/02/2023

Uma mulher à frente do seu tempo
Em a Moradora de Wildfell Hall somos apresentados a uma protagonista que é muito à frente do seu tempo, para um livro da época em que foi escrito isso é algo muito surpreendente. No início é uma narrativa que para uns pode ser cansativa, já para mim foi muito leve de ler, conhecemos a vida da Helen Graham, uma viúva que não gosta de se envolver com os seus vizinhos e por conta de seus hábitos mais reclusos é vista com maus olhos pela comunidade local. Mas quando conhecemos o passado da Helen a leitura fica mais intensa e viciante. Em muitos momentos eu não consegui deixar o próximo capítulo para depois pois tinha que descobrir o que aconteria. Já li as obras da Emily e Charlotte Brontë, mas a Anne não deixou de me surpreeender. Me admirei por ver uma mulher tão independente como a Helen e fiel aos seus valores, resiliente mesmo com os inúmeros sofrimentos e tribulações que a arremetiam... Bem, mais que isso não posso dizer. Recomendo que leiam e tenham a experiência de devorar o livro assim como eu fiz!

Maria.Eugenia 01/02/2023

Belo romance
Demorei para me conectar a história, o que só aconteceu depois de quase 250 páginas. Mas depois a história vai ganhando corpo. O livro é surpreendente pelas reflexões que a autora faz acerca da função das mulheres na sociedade aquela altura da história. Recomendo a leitura!