Raízes do Brasil

Raízes do Brasil Sérgio Buarque de Holanda




Resenhas - Raízes do Brasil


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Japa 14/05/2022

No geral, péssimo
Em algumas partes o autor é extremamente perspicaz, com visão aberta e esclarecedora. Mas de maneira geral, o livro é péssimo.

É um livro rápido, curtinho e em formato de ensaio. Mas é ruim demais. Generalizações grosseiras, sem o mínimo de critério ou de argumentação eficiente.

A nova historiografia é muito superior no sentido de argumentar sobre os mesmos assuntos. Não são poucos os autores que pensam sobre a produção escrita do Sérgio Buarque de Hollanda, de maneira a rechaça-la. Inclusive, penso que seria mt mais inteligente apresentarmos na faculdade visões como de Florestan, Hilário Franco Jr, Jessé de Souza, que montam olhares mt mais importantes pra gente entender a cultura brasileira.

Abaixo Sérgio Buarque de Hollanda e seus derivados.

Abaixo o preconceito do brasileiro contra o próprio brasileiro.
Guilherme Amaro 16/05/2022minha estante
Qual livro vc indicaria então? Muito obrigado pelo depoimento.


Math 20/06/2022minha estante
Gostaria de saber também


Japa 21/06/2022minha estante
Dos autores que eu comentei, eu indicaria A Elite do Atraso (Jessé de Souza), e Raízes Medievais do Brasil (Hilário Franco Jr). São bons e apresentam um panorama diferente, com mais seriedade.

O Raízes do Brasil, apesar de clássico, é um livro bem complicado. O próprio Sérgio Buarque de Hollanda assume que é um livro incompleto.


Japa 21/06/2022minha estante
Complicado no sentido de polêmico, errôneo, desgostoso*




Carolhistoria 03/08/2010

Obediência/Virtude

"Por isso mesmo que rara e difícil, a obediênica aparece algumas vezes, para os povos ibéricos, como virtude suprema entre todas.A vontade de mandar e a disposição para cumprir ordens são-lhe igualmente peculiares.As ditaduras e o Santo Ofício parecem consituir formas tão típicas de seu caráter como a inclinação à anarquia e à desordem."

Ségio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil - p.39.

Vocês concordam?

Boticário 10/02/2012minha estante
Para mim este livro mostra coisas sobre nosso mundo,
como o cordialismo no Brasil.


Irapuan 15/04/2012minha estante
Certamente e acertadamente. A elite das cidades são extamente assim, e os acendentes, os imitam. É preciso, quebrar esse paradigma...Como? Eis a questão.




Arthur 29/06/2021

"Recorte"
Antes de dar as minhas impressões sobre a obra, preciso destacar duas coisas: não sou historiador, e qualquer crítica que eu faça (aliás, quem sou eu?) não abala a posição de clássico. Inclusive, para se criticar, ainda que um clássico (ou principalmente os clássicos) é necessário lê-los.
Dito isso, algumas coisas me incomodaram bastante na leitura de "Raízes do Brasil". A primeira é a generalização. Não sei se foi um movimento audacioso do autor em tentar estabelecer "um" perfil de brasileiro, mas me parece impossível fazê-lo, sobretudo em um território de dimensões continentais, extremamente populoso e com grande diversidade regional. Para citar um exemplo, o tão falado conceito do "homem cordial". É possível encontrá-lo em um universo, hoje, superior a 200 milhões de habitantes, mas me parece irreal definir como sendo uma espécie de brasileiro padrão. Aliás, o conceito de homem cordial é usado de forma toda equivocada por aí e, não me parece algo positivo.
Outra coisa, e talvez aqui a mão acabe pesando: "Raízes do Brasil" talvez devesse se chamar "Raiz do Brasil", porque flerta com epistemicídio. Aqui o raciocínio é relativamente simples: a formação étnica-cultural do país advém de, pelo menos, e de forma generalizante, de 3 origens. Mas o livro foca apenas na perspectiva do colonizador português (em comparação com o espanhol e, em alguns momentos, com o inglês). E, para além disso, nas vezes em que trata das matrizes indígenas e africanas, o faz como mero objeto dentro do processo desenvolvido pelos portugueses. Em sua obra, o professor Milton Santos ao falar de sistemas hegemônicos cita que sempre haverá reação do grupo submetido a esse processo, sendo essa reação, inclusive, parte fundamental no espaço geográfico.
Dito tudo isso, é importante também considerar toda a variação temporal. Talvez a obra seja um excelente relato sobre um determinado recorte da população, naquele contexto espaço-tempo.
Enfim, repetindo, é um clássico que, deve sim ser lido, mas com cuidado e atenção, até para evitar o anacronismo.
raquelrocha 30/06/2021minha estante
Achei interessante sua resenha. Essa é a principal obra de Sérgio Buarque de Holanda, o que fez o livro tornar-se um clássico foi justamente o capítulo sobre o homem cordial, ainda não li por completo. Mas adorei ver seu ponto de vista, porque muitos dos historiadores brasileiros gostam desse capítulo e dissecam muito sobre ele. Levarei sua opinião com um novo olhar sobre a obra.


Arthur 30/06/2021minha estante
Oi, Raquel! Penso que quando os historiadores citam o homem cordial, eles partem da ideia do "cordis", que, pelo que entendi, é o que o Sérgio Buarque de Holanda traz no livro. A ideia da pessoa que age "por impulso", digamos. O meu problema com essa ideia é a generalização, mas ele deve ter tido os motivos dele para elaborar essa análise. Quando falo do uso "atrapalhado" do conceito, é o que acontece muito em discussões de Internet, tratando a ideia do homem cordial basicamente como uma pessoa gentil. Depois me diz suas impressões do livro também. Certeza que, como alguém de História, pode melhorar muito meu entendimento da obra. ?




Raquel.Cola 01/06/2021

Essencial
Raízes do Brasil, como já é estabelecido, é um livro essencial para o conhecimento da estrutura brasileira moderna. Sérgio Buarque de Holanda destrincha toda a história da sociedade brasileira ao longo do tempo e como tudo impactou nas diversas áreas que influenciam a sociedade, como a economia, as migrações, os conflitos e as situações abstratas.
Confesso que achei um livro difícil de ler, e é certo que precisarei pega-lo novamente daqui um ou dois anos para reler e entender por completo. Mas na primeira leitura, o entendimento sobre diversos conceitos e formações do nosso país são bem evidenciados.
Quase esqueci de comentar a ironia que é o livro terminar questionando como seria um Brasil fascista !!!!!! ? ?No caso do fascismo, a variedade brasileira ainda trouxe a agravante de poder passar por uma teoria meramente conservadora, empenhado no fortalecimento das instituições sociais, morais e religiosas de prestígio indiscutível, e tendendo, assim, a tornar-se praticamente inofensiva aos poderosos, quando não apenas o seu instrumento.?
Poxa vida...
Pol 03/06/2021minha estante
Melhor resenha desse livro que já li na vida!


Raquel.Cola 03/06/2021minha estante
A melhor e a única kkk




Conta o livro 10/01/2022

Essêncial porém inacessível
Como todos comentam e como a própria alcunha de clássico deixa claro, Raízes do Brasil é um livro essêncial para se entender nosso país.
Principalmente nos capítulos iniciais, com a análise psicológica dos ibéricos e a comparação entre os tipos de colonização, o livro é muito bom.
Pra mim no final pareceu que o autor se perdeu um pouco e começou a ficar desinteressante. Talvez seja por que meu foco é maior no período colonial.
A maior crítica ao livro é a sua linguagem. Ela é inacessível, cansativa e rebuscada. Até para os acostumados com textos acadêmicos ela é difícil.
O próprio autor no livro critica intelectuais que escrevem difícil e não traduzem trechos de outras linguas, mas faz exatamente a mesma coisa.
Esse é um livro que afasta as pessoas da sua história e do conhecimento por um motivo desnecessário. Não é preciso escrever difícil para se fazer entender ou ser inteligente.
Gustavo.Ponte 23/01/2022minha estante
Perfeita análise! Também achei o final um pouco desconexo e menos interessante. Sem falar nos trechos em Francês e Latim, que poucos vão entender.




Math 20/06/2022

RAIZES DO BRASIL
Realmente é difícil saber por onde começar. Um livro importante, que tem que ser lido com um olhar crítico, tendo em vista que muitos trechos do livro defendem ideias errôneas, que não corresponde com a realidade, como por exemplo a maneira em que Sergio Buarque passa pano e dilui a colonização no Brasil, dizendo que foi pacífica. Também em outras partes em que defende com unhas e dentes o patriarcado. No entanto, é um excelente livro, que quando lido de maneira crítica, sabendo quando concordar e quando discordar do autor, agrega muito no seu conhecimento sobre sociologia e sobre o Brasil. Indico a todos a queles que querem saber mais sobre o país, não de uma forma lúdica como é ensinado nas escolas, mas sim, contando as origens dos maus e dos bons costumes brasileiros.
Math 21/06/2022minha estante
Pacífica*




Rodrigo 20/12/2020

Sem novidade...
O livro é mais do mesmo. Não tras nada novo do que já sabemos. Mas recomendo a leitura.
Lauro César 29/03/2021minha estante
Kkkkkkkkkkkkkk petulância danada




Fenix.Pires 13/02/2018

Nossa História
E imperativo para qualquer um que desejar conhecer nossa origem, ler em primeira mão esse clássico. Em Raízes do Brasil temos uma síntese de porque somos o que somos. É uma análise analisada de quem passou boa parte da vida estudando a sociedade brasileiro e latino americana.
Uma excelente leitura.
Mara.Sousa 07/03/2018minha estante
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Ocelo.Moreira 22/07/2011

Está bem conservado e ainda com plástico sobre a capa que coloquei para evitar qualquer tipo de rasura!
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clandestini 20/05/2010

Da série Raí­zes do Brasil
“Estereotipadas por longos anos de vida rural, a mentalidade da casa-grande invadiu assim as cidades e conquistou todas as profissões sem exclusão das mais humildes.” (HOLANDA, Sérgio Buarque. Raí­zes do Brasil, p. 55-56).

Raí­zes do Brasil é um pequeno livro de mais ou menos 150 páginas, depende da edição que o leitor escolhe, e não serve para uma leitura descompromissada. É o tipo de livro que necessita de uma leitura lenta, saboreada, para que todos os fios e teias de argumentos não se percam, e a magnitude das palavras de Sérgio Buarque de Holanda não confundam a cabeça de um leitor desavisado.

Raí­zes do Brasil trata de entender um processo de transição sociopolí­tica que Sérgio Buarque presenciava, onde pretendia identificar o passado a ser superado para entender qual seria nosso futuro histórico contido no presente.

O livro não é uma narrativa de fatos ou seqüência de eventos, é uma tentativa de reconstruir os fragmentos das várias formas de vida social , dessas instituições e mentalidades que tiveram suas origens no passado e que ainda eram parte da identidade nacional a ser superada.

O autor queria reconstruir a identidade brasileira tradicional enquanto um dos pilares de tensão do presente. Assim, a identidade brasileira está em devir, em processo de construção e também era problemática e fraturada. E em cada momento dessa construção a sociedade não deixa de ser portadora de ambiguidades, de ser nova, fruto da colonização européia, mas que não se amolda a sua herança. Em cada capí­tulo do livro ele identifica os pilares desse devir e tenta reconstituí­-los.

Daqui: http://trecosetrapos.org/weblog/2006/08/09/da-serie-raizes-do-brasil/
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Caio 10/09/2010

Intérprete do Brasil
Esse fantástico ensaio sobre a história do Brasil, marcado pela influência indelével da introdução dos estudos sociológicos nas décadas de 20 e 30, já apresenta a marca do gênio de seu autor.

Produção da juventude, nem por isso de menor valor, o texto constrói um panorâma (teleológico em alguma medida) sobre a construção do ser-brasileiro, desde as raízes portuguesas pré-cabralinas. Com isso, a obra ficou bastante datada, mas nada que ofusque o brilho do texto - saborosíssimo se comparado a grandes compêndios de história econômica muito mais superficiais embora mais volumosos que esse breve livreto. A leitura do livro permite perceber a plasticidade que o autor teve ao se desprender de seus pré-conceitos e superar-se em suas demais obras, coisa que faltou a outros, como, por exemplo, Gilberto Freyre.

De leitura fundamental não só para entender um dado momento da história intelectual brasileira, a obra permite que o leitor se maravilhe, se perca e se apaixone, e ainda mantém o frescor em certas passagens que se não são de todo precisas, no mínimo são inspiradoras, a saber:
- quando compara os modos da colonização espanhola, metódica e rigidamente controlada pela metrópole, na metafora buarqueana os espanhóis são os "ladrilhadores". Enquanto os portugueses, muito mais indolentes, auto-suficientes e insubmissos são comparados a "semeadores";
- quando lança a noção de "homem cordial" como sendo um arquétipo do brasileiro que, longe de ser pacífico ou benevolente, é cordial porque age de acordo com o coração, com as paixões, sendo extremado em seus amores e em seus ódios;
- quando percebe peculiaridades do brasileiro como o costume de utilizar-se de diminutivos para fugir ao formalismo das relações sociais e familiarizar o contato com o outro.

Enfim, essa enumeração poderia ser ainda maior, sem contudo alterar o que até agora foi dito sobre a substância do livro. Fazendo coro a voz da tradição, essa leitura é recomendadíssima.
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Jan 03/01/2024

Um tratado sobre o processo de formação do Brasil
A obra de Holanda nos apresenta a ideia de formação do conceito de cultura em nosso país, mas diferente de Gilberto Freyre que fica no processo de miscibilidade, Holanda coloca em debate a importância maior ou menor daquilo que é público e do que é privado, focando na propriedade/patrimônio como motivador.
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spoiler visualizar
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Maria Fernanda 11/08/2013

Esse é um daqueles livros que todo brasileiro tinha que ler, ao menos uma vez na vida. É um clássico. Faz reflexões importantes sobre a cultura brasileira e ajuda a explicar nossa formação como povo, iluminando aspectos que nos influenciam até hoje - o que mantém l livro, escrito na década de 50, incrivelmente atual. Apesar de ser claramente um erudito, Sérgio Buarque de Holanda expõe seus argumentos de forma clara e direta, o que na minha opinião só acrescenta à genialidade da obra. Gostei tanto desse livro que tenho vontade de sair presenteando exemplares para todos os meus amigos.
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danield_moura 21/09/2013

"Um clássico de nascença"

—Antonio Candido—
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