Meus Problemas com as Mulheres

Meus Problemas com as Mulheres Robert Crumb




Resenhas - Meus Problemas com as Mulheres


14 encontrados | exibindo 1 a 14


Gabriel Farias Martins 02/05/2024

Cru
Crumb nos conta um pouco de sua infância, suas relações com o sexo oposto ao longo da vida escolar, suas fantasias de poder e todas perversões possíveis vindas de sua pessoa após a fama no período de contracultura.
A autocrítica é um ponto alto desse quadrinho, Crumb reconhece a natureza de sua forma mais primitiva e abraça todos seus instintos, independente do quão problemáticos pareçam.
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Bruno.Andreoli 02/11/2022

Potencial criativo versus moral
É Crumb, certo? Impossível não se identificar. O pequeno inferno da moral católica, o potencial criativo reprimido, o desenvolvimento de um adolescente completamente perdido. E garotas. O que fazer? Se o autor não está tentando responder, pelo menos está fornecendo uma porção de dicas. Há uma conversa da obra com "Retalhos", de Craig Thompson, que vale a pena verificar.
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Renan Motta 29/08/2021

Crumb e sua mente doentia
Sempre é bom ter contato com o mundo underground de Crumb e aqui não é diferente. Sua obra é ácida e para poucos, mas sempre vale à pena.

Vale destacar seu incrível desenho, cheio de detalhes e, claro, a estranheza única de seu traço
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Pedro Marques 12/12/2020

Uma viagem pela mente do autor
A obra aborda a relação do autor com as mulheres ao longo de sua vida, detalhando suas preferências e fantasias mais íntimas!
Definitivamente não é uma obra para qualquer leitor e exige certa abstração para compreender seu propósito.
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Guilherme 22/11/2019

Crumb não tem papas na língua, apesar de ter crescido como um nerd tímido, quando seus quadrinhos começaram a fazer sucesso ele colocou as mangas de fora e aproveitou suas inúmeras taras. Ele não tem vergonha de ser visto como um machista e muitas vezes racista ele só mostra as coisas como ele vê, sem nenhuma intenção de ser politicamente correto.
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Maycon 26/09/2019

Um católico q teve a oportunidade de se satisfazer sexualmente com mulheres robustas.

No fundo, ele odeia amar as mulheres, mas também ama odiar. Submisso na rua e dominador na cama. Apenas um cara de libido alta e fetiches bizarros (mas, não o julguem)
Se ele tivesse mais uns 15 anos de adolescência, certeza q caía no bissexualismo
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Juliana Cohen 04/11/2017

Esse cara é bem perturbado e escroto. Interessante ler pra entender como um cara doentio e misógino pensa. Ainda bem que eu não gastei dinheiro com isso.
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Che 20/06/2017

VOSSA MAJESTADE, A BUNDA FEMININA
Mais uma que leio por indicação de um amigo, tendo ocupado a última colocação do top 20 dele. A julgar pela leitura que fiz em poucas horas, sempre interrompida por gargalhadas, nem vendo o tempo passar de tão entretido, presumo que talvez ele devesse ter posto essa obra numa colocação melhor. É sem dúvidas muito superior a "Pagando por Sexo", de Chester Brown, que li faz pouco tempo, com prefácio do próprio Robert Crumb.

Diferente de Brown, Crumb faz um relato autobiográfico não só explícito no tocante às fantasias sexuais amalucados do autor (Brown era bem mais pudico nesse aspecto), mas ainda completamente franco, não poupando a si mesmo de várias críticas ácidas e duramente sinceras (há várias setas apontando para auto-retratos dele como' invejoso', 'tarado', 'neurótico' e etc). Ou seja, fica até difícil enxergar Crumb como tão egocêntrico quanto ele próprio pinta que é nos quadrinhos, já que ele mesmo faz tantos apontamentos negativos de si que, afinal, acaba tendo ali um curioso resultado de humildade (involuntária), mesmo nas histórias mais declaradamente egóicas, como aquela em que ele literalmente vira um rei num harém cercado de mulheres tesudas cujo maior sonho é... ter direito a uma fodinha com ele!

Mas a verdadeira majestade idolatrada pelo autor é o corpo feminino, praticamente endeusado em todas as 100 páginas de "Meus Problemas com as Mulheres" - na verdade é uma coletânea de histórias e esboços dele desde os anos sessenta até o começo dos noventa. Crumb - que pode ser chamado de tudo, menos de 'demissexual' - de bobo não tem nada: sabe que o espetáculo das curvas femininas é da cintura pra baixo, mas especificamente nas coxas e, claro, nas bundas. Por conta disso, o traço dele pra desenhar mulheres é completamente ímpar, com mulheres não só vistas como 'potrancas', mas como verdadeiras 'minotauras', dada a desproporção das nádegas e pernas em comparação com o resto. Essa licença poética acaba sendo não só original e logo compreensível, por conta dos fetiches do autor, mas também engraçada e lúdica, casando perfeitamente com o teor das narrativas que ele quer descrever.

Fazendo um paralelo com o cinema, Crumb seria uma espécie de Woody Allen dos quadrinhos: emerge nos anos sessenta, se consolida na década seguinte, fala muito de si mesmo em sua obra, teve formação religiosa (no caso de Crumb, católica) forte na infância e tem claros e conscientes sinais de neuroses relacionadas à repressão sexual nas primeiras décadas de vida. Nesse último aspecto, Crumb conta sem pudores, num tom de 'vingança dos nerds', sua volta por cima no tocante à oferta sexual que vem para ele depois que fica famoso.

Enfim, daria pra falar ainda muito dessa HQ que me divertiu bastante e conseguiu transitar entre a confissão honesta das próprias neuroses e a devoção (justa e merecida, convenhamos!) à 'Santa Bunda'. Me identifiquei com ele em muitos aspectos e arrisco até dizer que tenho vários fetiches em comum, embora não todos (nunca foi podólatra, por exemplo). Mas é melhor parar por aqui e apenas recomendar, com plena ênfase, a leitura da HQ. E fica o aviso: não vá achando que é algo da linha narrativa erótica à la Milo Manara, mas sim uma biografia cômica, mas muito sincera, de um nerd tarado que acorda e vai dormir pensando 'naquilo'. Pra quem souber encarar essa proposta - eu fui fisgado por ela logo de cara - será um prato cheio.

Ah, e não deixem também de procurar o documentário sobre Crumb de 1994.
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N.Barbosa 13/10/2014

Tudo começou assim...
Objetivo, direto e sem rodeios:essas são características notadas na obra. Aqui, o pervertido e muitas vezes indigesto, Robert Crumb tenta explicar como surgiu sua impiedosa fixação por mulheres. O jovem fora dos padrões de beleza, comportamento e socialmente reprovado, encontra na arte de desenhar suas fantasias sexuais mais depravadas, e estranhas, um escape para suas angústias. Despercebido e ignorado, ele se esforça ao máximo para mostrar o talento que tem para o desenho e com isso ganhar fama. É a partir daí, que o jovem nerd passa a ser notado e admirado por todos. Assim, ele começa a realizar tudo aquilo que apenas colocava no papel. Crumb não é um sonhador à procura de um amor, mas, um eterno caçador de satisfação sexual. Sua busca chega ao fim quando encontra uma mulher de pernas grossas e com a bunda grande. Ao retratar sua perspectiva sobre o sexo, Crumb abole qualquer contrato estabelecido para a conquista do outro e dessa forma, a prática é animalesca e estritamente voltada para a realização dos anseios de seus instintos. Não há limite ou barreira entre o pensamento sexual do artista e aquilo que é descrito, roteirizado. Aos moralistas, Crumb é o demônio. Aos libertários, ele é um mártir. A mim, pareceu apenas revelar um pouco daquilo que fantasiamos, mas, que muitas vezes, ou todas vezes, reprimimos
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Edme 10/01/2013

A Putaria rola solta nesse livro estilo "quadrinhos" de R. Crumb.
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Marcos Faria 03/03/2012

Seis álbuns do Robert Crumb (editora Conrad) de uma vez, para aproveitar uma promoção. Promoção também no Almanaque: seis resenhas no mesmo parágrafo. Porque a vantagem foi ler todos os seis livros como se fosse uma coisa só, uma grande antologia de Crumb. O suficiente para mostrar por que o cara é um dos melhores de todos os tempos. A exceção é Bob e Harv, o mais fraco do pacote, até por ser o único em que as histórias não são de Crumb e sim de Harvey Pekar. Pekar tem algumas coisas interessantes, mas a maior parte do tempo é tedioso. Tanto que o melhor momento é a história em que ele conta como conheceu Crumb. Aí a coisa se aproxima do que a gente vê nos outros livros: a rabugice do anti-herói, sempre pronto para reclamar de tudo o que vê na América. Mas Crumb mata a pau mesmo é quando fala de si mesmo, especialmente em Minha vida e Meus problemas com as mulheres – as vezes, eu me senti como se ele estivesse falando da minha vida e dos meus problemas com as mulheres. A maior diferença é que ele não tem o menor medo de expor as fraquezas, mostrar-se falho, humano, incoerente. O fato de dar a cara a tapa lhe dá o direito de reclamar de volta, criticando o próprio meio da contracultura que fez dele um ídolo. Isso acontece de forma primorosa em Mr. Natural, o mais bem resolvido nesse aspecto e, paradoxalmente, o menos autobiográfico (ao menos aparentemente). Também em Blues, ao falar de uma música que não existe mais e talvez só exista na cabeça de colecionadores nostálgicos, lendas melhores que os fatos e que por isso se sobrepõem a eles, expõe um desejo de beleza que é de certa forma o desejo de uma vida diferente. Às vezes dá vontade de esfregar isso na cara de Crumb; que ele mesmo é tão ridículo e mesquinho e decadente quanto aqueles (e aquelas!) que critica. Aí o espelho me olha de volta.

(Publicado originalmente no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/03/03/meninos-eu-li-20/)
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Mumu 04/05/2011

Machismo
Robert Crumb é muito conhecido por seu suposto machismo. Pra mim neste livro deixa claro que o que as pessoas chamam de machismo, eu chamaria de liberdade sexual.

Depois de ser muito reprimido ele se libertou, e não só sexualmente mas como artista também. "Meus Problemas com as Mulheres" é um documento de liberdade sexual, liberdade artística e uma lição de como se relacionar com a arte e com as mulheres... Perfeito!
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Gabriel 11/01/2011

Crumb é ácido. Não conhecia seu trabalho, mas confesso que esperava um pouco mais. Três estrelas está de bom tamanho.
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jackguedes 29/10/2010

O mesmo pervertido de sempre, ainda bem.
HQ lançada recentemente pela Conrad, Meus Problemas tem como carro chefe a história homônima lançada anteriormente em dois volumes – em 1980 e 1986 – além de outros capítulos curtos independentes, rascunhos e textos e memórias do grande Robert Crumb. A compilação apresenta o mesmo Crumb de sempre: pervertido, sempre metido nas situações mais depravadas com as mulheres que só ele sabe desenhar: o fetiche pelas mulheres corpulentas atinge o ápice nesta HQ autobiográfica. Não apenas a origem de seu fetiche é abordado; Crumb narra aqui sua infância complicada de menino feio, tímido, esquisito, pobre e loser (conceito norte-americano que é melhor não traduzir: ser loser é pior que ser perdedor, é quase um estilo de vida), sempre pensando em sexo. A diferença é que na adolescência, além de pensar, ele começou a desenhar sexo. Só para, no início da vida adulta, tornar-se um quadrinista cult e fazer sucesso com as mulheres. Mas os problemas continuam.

(http://jackguedes.wordpress.com/)
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