O Que é Pós-Moderno

O Que é Pós-Moderno Jair Ferreira dos Santos




Resenhas - O Que É Pós-Moderno


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Martins 08/05/2020

Nesta 10° edição, publicada em 1991, uma década após sua primeira edição é possível perceber com mais clareza o que a obra tentou demonstrar em 1980. Pois, muito que se descreveu naquele período, sobretudo, no que se referia aos avanços tecnológico com seus possíveis efeitos no comportamento social, não era ainda nítido no Brasil. A partir dos anos 90 é possível perceber, aqui, as chancelas de uma nova fase na história da humanidade provocada pela mudança nas ciências, nas artes e sua influência na sociedade brasileira. Aquela percepção de vazio e confusão, passando, parece, por um processo de desconstrução de paradigmas construídos no período moderno, um caminhar sobre os descombros de uma realidade ruída se concretizou em nossa sociedade. Excelente leitura.
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Erika 15/02/2016

Bom, barato e útil
Sempre que posso leio esse livro novamente, a primeira vez que fiz isso foi em 1999 e ainda leio de vez em quando. Raramente temos a oportunidade de ter essa relação com um livro, a forma como ele foi escrito é quase um tango com a nossa mente e é ele próprio um bom exemplo de "pós-moderno". Toda essa coleção "Primeiros Passos" é muito legal de ter em casa, de fácil consulta, se for dentro da sua área de pesquisa ou interesse eu recomendo muito que você tenha todos que puder, são livros baratos, práticos, bons e pequenos (cabem em qualquer espaço) e cheios de referência (com a internet, quem tem referência tem ouro). Ótimo investimento. Leia e tenha em casa se puder.
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Bruno 16/04/2013

Um livro show de bola
A sociedade evoluiu. Agora vivemos a Era da informação e isso trouxe muitas mudanças em diversas áreas humanas: economicas, políticas, comportamentais, artes, psicologicas. Estamos pós-modernos.

Numa linguagem "show de bola", o livro inicia o assunto de uma maneira bem didatica.
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Sabrina 23/11/2010

BEM PÓS-MODERNO
O livro sobre “O que é pós-moderno” logo no título dos seus capítulos mostra as mudanças nas novas formas de ver e lidar com um mundo pós-guerra. O livro foi escrito em meio a mudança histórica, ou seja, em 1980. Que é também quando o próprio autor cita estar ocorrendo a aparição de um certo ‘fantasma’ desejoso de espalhar a ideia do pós-modernismo pelo mundo.
O que se classifica como início de uma desconstrução do moderno e a aparição de algo diferente e novo seria uma mistura geral, uma geléia total. O pós-modernismo segundo o autor é o nome que foi aplicado as mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950, quando segundo alguns, se encerrou o modernismo. Para dos Santos, a arquitetura e a computação dos anos 50, juntamente com a arte POP dos anos 60 e com a crítica à cultura ocidental nos anos 70, desemboca nos anos 80 com um ‘amadurecimento’ que se associa com a moda, o cinema, a música e o cotidiano programado pela tecnociência.
O que se enxerga no pós-moderno é uma desconstrução, o surgimento de um novo homem. Homem esse que leva uma vida agora fragmentada em imagens, dígitos, signos. E de maneira satisfatória, sem revolta, simplesmente de acordo com a nova agenda do mundo pós-moderno. Entra-se na era onde tudo é computadorizado, a tecnologia passa a organizar o dia-a-dia de cada um. A sociedade se vê cheia de produtos e com somente uma demanda: vender. Nasce assim o conceito de sociedade de consumo. Sociedade esta que seduz o indivíduo para que ele deseje consumir, deseje viver de modo hedonista.
Além de o pós-modernismo aparecer como construidor de signos e imagens do que é o novo modelo de viver, ele aparece também como destruidor/desconstrutor das idéias modernas, ‘antigas’. Traz consigo o niilismo, a ideia de nada, de vazio, ausência de valores e de sentido para vida. Ignora e destrói Deus e os ideais do passado. O homem moderno visa a História, o Desenvolvimento, uma Consciência Social. Para o pós-moderno, tudo isso são ilusões, não existe Céu, nem motivo para História, o que importa é a realização do prazer e do consumo no presente.
O pós-modernismo é próprio das sociedades pós-industriais baseadas na informação – EUA, Japão e centros europeus. No entanto, hoje em dia, esse conceito de estende a vários outros pólos, inclusive atualmente se vê uma inserção mais atuante do Brasil no meio global do consumo e participação no mundo pós-moderno.
Vê-se a ideia muito presente do espetáculo, da sociedade do espetáculo, onde tudo é observado, filmado, vendido e anunciado como produto, como consumo. Transforma o real em algo bem mais interessante que o real em si, transforma-o em hiper-real, espetacular. Exemplo muito forte hoje são os reality show. Essa ideia de que tudo pode se ver, até o que é íntimo, o considerado hoje perde essa referência. Tudo se pode ver, se pode experimentar. O pós-moderno mistura tudo. O que se tem é aberto, plural, eclético.
A partir da leitura do texto vê-se alguns exemplos de como a sociedade se encontrava nos anos 80 (período em que o livro foi desenvolvido), e que hoje já há umas diferenças, por exemplo, a tabela da página 24.
Cita-se muito a tecnologia, a questão da informação, o aumento do uso dos computadores e o desenvolvimento de diversos programas e estudos acerca do crescimento e investimento nessa área.
O resto do texto visa bastante fazer comparações entre obras de arte, literatura, movimentos sociais, os filmes e a cultura em si. Depois lê-se exemplos nos quais foram baseadas diversas novas formas de aplicar o pós-moderno, o porque e com qual objetivo.
Segundo o autor do texto, outros autores que já descartam a novidade do pós-modernismo o fazem por se sentirem incomodados a saírem de sua zona de conforto. No entanto, talvez fosse necessário experienciá-lo para depois descartá-lo de vez ou não. Claro que ele também menciona o lado negativo ou pelo menos individualista da lógica pós-moderna, mas ele crê ter seu fundamento desde o modo como o homem moderno esta levando e vendo a vida e as construções sociais antes.
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Jow 30/08/2010

Afinal, o que é pós- moderno???
A obra “O que é pós-moderno" de Jair Ferreira dos Santos carrega consigo algumas características gerais, mas bastante marcantes como a utilização de metáforas, o uso da linguagem coloquial, as incessantes comparações entre modernidade e pós-modernidade, e a utilização de exemplos reais e citações.

O livro, de leitura rápida e agradável, inicia de uma forma inusitada. O autor chama o pós-modernismo de fantasma. Este surgiu em 1950 quando ocorreram mudanças em vários âmbitos: ciências, artes, sociedade etc. O “fantasma” pode ser encontrado em nosso dia-a-dia diante da explosão e saturação das informações. Não se sabe ao certo se o pós-modernismo significa decadência ou renascimento cultural. Decadente pois, segundo muitos críticos, não tem força intelectual; mas renascimento pois abala os preconceitos, ameniza o muro entre arte culta e de massa e é pluralista, já que propõe a convivência de estilos diversos.

Assim é feita a pós-modernidade: de contradições. O pós-modernismo é o niilismo: ausência de valores. É a entrega ao presente e ao prazer, ao consumo e ao individualismo. Jair Ferreira afirma ainda que o pós-modernismo é típico de sociedade pós-industriais baseadas na informação, tais como EUA, Japão e Europa.

Os meios de comunicação refazem o mundo à sua maneira, hiper-realizam o mundo pois algo inviável na realidade, pode ser possível na televisão. A pós-modernidade é um mundo super-criado pelos signos. Compramos algo não pelo seu poder de uso, mas por causa do status; as pessoas passaram a ser pelo que vestem. Atualmente quem não usa jeans e tênis, paga o preço da marginalidade social. Essa é a chamada desreferencialização do rela e dessubstancialização do sujeito.

O pós-moderno tem algo de moderno, mas de forma exagerada, como o individualismo exacerbado, por exemplo. Mas as preocupações pós-modernas estão presas à coisas menores, ao cotidiano.
Nos anos 60, houve o DNA, a pílula, o rock, o chip etc, e tudo isso foi mola propulsora para o surgimento da pós-modernidade. A máquina passou a ditar valores diferentes da religião e tradição tais como a solidão, a cultura de massa etc. Durante esse período, há o consumo de serviços, comunicação entre as pessoa. É necessário um acelerador de informações. Tudo passa a ser signo processado.

A produção e o próprio consumo são programados na pós-modernidade. O que aumenta o desempenho e facilita a vida. É preciso qualidade e tecnologia para se poupar tempo e dinheiro. Por isso, há tecnologia no cotidiano. As pessoa são bombardeadas por informação e isso provocam efeitos culturais, políticos etc.

O Design, por exemplo, estetiza o cotidiano. A moda e a publicidade erotizam o dia-a-dia com fantasias e proporcionando desejos de posse. Forma-se então o circuito: informação – estilização – erotização – personalização.

Com tantas facilidades no dia-a-dia, a pessoa se despolitiza. A sua participação social tem pequenos objetivos. Não há preocupação com grandes temas e a pessoa pode ser várias coisas ao mesmo tempo (vegetariano,budista etc) O que me faz levantar a seguinste questão: Somos apenas um mísero produto do meio??

É um livro muito rico em detalhes e referencias. Foi uma leitura altamente prazerosa, mesmo se tratando de um livro de caratér universitário. Eu recomendo!
Alan Ventura 02/09/2010minha estante
extraiu o sumo do livro nesta resenha. =)


Indira 04/12/2012minha estante
e se vcs tivessem que transformar o pos modernismo em objeto.. que objeto seria esse???




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