Paty 14/02/2022Essa geração mimimi tem mt que aprender ctg, que exemplo!!!Eu estou, tipo, admirada com o nível de resiliência dessa mulher! Ela disse que essa horrível experiência tornou ela uma mulher forte, mas nitidamente ela sempre foi. Ela foi criada assim.
Mesmo que a própria não se enxergasse dessa forma.
É verdade que gritei duas ou três vezes com ela em pensamento, desesperada, por alguma atitude dela, ou melhor: falta de. Mas é impossível não sentir empatia. Ela fez o melhor que pode diante dessa situação bizarra a qual foi exposta contra a sua própria vontade e a qual nenhuma criança deveria ser. Quão triste fiquei ao ler que a busca por ela acabou após três dias. Que valor tem uma vida? Quão mínimo esforço, tempo, mas também quantas crianças e casos? Muito triste saber que ela também foi culpada, julgava e criticada por suas estratégias de sobrevivência.
É fácil julgar do conforto da nossa casa!
O relato dela até muda de tom e você percebe ela se justificando. Mas os estudos de situações semelhantes a dela por parte de especialistas que ela adicionou a sua própria perspectiva e experiência no livro foram incríveis. Mostra que ela mesma procurou outros casos, relatos, estudos, EXPLICAÇÕES para aquilo que ela mesma passou. Se é que tem como explicar tal ato! Apesar dos anos de abuso é incrível ver como ela não gostava e não aceitava ser vista e se ver como vítima, ainda que tenha sido uma, ela estava determinada a não ser a coitadinha. Ela estava determinada a lutar por ela mesma. Ainda bem, porque ela não tinha ninguém para fazer isso por ela.
Pedro escreve em 1 Pedro 3.9 que não devemos pagar o mal com mal e ela mesmo sem ser cristã (ao menos não há nenhum indicativo disso) age com graça em relação àqueles (não só ele) que agiram erroneamente para com ela, escolhendo a atitude mais difícil e por tanto a mais admirável.
Um caso que me repulsa só de imaginar. Mas se ela conseguiu agir com tanta graça diante de tal extremo, qual desculpa temos para não o fazermos? Realmente um tapa na cara da nossa sociedade. Uma crítica ao politicamente correto e a nós mesmos que de prontidão estamos com a pedra na mão para julgarmos e condenarmos. Ela expõe a nossa própria sede por sangue, por vingança, por justiça. A nossa justiça.