A Mão Esquerda da Escuridão

A Mão Esquerda da Escuridão Ursula K. Le Guin...




Resenhas - A Mão Esquerda da Escuridão


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Guilherme.Eisfeld 11/12/2022

Um universo onde o gênero não dita as regras
A atmosfera criada por Ursula remete ao frio, à desolação, e a principal diferença entre os povos dá o pano de fundo social atrelado ao gênero. Bem construído e envolvente, com a parte final um pouco repetitiva, principalmente na parte do Gelo. Uma boa ficção e como toda boa ficção apresenta um paralelo questionador da nossa sociedade.
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Aryanna.Machado 10/12/2022

Um pouco sem palavras
Fiquei pensando um pouco se favoritaria ou não esse livro, mas cheguei à conclusão que esse livro me fez muito querer ler mais ficção científica, então sim, favoritei.

A introdução escrita por Le Guin é uma verdadeira aula e pretendo retornar a essa parte pra ler mais vezes com certeza.

A história em si, de início, me chamou mais atenção pelos momentos em que se fala de sexualidade e gênero, o olhar alienígena que se dá para a questão é sensacional.

Depois das primeiras 100 páginas isso ficou um pouco mais em segundo plano pra mim e três outros pontos chamaram mais atenção: a política daquele planeta, a relação de Estraven e Genry e a descrição de gelos (risos).

Muitas tramas bem difíceis de compreender, mas quando se passa a narrar por dois pontos de vista diferentes fica um pouco mais claro.

A relação de Estraven e Genly tem uma trope que não vou falar qual é, mas posso dizer que amei muito(estou brincando, mas nem tanto). Foi uma relação complexa e muito legal de se ler.

Por fim, posso dizer que a parte da travessia foi a que fiquei mais imersa. Nunca pensei que fosse gostar tanto de tanta descrição de gelo, neve, montanhas, frio. Claro, também há todo um relato de uma complexidade de sentimentos ao atravessar uma região tão inóspita, mas predomina a descrição de cenários. Não sei se esperava esse final, preferia que outra coisa tivesse acontecido mas ainda assim é muito bom.
Tenan 10/12/2022minha estante
Por um mundo com mais ficçao cientifica e menos Coleen Hoover ??




Carol.Silva 10/12/2022

O livro fala sobre a vinda de um ser humano que viaja até um planeta diferente denominado Planeta Gelado - por estar, literalmente, congelado e ser muito frio - para tentar convencê-los a se unir em uma organização, que busca o equilíbrio e o compartilhamento do desenvolvimento científico entre todos os planetas. Logo, esse ser humano - Genly Ai - encontra aliados no estado de Karhide e passa a conviver entre eles, até que uma audiência com o Rei Argaven muda tudo.
Não é o meu melhor momento como leitora e por isso demorei um pouco para finalizá-lo, mas considero um bom livro. A leitura não é arrastada, e temos muitas questões importantes sendo tratadas ali, como o fato dos karhideanos e todos os habitantes desse planeta serem ambissexuais, não conhecendo o que definimos como homem e mulher.
Achei fantástico o fato da autora criar um universo todo detalhado, com uma linguagem e passagem do tempo próprias; até mesmo o seu calendário foi desenvolvido e apresentado para os leitores. É de uma criatividade ímpar. E, assim, não ficamos com a sensação de "queria saber como é isso e aquilo", porque tudo nos foi oferecido.
Recomendaria essa leitura, mas aviso que não é para todos. Eu mesma, me perdi em alguns momentos (eram muitos nomes difíceis) e terminei o livro sem entender uma pequena questão relacionada ao passado de Estraven e o seu irmão Arek. A história pode não agradar a todos os gostos, também.
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DeaGomes 08/12/2022

Um livro diferente de tudo que eu ja li!
Você nunca mais vai ver o binarismo dos gêneros do mesmo modo.

"Li a mão esquerda da Escuridão aos 11 ou 12 anos e Isso mudou o modo como eu olhava o mundo. Até então eu tinha certeza de que havia garotas e garotos, homens e mulheres, e eles satisfazem os papéis que eles foram atribuídos, porque era simplesmente o modo como as coisas são as diferenças entre os sexos eram reais e imutáveis. Depois de ler este livro, papéis sexuais, suposições de gênero, o modo como nos relacionamos uns com os outros como homem ou mulher - todas essas coisas parecem subitamente arbitrárias." - Neil Gaiman
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Chelsea.Archer 04/12/2022

Que obra!
Esse livro é uma ficção científica que conta a história de Genly Aí, um enviado de um conglomerado de planetas (Ekumen) que vai ao Planeta Inverno tentar negociar a união deles ao grupo.

Entre maquinações políticas, temperaturas abaixo de zero, pessoas com culturas e até experiências físicas totalmente diversas à dele, Genly se vê à beira do caos da missão.

Achei a escrita da Ursula incrível do início ao fim. Na verdade o livro não é fácil para quem está iniciando na leitura do gênero, pois tem muitas nomenclaturas criadas especificamente para a obra.

Porém depois que você vai avançando na leitura, o contexto político e cultural, as aventuras e tudo que ela desenvolve te transportam para situações de muita reflexão.

Eu amei o livro e com toda a certeza pretendo ler mais obras da autora.
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JuPenoni 03/12/2022

Me surpreendeu
Leitura com o clube da leitura.
Por ser uma ficção científica, e não ter muito contato com esse tipo de leitura, não sabia muito o que esperar. Mas foi uma grata surpresa. O livro é envolvente e a história muito bem construída.
Fiquei curiosa para ler mais da autora!
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Julio.Cesar 03/12/2022

Um ensaio sobre a alteridade
A Mão Esquerda da Escuridão é meu primeiro contato com a obra de Ursula K Le Guin e não imagino que pudesse haver melhor porta de entrada. Não é de hoje que o seu nome é tido como um dos mais célebres da literatura moderna e sua genialidade seja reconhecida dentro e fora do campo da ficção científica, mas finalmente ter a chance de me aprofundar no trabalho de Le Guin foi algo que me permitiu compreender em alguma medida a grandiosidade de suas ideias, de modo a ser arrebatado por sua escrita e me ver encantado por sua capacidade de criar universos tão singulares e tangíveis.

O próprio entendimento de Le Guin quanto à ficção científica já é suficiente para situá-la dentro do circuito do sci-fi e elucidar seus interesses enquanto escritora. Para Ursula, a ficção científica não está incubida de prever o futuro através das ?profecias? de escritores, mas de descrever a realidade por meio de ?mentiras?, mentiras que em suma consistem em metáforas e analogias para as questões sociais, políticas e de qualquer âmbito pertinente à humanidade de seu tempo. Um exemplo muito cabível desse tipo de abordagem é o da obra de Margaret Atwood, outra gigante da ficção científica que busca tecer reflexões acerca de feminismo e gênero a partir de fragmentos da realidade, utilizando do caráter especulativo da ficção distópica para denunciar situações de desigualdade recorrentes no presente.

Um dos aspectos mais surpreendentes desta obra de Le Guin, é a habilidade em abordar tantos temas num curto espaço de tempo (estamos falando de um livro com menos de 300 páginas) sem cair em discussões superficiais ou subdesenvolvidas. A autora consegue equilibrar as discussões ao passo que desenvolve o universo e seus personagens, de modo a conduzir com maestria tudo que se propõe a debater tal como estivesse dissertando um ensaio filosófico. Por meio dessa engenhosidade sem tamanhos, Ursula faz com que as questões de seu interesse tornem-se intrínsecas ao universo dos personagens, permitindo que os debates quanto à sexualidade, gênero, etnocentrismo e patriotismo transpareçam uma organicidade sem igual.

Agora? voltando a atenção para a história, pode-se dizer que dentre as tantas coisas que o livro é, temos aqui um ensaio sobre a alteridade. Num estilo bem familiar ao sci-fi utópico e planetário de Star Trek, Ursula nos leva a acompanhar a jornada do terráqueo Genly Ai frente à civilização do planeta Gethen. Enviado pelo Ekumen, uma organização de civilizações interplanetárias da qual a Terra faz parte, numa missão pacífica com vistas a estabelecer um canal de conexões, Genly Ai se vê confrontado por questões que até então nunca haviam sido pertinentes a sua vivência e busca estabelecer diálogos a fim de conhecer e compreender a realidade tão distinta do povo getheniano.

O choque cultural mais imediato se dá pela morfologia das espécies gethenianas. Ambissexuais e visualmente andróginos, os habitantes de Gethen possuem um ciclo sexual distinto dos seres humanos. Periodicamente, os gethenianos entram no ?kemmer?, uma espécie de ?cio? voltado para a fertilidade e troca de afetos, que faz com que seus corpos sofram transformações hormonais e anatômicas responsáveis por evidenciar características femininas ou masculinas temporariamente.

O estranhamento de Genly Ai para com o Kemmer só não é maior que o choque dos gethenianos para com os corpos humanos, que além de não estarem familiarizados com o conceito de binariedade vigente na sociedade terráquea, se veem escandalizados com a possibilidade de um indivíduo estar em ciclo sexual constante. Além das particularidades biológicas, a ausência de papéis de gênero dentro da civilização getheniana os distancia de qualquer aproximação com as convenções heteronormativas que regem a sociedade humana, gerando assim um clima crescente de desconfiança e dúvidas quanto ao protagonista e às intenções de sua expedição. 

Além do campo do gênero e sexualidade, Ursula começa a trazer à tona questões de xenofobia e patriotismo ao desenvolver as tramas de conspiração dentro do sistema político getheniano, que sofre com a rivalidade das duas principais nações do planeta, Karhide e Orgoreyn. O medo do outro é constante. Em meio à iminência de novos conflitos decorrentes de sua chegada, Genly Ai se vê sob o fogo o cruzado e une-se ao ex-nobre Estraven, personagem envolto por controvérsias e nuances que vem a ser exploradas ao longo do romance (em capítulos próprios, por vezes), que guia o protagonista em uma fuga pelo Planeta Inverno. Nesta jornada, as discussões de alteridade ganham corpo à medida que as diferenças culturais são acentuadas, permitindo que as personagens troquem conhecimentos entre si sobre aquele mundo vasto e opulento.

O mergulho etnográfico promovido por Ursula é admirável não somente pelo êxito em estabelecer as regras e detalhes do universo que criou, mas por apresentar as informações deste universo sem se restringir a estruturas convencionais. Durante a leitura, a autora alterna os capítulos regulares para dar lugar a documentos de expedições, relatos de personagens que visitaram o Planeta Inverno em outras épocas, contos e lendas folclóricas que realçam a beleza da cultura getheniana, abordando não apenas a história daquela civilização de maneira objetiva, mas também de imergindo o leitor em passagens com forte caráter poético e lírico.

O trabalho de Ursula em desenvolver uma geografia própria para seu universo é outro espetáculo à parte. Sem se ater unicamente às descrições de mundo detalhistas que por vezes podem ser cansativas, como nos universos de Tolkien e Martin, aqui a autora une o ofício cartográfico à contação de histórias e ao lirismo, fomentando uma visualização das paisagens, fauna e flora de forma verossímil, ao passo que estabelece certas concepções visuais menos tangíveis, abrindo assim mais espaço para o exercício imaginativo do leitor.

Mesmo quando volta a atenção para a apreciação dos aspectos físicos e biológicos, a autora traça comentários pertinentes à etnografia e se interpõe entre as personagens de Genly Ai e Estraven. Genly, apesar de não estar em uma missão colonizadora, carrega preconceitos e uma visão de progresso civilizatório que justificam o medo e a desconfiança por parte da população nativa. Seus conceitos de pátria e territorialidade são muito vagos para os habitantes do Planeta Inverno, e em certo momento chega a ser questionado quanto ao significado de amor ao próprio país, quanto ao conceito de um lugar marcado pela delimitação espacial, à imposição de uma fronteira. ?O que é o amor pelo seu país? É o ódio pelo seu não-país? Então não é uma coisa boa. É apenas amor-próprio?[...]?.

Apesar dos feitos brilhantes de Le Guin em demarcar a alteridade por meio da dualidade dos personagens principais, a obra apresenta limitações (muitas delas por conta da época em que foi escrito), limitações estas que posteriormente viriam a ser reconhecidas e repensadas pela própria Ursula. Apesar de estar trabalhando com conceitos de não-binariedade, a autora ainda se encontra presa a muitas convenções que partem de um olhar masculinizado, desde de os pronomes aos estereótipos de gênero (que diga-se, são válidos na medida que contribuem para a constituição no campo diegético mas se tornam vazios ao continuarem reproduzindo concepções sexistas), e no tocante à heteronormatividade do presente no kemmer, que suprime muitas possibilidades dentro do conceito apresentado pela autora.

Mas ressalvas à parte, o universo construído por Ursula e a história desenvolvida aqui continuam atemporais. Apesar de ser um livro de ficção científica denso em certa medida, a obra de Le Guin não deve ficar restrita aos entusiastas do gênero, uma vez que a escritora perpassa uma série de convenções e pôde ter ao longo de sua vida o prestígio de atravessar diversas áreas do conhecimento, mostrando-se relevante dentro e fora do sci-fi. Ano que vem completam-se cinco anos desde sua partida, e uma das formas de honrar seu legado é lendo sua obra e fazendo o possível para que mais leitores e leitoras possam ter a experiências de serem atravessados pela genialidade de Ursula.
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doepic_angel 29/11/2022

Uma sensação de amo-odeio
A escrita de Ursula neste livro é boa, mas uma coisa que pega em alguns momentos é o excesso de descrições. Entretanto, para quem gosta de sci-fi esse é um livro legal. Ele conseguiu me prender pelos assuntos, como as questões de classificação e separação entre feminino e masculino, que no planeta da história é bem diferente, e sobre preconceitos e julgar sem nem sequer dar uma chance. Além disso, houve uma questão interessante sobre os campos de trabalho do planeta se relacionando muito com os campos de concentração.
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Let_almeida 27/11/2022

Presenteia a perseverança do leitor!
Eu estava muito animada para ler essa obra tão consagrada de uma escritora tão admirada, mas confesso Que essa leitura foi diferente do Que eu imaginava. Pelas reviews, ficou a entender Que seria uma discussão sobre o papel dos gêneros Em uma sociedade tão flúida, algo bem socio-político. Entretanto, foi realmente um livro de ficção Em um mundo inovador que, coincidentemente, possui apenas 1 gênero. Toda a questao de ser um livro extremamente a frente do seu tempo me pareceu um pouco exagerada? nao por ser generico, mas por seu valor estar na construção desse mundo maravilhoso e narrativa interessante, nao pelo papel de genero.

Serei sincera de admitir que esse livro foi bem difícil de acompanhar no início, porque pareceu bem lento e pouco dinâmico, sem objetivo. Os personagens não eram muito bem separados e definidos, muito menos memoraveis, oque tornava inevitável o vai e volta entre capítulos pra lembrar de quem era quem. Dito isso, com o passar do livro, entendi a escolha da autora e não mudaria nada? ela tomou um caminho Que realmente parabeniza quem não desistiu da leitura, porque vai agregando Mais e Mais de uma maneira bem orgânica e até realista (afinal de contas, não somos Tão memoráveis assim kkkkkk).

O livro começou a engajar muito bem quando vai aparecendo as nuances da complicação política Em que o personagem principal se encontra, apresentando
(finalmente) uma narrativa e foco claro do livro. A partir daí foi uma subida significativa, cada capítulo parecia Mais bem escrito Que o último, com relacionamentos extremamente surpreendentes e um final devastador de lindo. O final de fato bem filosofico e um tapa na cara do leitor Que não esperava Que fosse acabar Tao subitamente? de fato um presente.
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liz 25/11/2022

inteligente porém pacato
o livro é repleto de reflexões de construções sociais, nos fazendo desassociar os papéis de gênero baseado em ações. trata-se de uma temática pouco discutida naquela época, tornando-se, sobretudo, inovador.

o livro, porém, peca muito em todo o resto. arrastado e entediante, não me importei com a trama nem com os personagens.
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K.Castanheda 21/11/2022

Trata-se de um livro imperdível para quem se interessa por livros de ficção científica, principalmente pensando em formas de organização social alienigena.
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R I T A - @monopoliodasruas 20/11/2022

A mão direita da ficção científica
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[HISTÓRIA]
A história começa com o relato de Genly Ai, uma espécie de terráqueo. Ele tem uma missão: fazer com que o planeta Winter (ou Gethen no idioma nativo) seja parte do Ekumen (o Ekumen é um conglomerado de planetas humanoides que se baseia no apoio mútuo). Para realizar tal façanha, é necessário que ele tenha um encontro com o rei de Karhide (uma das regiões de Gethen), Argaven Harge, que fora arranjado pelo primeiro ministro, Therem Harth rem ir Estraven — ou Estraven para os mais íntimos.
O enredo se desenlaça com o exílio de Estraven por traição e a gana de Genly (chamado de Genry em Gethen) por fazer com o planeta seja parte do conglomerado. Estraven, descobrimos depois, é contratado pelo povo orgota de Orgoreyn, uma nação inimiga de Karhide. O livro começa a ficar interessante quando Genly é preso e isso é história pra se ler no livro.
Alguns pontos interessantes do livro são o (a) sommer, (b) kemmer e (c) shifgrethor:
(a) sommer: os gethenianos são todos ambissexuais (apresentam características de ambos os sexos) e durante os 24 dias do período lunar (que consistem em 26 dias), eles apresentam essas características ambíguas;
(b) kemmer: período fértil dos habitantes de Gethen. Neste período curto, eles desenvolvem características predominantemente masculinas ou femininas. Alguns pervertidos optam pelo sexo, o que é mal visto pela sociedade. Genly, por apresentar características masculinas, é tido como um pervertido por estar em um kemmer constante;
(c) shifgrethor: um sistemas de regras não ditas que os gethenianos tem que seguir para manter a ordem e o prestígio. Genly não entende muito bem como elas funcionam e isso dificulta sua estadia em Gethen.
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[EDIÇÃO]
A edição que li é da Aleph e ela está um primor. Comprei a edição na Festa do Livro da USP e amei o tema, por isso comecei a lê-lo.
Kudos para a tradução, pois deve ter sido difícil traduzir os termos mais neutros para o português. Uma coisa que desperta minha curiosidade é se, no original, a autora utilizou they/them como pronome neutro para os gethenianos.
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[AVALIAÇÃO]
O livro é muito bom e me manteve engajada por toda a leitura. Óbvio que teve partes em que eu pensei que rolaria algo a mais (rsrs) e a autora me deu duas frases ambíguas e nada mais.
Com este livro, Le Guin se consagrou como uma grande autora de ficção científica. Recomendo (e muito) a leitura deste livro.


site: https://monopoliodasruas.wordpress.com/
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Thauanni 07/11/2022

Tinha muito potencial, mas não rolou...
Eu esperava MUITO desse livro, achava que ia ser um dos meus favoritos, mas não rolou infelizmente. A escrita é muito boa, tem frases incríveis e com certeza quero ler outras coisas dessa mulher maravilhosa!!

Achei a história muito parada, fraca e não foi cativante, inclusive acho que eu dormi lendo por alguns minutos... ISSO NUNCA TINHA ACONTECIDO E EU ACHEI O MAXIMO!! Esse planeta da história, Inverno, foi muito legal e criativo. Mas achei que encheu de detalhes bestas e quando era importante um detalhezinho a mais, ela não colocava. Os personagens também, nem me sobe e nem me desce.

Foi uma leitura interessante, toda essa questão de gênero foi muito legal, a Ursula escreve MUITO BEM e era bem à frente de seu tempo. Foi legal conhecer um livro tão importante e necessário.

? Falo sobre deuses, mas sou ateia. Porém, sou artista também e, portanto mentirosa. Não confie em nada do que digo. Estou dizendo a verdade. ?
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Wania Cris 06/11/2022

Gênero é necessário?
Uma obra de ficção científica nos traz questionamentos sobre gênero, heteronormatividade, relações pessoais, sexo e sexualidade. Ursula, a dama do sci-fi, não tem medo de colocar em cheque comportamentos e sexualidade.

Genly Ai também tem essas questões como resolvidas e fica impactado com uma sociedade em que isso é secundário. Não há necessidade de se ser homem ou mulher até que se entre em kemmer, período mensal de relacionamento sexual. Pode um ser que não seja totalmente homem comandar um país? Pode alguém que não é apenas mulher ser sensível?

Le Guin leva essa discussão adiante numa obra sensível, porém densa. A escrita dela é maravilhosa, mas, por algum motivo, não conseguia me manter na leitura. Sabe quando qualquer coisa te atrai mais que se manter lendo? Então. Quer dizer que o livro é ruim? Definitivamente não, é muito bom, meu momento é que não colaborou, por isso levei tanto tempo pra terminar... Uma pena.

A tradução de Susana L. de Alexandria é tão maravilhosa quanto a escrita de Ursula e fico imaginando que desafio foi traduzir um texto de gentherniano para português. Parabéns, Susana, por fazê-lo e com tanta qualidade.

Ursula merece sempre ser lida, mas Lembrem-se de reservar muito tempo e dedicação para suas obras. É necessário...
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Marcelo.Castro 02/11/2022

A Mão Esquerda da Escuridão
Segundo livro do ciclo de Hain, sem que necessariamente seja uma continuação de Despossuídos, ou haja uma relação de dependência entre as histórias. Portanto, como a própria autora diz, os livros podem ser lidos na ordem em que chegarem até suas mãos. O que aproxima as duas histórias é a incrível capacidade de Ursula trazer para nós a riqueza de novos mundos, sociedades e filosofias a partir de conceitos já conhecidos por nós - mas aplicados em situações completamente diversas. Assim, formas de governo, relações sociais, estruturas familiares, sexualidade, religião, são criadas (ou recriadas) e trazidas para nossa reflexão e questionamento. Mais uma vez temos um choque de realidades, entre o Enviado e o povo local de Inverno, que abre um campo riquíssimo para o desenvolvimento da obra. Assim como em Despossuídos, estamos diante de uma ficção científica de grande qualidade, mas que não se limita aos temas típicos do gênero (ciência, viagens espaciais, raças alienígenas), explorando questões atinentes a própria humanidade, sempre instando o leitor a reflexão sobre a própria condição humana. Muito recomendado!
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