ragnaei
13/10/2022Eu não pretendia escrever uma resenha sobre este livro, no entanto, dois meses depois de eu ter terminado a leitura, ele ainda não deixou minha memória. E acho que livro bom é assim mesmo, aquele que dá saudade e fica ensinando mesmo depois de lido.
Não tenho muito mais a falar da história do que todas as outras pessoas que já falaram sobre esta obra, mas queria falar um pouco do sentimento que ficou. A mão esquerda da escuridão debate gênero, sexualidade, mas também, patriotismo, nação, humanidade. Acredito que no momento em que estamos, existem muitas ocasiões onde as falas dos personagens, principalmente de Estraven, me voltam à mente. Ele se tornou meu personagem favorito do livro, e vejo nele um papel muito importante até hoje. A leitura me prendeu de um jeito que eu começava e não queria parar (mesmo com parágrafos enormes que podem assustar à primeira vista). Me senti envolvida, emocionada, animada e inconsolável durante a trajetória de Genly (e de Estraven).
Foi meu primeiro livro da Le Guin, e pretendo ler mais ficção científica, em especial, as obras dela.