O Trílio de Sangue

O Trílio de Sangue Julian May




Resenhas - O Trílio de Sangue


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bardo 22/10/2022

Como faz muitos anos, bem mais de vinte que li O Trílio Negro; não tem muito como comparar as duas obras. Entretanto, sendo uma sequência daquele, espera-se que esse possua algumas características e bem o livro se saí bem em algumas coisas e em outras nem tanto. Algo positivo é a construção de toda uma mitologia que vai inclusive explicar o surgimento das diferentes raças. O vilão da história será incluído em algo maior e isso é sim bem vindo. Agora o livro sofre e muito quando se volta para as três predestinadas do volume anterior. Curiosamente é a personagem criada pela própria autora; a rainha Anigel a mais prejudicada aqui. Haramis é de longe a personagem mais crível e equilibrada, mesmo tendo o tedioso dilema do amor envolvido em seu arco. Nada contra o tema, mas é um tanto cansativo que todo livro de fantasia com protagonistas femininas insista em colocar uma boboca apaixonada pondo o mundo em risco. Não contente a autora aqui põe duas; três se considerarmos que Kadiya é apaixonada por si mesma. Além disso o grande problema é que anos se passaram desde a derrota de Orogastus e as protagonistas ao invés de evoluírem basicamente regrediram. Um comentário de um personagem resume bem, o leitor vê as protagonistas fazendo pataquada em cima de pataquada sendo que a solução por vezes é óbvia. Apesar disso o livro tem seus méritos e acaba sendo uma leitura agradável, mesmo com seu final um tanto atropelado e confuso.
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Gabriel Alencar 30/06/2021

O segundo menos pior da série Trílio
Quase 10 anos depois do lançamento do Trílio Negro (1992), a Rocco resolve que a série vendeu o suficiente pra arriscar fazer a tradução do segundo livro da série, "O trílio de sangue". E eu aqui quase 20 anos depois é que estou me atualizando nessa história. Já adianto: este segundo livro é bem melhor que o primeiro.

Pra começo, vamos falar da tradução novamente. Houve uma descontinuidade entre as duas obras: mudou a tradutora. Até aí, sinceramente, tudo bem. Mas por que, eu pergunto, por que, a querida tradutora não manteve as traduções feitas na primeira obra?! Sério, o que custava? Houve alguns termos aqui que ela simplesmente traduziu de novo, como se o outro sequer tivesse sido escrito.

Não é problema em si a mudança na tradução; mas quando essa tradução não respeita o trabalho que veio antes, isso gera uma quebra, uma descontinuidade entre duas obras que são necessariamente sequência uma da outra.

Seguindo adiante, não poucas vezes eu reclamei do descritivismo fútil que esses livros têm. Mas dessa vez algo foi diferente. Não sei dizer bem o que. Não é como se absolutamente tudo que foi descrito tenha alguma aplicação direta no enredo, não é isso. Mas dessa vez as descrições me fizeram mergulhar na cena, aumentando ainda mais a fantasia da história.

E nesse ponto eu me pergunto se realmente meu problema não era vício misturado com preconceito. Me pergunto se não estava viciado nas regras de contos (onde absolutamente tudo precisa ter função direta) e por isso menosprezei alguns aspectos que são na verdade característicos e patentes do gênero fantasia. Coisas a se pensar.

A construção do enredo neste segundo livro é fenomenal! Eu não tenho um adendo sequer a fazer, ficou perfeito. Neste segundo a questão política está em polvorosa! Muito bem arquitetado e desenvolvido. Além disso: cheio de ação, mas não qualquer uma. É ação que vale a pena porque está firmemente ligada à trama! Dá gosto e a gente fica naquele momento mágico que só a leitura pode trazer: imersos em outro mundo, vivendo as aventuras de outras pessoas e curtindo cada pequeno momento.

Absolutamente evidente que a autora tem domínio sobre o gênero que se propõe a escrever: fantasia medieval. É fácil escrever sobre castelos, carruagens ou dragões. Difícil é conseguir inserir nesse contexto arquitetura medieval, estratégias e táticas de guerra antiga, além de detalhes sobre combates que se encaixam com perfeição na proposta.

E como se isso não bastasse, temos o ponto alto e baixo da obra na mesma categoria: personagens. Meu amigo, que construção de personagens!! As três princesas não mais arquétipos bobinhos, agora elas são... gente! Eu me entristeço com elas, me enraiveço e fico cheio de esperança ou medo com elas. Até quando não concordo com suas ações, eu entendo a razão por trás. Isso que eu chamo de construção. Um espetáculo de imersão, porque, como falei, estamos finalmente lidando com aquilo que é o mais profundo da literatura: pessoas.

Portolanus/Orogastus aparece finalmente como um vilão inteligente, sagaz, daqueles bem pilantras. O melhor é que ele não é todo poderoso. Mesmo sendo muito forte, tem gente que ele encontra no caminho que é tão esperta quanto ele. Isso foi top. Além disso, a autora deu um vislumbre do passado dele, o que ajudou ainda mais a gente a entender as motivações do personagem.

Porém, como falei, assim como foi o ponto alto, também foi onde encontrei a queda mais dura. Enquanto no outro livro eu achei que Anigel foi a mais bem desenvolvida das três princesas, aqui todo aquele desenvolvimento foi jogado por água abaixo. Até a metade do livro ela estava bem trabalhada, mas depois de lá foi ladeira abaixo. A personagem virou um clichê ridículo que me fez revirar os olhos várias vezes durante a leitura. Realmente uma pena. Sem dúvida quem brilha mais neste livro é Haramis e, quiçá, o próprio vilão.

Por fim, só tenho a dizer que gostei demais desse livro. É aquela fantasia medieval que eu realmente gosto e não tenho dúvidas que um dia vou pegar este livro pra reler. Só me assusta que tão poucas pessoas tenham ouvido falar dele. Acho que ele deu azar de aparecer bem na época do fenômeno Harry Potter. Isso só mostra uma coisa: nem sempre o que você faz é ruim, só o timing que não deu certo.

site: https://escritoraoacaso.blogspot.com/2021/04/resenha-o-trilio-de-sangue.html
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Rosa Maria 09/10/2014

Rumo à maturidade .
Doze anos depois...
As protagonista estão com 29 anos. Porta da maturidade.
O segundo volume da série trata desse processo , rito de passagem.
As princesas deixam de ser meninas para serem mulheres.
É quando cada qual assume seus erros por ser imatura e precisa assumir a posição de reconhecê-los e corrigi-los.
É a descoberta que a força do Trilho está na união e no amor e não na magia.
Vivenciado essa transformação é hora do leitor avaliar o desempenho das protagonistas maduras . Mulheres que sabem o que representam e o peso de cada erro cometido !
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carlosmrocha 21/08/2011

Um mundo de fantasia interessante
O livro faz parte da série do Trílio composto pelos livros: O Trílio Negro, O Trílio de Sangue, O Trílio Dourado, O Trílio Celeste e A Senhora do Trílio. A série começou com o Trílio Negro que é uma co-autoria das escritoras Marion Zimmer Bradley, Julian May e Andre Norton.

Esta continuação está situada 12 anos após os eventos narrados em O Trílio Negro. As três protagonistas retornam e há uma nova ameaça ao mundo. Não penso que requer a leitura do livro anterior para conhecer a ambientação, as personagens e curtir a estória. O cenário fantástico descrito no livro mescla de forma homogênea a presença de magia que evoluiu à partir de uma civilização desaparecida bastante avançada tecnologicamente. Neste aspecto, lembra livros da Série Darkover. Muita coisa no livro remete ao número três: três luas, três princesas, três artefatos, três pétalas do trílio, Deus Trino e Uno, etc.

O que encontrei de bom: Julian May é uma escritora competente. Consegue definir personagens, cenas e
situações. O Mundo das Três Luas é interessante e estimula a imaginação. A obra de fantasia escapa aos principais clichês do gênero. O vilão da estória é uma figura interessante e há alguns personagens secundários igualmente interessantes. Gostei também das raças não humanas que habitam o mundo.

O que não gostei muito: um tom sentimental, ou mesmo piegas, dentro das reflexões e ações das protagonistas.
Outra coisa que incomodou um pouco foi a opção de tradução de alguns nomes. Por exemplo: Príncipe Tolo,
filho do rei Antar e da Rainha Anigel? (nome de remédio...)

Enfim, vale a pena a leitura para entrar em contato com um mundo de fantasia um pouco diferente. Estou com os
outros livros da séria aqui. Mais adiante falarei deles. Para ter uma boa idéia sobre a série, vale conferir este post com sinopse de todos os livros e uma resenha de quatro deles: http://www.leitoraviciada.com/2011/03/serie-de-fantasia-marion-zimmer-bradley.html

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Adriana R. Rossi 17/03/2009

Não tem a mão da Marion Zimmer Bradley...
Como a sequencia direta de "O Trilio Negro", pode-se dizer que é um livro interessante e bem escrito. Mas como um livro sequencial onde falta a autora Marion Zimmer Bradley (presente no livro 1), este deixa a desejar. A princesa Haramis (Arquimaga) é retratada como uma maga inexperiente e sem sal. A princesa Kadiya uma guerreira que pouco faz quando começa a guerra e a princesa Anigel, agora uma Rainha, é fraca e inútil. Não gostei.
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