Viagens na Minha Terra

Viagens na Minha Terra Almeida Garrett




Resenhas - Viagens na Minha Terra


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marcondess 18/08/2013

As partes que fogem da história central - Carlos e Joaninha - são maçantes, que provavelmente é causada pela linguagem empregada pelo autor, contudo, quando você pega o ritmo, elas passam fáceis e boas lições podem ser retiradas.
E o que mais me chamou atenção, é que no fundo, não sei se essa a intenção - ou mesmo é a opinião geral - mais do que a menina dos rouxinóis a história é sobre Carlos, e a degradação do amor, dos que amam de mais. No geral,depois de ler o romance e passar por um período de reflexão, entende-se o seu valor, mesmo que em um primeiro momento exista aversão pela obra.
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Karina 20/05/2013

Viagens na Minha Terra - Almeida Garrett

Clássico escrito por Almeida Garret, Viagens na minha Terra, pode ser considerado um romance contemporâneo. Além da viagem que de fato acontece paralelamente o autor nos conta um romance sentimental.
O que mais me encantou na obra, é que Garret nos conta um fato real, uma viagem que o mesmo realmente fez a Santarém e que teve o cuidado de situar no tempo. Tantas e tais viagens, que nunca delas o leva justamente, pela mão de um companheiro e itinerário, a centrar-se no drama sentimental de Carlos e a meninas dos rouxinóis, Joaninha.
Mas vamos então comentar melhor sobre essa obra maravilhosa. O romance resume-se, a intrincada história de uma velhinha com sua neta Joaninha. A menina moça tem um primo, filho da única filha da avó. Que já chegou a falecer.

Todas as semanas Frei Dinis vinha visita-las e algumas vezes trazia notícias de Carlos, que já algum tempo, fazia parte do séquito de D. Pedro. Só que a maneira como Frei Dinis falava de Carlos, dava para perceber algo que só a idosa e o mesmo conheciam.
Passara o ano de 1830, Carlos então se formou em Coimbra, e só então visitou sua família, mas com muitas reticências em relação a avó e a Frei Dinis. Carlos também pressentia que ele e a avó mantinham um segredo, ele sentia isso, era quase palpável. Carlos em suas andanças, já tinha elegido uma fidalga para ele. D. Georgina, mulher de fino trato, com era expressada na época.
Em contra partida a guerra civil progredia, eram meados de 1833. Os constitucionalistas tinham tomado a esquadra de D. Miguel. Lisboa estava em poder deles, e Carlos era um dos guerreiros da parte Realista.
Em 11 de Outubro, os soldados estão por todos os lados de Lisboa, as tropas constitucionais vinham ao encalço dos Realistas, e na batalha sangrenta, e que batalha, muitos ficaram feridos.

A Casa de Joaninha foi tomada por soldados Realistas, que vigiavam a passagem dos Constitucionais. Joaninha em um passeio por perto de casa, encontra então Carlos, um dos guerreiros. Ele pede que a moça não diga que ele está lutando ali, mas abraçam-se e trocam juras de amor ali mesmo. Só que Carlos sabia que Georgina o esperava, e a sua mente tornou-se confusa, já não sabia se amava Georgina, o sentimento por Joaninha era enorme, ele não conseguia se decidir.
Com Carlos ferido e alojado perto do vale onde morava Joaninha, essa veio inúmeras vezes vê-lo, e ajudá-lo na enfermidade. Certo dia Carlos depois de muita insistência de Joaninha foi ver a avó, e ficou surpreso da cegueira da senhora, como sempre encontrou no local Frei Dinis, e quanto mais olhava menos gostava do senhor. Enquanto permaneceu por perto, Carlos e Joaninha mantiveram em segredo um caloroso e inesquecível romance.
Mas Carlos, já curado dos ferimentos seguiu para a tropa, e antes passou na casa da avó para se despedir. Implorou para que ela contasse a verdade sobre o suspeito segredo. Então Dona Francisca conta que o Frei Dinis é o verdadeiro pai do rapaz. Conta também que a sua mãe morreu de desgosto e para se defender, Frei Dinis matou o pai de Joaninha, e o marido da sua amante.
Carlos partiu atordoado, deixando Joaninha desolada. Volta a viver com Georgina. Escreve a prima contando todo o seu romance com Georgina o que para a moça foi um impacto terrível. Mais tarde Carlos se tornou Barão. Carlos também abandonou Georgina.

Joaninha enlouqueceu e morreu. Frei Dinis foi quem cuidou da velha senhora até a morte. E assim o Comboio chega ao terreiro do Paço, e Garret finaliza mais uma das suas melhores obras.
Almeida Garret fez uma magnifica obra, que foi o ponto de arranque da moderna prosa literária portuguesa, pela mistura de estilos e de gêneros, pelo cruzamento de sua linguagem clássica com a popular. Jornalística e dramática, ressaltando a vivacidade de expressões e imagens pelo tom oralizante do narrador.
Uma linda história que é deve ser obrigatória não só em vestibulares, mas também para a vida de cada ser humano existente.


Titulo: Viagens na minha Terra
Autor: Almeida Garret
Ano: 1846
Páginas: 268
Editora: Martin Claret

Boa Leitura

Casa de Livro Blog

Karina Belo



O coração humano é como o estômago humano, não pode estar vazio, precisa de alimento sempre: são e generoso só as afeições lhe podem dar; o ódio, a inveja e toda a outra paixão má é estímulo que só irrita, mas não sustenta. Se a razão e a moral nos mandam abster destas paixões, se as quimeras filosóficas, ou outras, nos vedarem aquelas, que alimento dareis ao coração, que há de ele fazer? Gastar-se sobre si mesmo, consumir-se… Altera-se a vida, apressa-se a dissolução moral da existência, a saúde da alma é impossível.

Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião vou te explicar como nós hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já não me importa guardar segredo; depois desta desgraça não me importa já nada. Saberás, pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler.

Trata-se de um romance, de um drama — cuidas que vamos estudar a história, a natureza, os monumentos, as pinturas, os sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta, senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres e situações do vivo na natureza colori-los das cores verdadeiras da história… isso é trabalho difícil, longo, delicado, exige um estudo, um talento, e sobretudo um tato!…

Não senhor: a coisa faz-se muito mais facilmente. Eu lhe explico. Todo o drama e todo o romance precisa de: Uma ou duas damas. Um pai. Dois ou três filhos, de dezenove a trinta anos. Um criado velho. Um monstro, encarregado de fazer as maldades. Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios. Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eug. Sue, de Vítor Hugo, e recorta a gente, de cada um deles, as figuras que precisa, gruda-as sobre uma folha de papel da cor da moda, verde, pardo, azul — como fazem as raparigas inglesas aos seus álbuns e scraapbooks, forma com elas os grupos e situações que lhe parece; não importa que sejam mais ou menos disparatados. Depois vai-se às crônicas, tiram-se um pouco de nomes e de palavrões velhos; com os nomes crismam-se os figurões, com os palavrões iluminaram…(estilo de pintor pintamonos). E aqui está como nós fazemos a nossa literatura original.
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Filipe 21/04/2013

Maçante, porém, bom
Realmente é triste ver professores dizendo que o livro é péssimo ou chato demais para ler, é escusado dizer que o livro é sem dúvidas maçante na maioria da leitura, exige atenção do leitor e alguma das vezes de um dicionário do lado, porém, Almeida Garrett foi genial usando o romance de Carlos e Joaninha para criticar algumas coisas da época como por exemplo o Frade e a Guerra, é uma ótima leitura para quem realmente quer transcender, vivenciar a viagem de Garrett, o romance entre Carlos e Joaninha, vivenciar aquele paroxismo amoroso de Joaninha, enfim, uma boa leitura.
Não está na minha lista de melhores livros, porém vale a penar ler.
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Alpaccino 21/02/2013

Pior livro que eu já li
Achei a parte inicial do livro totalmente desnecessária, visto que ele só descreve o seu conhecimento citando filósofos e outros personagens da história. Isso deixou o livro cansativo logo no começo.

O livro vai se intercalando entre a viagem que ele faz até Santarém e uma história amorosa entre Joaninha e Carlos.

Marllon 06/03/2013minha estante
Carlos, o livro é genial, mas é chato de ler mesmo, pois não se trata de uma literatura de entretenimento. Temos que levar em consideração o momento histórico passado no livro e o momento de quando foi escrito. Verá que Garret introduziu na literatura do Romantismo traços muito inovadores, como uso do discurso irônico, comentários "metaficcionais" e até mesmo um jogo de vozes incrível em que não sabemos quando fala o autor,quando fala o narrador ou alguma personagem!




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Isabela 13/02/2013

Viagens no meu ópio
"Viagens na minha terra" conseguiu ser o livro mais desagradável que eu li, perto dele Iracema se torna Capitães de Areia, só para inícip de conversa.
O grande problema do livro é a indecisão do autor (proposital ou não), o fato é que ele não se decide sobre o que quer escrever, se é contar a viagem, desecrever (excessivamente) os locais, divagar sobre as merdas da vida ou se conta a história da Menina dos Rouxinóis.
O livro se torna muito maçante com as divagações, as descrições exageradamente inúteis, a repetição de termos e frases. O maior exemplo vem à seguir:
(Pág 31-Cap 3) "...Vamos à descrição da estalagem. Não pode ser clássica;..."
(Pág 32-Cap 3) "...Vamos à descrição da estalagem e acabemos com tanta digressão. Não pode ser clássica..."
Além disso a tal narrativa dentro da narrativa é fraca e previsível, é muito claro (e clichê) que frei Dinis era pai de Carlos (nem marquei spoiler porque é óbvio), Garret reclama tanto da decadência de Portugal mas piora as coisa escrevendo um livro desses. Tanto para escrever quanto para ler esse livro tem que fumar muito ópio.
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Luiz Ribeiro 15/01/2013

As críticas feitas aqui não condizem com o livro. Leve, de linguagem fácil e humor oscilante entre a ironia e a galhofa, Garrett escreveu talvez uma das melhores obras da literatura portuguesa. Merece e deve ser lido por conta de inaugurar um tipo de prosa ao mesmo tempo próximo do leitor e crítica tal como seguirá na linhagem com Eça, Saramago, Gonçalo Tavares, entre outros.
Fer 14/04/2013minha estante
Estou lendo pra escola e confesso estar tendo MUITA dificuldade pra entender, e olha que costumo gostar de livros assim. Pior é que agora não sei o que faço, se leio o resumo antes de continuar lendo o ivro, ou se continuo tentando ler e entender por conta propria, porque está realmente complicado...


Thaynara 20/03/2014minha estante
Concordo plenamente!!! ^^


Nathani 22/03/2014minha estante
Nunca consegui entender como esse livro é tão criticado inclusive por professores de literatura. Uma dos melhores obras portuguesas, com certeza!




Carol Benazzato 03/01/2013

Almeida Garrett e a grande metáfora para a crise do Império Português
Se há um fato inegável, é que Viagens na Minha Terra representou um grandessíssimo marco para a prosa portuguesa, bem como para um melhor entendimento acerca da crise do Império Português, sendo a obra dividida em dois eixos narrativos bem distintos um do outro.
Em um primeiro momento, é narrado, em primeira pessoa, as impressões de suas viagens (não apenas "físicas", mas também as viagens psicológicas, morais, reflexivas), ao mesmo tempo em que incluía citações de grandes nomes da Literatura e da Filosofia, que iam de Shakespeare à Goethe e Camões. E é a partir daí, quando chega-se ao segundo eixo narrativo, que, dentre as tantas digressões e relatos de viagem, é narrado o romance dramático que envolvia cinco personagens, ambientado pelas lutas entre monarquistas e liberais, com a posterior vitória destes. O próprio Almeida Garrett sempre lutou pelos ideias liberais, e acaba por defender os propósitos desde ideal.
O narrador-protagonista inicia a obra relatando seu desejo de viajar de Lisboa até Santarém, uma outra cidade dentro de Portugal, buscando a verdadeira essência do que é ser, de fato, português em um momento de mudanças tão radicais no país. O destino foi responsável pela emersão da paixão de Carlos por Joaninha, uma moça que vive com a avó, dona Francisca. Com frequência, Joaninha e sua avó recebiam a visita de Frei Dinis, um nobre que resolve abandonar todos os seus bens materiais e sumir, voltando para Santarém, como frei -- atitude criticada pelo narrador. Frei Dinis sempre vinha com notícias do filho de dona Francisca, Carlos, ausente há anos da cidade por fazer parte do grupo de Dom Pedro. Aqui percebe-se claramente que há algum segredo sobre Carlos existente entre dona Francisca e Frei Dinis.
A guerra civil entre liberais e monarquistas atinge, então, Santarém, e Carlos, que havia ido para a Inglaterra após uma briga com Frei Dinis, volta à cidade. É quando ele reencontra Joaninha e com ela vive um breve romance, apreensivo quanto a contar à Joaninha sobre sua esposa, Georgina, que havia ficado na Inglaterra.
Carlos fora ferido durante a guerra, e, durante sua recuperação, hospedou-se nas proximidades do lar de Joaninha, sua prima. Restabelecido, conta a dona Francisca que é ciente do fato de que ela guarda algum segredo com Frei Dinis, e pede para que ela o esclareça. É quando ela conta a Carlos que Frei Dinis é o seu pai, e que sua verdadeira mãe já havia falecido.
Incrédulo, Carlos novamente parte para a Inglaterra, onde tenta se esquecer de toda essa história e restabelecer sua vida com sua esposa Georgina, que o surpreende ao dizer ter conhecimento de seu romance com Joaninha graças ao Frei Dinis, que a alertou. Carlos pede seu perdão, mas Georgina não mais o deseja.
No final da história, Frei Dinis é quem nos esclarece o destino das personagens. Por ele sabemos que Carlos, não mais amado por Georgina, resolve largar Joaninha e adentrar na carreira política, sem sucesso, desaparecendo pouco tempo depois. Joaninha sente a ausência de seu grande amor e, assim como dona Francisca, morre. Georgina, ex-esposa de Carlos, parte para Lisboa, e Frei Dinis termina o livro relatando que "Santarém também morre; e morre Portugal".
Cabe aqui a importância de esclarecer que Carlos simboliza o embate entre esses ideais liberais e monarquistas; daí a dúvida entre o amor de sua prima Joaninha (que representa o velho Portugal monarquista), e sua (ex-)esposa Georgina (representante dos ideais liberais). Ao desistir de ambas, Carlos termina como uma metáfora de uma sociedade alienada e desonrosa, em uma tentativa de despertar a atenção do povo português para o que seria mais sensato e coerente com os rumos que tomava aquela nação, ainda que com um tom fortemente pessimista.
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Natália 22/09/2012

É complicado fazer resenha de um livro que cairá no vestibular, pois em torno deles há meio aquela áurea de que, se eles não são apreciados, é porque não foram entendidos. Nós os estudamos teoricamente para percebemos as diferenças de época, de estilo, de filosofias, bem leitura obrigatória, mas sempre costumo pensar neles como entretenimento, como acontece com todos os outros livros. Se podemos ler Oscar Wilde como diversão, porque não Almeida Garret, José de Alencar, Machado de Assis?

A história é boa e conta a história de um homem que viaja por sua terra, no caso, Portugal. Conhecemos alguns lugares, como Santarém, e como ela está imersa em um fato histórico, mas não deixa isso bem evidenciado, acabamos aprendendo mais ao pesquisarmos para saber do que se trata. Na época em que foi escrito e lido pela maioria dos leitores, com certeza essa "googleada" não foi necessária.

Almeida Garret, no entanto, chega a ser pior que Machado de Assis nas digressões. Ele vagueia, vagueia e você acaba se perdendo. Ao terminar de ler, a impressão que dá é que só o que existe, basicamente, é a história da Joaninha, a moça dos rouxinóis, e principal. As outras lendas e pequenas histórias e pensamentos acabam sendo esquecidos, isso se você não tem que, depois, analisar os capítulos detalhadamente em livros-resumo, como nós vestibulandos somos obrigados a fazer.

Gostei, mas não foi o que mais gostei da lista da FUVEST desse ano. O meu favorito, contrapondo muitas opiniões, foi Til, de José de Alencar, seguido de Capitães de Areia, de Jorge Amado. Acho que o primeiro fui uma das únicas que gostou e titulou como favorito... Li rapidinho e o pegava não com aquela sensação "vamos lá ler para o vestibular", mas como o faria com um livro para entretenimento qualquer. E claro, o título achei simplesmente genial, assim como a maioria dos títulos de José de Alencar, mas isso é assunto para uma próxima resenha.

Enfim, a parte que mais gostei, do livro inteiro, foi quando o narrador chega em um lugar que é totalmente diferente do que ele tinha imaginado. Ele murchou totalmente, pois já tinha elaborado todas as metáforas maravilhosas para descrever o local que para ele seria lindo, o mais belo de todos, mas, na realidade, era como qualquer outro. Decepcionado e, em termos atuais, "chutando o pau da barraca", ele diz que está cansado e revela supostamente o segredo dos escritores românticos, revelando a "receita" dos romances. E essa passagem é simplesmente hilária!

Termino a resenha com o trecho.

[...]
Sim, leitor benévolo, e por esta ocasião te vou explicar como nós
hoje em dia fazemos a nossa literatura. Já me não importa guardar
segredo, depois desta desgraça não me importa já nada. Saberás
pois, ó leitor, como nós outros fazemos o que te fazemos ler.
Trata-se de um romance, de um drama — cuidas que vamos
estudar a história, a natureza, os monumentos, as pinturas, os
sepulcros, os edifícios, as memórias da época? Não seja pateta,
senhor leitor, nem cuide que nós o somos. Desenhar caracteres e
situações do vivo da natureza, colori-los das cores verdadeiras da
história... isso é trabalho difícil, longo, delicado, exige um estudo,
um talento, e sobretudo tacto!... Não senhor: a coisa faz-se muito
mais facilmente. Eu lhe explico.
Todo o drama e todo o romance precisa de:
Uma ou duas damas, mais ou menos ingénuas.
Um pai — nobre ou ignóbil.
Dois ou três filhos, de dezanove a trinta anos.
Um criado velho.
Um monstro, encarregado de fazer as maldades.
Vários tratantes, e algumas pessoas capazes para intermédios
e centros.
Ora bem; vai-se aos figurinos franceses de Dumas, de Eug. Sue,
de Vítor Hugo, e recorta a gente, de cada um deles, as figuras que
precisa, gruda-as sobre uma folha de papel da cor da moda, verde,
pardo, azul — como fazem as raparigas inglesas aos seus álbuns e
scrapbooks; forma com elas os grupos e situações que lhe parece;
não importa que sejam mais ou menos disparatados. Depois vai-se
às crónicas, tiram-se uns poucos de nomes e de palavrões velhos;
com os nomes crismam-se os figurões, com os palavrões iluminam-
-se... (estilo de pintor pinta-monos). — E aqui está como nós fazemos
a nossa literatura original.
[...]
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Vinicius 23/08/2012

Não tem como ler.
Uma. Merda.

Sem mais.
Luiz Ribeiro 08/01/2013minha estante
a pessoa dá 5 estrelas pro Aleph do Paulo Coelho aí diz que Almeida Garret é uma merda. No mínimo interessante.




Flávio 02/08/2012

Não é fácil de ler, Mas vale a pena
Dei 3 estrelas principalmente pelos 12 primeiros capítulos (apenas uma introdução filosófica em que se comparam burguesia e igreja com Dom quixote e Sancho Pança e descreve inumeras coisas). Eles são maçantes e não tem relação direta com a história. A partir dai, a historia inicia-se, e é um belo enredo. Em um periodo de muitos conflitos em Portugal, quando D Pedro I volta para Portugal e disputa o trono com seu irmão, a história leva o leitor ao romance entre Carlos e Joaninha, as intrigas entre o frei Dinis e a avó de Joaninha e toda uma relacao de famílias. Um belo livro.
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-marcela 18/07/2012

É o tipo de livro que li por pura e espontânea obrigação de vestibular. Achei o livro bem entediante.
Mariana 27/09/2013minha estante
Não tenho a mesma opinião.
Li por obrigação do vestibular, mas achei a crítica do autor à corrupção e a sociedade bastante interessante e atual...
Alem do mais o romance que roda no meio das narrações e descrições que ele faz de Santarém dão um ânimo a mais ao livro.




Camila 15/06/2012

Confuso e entediante
O livro conta a viagem de Almeida Garrett juntamente com um romance impossível que ocorre durante uma guerra civil ( marca o romantismo no livro), a história é confusa em muitas partes e de difícil entendimento, em parte porque o livro está escrito em português de Portugal o que dificulta, além da linguagem antiga. Outro fator são as longas descrições, que acabem tornando o livro entediante, as partes mais "interessantes" são as do romance. Apesar do autor conseguir fazer o leitor entender o que ele desejava ao escrever o livro, não recomendo.
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Danilo 06/06/2012

É uma história portuguesa,de difícil linguagem,pois além de estar escrito em português de Portugal,as palavras são antigas(claro) e tem algumas gírias da época.
Tive que ler com um dicionário ao lado. Os três primeiros capítulos são bem difíceis,mas a partir do quarto capítulo a linguagem fica mais simples(é claro,até ai você saberá o significado de algumas palavras que virão pela frente).
Mas o foco, a mensagem que ele nos quer transmitir fica bem claro durante a leitura.
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Mrgmoretto 29/04/2012

No ínicio o livro parece que vai tratar apenas sobre a viagem de Almeida Garret, meio realista e ao longo dessa primeira parte ele faz digressões sobre diversos assuntos. Depois o autor e narrador começa a nos contar uma história romântica que tem como cenário uma guerra civil portuguesa e aí sim parece pertencer ao romantismo. Bom, as digressões fazem o livro se tornar muito cansativo e chato, pela excessão de algumas três, nas quais ele faz observações legais, especialmente quando fala sobre frades e barões, Dom quixote e Sancho relacionando-os com a sociedade e quando fala sobre fé. Quanto a história romântica,é como um alívio por tornar o livro mais fácil de ler, mas tem um desfecho muito brusco e mesmo fugindo do comum final feliz do romantismo, eu acho previsível. Enfim, é cansativo, a metalinguagem que lembra Machado de Assis seria um recurso que daria brilho à obra se não fosse usada juntamente à tanta enrolação. O que salva são as passagens citadas, que são bem interessantes e a histórinha que torna o livro menos cansativo. Recomendo a quem for ler, a edição com rodapés e uma pesquisa rápida sobre a guerra civil portuguesa que pode deixar o leitor que não conhece esse contexto perdido, na leitura e na análise das caracteristicas do conflito principal do livro e das personagens.
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