Resenhas - A chave de casa

Juliana_alvernaz 22/07/2021

A chave da casa
Uma narrativa regida por memória e emoção, na qual conseguimos adentrar no íntimo da narradora e viajar espacial e temporalmente para traumas e redescobertas de sua vida.

Sofia136 15/06/2021

Intimista e sensível
Estou buscando conhecer mais autoras contemporâneas brasileiras, assim ,por meio de pesquisas, terminei esbarrando nesse livro que nunca tinha escutado algo sobre, porém percebi de cara que tinha interesse pelo enredo.

Foi o meu primeiro contato com a autora e acho que foi uma experiência ótima. A chave da casa é um livro intimista, que se aprofunda em memórias de uma mulher descendente de turcos. O livro fala de modo sensível sobre temas que tememos, como o luto, a dor da doença, a tortura, a ditadura, a solidão e a violência dentro de um relacionamento abusivo.

Confesso que demorei um pouco para me acostumar com a forma de narrar da Tatiana, visto que o leitor é cercado de muitas informações e lembranças soltas que, no entanto, vão se entrelaçando e fazendo muito sentido conforme o livro progride.

Mergulhar nos sentimentos da personagem foi uma experiência boa, mas apesar de ter sentido bastante poder em sua escrita, achei que os componentes do enredo poderiam ter sido mais aprofundados e explicitados, a fim de conectar o leitor com os textos.

Recomendo o livro para aqueles que gostam de adentrar a mente dos protagonistas, que revelam segredos não ditos.

Tainá 01/06/2012

Pesado.
Acabei de ler agora, e o que tenho a dizer sobre 'A Chave da Casa' é que é um livro pesado.
Pesa uma tonelada.

A forma com que a novata Tatiana Salem Levy escreve é, sem dúvida, apaixonante. Mas é triste na mesma proporção. Até as partes mais felizes e tranquilas do livro têm um certo pesar, uma melancolia imposta pela organização das palavras.
Eu imagino as cenas, os cenários, com aquela cor acre por cima, como que tonalizando toda a história com aquele sentimento bucólico.

É exatamente esse tom que dá a força do livro, que o torna tão bom e tão necessário de ler. É o tipo do livro que eu acordava de madrugada pra ler logo, tão especial me sentia lendo as páginas.


Super indicado!

Dressa Lopes 20/01/2023

Se não esquecemos o passado não vamos viver o presente? Acho que essa é a Frase que mais define esse livro! Mas que tipo de esquecimento seria esse? Processar os acontecimentos e entender as situações? Fica ai o questionamento!


Tatiana Salem Levy - A Chave de Casa
Editora Record - 208 páginas - Publicação 2007.

Um emaranhado de sentimentos. Assim como a vida. O #Livro a Chave de Casa, conta a história da Neta de um turco que encorajada pelo avô, depois da morte da mãe e do fim de um relacionamento abusivo, afundada em um momento depressivo, viaja a sua terra Matre para conhecer um pouco mais da história da sua família e por fim da sua própria história.
O livro é narrado em primeira pessoa, e passamos por vários momentos em que a personagem buscar encontra a sua própria identidade. Esse livro fala fortemente sobre dor, culpa, luto e perdas e principalmente em se sentir perdida.
Há capítulos em que ela se encontra em uma depressão pesada. Em outros capítulos existe vários e longos diálogos dela com a mãe morta (que podem ser dela com ela mesma, imaginando como a mãe responderia a tais situações).
Também é contada a história de vida do avô e de seus Familiaris, sua partida para o Brasil, amores, saudades e dores. E como conseguiu construir um lar prospero para a família que formaria.
Também relata sobre a história da mãe e perseguição política vivida durante a ditadura militar. Cenas de tortura vivida são contadas tbm.

A personagem também relata sobre abusos sofridos em relações amorosas, e as cenas de sexos narradas são bem quentes.
Essa alternância dos capítulos me deixou um pouco chateada, porque um momento estamos em uma cena triste, melancólica, horrível, na pagina seguinte, estamos no meio de um sexo oral enlouquecedor. Achei ruim porque não tem uma linearidade. Em uma pagina estamos lendo sobre a vida do avô, no paragrafo seguinte a mãe dela está morrendo. Não gostei disso. Mas talvez a autora tenha feito de proposito, pra causar o incomodo no leitor. Achei que aborda muitos temas, mas não aprofunda.
Sei que depressão é uma doença e que a personagem não está bem, talvez essa tbm seja a intenção, de chamar atenção para como a depressão afeta a vida da pessoa.
Todo o peso do mundo em que seus antepassados viveram ela carrega nas costas. Fiquei pensando como relações toxicas nos afetam e em quanto é necessário cortar esse vínculos. E também que cada um deve viver a sua vida, sem projetar ou depender da vida de outros, ou seja, seus sonhos, sua busca pessoal, seu propósito. E principalmente que essa vida esteja no momento do presente, não ficar relembrando e revivendo o passado!
Fiquei com a sensação de que a personagem pagou um preço muito alto para reviver esse passado, mas que talvez esse tenha sido o desfecho que vai ajudar a ela a encontrar a sua própria cura. Enfim, é um livro que sangra, como li em outra resenha.
4 estrelas.



site: @palavreado_infinito

Andréa 09/12/2016

A chave de casa
O título do livro me deixou bem curiosa. A narrativa é muito envolvente, mas confesso que no início da leitura sentia-me perdida sem conseguir identificar de pronto o narrador de cada capítulo. Fiquei confusa algumas vezes. Infelizmente, terminei a leitura decepcionada, acho que não estava preparada para aquele desfecho.

Pati 28/10/2020

Viagem ao (re)(auto) conhecimento de si
Uma travesssia se dá quando se viram as poucas paginas desse livro, o qual facilmente eu leria outros tantos capitulos curtos. Um trajeto, quase que indefinido. Um destino, quase que não alcançado. Um grande livro. Uma chave em si. Uma busca sem fim. E, por fim, um encontro possivel. O único possível: consigo.

Esther 27/09/2020

Muito bem escrito
O livro é super bem escrito. Ele passa bastante de pontos de vista e não se sabe exatamente quantos personagens são, se são parentes...
Fiquei um pouquinho perdida.
Minha edição tinha algumas páginas com a impressão torta.

Marker 24/02/2017

Curioso topar com esse livro da Tatiana pouco tempo depois de ter lido A Resistência, do Fuks, porque de certa maneira são livros primos, num diálogo que parte de lugares parecidos. Tanto lá como aqui temos famílias migrantes, marcadas por um regime ditatorial, e a voz de um filho (aqui filha) do exílio, uma pessoa em conflito com os conceitos de pátria, ancestralidade. No livro de Tatiana, porém, isso se dá através de uma sinfonia de vozes femininas, que exploram também os signos e as complexidades dessa essência, do ser mulher, brasileira ou portuguesa ou turca ou mãe ou filha.

Thiago Barbosa Santos 25/04/2020

Em busca das raízes desconhecidas
Li há uns anos o celebrado livro DOIS RIOS da jovem escritora Tatiana Salem Levy. Gostei bastante do tema, da narrativa e por isso, a coloquei na lista para outras leituras. A CHAVE DE CASA é o romance de estreia dela, o segundo que leio e só confirmou a boa impressão que tive do trabalho da autora.

O título do livro é literalmente a chave de toda a história. O enredo é quase uma autoficção, tem muito sobre a Tatiana Salem Levy. A narradora é filha de comunistas exilados em Portugal, onde ela nasceu, porém ainda criança voltou ao Brasil. Ela é neta de judeus turcos.

O avô deixou o país de origem e fez sua história por essas bandas de cá. Antes de falecer, deixou uma chave antiga com a neta dizendo ser da casa onde morou na Turquia. A ideia é que ela fosse buscar as raízes de lá, conhecer a casa. Mas será que a fechadura era a mesma?

A estrutura do livro é composta por pequenos textos que parecem misturar as histórias da vida da narradora em suas mais diversas fases. Conhecemos a traumática morte da mãe, a relação com o avô, os romances da personagem-narradora, etc.

Conhecer a Turquia foi uma experiência enriquecedora, mas teve seus contratempos. Primeiro porque ela não falava uma só palavra do idioma, não conseguia se comunicar com quase ninguém e enfrentou o choque de cultura por diversas vezes. Quando chegou ao lugarejo onde morou o avô, conheceu as raízes turcas da família. Foi um encontro totalmente estranho, pois não conseguiu dialogar com ninguém, eles olhavam para ela de forma esquisita, não existia conexão entre eles e ela descobriu que a casa já não existia mais. A viagem para a Turquia foi encurtada.

A outra parada foi em Portugal, outro país que guardava raízes da narradora. Por lá, amores e outras emoções. O livro termina de forma tocante, com um reencontro com o avô em uma situação especial.

Raquel 26/06/2013

Fazia já um tempo que queria ler esse livro da Tatiana. Olha, realmente o livro prende a atenção do início ao fim e não decepciona.
A autora nos remete textos fragmentados porém com muita lógica. No livro são abordados vários temas, como a morte e o luto. O vínculo afetivo com a mãe e a família como um todo. Um amor em que o sexo é transformado em algo doentio e violento. E a tortura que os socialistas sofriam do governo, seu exílio e anistia(no caso seus pais). E enfim, um belo final. Valeu a pena ler e realmente ela merece parabéns por obra tão bem feita!

Graciela 30/03/2022

Muito para pensar
Têm filmes que terminam e a gente continua pensando, isso foi o que ocorreu quando terminei esse livro, fiquei pensando nas estórias das estórias, na ordem dos fatos, na intensidade da protagonista, gostei bastante !!!

Rodrigues_Raquel 15/04/2017

A chave de casa – Tatiana Salem Levy
Autor: Tatiana Salem Levy
Páginas: 192
Ano: 2013
Editora: BestBolso
Adicione: Skoob

Sinopse: Em seu premiado romance de estreia, Tatiana Salem Levy apresenta os traços estilísticos e a originalidade literária que a consagraram como uma das mais promissoras escritoras da literatura brasileira contemporânea. A personagem-narradora, neta de judeus turcos, recebe do avô a chave da antiga casa da família, que foi deixada para trás em Esmirna, Turquia. A busca pelas raízes e pela herança familiar se desenrola no limiar entre realidade e ficção. O intenso fluxo de memórias é condensado para se transformar em uma narrativa composta por diversas vozes que se complementam. A chave de casa é uma obra que evoca a memória e os sentidos ao abordar o exílio, a dor da morte, a paixão e, sobretudo, o lugar do escritor perante a complexidade do real.

Resenha:
"Como é cruel (e bonito) que a vida continue depois de você."
Comprei esse livro por indicação. Por ser mais adulto, por ter mais assuntos adultos, enfim. Sim é tudo isso entre outras coisas.

No começo fiquei um pouco perdida por ser em primeira pessoa e pela autora alterar a pessoa e também por ter várias histórias contadas quase que simultaneamente. Foi um pouco difícil entender quais eram os assuntos e quem era a pessoa da história.

Do meio para final consegui entender quem eram os personagens e as histórias.

Não vou definir personagens, pois a autora não colocou nomes em muitos.

A narrativa do livro é excelente, raros foram os erros. As histórias são bem profundas e tocantes de diversas formas. Algumas realidades/ficção são chocantes e carregam muitos sentimentos pesados de certa forma, mas a autora é fantástica e estou doida para ler outro livro dela.

São assuntos que não são corriqueiros nos livros, mas talvez, um em especifico, poderia ter sido ou seria bom ter tratado em um único livro. Gostei, de verdade desse livro. Recomendo para quem quer um livro com assuntos diversos e mais adultos.

site: http://www.eupraticolivroterapia.com.br/2016/07/resenha-chave-de-casa-tatiana-salem-levy.html

Kamy 24/08/2018

Me tocou
É escrito de uma forma diferente do tradicional, mas depois que você pega o jeito vai que vai.Do meio até o final o livro me tocou profundamente, era como se eu também fizesse parte daquilo. O livro vai crescendo e te prendendo cada vez mais.

Priscila.Mastranto 27/01/2024

A chave de casa
Me surpreendendi muito com essa leitura. Li em dois dias e não tinha vontade de parar. O livro é escrito por várias vozes, narrando vários acontecimentos sem uma ordem cronológica mas que, pela simplicidade e veracidade da escrita, prendem o leitor. Ficam dúvidas do que realmente era verdade ou apenas imaginação da personagem, mas essas dúvidas parecem fazer parte da obra. O livro conta a busca da protagonista pelo auto conhecimento, buscando conhecer seu passado para entender o que ela é no presente. Fala de violência, dor, prazer, depressão e amor. Uma ótima leitura que vale muito a pena.

Manuela Marques Tchoe 17/03/2018

Leitura de redescoberta interior
O livro de estréia da escritora brasileira mostrou um talento nato para retratar não só a jornada pessoal de descoberta, como as poucas passagens sobre a Turquia e seus costumes. Ainda é um mistério que esse livro seja auto-biográfico, mas tudo indica que sim pela autenticidade dos sentimentos e a sensibilidade impressa nessa obra. O que mais me chamou atenção são as sensações da autora ao ver pela primeira vez a terra de seus ancestrais em busca da antiga casa onde seu avô morava antes de se mudar para o Brasil.

Ela viaja para Istambul até chegar em Esmirna e conhece a família judia que, no começo, a despreza por não falar turco ou conhecer certos costumes. O livro é mais focado na redescoberta interior, mas ainda assim é poderoso o suficiente para inspirar uma viagem à Turquia, um dos países mais fascinantes que conheço.

site: https://www.baianadabaviera.com.br/2017/05/04/viajando-em-folhas-de-papel/