Memória de minhas putas tristes

Memória de minhas putas tristes Gabriel García Márquez




Resenhas - Memória de minhas putas tristes


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Bricio 06/07/2020

Gabriel Garcia escreve sobre amor como ninguém...
Nunca li um autor que escreve tão real , e ao mesmo tempo , poético o amor. No romance Memória de minhas lutas tristes, o autor nos faz viajar em devaneios sobre um tema tão humano , inevitável e misterioso: o envelhecer . O personagem principal nos narra suas aventuras durante sua vida, até o reconhecimento verdadeiro do significado do que é o amor, mesmo que descoberto aos 90 anos de idade. Toda esta "crônica do amor" nos é idealizado da forma mais humana possível, com seus medos, aflições , descobertas e entrega. Um ensaio poético e verossímil deste tema universal : o homem e sua busca do significado do que é amar de verdade.
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Thays.Freitas 29/12/2022

Incômodo e reflexivo
Esse livro de Garcia Marquez é de longe que que mais me incomodou.
Nesse livro, algumas temáticas sociais como o estupro, a pedofilia e o assédio sexual são bem mais descaradas e podem manifestar alguns gatilhos. Porém, como em todos os outros livros eu custo acreditar que, ainda mais naquela época, Garcia Marquez usava isso como um instrumento de banalização, acredito que, ao falar abertamente e sem rodeios de uma temática tão incômoda e com elementos tão extremos, Garcia marquez tenha usado como uma forma de crítica à realidade.
Esse livro, mesmo com os demais assuntos aparecendo de forma velada na história, tem como a temática principal a velhice, o estado de solidão e os questionamentos de uma vida que acompanham ela. O pensamento de morte e finitude traz consigo a ideia de secundária das pendências e irrealizações. De que adianta ter histórias e não poder compartilhar elas com alguém? O peso do esquecimento é enorme e o sentimento de estar vazio é maior ainda.
Da mesma forma que nos outros livros, Gabo vai retratar aqui o amor doentio, que reflete mais os sentimentos que se tem sobre si mesmo do que sobre a outra pessoa. O senhor do livro se apaixonou pela ideia de não morrer sozinho, criou toda uma idealização da pessoa amada que não era real somente para se preencher. E a menina, pobre e desamparada, viu na situação uma oportunidade de sobreviver.
"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança" foi o que o protagonista disse após relatar uma vida inteira sustentando um bordel com sua solidão.
Penso que todos os livros do autor retratam a solidão, afinal, estamos todos de certa forma sozinhos, tentando carregar juntos o fardo da existência para que o peso se amenize, ou talvez eu só seja nilista.
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@oikrystyan 26/12/2022

Livro cheio de vida
Tive o prazer de ler "Memórias de Minhas Putas Tristes" na sequência de "A Casa das Belas Adormecidas" e o diálogo entre as duas obras é riquíssimo, sem diminuir nenhuma em favor da outra.
Na véspera de seu aniversário de 90 anos, o narrador decide se presentear com uma noite de prazer com uma adolescente virgem. Esse é o ponto de partida para uma obra muito bem contextualizada sobre a vida, seus amores, o tempo, a velhice, a juventude e muitas outras coisas.
Aqui, conhecemos mais a fundo a história do narrador, seu sonhos, anseios, desejos e temos um vislumbre maior de sua vida fora do quarto do bordel.
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Marcela Mosqueti 14/07/2020

Incômodo
Para mim essa não é uma história de amor, mas sim sobre a dominação dos corpos femininos. O narrador separa as mulheres entre santas ou putas e daí vai desenrolando sua narração fantasiosa, distante da realidade. Apesar do incômodo proposital, gabo continua me encantando com sua escrita que é maravilhosa, mas que coloca tantas reflexões angustiantes em pauta.
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Gustavo 13/01/2022

Se a primeira impressão é a que fica... então, faz jus
Gabriel Garcia Márquez, Gabo, tem muita escrita sutil, gostosa, e muito difícil de ficar longe daquilo que você está lendo antes da última página. Uma qualidade para misturar componentes do cotidiano com elementos da literatura, com uma simplicidade que só deixa o romance ainda melhor. Uma experiência fantástica para um autor reconhecido internacionalmente, e que só tive contato agora, mas que me arrependo de não ter sido antes. Vale a pena ler cada linha desse autor que nos apresenta a literatura de uma forma passional, como é próprio dos latinos, mas com uma qualidade que não fica devendo em nada para autores americanos/ europeus.
Literatura de primeira de um país vizinho ao nosso.
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Paulo Sousa 30/12/2021

Leitura 33/2021

Memórias de minhas putas tristes [2005]
Orig. Memorias de mis putas tristes
Gabriel García Márquez (Col, 1927-2014)
Record, 2006, 176p
Trad. Eric Nepomuceno
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?Eu navegava no amor de Delgadina com uma intensidade e uma felicidade que jamais conheci em minha vida anterior. Graças a ela enfrentei pela primeira vez meu ser natural enquanto transcorriam meus noventa anos. Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio? (pág.73/74).
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O livro, como o próprio título aduz, é uma espécie de registro memorialista do narrador que, no alto do aniversário de seus 90 anos, decide comemorar a improvável data com uma última noite de amor. Acostumado a uma vida solitária, ermitã, o decano faz uso da mais antiga das profissões e se dirige ao cabaré de Rosa Cabarcas, a velha cafetã amiga de longa data, a fim de selar sua longeva existência com um jovem virgem ao estilo Nabokov.
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Mas, como sempre, o improvável, comum aos livros de Gabo, está aqui presente também neste volume que acabo de ler e com o qual findo as leituras deste ano terrível: nas muitas noites em que repetidamente tenta consumar o ato, o velho narrador acaba por se apaixonar pela donzela, a quem nosso patriarca sempre encontra no quarto dormindo sob o efeito de doses de valeriana. Eles sequer trocam uma palavra de fato. As costumeiras idas do velho à casa de Cabarcas se transformaram num rito onde, além do embelezamento do ambiente, há também o aprofundamento de um sentimento que nosso narrador, no alto de nove décadas de vida, ainda não experimentara.
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Como todo sentimento, houve seus altos e baixos. Os tão conhecidos anseios, dúvidas, certezas, alegrias e a fúria ante o menor sinal de que aquela relação foi corrompida, tomam corpo e alma ao velho e são momentos dramáticos e hilários vê-lo cantarolar pelas ruas da cidade imaginária o seu amor recém descoberto ou derramando lágrimas de desespero por quase perder Delgadina (era o nome da menina)! Pensando que perdera Degaldina para sempre, ele vai fiando as lembranças de outras cortesãs, às quais ficaram marcadas na sua memória sobretudo por suas tristezas.
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Gabo também entremeia na trama o ofício de jornalista e cronista diário do velho narrador, a cujo texto, há anos frio, austero e decadente, de uma hora para outra ganhou novas cores, novos floreios como que de rapaz apaixonado, que tanto chamou a atenção dos leitores da gazeta que acabou sendo usado por estes como verdadeiras cartas de amor (quem leu ?O amor nos tempos do cólera? saberá o que estou dizendo, pela perspicácia de Florentino Ariza!).
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E foi assim que Gabo, esse escritor soberbo e essencial, concebe mais uma de suas belas narrativas de amor, onde o sentimento perpassa os anos, as décadas, à busca do aconchego de um coração amante, seja ele velho, esteja ele aparentemente cansado de viver. Um ótimo livro para fechar o ano! Salve!
Jacy.Antunes 30/12/2021minha estante
Ótima resenha, como sempre. O Amor nos Tempos do Cólera é mesmo um ótimo livro. Boas leituras em 2022.




Reccanello 13/08/2020

Ame enquanto ainda há tempo...
Já idoso, e conquanto a temática escolhida possa ser indigesta para humores mais puritanos, o autor nos relembra a importância de não deixar as coisas para mais tarde.
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Amilton.Dantas 04/01/2022

"Memento mori"
"Lembre-se que irá morrer"

É compreensível a rejeição de muitos a essa obra, assim como também é compreensível que mesmo achando ela asquerosa e repulsiva dada a temática, você consiga compreender um pouco da angústia que aflige o narrador no crepúsculo de sua vida, ainda que não concorde com suas atitudes.


Nos faz pensar no que deixamos escapar ao longo dos anos, seja por conveniência, por desleixo, por preguiça ou por puro medo.
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Amandinha 03/08/2020

Tudo que for escrito por Gabriel García vale a pena ser lido.
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Caroliny Guimar 10/07/2020

A leitura foi um tanto perturbadora, mas apesar da pedofilia e de uns detalhes nojentos o livro até que é bom, só porque o Gabi é fantástico!!!

"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança."


"porque o amor me mostrou tarde demais que a gente se arruma para alguém, se veste e se perfuma para alguém, e eu nunca tinha tido para quem."
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Tinho Silva (@cafecomlivrossp) 12/04/2020

Memórias de minhas putas tristes - Gabriel García Márquez
“No ano de meus noventa anos quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem”.

“Memórias de minhas putas tristes” é mais uma daquelas obras-primas literárias, escrita por ninguém menos que o grande Gabriel García Márquez. Lançado inicialmente em 2004, sendo que a edição da foto é a 19ª, de 2008, publicado pela Grupo Editorial Record e a tradução é de Eric Nepomuceno.

Trata-se de uma crônica que narra as impressões nostálgicas com um leve om de erotismo, no qual o narrador, um cronista falido e sem nome, narra sobre as experiências vividas em seus noventa anos. A história começa justamente com ele contando ao leitor como pretende comemorar o aniversário, com uma noite ardente com uma jovem virgem, e nessa “aventura”, acaba se deparando com um sentimento ainda não experimentado em seus noventa e vê a vida se transformar drasticamente ao resolver experimentar tal sentimento.

O título pode, a princípio, nos levar a crer que iremos explorar um universo erótico, mas esse prenúncio logo cai por terra e somos introduzidos na vida do protagonista, onde ele apresenta ao leitor, por meio de suas recordações, aspectos positivos e negativos que vivera até aquele momento.

O enredo é bem interessante, principalmente pelos assuntos que abordados: envelhecer e o amor. É um livro de fácil leitura, curto, contendo apenas 127 páginas, tendo uma escrita leve, poética, profunda e repleta de significado. Outra coisa que chama a atenção, são as várias referências a autores e obras de autores renomados citados no decorrer da obra, deixando a mesma mais rica e mais interessante. Mais uma vez, fiquei encantado com a escrita do autor, fui imediatamente fisgado pela história, devorando rapidamente o livro, e uma leitura que eu indico para todos os leitores.

site: https://www.instagram.com/cafecomlivrossp/
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Eduardo Pedroso 03/05/2021

Muito Bom!!
Um livro prático e rápido e com um profundidade filosófica acerca da velhice.
Acho um prato cheio a críticas e brigas hoje pelo fato de um idoso se encontrar com uma menina, mas prefiro até ter cuidado com as palavras e me privar de qualquer comentário principalmente hoje onde tudo vira um estrondo.
Preferiria expor meus pensamentos sobre o livro de uma forma livre e respeitosa, mas creio que muitos deturparão. Não lhes tiro a razão, enfim. Um ótimo livro. Uma ótima leitura. Um ótimo escritor!
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Gabriela4035 30/05/2023

Primeiro contato com Gabo, gostei do estilo de escrita. O livro em si é bem indigesto - não o indicaria, apesar de ter achado bom. Apesar disso, não achei que houve Romantização da relação totalmente questionavel e bizarra, apenas um homem de 90 anos dando sua narrativa da relação. Ou seja, seu ponto de vista. A coisa toda é muito desagradável, mas não podemos desconsiderar que isso era normal à época.
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Barbara.Teodoro 23/05/2023

Ego
Esse livro conta muito brevemente, apesar de tanta coisa vivida, a história de um idoso que acaba de chegar na década de seus 90 anos. Gabo decide retratar ali um quê de arrependimento, aquele especial de quando se percebe que não há mais tempo. Que não há mais possibilidades. Que o amor agora é comprado, que o que foi não será mais. A velhice, o cansaço, os propósitos. É interessante ver como essa história é construída APESAR do que se trata: pedofilia e puro ego do anti-herói. Nada mais é do que um homem que pensa estar perdidamente apaixonado por uma jovem virgem que ele sequer ouviu a voz. Eu acredito que o personagem nunca se apaixonou pela menina, visto que deixou claro no único momento do livro que há uma fala da mesma, a preferência dela como antes: em silêncio. Na realidade, ele se apaixonou pela mera possibilidade. Aquela ardência que não teve, na dureza de uma vida inteira e no fato de, ainda que no fim da vida, ter domínio sobre uma jovem "pura".
Gostei muito da escrita do autor e pretendo ler mais livros dele, mas essa história me deixou um pouco desconfortável. Obviamente por explorar a pedofilia sem pudores e por me lembrar constantemente da finitude da vida.
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