O capote

O capote Nikolai Gógol




Resenhas - O Capote


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13marcioricardo 16/01/2023

Literatura do fantástico
Obra com cinco contos de Gogol, entre os quais os famosos O Capote e O Nariz. Não foi o primeiro livro que comecei em 2023, mas foi o primeiro que terminei. A edição é boa e conta com um bom prólogo de Paulo Bezerra, que também é o tradutor e um dos maiores especialistas de literatura russa no Brasil. Como tinha as expectativas altas, não achei tudo isso, mas vale a pena ler sim, e com esforço se pode retirar algumas reflexões interessantes. O prólogo ajuda nisso. Todos os contos são de cariz fantástico e alguns de terror.
Carolina.Gomes 17/01/2023minha estante
Os melhores são o retrato e o capote? n achei tudo isso tb não. ????


Marcos Gabriel 19/01/2023minha estante
O livro q tou lendo fez até agr(Gente Pobre) umas duas menções deste livro aí, legal...


Carolina.Gomes 19/01/2023minha estante
Gente pobre menciona o capote e o duplo tb guarda relação.




Erika 07/05/2020

Melhor leitura do ano!
- Todos saímos do Capote, de Gógol - Fiódor Dostoiévski.

A famosa frase de Dostô coloca as expectativas nas alturas, o que é bem perigoso. Mas é com imensa alegria que venho falar da minha melhor leitura de 2020 até o momento.

O Capote e outras histórias reúne alguns dos contos/novelas mais famosos do ucraniano Nikolai Gógol, escritos entre 1832 e 1842. O Capote, O Diário de um Louco e O Nariz são narrativas da vida de pequenos funcionários; Noite de Natal e Viy abordam temas folclóricos da Ucrânia.

É difícil dizer qual foi a história que mais gostei. O Capote conta a infeliz vida de um funcionário de baixo escalão que tem o seu novo capote (importantíssimo para o frio de Petersburgo!) roubado, morre e volta como fantasma para fazer justiça, é excelente e o mais famoso, mas eu quase fiz xixi nas calças com os seres do além em Viy! Em Noite de Natal, ri até a barriga doer e o final é de deixar o coração quentinho! O Nariz me fez refletir sobre a importância que damos à nossa posição social. O Diário de um Louco talvez seja a história que menos gostei, mas tem o seu grande valor também! Pensa no que é ler o dia a dia de uma pessoa que não bate nada bem da cabeça!

Eu não sou uma leitora de narrativas curtas, pois gosto de tudo explicadinho. Mas Gógol o faz com maestria em poucas páginas. Nada fica de fora, não existem pontas soltas, e eu fiquei muito satisfeita. E o humor presente em todas as histórias é daqueles que te fazem chorar de rir mesmo em histórias envolvendo elementos macabros. Quero ler tudo que este homem escreveu.
Douglas 14/09/2020minha estante
Ótima resenha, Erika. Comprei um exemplar esses dias e vou começar a ler. Também estou com as espectativas lá no alto...rs


Erika 14/09/2020minha estante
É muito gostoso quando a experiência faz jus às expectativas! Espero que a sua seja tão boa quanto a minha, Douglas!


Douglas 14/09/2020minha estante
Gratidão




Lívia 28/06/2021

Gogol
Recebi a indicação de ler esse conto antes de iniciar "Gente pobre".

Foi meu primeiro contato com Gogol e gostei muito. A literatura russa é sempre uma agradável surpresa.

Recomendo.
Camila.Stephane 28/06/2021minha estante
Tbm adorei! O Nariz e muito bom tmb


Lívia 28/06/2021minha estante
Obrigada pela dica, Camila. Vou colocar na lista. Bjs




Guilherme Amin 23/02/2024

Li os cinco contos deste livro já pensando na releitura que farei, porque são textos tão ricos e prazerosos que merecem outro encontro.

Por minha ordem de preferência: 1. O capote (em verdade, uma das melhores narrativas que já li); 2. O nariz; 3. Viy; 4. Noite de Natal; 5. Diário de um louco.

Ao final, há um excelente posfácio do professor e tradutor Paulo Bezerra.
edu basílio 23/02/2024minha estante
???


Georgeton.Leal 23/02/2024minha estante
"Viy" foi um dos contos de terror que mais me deram arrepios até hoje. Sinistro.




Cinara... 12/05/2021

"Levaram o morto e o enterraram. E Petersburgo ficou sem Akáki Akákievitch, como se ele nunca houvesse estado ali. Desapareceu e eclipsou-se um ser que ninguém defendera, que ninguém estimara, por quem ninguém se interessara, que não chamara atenção nem mesmo de um naturalista, desse que não perde a oportunidade de espetar com alfinete uma simples mosca e examiná-la com um microscópio - um ser que suportara resignado os escárnios da repartição e baixou à sepultura sem nada de extraordinário, mas, apesar de tudo, que acabou tendo, ainda que bem no fim da vida, um lampejo de uma visita radiosa em forma de capote, que lhe animou por instantes a pobre vida, e sobre o qual depois se abateu uma insuportável desgraça, dessas que tem se abatido sobre os reis e senhores do mundo..."

Real eu amo o Gogol! Leituras crescem ou morrem dentro de mim, o Capote foi uma releitura, e essa novela definitivamente é uma das minhas favoritas da vida! Essa novela só cresce dentro de mim e de minha memória! E dessa releitura eu bem percebi que o russo Akáki Akákievitch seria um ótimo crush para a nossa brasileira Macabéia?
As outras novelas eu não conhecia e amei todas também!!! Só não recomendo, como eu, ler as 00:00 sozinha a Viy. Quero ver dormir hoje??
Mírian 23/07/2021minha estante
Gostei do crush para a nossa Macabéa! Imagina que romance daria!


Cinara... 23/07/2021minha estante
Eu ia amar ? casamenteira estou ?




Nazrat 09/05/2021

Cômico e mitológico
Fantástico como Gogol consegue viajar entre diferente narrativas, sem perder o seu humor e a sua narrativa característica. Desde o clássico "O capote" até " Um conto de natal" são apresentados contos que prendem a atenção e com várias camadas de interpretação.
Mariana 09/05/2021minha estante
Estou terminando meu primeiro livro dele e estou animadíssima! O humor dele é incrível!!


Nazrat 09/05/2021minha estante
Siiim! Eu li Taras Bulba antes e achei fenomenal!




Carmillabloods 12/12/2023

Na literatura russa é essencial a compreensão do contexto histórico em que o texto foi escrito e um ótimo exemplo a ser tomado pode ser Nikolai Gógol. Aqui, irei analisar em especifico o conto O capote.

A literatura na Rússia é dividida entre seis períodos, são esses; Era Antiga, Era pré-dourada, Era dourada, Era de prata, Era soviética e Era pós-soviética. Durante a época dourada ocorre a introdução do romantismo junto com temas que vão de realismo a puro drama.

O autor Nikolai Gógol foi um grande escritor do Império Russo, nascido no território atualmente localizado na ucrânia, e apesar de muito de seus contos terem sido influenciados pela tradição ucraniana, seus trabalhos foram redigidos em russo. Toda sua obra é baseada no realismo.

Em O capote Nikolai faz uma sátira a burocracia excessiva do período czarista, já antes abordada por Dostoievski, enquanto também ironiza as relações de poder no capitalismo através do personagem intitulado Figurão.

Seu protagonista é completamente pacato e leva uma vida de extrema pobreza, e humilhações em seu emprego por conta de suas vestimentas, e quando seu único capote acaba sendo desgastado por velhice, ele acaba por se encontrar em uma situação de renunciar alimentações e toma para si um estilo de vida mais restrito do que o normal para conseguir comprar um novo capote, e essa situação perdura por meses a fio até que finalmente consiga seu objetivo. O protagonista vem como uma denúncia as situações precárias de vida de muitos funcionários públicos durante o século XIX na Rússia.

A burocracia no Império Czarista se mostra ser burra tendo em vista ser desnecessariamente complicada, o que no conto se mostra ser um empecilho para resolução de qualquer problema que a população pudesse vir a ter. Na história, Akaki Akakiévitch se encontra perdido a quem recorrer após ter seu capote novo furtado durante a noite, e a todos que procura em busca de uma resolução de sua situação acabam apenas o humilhando ou questionando sobre coisas que de nada ajudariam a encontrar seu capote, além de ser revelado a si que por mais que a polícia o encontrasse não o devolveriam para ele. Sendo assim, a história relata a incompetência da burocracia Russa da época.



O personagem Figurão apenas é caracterizado por ser uma figura importante no local onde Akaki trabalha, entretanto também é dito que existem pessoas mais importantes que ele no espaço. O Figurão, algum dia já foi apenas um funcionário comum, mas em algum momento acabou tendo seu cargo elevado e junto com isso sua autoestima, pois acreditava valer mais que as pessoas abaixo de si, e assim, o Figurão se torna uma pessoa inacessível já que por fim apenas interagia com pessoas de cargo igual ou superior ao seu e a todos os outros que tentam interagir consigo acabam sendo amedrontados por seu superior. Através disso é possível afirmar que o personagem em questão representa um dos principais males do capitalismo, as relações toxicas de trabalho, algo que se estende desde o tempo imperial até o atual.



E assim, Nikolai Gógol escreveu uma das principais obras de seu tempo, com críticas que até hoje são parte da realidade dos leitores. O capote além de uma leitura atemporal é uma leitura essencial para quem deseja estudar a história da literatura russa, assim como outras obras do autor.
carrir 12/12/2023minha estante
nikolai gogogo




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Marcelo 18/08/2018minha estante
Ótima resenha!




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Sara.Maria 05/02/2023minha estante
AMEI MDS ÍCONE FALOU MT BEM




Eduardo Mendes 09/01/2022

Impossível passar incólume pela história Akaki Akakiévitch
“Todos nós saímos do Capote de Gógol”, a famosa frase de Dostoiévski me despertou pra literatura de Gógol. Se este pequeno conto influenciou ninguém menos que Fiódor Dostoiévski, o que será que Nikolai Gógol e seu capote tem pra nos oferecer? A resposta é simples: humor ácido e flertes com o absurdo.

Nikolai Gógol foi humorista, dramaturgo e poeta, ele é considerado o pioneiro na prosa russa moderna, e de forma muito peculiar consegue mostrar sua visão satírica sobre a realidade da Rússia da sua época.

O Capote e outras histórias lançado no Brasil pela Editora 34 reúne cinco contos do escritor russo/ucraniano. Temos aqui além de “O Capote”, outros dois contos incríveis: “O Nariz” e “Diário de Um Louco”. Além de duas narrativas do folclore ucraniano: “Viy”e “Noite de Natal”.

É impossível passar incólume pela história Akaki Akakiévitch, um homem resignado, sem perspectiva, que não possui grandes talentos ou aspirações. Akaki tem um casaco (capote) velho já muito maltratado pelo tempo e que precisa ser remendado frequentemente. O homem decide juntar dinheiro para comprar um capote e novo e partir daí uma série de eventos inesperados acontecem, até um desfecho totalmente inesperado.

A escrita do autor é simples e se desdobra a partir do inusitado. Em “O Nariz” um homem acorda e descobre que perdeu o seu nariz. É isso mesmo o que você leu, o mais interessante é que o Nariz dele acaba se tornando uma figura ilustre da sociedade. É uma das melhores coisas que li na vida! Essa realidade construída a partir do absurdo deixa o leitor completamente desconcertado. É cômico, grotesco e crítico. Tudo isso em poucas páginas. É um show de humor ácido!

Em “Diário de Um Louco", Gógol mostra que entre a sanidade e a loucura existe uma linha muito tênue. Além de refletir sobre a necessidade do ser humano em se sentir amado, e a consequência de se viver em uma sociedade em onde o status social tem mais valor do que realmente deveria. Genial! Tá na lista de melhores livros lidos em 2021.

site: https://jornadaliteraria.com.br/o-capote-e-outras-historias/
alicemxdo 09/01/2022minha estante
Valeu pela resenha! Vou adicionar à minha estante ?




Ricardo.Borges 17/10/2023

?O capote? é um conto interessante, curto, fantástico, direto ao ponto?cujo clima me lembrou um pouco o jeito de Dostoievski de narrar, talvez por ter uma descrição muito rica do cenário russo e do personagem principal, Akaki Akakievitch, funcionário público baixinho que é ridicularizado por Td mundo e cujo capote novo poderia significar a realização e ascensão social. ?O retrato? não me prendeu muito, embora seja inusitado e, acredito, inovador para a época em que foi escrito.
Ana Sá 17/10/2023minha estante
Eu qdo li, fiquei doida imaginando-desejando uma HQ do "O retrato", não sei pq! rs Achei que daria bom... Mas tb prefiro "O capote"!




Wilson 27/04/2023

O capote
Desta coletânea de contos, os únicos que concluí foram O capote, diário de um louco e o nariz. O melhor, sem dúvidas, é o capote. Os outros dois últimos contos envolvem literatura fantásticas, e por isso não me agradaram muito, nem sequer cheguei a ler eles inteiros.
du sp 25/07/2023minha estante
Viy é muito bom. Noite de Natal é mais ou menos.




Danielle.Brito 24/05/2020

O Capote
O conto "O Capote" de Nikolai Vasilievich Gogol narra a história do funcionário público Akaki Akakievich, que de tão mal remunerado que é, possui apenas um casaco puído, com tantos remendos que não é mais possível nenhum conserto. É com esse casaco velho, chamado debochadamente por seus colegas de trabalho de "capote", que ele vai ao trabalho todos os dias enfrentando o terrível frio do inverno de São Petersburgo na Rússia.
Quando o alfaiate condena o velho capote, Akaki se vê obrigado a economizar o que não tem para comprar um novo. A partir daí acompanhamos o drama do protagonista, entremeado com muita galhofa e humor na narrativa de Gogol. Apesar da situação narrada ser triste, eu ri muito lendo esse conto, pois a forma como Gogol descreve os fatos é muito engraçada. Sem falar nos contornos fantásticos que a história toma do meio para o fim.
Recomendo essa leitura! Muito bom o conto!
Douglas 14/09/2020minha estante
Deu mais vontade de ler com essa resenha, Danielle !




jota 25/09/2017

Realidade e fantasia...
Todo leitor que se preza já leu alguma história curta do ucraniano (ou russo, como querem muitos) Nikolai Gogol (1809-1852). Que tem uma famosa peça teatral em seu currículo, O Inspetor Geral (1836), além de outras obras admiráveis, especialmente um romance inacabado, considerado uma obra-prima da literatura mundial, Almas Mortas (1842).

Temos aqui três de suas novelas mais conhecidas, que têm lugar em São Petersburgo: O Capote (1842), O Nariz (1836) e Diário de Um Louco (1835). Elas envolvem serviço público, burocracia estatal, insanidade, o real e o fantástico. Em seguida, mais dois textos nem tão conhecidos assim e que dizem respeito a um universo rural, ucraniano, povoado por crendices, em que se destacam criaturas do mal: Viy (1831), envolvendo bruxas e seres malignos, e Noite de Natal (1832), trama que conta com a participação especial do diabo.

As cinco histórias trazem personagens gogolianas metidas em situações curiosas, absurdas e por vezes bastante engraçadas também, traços que marcam uma obra literária diferenciada. As primeiras narrativas são imperdíveis, mostram toda a genialidade do autor; as duas últimas, embora não tão interessantes assim, ficam no entanto acima da média. Tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra.

Avaliação geral: 4 estrelas e meia.

Lido entre 12 e 24/09/2017.
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Codinome 04/11/2018

Um pouco sobre "O Capote e outras histórias"
Depois de já ter conhecido Dostoiévski e Tchekhov: escritores da chamada moderna prosa russa; foi agora o momento de conhecer Nikolai Gógol com seu célebre “O capote”, a obra de entrada para muitos leitores que ainda não leram Gógol, pois é uma das histórias mais célebres, tradicionais e famosas da literatura. Nessa edição, temos também mais outras quatro histórias do autor, que já tinham sido traduzidas juntamente com “O capote” e publicadas em 1990 pela editora Civilização Brasileira, tal como nos elucida bem o tradutor Paulo Bezerra no posfácio da atual edição da Editora 34. As cinco histórias formam um livro bastante convidativo para conhecermos o estilo e as temáticas que Gógol parece propor em sua obra geral.

Um tom bastante irônico e fugas para momentos de fantasia são características que perpassam os contos e novelas reunidos, mesmo “O capote” que tem um pé mais no chão tem o sobrenatural em sua conclusão. Justamente essa história é a que eu mais gostei, não é sem motivo que ela é tão celebrada. Aquela força da burocracia de uma Rússia tzarista e que não deixa as engrenagens girarem, juntamente com autoridades extrapoladas demonstradas por qualquer indivíduo que tenha algum poder e isso é um alvo constante da crítica de Gógol: esse é outro aspecto que aparece nessas suas histórias, em certos momentos de maneira mais intensa.

Seu jeito de narrar me lembra bastante um modo teatral de apresentar uma história, talvez seja uma característica dos autores de sua época – ali no segundo quarto do século XIX – ou também porque ele era um dramaturgo e sofreu essa influência na literatura: com situações de transições de espaços, parecendo uma cena mesmo. Um exemplo é no conto “O nariz”, que o narrador está falando de um personagem e ele conclui o acontecimento com uma névoa que incapacita ao leitor saber o que houve e começa-se a falar de outro personagem. Um truque que parece ser eficaz no teatro, mas que em um livro dá até certo humor: talvez se fosse com um outro escritor mais sisudo eu nem iria gostar.

“O capote”, “O nariz” e “Diário de um louco” – como de cara é dito na contracapa do livro – são contos mais urbanos ali da região de São Petersburgo. A temática dos cargos públicos e das autoridades tem seu apogeu nessas histórias, só com o primeiro dá para ficar falando um bom tempo a respeito da enorme crítica social gogoliana (terminho novo que aprendi, também da contracapa). O Akáki Akákievitch, protagonista de “O capote”, acaba se encontrando em uma situação que ele precisa de uma reposta de algum ente público ao roubo que ele sofre. É um fato que me lembrou um pouco “O processo”, nesse romance que Franz Kafka aprofunda essa problemática de um sujeito que não consegue respostas de outro ente público que é o poder judiciário; muito provavelmente Kafka leu Gógol ou pelo menos algum de seus influenciados.

Já as novelas finais, “Noite de Natal” e “Viy”, são ambientadas em cenários rurais da atual Ucrânia, que na época faziam parte da esfera russa, gerando até hoje uma disputa de nacionalidade do Gógol. Em ambas as histórias o fantástico permanece e se mistura com aspectos folclóricos ucranianos, principalmente em “Viy”, que as histórias dentro da novela tomam vida própria através dos personagens contando as estórias de bruxas; o próprio título “Viy” é o nome do rei dos gnomos, da imaginação cultural ucraniana.

Ao final, temos o ótimo posfácio “As múltiplas facetas de Gógol”, assinado, como eu disse, por Paulo Bezerra. O tradutor que fez a tradução diretamente do russo, característica fundamental da Coleção Leste, da Editora 34. Um aspecto que torna essa coleção muito mais interessante, ainda mais quando vemos tantos títulos russos sendo traduzidos de uma segunda língua, mesmo em editoras renomadas.

Para quem quiser conhecer Gógol, a recomendação é evidente, essa organização apresentará o melhor do autor: histórias que darão uma porrada de influência nos escritores subsequentes, não só os russos, e também novelas fantásticas como uma fonte insubstituível para conhecer a cultura (vamos usar esse termo novamente) gogoliana.
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