Resenhas - O Capote

Luquinhas 18/07/2020

Prosa Gogoliana
O Livro se divide praticamente em 2. Os 3 primeiros contos se passam na Rússia Czarista e falam de sua burocracia, já os últimos 2 contos, os melhores do livro em minha opinião tratam do folclore Ucraniano com um que de misticismo.

alex 30/11/2021

o capote 4/5
diário de um louco 5/5
o nariz 3/5
noite de natal 3.5/5
viy 3/5

diário de um louco foi genial e divertido. foi como ler uma enxurrada de pensamentos. viy é uma história popular ucraniana de horror e eu não curti muito pra ser honesto.

eu acredito que muito é perdido pela tradução e contexto para nós não russos apreciarmos gógol 100%, mas definitivamente um autor incrível

mari :) 12/12/2021

desculpa mas odiei
Chato demaaaais e a leitura foi muito forçada... Não sei nem o que falar mais. Sei que é um clássico da literatura mas que sinceramente não agrada todo mundo

Bruna Peixoto 25/04/2022

O capote conta a vida infeliz de um funcionário de baixo escalão que não é respeitado pelos seus companheiros de trabalho por conta de seu capote surrado.
Comprar um capote novo vai passar a ser a conquista da sua vida e vai abdicar de muitas coisas para alcançar seu objetivo.

Gabriel.Larrubia 31/05/2022

Esse não me sinto tão a vontade de fazer resenha! Por saber a importância que teve pra literatura russa mas eu saber muito pouco de literatura russa... Pelo menos o conto que dá nome ao título é impossível de esquecer cada detalhe, acabei empatizando demais com o protagonista fazer o que (mas não deve ser só por isso né já que é real o mais importante)
Acho que uns dois contos eu lembro pouquinho, o nariz já tinha lido e o último foi confuso talvez eu devesse ter anotado os nomes dos personagens e suas características... Enfim Enfim acho que vale mais a pena se eu conhecesse mais dos russos pré gogól e mesmo os pós. Então recomendo? Se quiser colocar o dedão na água antes de pular na piscina o primeiro conto vale muito a pena, se não for muito sua cara explore por outras direções os russos e depois volte aqui!

Mi_ 14/11/2022

Divertido
Nikolai Gógol, autor russo do século XIX, soube como ninguém fazer uma análise satírica,cômica e trágica da sociedade do seu tempo,.
Com estilo, enredos e personagens inovadores, ele nos apresenta o conto ?O Nariz?, coletânea que faz parte da obra ?O Capote?; que além de ser um texto divertidíssimo, nos traz muitas reflexões.
No decorrer da leitura percebemos que o nariz não é apenas um órgão do corpo humano cheio de simetrias e assimetrias, mas é além de tudo, o órgão que mais simboliza a nossa identidade.
Vamos a história?
?Platon Kovaliov, em uma certa manhã descobre ter perdido o nariz. O órgão olfativo desgrudou-se do rosto e saiu da casa sem avisar, e foi visto mais tarde com as roupas de um conselheiro diplomático passeando pela cidade como se fosse a coisa mais natural do mundo.?
O nariz ambulante será capturado e devolvido ao dono? Voltará a ocupar o seu devido lugar?Deveríamos estranhar tudo isso?
Só chega a uma resposta quem ler! Eu amei. ?

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Luís 05/01/2023

Realmente, da pra ver de onde Dostoiévski tirou bastante inspiração para a composição de sua obra; Gógol lida com a realidade do pequeno funcionário russo do mesmo jeito que Dostoiévski faz em obras tipo "Memórias do Subsolo", como um ser quase alegórico, abjeto. Preferi, porém, os contos que lidam com o folclore ucraniano, achei bastante divertidos! O texto final, do tradutor, também lançou luz a várias questões dos contos, foi muito útil.

Lucas 20/02/2023

Fantasma cleptomaníaco
Vem tenta fazer uma dessas comigo bobão eh só 3 pai nosso que você desaperece fiao tá amarrado ? ? ? ? ?

Sol Belchior 08/04/2023

Recomendo!
"E por ser a Lua uma bola tão macia é que lá as pessoas não encontram meio de
viver e só narizes vivem atualmente. É por isso que nós mesmos não podemos ver os nossos narizes, pois todos eles estão
na Lua."

As obras reunidas são muito boas! E não havia lido ainda um livro russo que me tirasse risadas como esse. Vale muito a pena a leitura. Uma estória melhor que a outra.

Trindade 01/05/2023

Bons contos
E uma coletânea interessante. O capote é o melhor deles, pensei que eu escolheria o nariz, que já havia lido, mas o primeiro me surpreendeu. Os demais variam do mais ou menos ao bom.

Azzie 28/09/2023

Resenha
Na literatura russa é essencial a compreensão do contexto histórico em que o texto foi escrito e um ótimo exemplo a ser tomado pode ser Nikolai Gógol. Aqui, irei analisar em especifico o conto O capote.

A literatura na Rússia é dividida entre seis períodos, são esses; Era Antiga, Era pré-dourada, Era dourada, Era de prata, Era soviética e Era pós-soviética. Durante a época dourada ocorre a introdução do romantismo junto com temas que vão de realismo a puro drama.

O autor Nikolai Gógol foi um grande escritor do Império Russo, nascido no território atualmente localizado na ucrânia, e apesar de muito de seus contos terem sido influenciados pela tradição ucraniana, seus trabalhos foram redigidos em russo. Toda sua obra é baseada no realismo.

Em O capote Nikolai faz uma sátira a burocracia excessiva do período czarista, já antes abordada por Dostoievski, enquanto também ironiza as relações de poder no capitalismo através do personagem intitulado Figurão.

Seu protagonista é completamente pacato e leva uma vida de extrema pobreza, e humilhações em seu emprego por conta de suas vestimentas, e quando seu único capote acaba sendo desgastado por velhice, ele acaba por se encontrar em uma situação de renunciar alimentações e toma para si um estilo de vida mais restrito do que o normal para conseguir comprar um novo capote, e essa situação perdura por meses a fio até que finalmente consiga seu objetivo. O protagonista vem como uma denúncia as situações precárias de vida de muitos funcionários públicos durante o século XIX na Rússia.

A burocracia no Império Czarista se mostra ser burra tendo em vista ser desnecessariamente complicada, o que no conto se mostra ser um empecilho para resolução de qualquer problema que a população pudesse vir a ter. Na história, Akaki Akakiévitch se encontra perdido a quem recorrer após ter seu capote novo furtado durante a noite, e a todos que procura em busca de uma resolução de sua situação acabam apenas o humilhando ou questionando sobre coisas que de nada ajudariam a encontrar seu capote, além de ser revelado a si que por mais que a polícia o encontrasse não o devolveriam para ele. Sendo assim, a história relata a incompetência da burocracia Russa da época.



O personagem Figurão apenas é caracterizado por ser uma figura importante no local onde Akaki trabalha, entretanto também é dito que existem pessoas mais importantes que ele no espaço. O Figurão, algum dia já foi apenas um funcionário comum, mas em algum momento acabou tendo seu cargo elevado e junto com isso sua autoestima, pois acreditava valer mais que as pessoas abaixo de si, e assim, o Figurão se torna uma pessoa inacessível já que por fim apenas interagia com pessoas de cargo igual ou superior ao seu e a todos os outros que tentam interagir consigo acabam sendo amedrontados por seu superior. Através disso é possível afirmar que o personagem em questão representa um dos principais males do capitalismo, as relações toxicas de trabalho, algo que se estende desde o tempo imperial até o atual.



E assim, Nikolai Gógol escreveu uma das principais obras de seu tempo, com críticas que até hoje são parte da realidade dos leitores. O capote além de uma leitura atemporal é uma leitura essencial para quem deseja estudar a história da literatura russa, assim como outras obras do autor.

ceci barbosa 06/11/2023

"levaram o morto e o enterraram, e Petersburgo ficou sem Akáki Akákievitchcomo se ele nunca houvesse estado ali. Desapareceu e eclipsou-se um ser que ninguém defendera, que ninguém estimarapor quem ninguém se interessaraque não chamara atenção nem mesmo de um naturalista.? ? O capote.
eu fiquei tAO TAO TRISTE, foi tudo muito injusto com ele desde o início. A leitura não foi arrastada, mas tive dificuldade pra ler a penúltima história acho, mas achei uma graça todas as interações que o diabo teve, gostei mtmt e pretendo ler mais do Nikolai Gogol!!!

t.h.a.y 08/11/2023

Mais que um autor, um gênio.
Meu carinho com Gógol vem desde a faculdade, onde li o capote e o nariz, sendo a primeira obra muito marcante. O 'Aki", apelido carinhoso que dei a ele ao longo da leitura, me lembrou Mabéia da Clarisse Lispector. A leitura é fluida, divertida, profunda e muitas vezes difícil - afinal, se você é da classe trabalhadora sabe que os problemas do personagem não é algo difícil de acontecer. Um clássico!

Tamy 29/11/2023

Um primeiro contato com Gógol! ??
Neste livro temos um panorama do estilo deste escritor; são 5 histórias, dentre elas estão 'O capote' e 'O nariz'.

Em "O capote", acompanhamos a saga de Akaki - um sujeito que já nasceu com um "destino traçado" e nada animador - e sua tentativa de conseguir um novo capote, pois aquele que possui já não presta para mais nada. Porém, em meio aos seus esforços, o inesperado acontece e o abala profundamente!

Já em 'O nariz', temos a fantástica história de um sujeito que, certa manhã, acorda e seu nariz não está em seu rosto. A partir daí, ele passa a traçar meios para ter seu nariz de volta, afinal como ele poderá se apresentar em sociedade sem o nariz?!

Em "O diário de um louco", acompanhamos as várias nuances da mente de um louco, os ajustamentos que um sujeito faz para se sentir pertencente a uma sociedade.

Além dessas histórias, tem-se outras duas narrativas do folclore ucraniano - 'Viy' e 'Noite de Natal' - que também vale a pena conhecer. No geral, todas elas carregam um tom fantástico, uma mistura de fantasia com realidade e  uma boa dose de humor.

Onassis Nóbrega 14/12/2023

Um dos fundadores da literatura Russa
Coletânea de contos de Gogol, um dos fundadores da ?moderna literatura russa?, admirado por Dostoievski e contemporâneos. Desta coletânea já tinha lido o delicioso conto ?O Nariz?. Os elementos básicos da literatura russa estão lá, como as criticas a maquina estatal e a sociedade russa. Mas o que me impressionou positivamente foi a abordagem diversa de Gogol, lançando mão do fantástico, escatológico, tragicômico em seus textos. Altamente recomendado para quem quer ter um primeiro contato com a literatura russa. De um modo mais leve, mas nem um pouco mais superficial.
Edição, para variar, competente da editora 34 em sua série Leste, com bons textos introdutórios, ótima tradução e bom papel.