Aline 06/12/2018Favoritado!Em "A Zona Morta" acompanhamos a história de John Smith, um professor com uma vida normal, que após uma noite de "sorte", com sua namorada Sarah, sofre um acidente de automóvel grave e entra em coma por quatro anos e meio.
Quando os médicos já não acreditavam mais que ele iria se recuperar, John acorda do coma com um dom: quando toca as pessoas ou objetos é capaz de ver coisas relacionadas a elas, tanto passado como o futuro.
Após voltar de quase cinco anos em coma e descobrir seu dom, nosso protagonista tenta se recuperar do tempo perdido e fazer sua vida voltar ao normal, mas isso se torna uma missão impossível, já que a mídia não deixa-o "em paz", publicando em jornais e revistas polêmicas ou mentiras sobre o seu poder. Muitas pessoas consideraram esse dom um milagre, inclusive sua mãe, uma fanática religiosa. Para John Smith isso se mostra uma maldição quando, ao apertar a mão de um político, ele vê algo devastador que poderá fazê-lo tomar uma atitude antes jamais imaginada.
"A Zona Morta" me manteve presa à história desde a primeira página até a última sem hipérbole, visto que no dia em que finalizei o livro, li mais de duzentas páginas, e leria mais se houvesse. Eu estava louca para finalizar e ver o desfecho, mas não queria que ele acabasse.
Apesar de o esperado aperto de mão acontecer em aproximadamente 75% da história, o livro não se torna cansativo em momento nenhum, se revelando uma leitura prazerosa onde todos os acontecimentos e desenrolar da história se mostram importantes para a sua própria construção e a do poder de John. Com a exceção, para mim, de um assassino. Não irei negar que gosto desse detalhe uma vez que me deixou ainda mais presa ao livro, me fazendo criar teorias, porém acho que se não estivesse presente talvez não faria tanta diferença. Em um debate sobre o livro houve pessoas que discordaram da minha opinião, então isso é algo pessoal de cada um.
A revelação relacionada ao político foi entregue de um modo mais calmo, e não explosivo como imaginei que seria, o que não diminuiu o impacto. O final apenas melhorou minha experiência com o livro, e achei-o triste e precisei segurar algumas lágrimas.
Me apaguei muito a Johnny (John) e não há como descrever os efeitos causados em mim as mudanças do personagem que ocorreram do início ao fim da história. Nunca vi uma transformação de forma tão clara em um livro já que a pessoa apresentada nas primeiras páginas, jovem e alegre, não se parece com a do final.
Ao finalizar o livro estava extasiada para compartilhar a minha opinião e falar sobre o ele. É difícil não dar spoilers dessa história incrível, mas qualquer detalhe soltado pode estragar a experiência de quem ainda não leu a obra.