A Maçã no Escuro

A Maçã no Escuro Clarice Lispector




Resenhas - A Maçã No Escuro


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Dani Santos 02/09/2013

O homem
Sinceramente, a delicadeza de Lispector no homem-animal. Aconselho. Mesmo que, de vez em quando, a leitura se tornava tão densa, que fosse preciso respirar para continuar, é uma bela história e memorável.

É uma fuga de Clarice de si mesma, e nossa, conforme vamos passando cada página. Não há como não refletir, pós-leitura, por alguns dias a fio.
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Rone Oliveira 25/02/2017

Obra Analisada: A MAÇÃ NO ESCURO
O objetivo desse trabalho consiste em acompanhar detalhadamente a partir da leitura pessoal da obra “A Maça no Escuro” de Clarice Lispector, e, sobretudo, ampliar o nosso entendimento quanto às questões filosóficas adjacentes na trama e, bem como elaborar uma análise contextual sobre a história vivida por Martim, personagem principal do romance.
A temática em questão se dá a partir da dimensão antropológica, tendo em vista a ênfase da autora sobre a existência humana, razão pela qual abordaremos como cerne do nosso trabalho as relações entre verdade-identidade-liberdade, conceitos que fazem parte do processo de autoconsciência de Martim, na qual o mesmo busca estabelecer a sua própria ordenação diante da ruptura com o seu passado após cometer um ato criminoso.
Percebemos em Martim um confronto psíquico onde é evidenciada uma certa limitação oriunda da condição humana pela relação que se estabelece entre o sujeito e o mundo, confeccionando por assim dizer; o desfavorecimento do fracasso humano em face da subjetividade, cumprindo a função de situá-lo na realidade objetiva a ponto de transformá-la na imagem pertencente ao indivíduo, isto é, o sujeito real da vida mediante a sua condição singular.
Surge por meio da experiência de Martim, um sentimento de culpa e impotência incapacitando-o de compreender a realidade. Ele admite também, um drama pessoal na tentativa de conciliar-se com o mundo, pois, sentia uma enorme dificuldade de conceber a linguagem. Apoiava-se na possibilidade de encontrar em algumas palavras consideradas chaves, na qual funcionariam como uma espécie de orientação. Entre estas palavras chaves; os termos: “Misericórdia”, “Valorosa e Boa”, “Salvação” e outras são tidas a princípio por Martim como uma fonte escrita capaz de guiá-lo, embora, nenhuma dessas satisfizesse a sua expectativa.
Martim viveria uma experiência antagônica em meio o seu contato físico com exterioridade do mundo e sua interioridade, pois, ele se identificava a partir de suas experiências com as coisas externas na qual parecia refletir em si mesmo. O contato com a natureza, por exemplo, lhe fizera muito bem.
Teria Martim evoluído muito com o contato direto com a natureza e os animais, sendo que ele também se reconhecia como ser humano e se moldava como pessoa através da absorção do mundo externo em si.
Há uma presença de termos dualistas na obra de Clarice, isso demonstra a existência de oposições e formas distintas, como por exemplo: as relações entre o bem e o mal, a consciência e o inconsciente, a luz e a escuridão, vida e morte, negar e afirmar, a alma e o corpo, a compreensão e incompreensão, o medo e a coragem etc., as quais não poderiam de modo algum serem reduzidas umas às outras.
O suposto crime mudaria a vida de Martim por completo, razão pela qual, ele foi obrigado seguir em busca de sua liberdade a partir de si. Começava assim, o seu “descortinar”, de modo que, ele encarava o fato dele mesmo ser seu próprio ponto de partida para se tornar um novo homem.
Desde o inicio da obra, nota-se uma variedade de aspectos que correlacionam como tantos outros temas sugeridos nesta proposta acadêmica, mas, em se tratando do desejo de delimitar melhor o nossa reflexão com base no romance de Lispector, aprofundaremos na tríade que diz respeito à verdade, identidade e liberdade pelo fato delas estarem interligadas. Além do mais, os temas escolhidos são pertinentes e já foram tratados por grandes nomes da tradição filosófica.
Pouco se sabe da vida de Martim antes de sua chegada ao hotel abandonado. Ele estava em fuga, aliás, esta fuga mais parecia uma viagem sem destino, pois, o personagem principal partia pelo menos a duas semanas, provavelmente de um lugar civilizado, onde teria convivido por longos anos.
Martim deixou a cidade, se afastando de toda a coletividade, motivo pelo qual lhe permitiu gastar mais tempo consigo mesmo. Com efeito, ele precisava esvaziar a sua mente para depois quem sabe poder pensar em se reerguer ou quem sabe reconstruir-se de um modo mais decente a partir de uma nova perspectiva de vida, uma nova vida constituída pela sua própria convivência em meio o mundo real. Martim estava repleto de dúvidas, no entanto, se dispunha ir a qualquer custo em busca da verdade, mesmo encontrando muitas dificuldades em sua caminhada.
(Coragem) Como podemos falar em dificuldade para Martim se ele mesmo já não tinha reconhecido que não havia nada perder. Inconscientemente, ele deixava a sorte lhe conduzir, tendo em vista que alguma coisa parecia lhe proteger; talvez fosse à segurança proveniente do desejo de mudança, do recomeço. De modo que, Começar do zero seria um método que lhe dispunha a negar respectivamente; o próprio passado, o pecado ou o ato impensado?
Em “A maça no escuro” é possível que se faça uma analogia com a famosa obra de Platão: O contexto de “O Mito da Caverna” tendo em vista uma ligeira semelhança explícita entre os temas libertação e descoberta com o momento em que Martim decide partir para o descampado em busca de novos horizontes. Assim, o prisioneiro que vivia restritamente em uma caverna e tinha como referência a realidade apresentada por sombras projetadas de uma fogueira, e, no instante que se depreendia dos grilhões, o prisioneiro partiria da caverna em busca da compreensão do mundo. É nesse instante que o homem descobre novas paisagens, outras possibilidades de enxergar a realidade.
O sol ilumina toda a superfície da terra ampliando as possibilidades de entendimento, o mundo anterior, o da caverna lhe trazia a incerteza quanto à realidade. As especulações reduziam as chances de compreensão humana, a verdade não era possível sem a luz do conhecimento.
A busca da verdade pessoal de Martim desencadeava na procura da liberdade a partir dele mesmo, ele seria a sua própria chance de redenção, portanto, ele procurava reunir em seu interior os elementos primordiais para evolução do próprio ser, ele precisava se tornar o que estava sendo.
Aqui, fica clara a tomada de consciência de Martim, movida pelo processo de maturação da sua personalidade reproduzida durante o percurso de seu desenvolvimento a partir das especificidades proveniente da relação indivíduo com o mundo; as atividades e experiências pessoais resultantes das relações motivos e circunstâncias e ordenação categórica entre consciência de si no mundo e a autoconsciência.
A tomada da autoconsciência de Martim advém da busca da consciência de si mesmo como indivíduo, de suas capacidades, dos limites e possibilidades de compreender-se na universalidade. Com efeito, a mudança comportamental de Martim lhe permite a efetivação de sua essência enquanto “Ser” através da sua ação e reconhecimento nos âmbitos: trabalho, consciência, social, universal e liberdade.
O livro é dividido em três partes, “Como se faz um homem”, “O nascimento do herói” e “A maçã no escuro”, sendo que o último deles intitula o nome do romance de Clarice Lispector. No primeiro deles, “Como se faz um homem”, a clássica frase estampada no oráculo de Delfos: conhece-te a ti mesmo entra em cena implicitamente. Há uma passagem de Martim que nos leva pensar na busca do ser humano a partir da própria identidade.
O conhece-te a ti mesmo presente em “A maça no escuro” denota uma exigência reflexiva. Assim, “o sujeito conhecedor” deveria se perguntar pelas causas que se entrelaçam nesta máxima, e a partir dela poderia lhe dizer mais sobre ele próprio. Em contra partida, como poderia ser também uma reflexão que iria até os limites da causalidade, sendo que a reflexão emergiria sobre as seguintes problemáticas: O real lugar do indivíduo, o lugar de si próprio perante o mundo e perante aos outros homens.
Do ponto de vista filosófico, Aristóteles em sua Ética a Nicômaco dizia que a natureza humana visa um fim último, isto quer dizer que, o fim último do homem consiste na felicidade e para ele, a felicidade seria alcançada quando o homem agisse da melhor forma possível, explorando a sua habilidade, de modo que ele passaria a ser o artificie da sua própria vida, tornando-se virtuoso.
Portanto, para Aristóteles, a felicidade é o bem supremo, o fim último do homem, e resulta da razão e inteligência. No caso de Martim, poderíamos pensar que a sua felicidade viria a partir do momento que ele se tornasse livre. Embora, a sua liberdade fosse ainda, uma consequência do seu renascimento, uma motivação capaz de torná-lo quem ele deveria ser, e, portanto, como recompensa ele se alegraria a si mesmo.
“O torna-te a si mesmo” para Martim nada mais era do que a sua metamorfose, o seu ato de heroísmo. Era preciso representar-se a si mesmo para se tornar um herói, e, no entanto, tudo isso dependeria do seu autoconhecimento, a busca da verdade que habitava em si.
Martim se distanciou de sua própria inteligência, pois, segundo ele, a inteligência não passava de uma imitação e por isso deixou de imitar os outros, se comparava com um rato por se preocupar somente com sua própria sobrevivência, pois, assim ele se encontrava no mundo, tirava toda a sua responsabilidade de ser o culpado pelo seu sofrimento.
(Citar) Martim criava a sua própria verdade para depois poder crê nela: {...} “Se reconstruía a partir de suas próprias palavras, e por isso, era preciso ter muita paciência com ele, ele era lento. Que queria ele? Reconstruir-se”. (Lispector, p.124). Pensar na verdade era algo incerto, a única verdade que Martim carregava era a certeza do amor que sentia pelo seu filho, por isso talvez, não importava se a verdade existia ou fosse criada.
A identidade em Martim é compreendida como metamorfose do “eu” e, através da sua metamorfose questionou-se na possibilidade de ser reconhecido se caso viesse a ser transformado pela descoberta da verdade. Nesse processo de reconstrução, Martim chegou a pensar em uma pista sobre a verdade, e, segundo ele, o entendimento poderia fazer parte da resignação, o sofrimento poderia então purificá-lo, de modo, a desvelar a sua identidade. Martim deveria assim, aguentar firme a sua penitencia.
Martim reflete sobre o autoconhecimento socrático: {...} “Teve a certeza intuitiva de que não somos nada do que pensamos e somos o que ele estava sendo agora, um dia depois que nascemos nós nos inventamos — mas nós somos o que ele era agora.”. (Lispector p. 212). Ele estava sendo o que era. E de certo modo, se de um lado, o “Ser” de Martim consistia na também na busca harmônica pela sua salvação, o “Ser” também lhe causava muita dor, uma vez que para ele ser deveria ter consciência de sua identidade, o que lhe obrigava a ser novamente homem, ser inteligente e deixar de parecer com os bichos, animais e plantas.
Em se tratando do fim último do homem, a felicidade para Aristóteles em minha análise é convertida em liberdade como o telos (a finalidade última) de Martim; notamos a intencionalidade do protagonista em enfatizar a liberdade como um fator essencial na realização do ser humano.
Realização esta, que necessitaria do esforço pessoal de cada um para alcançá-la através do encontro autorreflexivo, do movimento introspectivo e prático; isto é, a verdade seria a responsável pelo entendimento e firmamento da identidade de cada um, como vimos nesse trecho: {...} “Um homem sem vocação deveria ao menos ter a vantagem de ser livre”. (Lispector. p. 274).
A liberdade de Martim desencadeava em seu próprio bem-estar, e pelo fato dele se identificar com o sítio, ele passou a sentir harmonia e paz ao reconhecer-se naquela nova vida: {...} “Martim olhava para si sem sentir vergonha, era seu primeiro passo seguro para a sua própria reconstrução, pela primeira vez se amava”.
A terceira e última parte do romance; “A Maça no Escuro” poderia ser uma alusão à passagem bíblica da maçã, como a árvore do conhecimento. A figura da maçã denota uma certa simbologia na história da humanidade por se tratar de um meio de conhecimento, tanto pelas as vias do bem, como também para as do mal. Por fim, o termo escuro poderia advir da falta de entendimento, da incompreensão, da limitação humana e tec.
O entendimento Martim quanto ao real e o seu “eu interior” poderia lhe transformar em um novo homem, a ponto de descobrir por si próprio e também pela sua experiência o verdadeiro sentido da existência ou a finalidade do viver. O seu ponto de partida deveria ser ele mesmo, um fruto do silencio e da incompreensão, enquanto a liberdade radical teria sido uma necessidade de apagar o vazio da alma através da recriação do seu mundo pela descoberta da verdade pessoal. E segundo a autora quanto mais ele se aproximava da sua verdade, mais ele se encontrava: {...} ”Martim parece mais confortável com a descoberta de sua verdade, as palavras “valorosa e boa” lhe trouxeram um prazer interior”. (Lispector. p. 303).
No processo de constituição da identidade do protagonista nasce um processo de constituição do “eu” de Martim, promovendo constantes transformações decorrentes das condições sociais e de vida que o indivíduo se insere. No processo de constituição de sua identidade, Martim assume uma função de autoprodução de si ao longo da sua nova vida, partindo de uma identidade idealizada em relação ao desempenho desse novo plano. A vida torna-se o seu próprio projeto de vida. Deste modo, a identidade é construída continuamente, pois, o indivíduo vivencia ao mesmo tempo vários papéis, o que o torna um personagem da sua vida, Martim se metamorfoseia de acordo com as condições submetidas.
Diante do exposto, a nossa reflexão sobre o romance de Clarice nos propõe a pensar o ser humano mediante o seu processo de construção; o nascimento, a negação, a morte, o ressureição, a afirmação, a autoconsciência e a identidade são as fases constituintes da vida de Martim. “A Maçã no Escuro" revela em um primeiro momento uma ruptura do protagonista sob a negação da vida, e, por conseguinte, o nascimento de um novo homem em decorrência suposto crime como uma espécie de metamorfose a partir da autoconsciência. Por fim; o retorno à condição humana o torna novamente um homem comum em meio às adversidades da vida e prontamente a regressar juntamente a ao convívio social e a sua existencialidade.

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Mara.Sousa 05/04/2017

Martin...
Me lembro que esse romance deu um nó na minha cabeça, estava descobrindo Clarice ainda. Uma leitura marcante, para ler com paciência, degustando, e percorrendo com olhos e coração bem abertos a trajetória desse intrépido personagem, que em muitos momentos será eu ou você (como em todos os livros de Clarice).
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SILVIA 20/08/2017

Sou fã de Clarice. Meus comentários estão no blog.

site: http://reflexoesdesilviasouza.com/livro-a-maca-no-escuro-de-clarice-lispector/
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Ana 05/03/2018

O corpo como protagonista
Confesso que quase não termino de ler esse livro, foi meio chato, arrastado eu diria, no começo, e entendi pouquíssima coisa.
O livro conta a história de Martim, um homem que foge na noite, se refugia num hotel e depois numa fazenda, depois de achar que cometeu um crime.
Na fazenda onde se abriga, ele encontra duas primas que moram juntas e que lhe dão abrigo, sem suspeitar que asilam um fugitivo.
Ermelinda, uma das primas que moram na já citada fazenda, insiste em tentar conquistá-lo, porém, sem sucesso.
Achei meio chato no começo pois não havia ainda entendido que a narrativa é densa, algo como que ''corporal''. Enquanto leitores, podemos sentir toda a agonia de Martim durante sua fuga. O corpo é o artificie da escritura de Clarice em todo esse livro. O ambiente é o das sensações, do pensamento, nós vamos construindo o nosso entendimento aos poucos, e na verdade, eu preciso reler esse livro para ter uma melhor compreensão dele. Quando se trata de Clarice, só uma vez não parece suficiente.
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Biblioteca Álvaro Guerra 05/04/2018

Um homem, um crime, uma fuga. Como se fosse possível retroceder os ponteiros do relógio, zerar o tempo marcado e então começar outra vez. Martim, um fugitivo, começa a se reinventar, a manufaturar o próprio destino - "ele se tornou o centro do grande círculo e começo arbitrário de um caminho".

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/853250874x
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Liz Silva 12/04/2018

Martim desejava um final apoteótico. E ele teve.
Será que sabemos o que fazemos de nós mesmos?
Buscamos tão intensamente sermos de um jeito imaginado, tentamos de todos os meios e modos. Mas nos esquecemos que aceitar quem somos é um passo simples e é o único caminho.
Temos fome de tudo, mas no escuro em que vivemos não reconhemos a maçã se a pegamos na mão.
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Audrey Lispecto 30/10/2013

"- Por que você toma tanto calmante? perguntou ele sorrindo.

- Ah, disse ela com simplicidade, é assim: vamos dizer que uma pessoa estivesse gritando e então outra pessoa punha um travesseiro na boca da outra para não se ouvir o grito. Pois quando tomo calmante, eu não ouço meu grito, sei que estou gritando mas não ouço, é assim, disse ela ajeitando a saia."

Clarice Lispector em "A Maça no Escuro", Editora Rocco, p. 187
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Edna 02/04/2020

Ñ colha nada antecipado
A Maçã no Escuro ? escrito em 1956 publicado em 1961 é 4° romance de Clarice Lispector e o mais longo com 334 pag.

"Ñ ter esperança era a coisa mais estúpida que podia acontecer a um homem."

Este é sem dúvida o livro de Clarice que mais entrei em questionamento, sofri e me entediei com o caminhar reflexivo do Personagem.

Martin é o único hóspede de um hotel cuja rota principal fora desviada e seus proprietários insistem em mante-lo por razões diversas como em Psicose que ocorre um fato bem parecido em ambos os personagens estão em fuga por um crime.

Em uma manhã Martin percebe que o carro do dono do Hotel ñ está no lugar e se inquieta com a idéia de que fora descoberto e foram entregá-lo, foge pela janela e sai caminhando pela floresta, pela areia, muito sol, fome e o remorso o consome, reflexões, tortura e angústia.

Toda a narrativa fica cansativa, com toda a reflexão dele, que é inconstante, pelo enorme vazio que o acompanha, as questões existenciais vem à tona, desencadeando um fluxo de consciência no leitor ao mergulhar na história de Martin.

Quando Ele chega a uma fazenda, conta uma história a melhor que podia para conseguir se instalar, e como um ajudante é contratado e vai conhecer Vitória, Ermelinda, e vão se aprofundar nas histórias que envolverão suas vidas, questões amorosas, família, memórias e saudades, Ele passa a se sentir outra pessoa, como se todo o caos tivesse desencadeado nele outros valores, ñ mais a questão do homem traído, sentimentos de baixeza e sim como sentir o sol, o calor do fogo, o sentir vivo, e conquistar a liberdade interior, uma história de recriação.

Um livro profundo, filosófico e com desfecho inacreditável, o qual envolve todo um suspense sobre o crime e ao final vc descobre que é o fato menos importante, como se a trajetória que importa e não o destino ao qual você quer chegar e todas as lições apreendidas literalmente.

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salomaocar 17/05/2020

Clarice como sempre incrível
Com personagens rebuscados mesmo num pacato cenário rural, Clarice nos envolve nos mistérios da mente humana.
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spoiler visualizar
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Elion.Gabriel 07/10/2020

Analogia: a criação e a epifania do homem.
?Respirou devagar e com cuidado: crescer do?i. Respirou muito devagar e com cuidado. Tornar-se do?i. O homem teve a penosa impressa?o de ter ido longe demais.?
Trecho de A mac?a? no escuro; LISPECTOR, C - 1961.
Nessa obra, acompanhamos o desenvolvimento de Martim, a partir do momento em que ele resolve fugir da cena de um crime. Vagando pela imensida?o de uma densa vegetac?a?o arbo?rea, em crises existenciais, ate? se deparar com uma fazenda, onde moravam Vito?ria e Ermelinda. Essa primeira, rude. A outra, doce, meiga e cheia de vida.
Essa trama, quase filoso?fica, apresenta ao leitor a ascensa?o dos personagens. Como suas personalidades foram criadas, como seus modelos de mundo sa?o trac?ados a partir de seus contatos entre si. Ela descreve a profundeza da alma, a amplitude dos sentimentos, a lo?gica das ac?o?es e a dor das conseque?ncias.
E? um livro difi?cil, onde questo?es muito superiores a compreensa?o do senso comum sa?o abordadas. O que nos resta e? aprender humildemente com ele.
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Silvana (@delivroemlivro) 05/01/2021

Não ser humano
"E um dos indiretos modos de entender é achar bonito."

Espantada, não sei o quanto entendi mas achei bonito! A leitura desse livro exercitou "músculos" que eu nem sabia que tinha: direto para a lista de favoritos! Que maravilha Clarice, obrigada!
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CarolBapt 16/01/2021

Que experiência interessante!
O livro é dividido em 3 partes e evolui grandiosamente por entre elas. A primeira parte, para mim, foi a mais difícil de ler, mas a terceira foi maravilhosa. Aos poucos, eu me envolvi cada vez mais com a história e com as epifanias dos personagens. E que final! Mais uma vez, Clarice me deixa confortavelmente desconfortável!
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lara rayssa 22/02/2021

o livro traz uma ótica existencialista e intimista capazes de proporcionar momentos epifânicos ao leitor. apresenta um grande grau de complexidade (para mim) com recorrentes fluxos de consciência. ótima experiência de leitura.
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