Prof. Angélica Zanin 07/09/2017
Caríssima Olga, A intolerância continua...
Romance histórico sobre a vida de Olga Benário, militante comunista, uma das responsáveis pelo levante de 1935, no Brasil, companheira de Luis Carlos Prestes e mãe de sua filha Anita Leocádia.
Jovem alemã, comunista e de origem judia, muito inteligente e culta opta por dedicar sua vida a uma causa: implantar, no mundo em que vive, a doutrina de Karl Marx. Conheceu seu futuro amor, em Moscou, e ali foi destinada a uma grande missão, na América do Sul, período em que a ligação entre Olga e Prestes deixou de ser estritamente política.
Deflagrada a insurgência, no Brasil, e tendo sido um fracasso, ambos são presos: Olga é deportada para a Alemanha Nazista e tem o mesmo fim de milhões de judeus, é morta na câmara de gás.
Por mais terrível que possa parecer, é real! Exemplo de mulher muito mais por sua luta, por sua determinação, por seu caráter, por sua lealdade àquilo em que acreditava do que por sua ideologia.
É, caríssima, talvez o mundo não queira ser mudado, no entanto, você: "Lutou pelo justo, pelo bom e pelo melhor do mundo...preparou-se para morte, mas não se rendeu, apenas soube fazer-lhe frente quando ela chegou...até o último momento, manteve-se firme e com vontade de viver".
Após a leitura, reflito; Como incentivar minhas alunas, meninas, há pouco saídas da infância, a estudar, informar-se e lutar pelo que acreditam justo, ético e humano? Como as envolvo na convicção de que é preciso olhar para o bem comum e nunca apenas para o próprio bem?
Simples, mulheres como Olga seguem fazendo história, influenciando outras mulheres e deixando seu legado para o mundo. Não falo de sua doutrina, mas da maneira como ela defendeu seu ideal. "Em momentos difíceis, é preciso pensar em alguma coisa bonita!" Olga Benário.