Caninos Brancos

Caninos Brancos Jack London




Resenhas - Caninos Brancos


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Juarez28 28/04/2024

Creio que nunca fiz uma resenha. Creio de verdade. Acho que nem mesmo no período letivo, quando forçado pelas didáticas e planilhas escolares, me vi irremediavelmente impelido ao ato. Mal sabia eu que, após anos de letargia (preguiça pura mesmo) duramente conquistada, me veria obrigado a escrever algo sobre um livro. Obrigado por uma força interna, que me impele a reler o texto de London, por mais triste que tenha sido acompanhar a vida de caninos.
Espero de verdade que você, se é que existe um você aí, dê uma chance a este livro. Falo isso baseado estritamente nas emoções que o texto foi capaz de me passar, na aflição que me dominou a cada castigo desferido em caninos, a cada gota de seu amor (a da possibilidade deste amor) que se esvaía frente à condição humana quase sempre cruel, mas sempre egoísta.
Não sou nenhum estudioso da área e o que sei de literatura é o que generosamente se encontra em notas de editores e tradutores, assim como nos textos de apoio, quando estão integrados à edição escolhida. Logo, não posso lhe dizer como interpretar este livro, mas posso lhe dizer como sai dele, abalado por ver em caninos traços que podem ser notar em todos nós, mas esperançoso de que existem coisas boas, se você conseguir aguentar as ruins até que um pouquinho de sorte venha a lhe encontrar.
É importante observar que o livro não saiu ileso à certos preconceitos e atitudes comuns ao passado e outros que, infelizmente, ainda hoje se mantém. A depender de como você lida com isto, pode ser que afete negativamente na leitura, o que para mim também foi um problema em determinados momentos.
No mais, creio que seja isso. Dê uma chance a caninos e tenha um pouco de paciência, talvez você se identifique com algumas de suas dores, assim como eu me identifiquei. Talvez você saia desta jornada com muitas cicatrizes, assim como caninos e todos nós temos, mas esperançoso de que ao final do inverno sempre haverá a primavera.
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Mariana113 08/04/2024

Caninos Brancos
Sensacional, um dos melhores livros que li!
Além de expandir meu vocabulário, a história é imersiva e interessante...
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isadora.borsato 29/03/2024

?O Lobo Guerreiro - O Lobo Abençoado"
A trajetória de Caninos Brancos é repleta de sofrimento e raiva, mas também de redenção e afeto. Sua vida é turbulenta desde filhote, primeiro pelas intempéries do mundo selvagem, depois pela selvageria criada pelos homens, que na visão do Lobo, são Deuses, uma vez que, possuem a capacidade de construir e destruir, de provocar dor e medo, de controlar todas as coisas, e acima de tudo, de controlar o próprio Caninos Brancos. 

O Lobo viveu muitas vidas, é levado ao extremo, torturado e maltratado, enraivecido até o âmago, e contra todas as probabilidades, é um sobrevivente que se recusa abrir mão da sua existência. 

Um dia, por sorte, certo Deus acaba lhe dando uma segunda chance: a possibilidade de ver além da crueldade dos homens, algo inimaginável para Caninos Brancos até o momento, que só conhecia a hostilidade como resposta.

O Deus amoroso, bondoso e paciente, capaz de perdoar e fornecer afeto entrou na vida do Lobo, fazendo-o questionar toda a sua existência até aquele ponto, questionar todas as suas experiências, tudo em que acreditava ser a única verdade: os deuses poderiam ser, então, mais que apenas propagadores do medo e da dor, poderiam também transmitir gentileza e confiança. Diante disso, o Lobo Guerreiro viu-se com a chance de se tornar algo diferente, algo melhor, que lhe traria um mundo de acolhimento e segurança - aceitando essa oferta com toda a sua alma.

Caninos Brancos abandonou o passado no Norte e rumou para a Terra do Sol, deixando para trás o mundo selvagem de outrora, mas, guardando para si, em segredo, uma pequena parte, a selvageria necessária para proteger os seus amados deuses do bem, se fosse preciso.

Jack London acertou mais uma vez, e assim como em o chamado selvagem, impossível não se aventurar nessa jornada.
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Rodrigo.Artioli 28/03/2024

Um protagonista diferente...
Pela ótica de um Lobo, a história fantástica com nascimento e crescimento, dor e medo e por fim amor. Com pontos interessantes, vistos de um ângulo diferente do nosso. Incrível, Jack London!
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Vicky33 28/03/2024

Mais que um livro sobre um lobo
Caninos brancos não se retrata só de uma história de um lobo. Um lobo que foi tirado da natureza, que sofreu e teve um final diferenciado.E que meio ao azar dele, teve sorte.
É um livro que faz você pensar, e sentir empatia, pelas pessoas que tiveram de certa forma, uma vida parecida com que o caninos teve.

Que talvez com muita paciência a gente consiga até perdoar as pessoas que são agressivas, e maltratadas, e querem só uma oportunidade de mudar....

Só leia! e pra você que, quer saber se o final é feliz......





Yes, e de maneira maravilhosa?.
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Vania.Cristina 18/03/2024

Vida moldada como barro
O livro me surpreendeu pela sua intensidade e violência. Me admira que seja considerado, por alguns, literatura infantil, porque ele possui gatilhos para maltrato em animais.

Esse é um clássico sensível, profundo e belo. A escrita de London é poética, cheia de imagens impactantes.

A narrativa retrata um período da história estadunidense: o da busca do ouro no Alaska, no final do século XIX. Começa na floresta selvagem, acompanha a vida dos índios, depois o mundo do homem branco.

O protagonista é um lobo selvagem em processo de domesticação, e toda a história vemos pelo ponto de vista dele. E isso é muito bem trabalhado, com empatia e objetividade racional, e nos guia a uma aventura por uma perspectiva diferente e única. A meu ver, antropológica e etológica. Acompanhamos como aprende o cérebro do lobo, diante dos desafios que lhe são apresentados.

Oportunidade de contrapor a natureza instintiva, ancestral e selvagem, que existe em cada um de nós, com o mundo humano das diferentes culturas.

A obra faz parte da corrente literária do naturalismo, influenciada pelas descobertas de Darwin, e propaga o pensamento de que o meio ambiente determina o caráter do indivíduo, seja ele um homem ou um lobo, mesmo diante de nossa natureza ancestral.

Na história, os índios dão ao protagonista o nome de Caninos Brancos. O mundo selvagem o moldou em meio à fome e à violência, isso o tornou um forte sobrevivente. Com a capacidade de resiliência desenvolvida, surge uma inteligência rápida e perspicaz. Em sua natureza selvagem encontra uma força descomunal. O isolamento e a solidão, tornam-se sua proteção. Força e inteligência fazem com que Caninos Brancos se destaque para os humanos diante dos outros animais.

Mas alguns homens podem ser muito cruéis, e estes, se não conseguem ser cruéis com outros homens, serão com os animais...

Através dos olhos de Caninos Brancos, vemos as diferentes classes sociais e etnias, e como vivem no Alaska, diante de tantas dificuldades.

Conhecemos a técnica dos trenós puxados por cães, e entendemos que esses animais, os únicos domésticos na região, não passam de meras ferramentas para o índio.

Percebemos como o ser humano parece um Deus aos olhos dos animais, pela sua capacidade de controlar os objetos inanimados e fazer deles ferramentas para mudar o mundo.

Para o animal, não importa o motivo das coisas acontecerem, apenas saber como elas acontecem para aprender como reagir a elas e sobreviver.

Com Caninos Brancos aprendemos que a vida é o exercício da liberdade, mas também é o das privações e limitações, que têm força incontestável de lei.

Ou seja, um belíssimo livro, um potente exercício de empatia.

Observação: Essa edição antiga ajuda muito a visualizar a época e as culturas, trazendo ilustrações, fotos e notas explicativas. Ela resistiu bem ao tempo porque é em papel couchet. Folhas brancas brilhantes, no entanto.
Ellen Seokjin 18/03/2024minha estante
tbm me surpreendeu. Comecei despretensiosamente a ler e acabou virando um favorito.


Vania.Cristina 18/03/2024minha estante
Bonito, né Ellen


Ellen Seokjin 18/03/2024minha estante
Muito!


Carla.Floores 18/03/2024minha estante
Parece emocionante! Resenha perfeita, Vânia!
Essa questão do gatilho está cada vez me incomodando mais. Acho uma falta de respeito e mesquinharia por parte das editoras e dos autores.
É que nem no YouTube, não é a plataforma que decide o que é conteúdo infantil, é responsabilidade dos produtores de conteúdo.


Vania.Cristina 18/03/2024minha estante
Concordo Carla. Acho que é um livro que até pode ser lido por crianças maiores, mas precisa da mediação de um adulto, eu acho. E era bom que as editoras assumissem o compromisso de alertar para essa questão. Não custava um aviso de gatilho. Tem livros excelentes que sem mediação podem ser traumáticos.


J. Silva 19/03/2024minha estante
Parabéns pela resenha Vânia. O meu exemplar já está a caminho, em breve será a minha vez de mergulhar nessa fantástica história


Vania.Cristina 19/03/2024minha estante
Jairo, eu quero ler O Chamado Selvagem, acho que comecei ao contrário né...ts. Acho que os dois livros devem se comunicar diretamente




Alessandra395 17/03/2024

Esse livro é atemporal, simplesmente. Se você lê um pouco sobre a vida do autor você entende melhor os livros dele. Eu fiquei me perguntando se não seria quase uma autobiografia dele, sendo ele o meio lobo em um mundo selvagem e esse mundo selvagem na verdade não seria o mundo civilizado e ele tentando se adequar a ele. A vida de um animal em um ambiente selvagem que espelha a nossa vida, foi o que eu senti. Li muito tempo atrás e vou ter que dar uma relida nesse livro. As pessoas falam pouco do London, deveriam falar mais.
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Vitória Belicio 08/03/2024

Já estou com saudade do Caninos Brancos
Tão lindo, tão gostoso de ler e acompanhar a história desse meio lobo, as vezes angustiante, mas muito interessante de acompanhar e entender suas atitudes, e também mostra a relação do ser humano com o animal, e é bem descritivo
amei ????
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Hadlla.H 01/03/2024

A longa jornada até encontrar o amor
Este livro me agradou muito mais do que eu esperava.

"Caninos Brancos" é um livro incrível e envolvente, especialmente se você gosta de uma ambientação feita durante um período histórico. Praticamente todos os aspectos dessa história me agradaram, principalmente a representação e a personificação humanas de Caninos Brancos. A história do livro é profunda e aborda temas como crueldade, sobrevivência, laços e a relação entre animais e humanos de uma forma que eu só consigo definir como emocionante e cativante.
Para começar a falar dos personagens, é preciso citar a excepcional habilidade de Jack London em personificar os sentimentos humanos nos animais. Isso torna o livro mais profundo e complexo, pois você não está lendo somente sobre o instinto de um animal selvagem, mas também está lendo uma personificação dos sentimentos humanos. Caninos Brancos, ou White Fang, o lobo protagonista, possui uma evolução interessante, desde sua vida como lobo selvagem até sua vida como um lobo domesticado, e esse processo é retratado com grande profundidade psicológica. Os personagens que interagem com White Fang são igualmente interessantes, sejam eles animais ou homens, cada um traz sua própria perspectiva de convivência entre animal e animal e pessoa e animal.
A ambientação, assim como no livro anterior (refiro-me a "O Apelo da Selva"), é feita durante a corrida do ouro no Alasca, e essa ambientação é desenvolvida de forma excepcional. Os cenários são retratados de forma vívida, criando um fundo autêntico e atmosférico para a história. A descrição dos vastos cenários naturais produz uma sensação de solidão e perigo iminente que permeia toda a narrativa, desde a toca até os acampamentos indígenas e até a casa do juiz em Santa Clara.
A escrita de Jack London é concisa e poderosa, capaz de produzir emoções vívidas e ação de forma eficaz e na medida certa. Apesar de às vezes haver uma inconsistência nos capítulos que estão transitando para outra parte, Jack London consegue contornar esse problema nos capítulos seguintes. Sua habilidade em capturar a essência selvagem e integrar as emoções humanas em animais selvagens é incrível.
O enredo deste livro é impressionante. Não existem eventos mágicos ou em larga escala para eu dizer isso, mas toda a jornada de White Fang já é o bastante. Desde sua infância na toca com sua mãe, passando por sua infância enquanto ele começa a descobrir o mundo, até os eventos que sucedem quando ele se torna um lobo lutador e, depois, um lobo doméstico que não sabe aceitar carinho, tudo isso nos emociona e nos faz sentir raiva, medo ou tristeza. A jornada do lobo protagonista se torna ainda mais complexa quando analisamos suas interações com humanos ou outros animais ao longo da história.
O final de "Caninos Brancos" foi particularmente agradável para mim, pois trouxe uma conclusão para a jornada de White Fang. É justo dizer que o final faz jus às transformações que o lobo sofreu ao longo de sua dura jornada até encontrar seu lugar e seu próprio Deus.
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Red Velvet Moon 25/02/2024

Estranhamente bom, o cenário é realmente preocupante no início, confuso e atípico e muito frio. É uma obra ótima.
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@letravermelha 23/02/2024

Sublime e encantador! ??
"Eles eram o ambiente que o cercava agora, aqueles homens, e estavam moldando o barro de que ele era feito e o transformando numa coisa mais feroz do que a natureza pretendia."

Este romance é antes de tudo uma linda história de aventura centrada na jornada, repleta de batalhas, do heroi lobo primitivo desde seu nascimento nas florestas nevadas do Canadá até o mundo civilizado do homem.

Acompanhamos então a jornada de Caninos Brancos, que, ainda filhote, aprende a se virar sozinho na hostilidade do mundo selvagem, onde é capturado por índios e obrigado a puxar trenó em meio a uma matilha de cães hostis.
Nas mãos de outro dono desprezível é transformado em cão de rinha. Até aqui não conhece o amor e nunca foi tocado por ele, então se torna belicoso e cruel. Mas tudo muda quando é salvo por Weedon Scott. Este será um dono amoroso que tocará a profundeza mais escondida de seu ser. E é Tão bonito e singelo como isso acontece que eu me emocionei demais.

Mas essa história não é sobre o lobo necessariamente. É sobre as relações humanas e suas práticas. O lobo somos eu e você, que, quando criança somos um barro macio e mole, e o ambiente em que nos desenvolvemos, a mão que molda esse barro. Mas nem sempre a sociedade molda o homem com mãos gentis. O produto desse molde é um ser frio e insensivel, até mesmo cruel. Mas se for tocado nas suas profundezas íntimas, virá a tona todo o tipo de qualidades bondosas. Aqui, o ser humano, dado a necessidade de sobrevivência num ambiente hostil, molda o seu caráter afim de criar casca grossa para sobreviver. Então a cada nova experiência que adquire , cada nova pessoa que encontra, é uma mão diferente que molda o barro de que ele feito. É sobre aprender a ser mais afetuoso e bondoso com o próximo.

Sublime é a única palavra que descreve com precisão esta história. É delicado, sutil e encantador a forma como London narra os sentimentos de Caninos Brancos. De uma beleza e sensibilidade tamanha, que ele poderia estar narrando só a passagem de uma brisa suave por longas 500 páginas e ainda me tocaria profundamente. Se tornou meu livro favorito de toda a vida. Meu Deus! Que espetacular, que sublime, que majestoso!


Por favor, leiam!
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Procyon 11/02/2024

Caninos Brancos ? comentário
Retrato sobre a corrida do ouro no Alascas durante o século XIX, um paralelo entre bicho e homem, natureza e civilização, um inventário moral dentro de uma narrativa episódica que esmiúça noções de certo e errado. Isto é ? e talvez mais um pouco ? Caninos Brancos. Um pouco cansativo, mas vale apena ler o livro deste errante e anticapitalista que foi Jack London. 
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