henriqueacastro 03/05/2024
Resenha
"O Grande Gatsby", de F. Scott Fitzgerald, é uma obra-prima que retrata os anos frenéticos e prósperos do pós-guerra na América, conhecidos como a "Geração Perdida". Situado em 1922, o livro transporta os leitores para uma sociedade extravagante e boêmia em Nova Iorque e Long Island, onde a prosperidade econômica e cultural atingiu níveis sem precedentes, mas o materialismo desenfreado e a falta de moralidade deram um tom decadente à nação.
A história é narrada pelo jovem comerciante Nick Carraway, que nos apresenta o enigmático bilionário Jay Gatsby e a socialite Daisy Buchanan. O enredo gira em torno da especulação sobre a origem da fortuna de Gatsby e seu passado nebuloso, enquanto eventos dramáticos se desenrolam em um mundo de festas extravagantes, luxo e aparências, onde amizades e relacionamentos são breves e superficiais.
Ao longo da narrativa, Fitzgerald revela gradualmente as verdadeiras naturezas de Gatsby e Daisy, mostrando o lado apaixonado e romântico do bilionário excêntrico e a futilidade mimada da socialite. Os encontros e desencontros amorosos culminam em um final trágico, permeado por emoções de emulação, inveja e ciúmes.
Com uma escrita elegante e uma narrativa mais lenta, "O Grande Gatsby" exige paciência do leitor, mas recompensa com uma ambientação primorosa e desenvolvimento cuidadoso dos personagens. Além disso, o livro oferece uma crítica contundente aos costumes de uma sociedade obscura, destacando que o dinheiro não pode comprar amor nem felicidade, e que uma vida de ostentação resulta em caos, mentiras e relacionamentos superficiais.