Mário e o mágico

Mário e o mágico Thomas Mann




Resenhas - Mario e o Mágico


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stcarvalho0102 22/05/2024

Rapaz, essa edição da companhia das letras têm mais posfácio do que livro. Heheheh. Mas, é Thomas Mann. E ele não decepciona. Excelente livro.
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Murilo Lorençoni 03/05/2024

Uma leitura instigante
Meu primeiro contato com Thomas Mann e foi realmente uma leitura muito interessante. Destaque oara o posfácio que enriquece muito a leitura e dá um sentido completamente diferente para a leitura
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Luiz Souza 26/04/2024

O mágico inconveniente
O livro conta a história de uma família que vai passar as férias na Itália na cidade Torres Di Venere eles vão curtir as ondas do mar Tireu.
De início eles ficam no grande hotel mas devido o gerente ser chato com eles se mudam para a pensão de uma senhora muito amável e simpática.
Para curtir as férias ainda vão no circo e se deparam com um mágico maluco e bem audacioso.

Gostei dessa novela , achei lindas as descrições o livro traz como alegoria uma crítica ao fascismo.

Próximo ano acho que vou ler A montanha mágica kkkk.

Ótima leitura.
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Reginaldo Pereira 21/04/2024

Mais atual, impossível?!
A atualidade desta obra de Mann chega a assustar. Pensar que ele a escreveu antes mesmo do início do fascismo, faz com que a mesma tenha um caráter profético! De acordo com Anatol Rosenfeld, é apontada nesta ?pequena obra-prima, entre outras qualidades, a extraordinária clarividência assim como um forte caráter de advertência?.

Em cerca de 70 páginas, o autor nos faz sentir enjoado, irritado e revoltado com as situações absurdas - mas reais - pelas quais uma família pode passar dentro da surrealidade que apenas a ultra-direita consegue ser capaz de criar.

Apesar de retratar umas simples ?férias frustradas?, Mann conseguiu expressar a forma ultrajante em que uma massa de pessoas (com suas propensões já à flor da pele, é verdade) pode ser hipnotizada e realizar atos impensáveis para a natureza humana.

Enfim, uma obra demasiado atual, que seria muito bem-vinda à nossa sociedade contemporânea. Afinal, flertamos perigosamente com nosso Cipolla tupiniquim, sem saber que estamos bem longe de ter um Mário para nos vingar?
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Marcia 09/04/2024

Minhas impressões sobre o livro
Livro curto de excelente qualidade que nos entretém todo o percurso da leitura.
Nesse livro temos um narrador que nos contará sobre suas férias com a família numa cidade da Italia. Eles almejam férias tranquilas e relaxantes na cidade costeira de Torre di Venere. A forma que nos descreve o lugar é incrível, nós nos transportamos junto com os personagens.
As férias não foram nada tranquilas, eles sofreram preconceitos, foram constrangidos e viveram momentos complicados num show de mágica que traumatizou a todos.
A história se passa na época de Mussolini e tem um paralelo ao fascismo que também ilustrará alguns anos a frente a postura de Hitler.
Esse livro foi inspirado nas férias que próprio escritor passou com a família na Itália.
Um ótimo livro, leitura rápida e que agrega.
Valeu!!!
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Gerson91 31/01/2024

Impressionante a visão de Thomas Mann sobre o início do fascismo e toda a hipnose de uma geração que foi conduzida por sociopatas e assassinos. Além do conto/novela, que sendo mais atual impossível, fica todo o mérito do posfácio de Marcus Vinicius Mazzari, onde não só contextualiza o texto como também traz brilhantes referências para outras obras como a Montanha Mágica.
É um livro pra ler de uma vez só.
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Vivi 26/01/2024

À primeira vista, parece ser a história de uma estranha tragédia que aconteceu durante um show em uma cidade turística italiana. 48 páginas contêm uma breve descrição da cidade e algumas pontuações , e um relato sobre o desempenho tristemente encerrado de um "mágico" hipnótico que veio à cidade.
Só que não é bem isso...
A história foi escrita numa época (1929) em que o chamado patriotismo surgiu na Itália e na Alemanha. Os italianos, sob a liderança de Mussolini, sonhavam em restaurar o poder e a autoridade do antigo Império Romano, enquanto os alemães, ofendidos pelos resultados da Segunda Guerra Mundial e pelo Tratado de Versalhes, olhavam com esperança para Hitler, que falava incentivando a autoconfiança.
As pessoas viajam, descansam e vão a shows, sem ação militar. Mas a cada frase fica mais claro que a concentração do mal no ar aumentou significativamente. Quanto mais a frase se prolonga, mais desagradável se torna o ambiente, mesmo na praia - as crianças não ouvem, as mulheres gritam, o sol destrói a capacidade de pensar.
Anúncios aparecem na cidade. De uma performance que deveria trazer (uma impressão muito subjetiva: para um público torturado. Um mago particularmente sinistro e até feio inicia o show. É claro desde o início que nada de bonito , mas é estranho também - um vínculo é criado entre ele e o público. O mago zomba e humilha, mas ninguém vai embora. Qual é o seu poder?
Olha Thomas me conquistando novamente rs.
Não tenho certeza sobre a primeira metade da frase, mas "O mágico e o texto são realmente densos e um tanto difíceis. Afinal não seria o autor se não fosse assim... claroooo que voltei rs. Admito sem culpa ra.
Cheios de detalhes. Mas também vivos, fluidos, coloridos. Não é adequado para leitura em fuga, você precisa silêncio e tempo para aprofundar. E glória ao criador tive total para dar conta! Por sorte li nas férias rs.
É provavelmente um fato bem conhecido que Thomas Mann é um escritor que nunca escreve diretamente sobre o que escreve. Se é que me entendem.
E isso é interessante, porque quem se daria ao trabalho de ler se o próprio autor explicasse o último ponto.
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Lucas1429 16/01/2024

A hipnose do estropiado
Publicada em 1930, a novela de Thomas Mann alegoricamente antecipa as vicissitudes totalitárias da Europa dos anos seguintes, quando o fascismo se consolidaria como repertório da esfera política.

Narrado por um homem acompanhado de sua família, que viaja a um balneário italiano para férias veranis, o relato é exemplificado por nativos hostis e conservadores de um modelo beligerante de nacionalismo, vertentes do autoritarismo.

O alastramento do choque é impingindo à narrativa quando participam de um show de um ilusionista canastrão, mas que acerta na retórica: Cippola, seu nome, faz mandos e desmandos ao humilhar seu público espectador, ao passo que tenta exaltar os conterrâneos. Mário, um garçom local, verterá-se em vítima, culminando a tragédia anunciada.

Aludida a uma peça assertiva da hipnose ditatorial, a obra é perspicaz na aproximação do artifício tirânico. Mann nega tê-la feito consciente do genocidio posterior que também assolaria até seu país natal, Alemanha. À época disse não contemplar a categorização que faziam-no de um militante; transformou-se no estalar da barbárie que é História.

Inegável, porém, é a sedução do mágico
estropiado, como Mann apontava ser Hitler, como o é Cipolla, este projeto autocrático, nulo enquanto humano, que converge o mais fraco para sucumbir ao seu manejo social inaceitável. Alerta constante (e atemporal) às democracias vigentes.
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Beatriz.Alves 05/12/2023

Mário e o mágico- Thomas Mann
Livro surpreendente e instigante. A princípio,parece inocente e pueril,mas se desdobra de forma a nos tirar o fôlego e revelar uma realidade cruel.
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michele-biblioteca 31/07/2023

Excelente.
Mário e o Mágico trata-se de uma novela com traços autobiográficos escrita em 1929 e lançada um ano depois, e tem como cenário Torre di Venere, um balneário italiano ficcional. Sua narrativa nos apresenta um chefe de família e suas fracassadas férias de verão, que resultam em um desfortúnio. Na primeira parte do livro, esse narrador relata o início já conturbado de seu período de descanso familiar, enquanto observa um ar de crescente nacionalismo durante os primeiros dias de sua estada na Itália. A segunda parte expõe uma performance de um mágico italiano, Cipolla, que apresenta truques e pequenas exibições hipnóticas, utilizando seus poderes mentais para controlar o público . Cipolla representa o poder hipnotizante dos líderes autoritários na Europa da época, antecipando os movimentos iniciais do fascismo, que o escritor alemão foi capaz de perceber em suas viagens - essa personagem foi inspirada em uma performance de mágica que Mann assistiu na Itália, durante o verão de 1926.
Novela curta, de apenas 50 páginas, mas de narrativa marcante. Recomendo muito essa leitura. E essa edição do livro traz ainda um posfácio excelente do Dr. Marcus Vinicius Mazzari.
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Leila 15/06/2023

Mário e o Mágico novela do Thomas Mann, é uma obra literária que desperta sentimentos diversos e provoca uma reflexão profunda sobre a natureza humana e o poder manipulativo do fascismo. Embora eu não tenha apreciado completamente o texto em si, é impossível negar que a edição da Zahar traz um conjunto de textos de apoio que enriquecem a leitura de uma forma ímpar.

A contextualização fornecida desta edição da Zahar é extremamente valiosa. Ao apresentar uma compreensão mais ampla da obra e da vida do autor, nos leva a uma apreciação mais profunda da experiência de leitura. Os paratextos nos permitem compreender melhor o contexto histórico, social e político em que a novela foi escrita. Isso é fundamental para apreciar plenamente a intenção do autor, que muitas vezes pode escapar de uma leitura superficial.

A vida de Thomas Mann, suas influências e suas motivações criativas são reveladas através desses textos de apoio. Eles nos ajudam a entender a perspectiva do autor ao abordar temas tão complexos como a ascensão do fascismo e a manipulação de massas. Ao mergulhar mais fundo na mente do autor, somos capazes de captar nuances e sutilezas que, de outra forma, poderiam passar despercebidas.

Essa abordagem crítica, fornecida pela edição da Zahar, oferece um contraste intrigante com a minha reação inicial ao texto principal. Embora eu não tenha curtido muito a novela em si, os textos de apoio me permitiram apreciar a importância e o significado da obra em um nível mais profundo. Eles fornecem uma chave para desvendar os aspectos ocultos e subtextuais, ampliando meu entendimento e apreciação de um modo mais geral.

No entanto é como eu sempre digo, é importante mencionar que o valor desses textos de apoio não deve ser superestimado. Uma obra literária deve ser capaz de se sustentar por si só, independentemente de informações externas. Embora a edição da Zahar tenha sido bem-sucedida em fornecer um valioso contexto para a obra de Thomas Mann, é essencial que a novela seja capaz de se destacar por seus próprios méritos literários.

Enfim, resumindo, gostei de ter lido apesar de não ter amado a obra em si, ela é importante após a compreensão da intenção do autor ao escrevê-la e também é como eu sempre digo (novamente) ler um texto do Mann é sempre se cercar de erudição, o cara era o "cara".
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@vidaliterata 09/06/2023

Essa novela publicada em 1930 pelo escritor alemão Thomas Mann, é considerada uma das primeiras da literatura a retratar o que seria o início do fascismo antes de se difundir pelo mundo, principalmente na Europa. Nela acompanhamos o relato de um homem, que passou às férias com sua família, no balneário da cidade fictícia de Torre di Venere, Itália.

Logo no início o narrador nos conta que durante as férias com a família, houve uma terrível tragédia no local. Ao longo do livro, ele vai relembrando toda a trajetória até chegar a esse momento impactante.

Já no hotel, a família passa por uma série de constrangimentos, presenciam uma atmosfera hostil, super moralista e um patriotismo excessivo, por parte dos hóspedes locais. A família não é bem tratada por ser estrangeira e por não pertencer a sociedade burguesa.

Quando eles se mudam para outro estabelecimento, por conta de um desentendimento com uma hóspede influente, se deparam com um cartaz anunciando a chegada de um mágico, ilusionista, chamado Cipolla, que fará um espetáculo naquela noite. As crianças se animam e eles decidem ir.

O que eles não sabiam é que Cipolla é um ilusionista farsante e autoritário, que com seu chicote, usa truques de hipnose e artimanhas para manipular e intimidar seu público, sobretudo os estrangeiros. Durante o show, o ilusionista, inclusive, se gaba que já foi assistido pelo irmão do então ditador, Mussolini, em uma de suas apresentações. Porém, Mário, o garçom, que está presente na plateia, terá um papel crucial no final de seu espetáculo.

Foi uma leitura lenta e desafiadora, por conta do vocabulário rebuscado. A narrativa é suspense do começo até o fim. Fiquei bem curioso sobre como seria o tão anunciado desfecho trágico. Porém, tiveram várias partes arrastadas. Confesso que achei que gostaria mais da leitura.

Apesar de não ter gostado tanto, valeu a pena conhecer a obra do autor e por trazer reflexões atuais e pertinentes, principalmente sobre o fascismo e a xenofobia. E serve de alerta para não deixarmos que um novo Cipolla retorne ao poder.
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Debyh 26/05/2023

É um conto simples e que depois de ler o posfácio entendi a importância dele, o autor foi um dos primeiros a captar o que estava vindo com o fascismo que estava começando a se alastrar neste período, o conto inteiro é uma parábola para tudo que estava acontecendo e também prevendo as possíveis tragédias que poderiam acontecer (e aconteceram).

resenha: https://euinsisto.com.br/mario-e-o-magico-thomas-mann/

site: https://euinsisto.com.br/mario-e-o-magico-thomas-mann/
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voandocomlivros 02/05/2023

🎩 "Devemos entregar os pontos e nos esquivar da experiência tão logo ela não se demonstre perfeitamente capaz de produzir bom humor e confiança? Devemos "ir embora" quando a vida se mostra um pouco fora do comum, algo suspeita ou um tanto embaraçosa e mortificante? Não, devemos permanecer, fazer frente a ela e a ela nos expor, justamente nisso talvez haja algo a aprender."




"Mário e o Mágico" foi escrito em 1929, quando o fascismo já havia surgido. Esse aspecto é bem importante dentro dessa história. Temos aqui, uma relação entre artista e sociedade. A descrição das reações e emoções das pessoas e do que se passa na cabeça de cada um dos espectadores, bem como o comportamento das crianças e dos adultos, evidenciam a preocupação constante de Mann, pois estavam enraizadas em suas próprias memórias pessoais e ele fazia de tudo para cultivá-las com mastreia.


Devido ao contexto histórico, essa novela tem uma atmosfera mais sombria, triste e amarga. É uma história emocionante e envolvente, que no início, nos faz sentir como se estivéssemos em pleno verão na Itália (nunca estive na Itália, mas minha imaginação é bem fértil 😄). Fui capaz de sentir a agitação do feriado e o vento quente do verão!
Depois da metade, o calor todo da narrativa vai esfriando. Mann transmite muito bem o fascismo italiano daquela época e convida o leitor a fazer parte do show do mágico manipulador Cipolla.



🎩 "Nos países meridionais, a fala é um ingrediente da alegria de viver, que goza de uma estima social muito mais viva que no norte."


Cipolla e seu espetáculo é uma referência à incapacidade da população de se horrorizar e ao mesmo tempo não parar de aplaudir diante dos líderes e promessas do fascismo. É uma situação que ecoa nos dias atuais em todo o mundo.


🎩 "É de presumir que não se pode viver psiquicamente do não querer; não querer fazer uma coisa não é; a longo prazo, um propósito de vida; não querer alguma coisa e não querer mais em absoluto - e, portanto, fazer, não obstante, o que é ordenado - são talvez duas posições vizinhas demais para que, entre elas, a ideia de liberdade não se visse em apuros [...]"


Uma história universal e atemporal, embora a anedota esteja muito bem colocada em ambos os sentidos. Nestes tempos em que é cada vez mais fácil manipular as pessoas - às vezes de forma sutil, outras vezes de forma mais ostensiva -, "Mário e o Mágico" é uma leitura essencial.

site: https://www.voandocomlivros.com/post/m%C3%A1rio-e-o-m%C3%A1gico-resenha
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