A vida imortal de Henrietta Lacks

A vida imortal de Henrietta Lacks Rebecca Skloot




Resenhas - A Vida Imortal de Henrietta Lacks


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Luis Brudna 27/09/2011

Muitos detalhes
A escritora explica que prometeu para a família contar todos os detalhes sobre a história de Henrietta. Mas a promessa foi um pouco longe demais. as partes mais chatas do livro ficam por conta de descrições exageradas de diálogos que pouco acrescentam no objetivo central da obra.
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Rita 26/01/2017

O renascimento de Henrietta Lacks
Estou impressionada pela forma como a Henrietta Lacks entrou para a história da medicina e, consequentemente na historia da humanidade. Injustamente a familia ficou aquem da fama e dos beneficios e avanços da medicina, que ainda é regida pelo lucro. Escritores como Rebecca Skloot, que se dedicam à pesquisa de fontes documentais, de entrevistas e investigação em busca da real historia são necessários para divulgar e tornar pública essas personagens, que são esquecidas ou pior, são despresadas, ignoradas. Recomendo a leitura para refletir sobre a ética médica, a indústria farmacêutica e de patentes de partes de seres humanos ( células, tecidos, órgãos etc.) Até quando o ser humano irá explorar o ser humano sem pensar no bem estar coletivo? As condições sociais ainda serão o critério para decidir quem vai viver ou morrer?
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Luana 09/04/2013

Quando adoeceu, no final da década de 1940, Henrrieta Lacks provavelmente não sabia o que era uma célula. A bela jovem descendente de escravos se dividia entre o trabalho na plantação de tabaco e a criação dos cinco filhos. Vivia com humildade na pequena Baltimore, nos Estados Unidos. Também desconhecia os mecanismos da enfermidade mais temida pela sociedade, o câncer. Câncer que se tornou a causa de sua morte prematura em 1951.

Aquela época era marcada pela intensa segregação racial norte-americana. Henrrieta só teve a oportunidade de procurar tratamento no Hospital Jhons Hopkins, dedicado ao atendimento de pacientes pobres e negros. Em alas separadas exclusivamente para “pessoas de cor”, a jovem Henrrieta, com então 30 anos, foi diagnosticada com um tumor cervical. Começa então uma jornada sacrificante de internações e sessões dolorosas de radioterapia.

Porém, o câncer de Henrrieta foi mais forte que sua vontade de viver. Em 4 de outubro de 1951, ela partiu deixando o marido e cinco filhos, sendo que os dois últimos ainda eram quase bebês. Esta seria somente a triste história de uma humilde mãe levada por um terrível câncer, assim como tantos outros casos, se Henrrieta não houvesse alcançado a imortalidade. Ou melhor, as células de Henrrieta alcançaram a imortalidade.

Uma amostra de seu tumor foi doada para o Doutor George Gey, que na época tentava sem sucesso cultivar células de tecido humano que não morressem rapidamente. No laboratório de Gey, as células de Henrrieta se multiplicaram em ritmo assustador, sem parar, sendo chamadas posteriormente de “imortais”. Empolgado, o cientista acabou compartilhando amostras com colegas de diversas partes do mundo. Conseqüentemente, as Hella cels foram utilizadas nas mais diversas pesquisas: tratamentos para o câncer, vacinas, AIDS, mapeamento genético...

O livro

Foi em uma aula de biologia que Rebecca Skloot ouviu falar pela primeira vez das cálulas HeLa. A partir disso as famosas células continuaram fazendo parte de sua vida na faculdade e a história por traz delas se tornando uma obsessão para Rebecca. Assim, a apaixonada por divulgação científica, decidiu contar a história das células HeLa e da mulher que deu origem a elas.

Tanto a história das células quanto a da pesquisa do livro são verdadeiras sagas. Skloot mescla em sua narrativa a trajetória de Henrrieta e sua família com a das células na ciência e o processo de construção de sua obra. Seguindo a cronologia dos fatos Rebecca apresenta Henrrieta e sua vida simples, de trabalho duro, pouco dinheiro. E a personalidade doce e positiva da mulher que adorava cuidar das pessoas e de ser mãe.

No entanto, a alma do livro é sua filha caçula, Deborah Lacks. Que emociona ao acompanhar o trabalho da autora na busca de conhecer melhor a mãe com quem quase não conviveu. É ela quem acaba guiando Rebecca em sua investigação e aproximando-a da família Lacks.

Com muita sensibilidade, Skloot se coloca como personagem da história e mostra a contraditória situação dos descendentes de Henrrieta, sem dinheiro parar pagar seus tratamentos de saúde. É difícil também não sentir um pouco de revolta e não se imaginar no lugar da família.

Rebecca também proporciona uma viagem agradável pela história do desenvolvimento científico no século XX. Escrever sobre ciência para o grande público já é um desafio. E a autora desenvolve os fatos e conceitos da ciência com grande habilidade, para o fácil entendimento, focando sempre em seu caráter ético. E é justamente a discussão sobre a ética, ou falta dela, nos testes com tecidos humanos que traz o questionamento central do livro. As células HeLa são o maior exemplo de que por traz da ciência existem histórias humanas, cheias de emoções e até injustiças.
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Polly 11/02/2021

A cada dia me convenço mais que os encontros na vida acontecem quando têm de acontecer. Não é diferente com os livros. Um amigo me passou esse livro há cerca de 10 anos. Li algumas páginas, não me prendeu. Abandonei. Uma década depois, cá estou formada e trilhando o caminho da ciência. Ainda na graduação, cruzei com as células HeLa. No mestrado, trabalhei com cultura de células. E, nos últimos dias, me (re)encontrei com “A vida imortal de Henrietta lacks”.

As células HeLa foram as primeiras células humanas imortalizadas em cultivo laboratorial, no ano de 1951. Graças a essas células, a humanidade testemunhou os maiores avanços nas pesquisas médicas até então - pesquisas oncológicas e espaciais, vacina contra pólio e HPV, mapeamento genético. Somente no Pubmed, são mais de 114 mil artigos encontrados envolvendo as células HeLa.

Incrível, não?! E se eu te disser que por trás das células HeLa está Henrietta Lacks, mulher pobre e negra, que morreu aos 31 anos vítima de um tipo muito agressivo de câncer do colo do útero, e que teve uma amostra do seu tecido uterino retirada do seu corpo sem o seu conhecimento e consentimento? Tampouco sua família foi informada. Além disso, suas células deram origem a uma indústria multimilionária sem que sua família recebesse um único tostão.

A história de Henrietta, apesar de ser também a história das células HeLa, permaneceu apagada por muitos anos. E, a partir dela, surgiram diversos debates éticos e morais, muitos deles ainda sem um consenso. Ler esse livro em 2021 é ter em mente o tempo todo que o pensamento daquela época era totalmente diferente. Acreditem! Por mais que não pareça, estamos muito melhores agora.

Hoje, 11/02, é Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. Sei que a família Lacks não busca nada além do reconhecimento de quem foi Henrietta. Deixo aqui a minha homenagem a essa mulher que mesmo sabendo tão pouco - ou quase nada - mudou profundamente a pesquisa médica nas últimas décadas e, consequentemente, a vida de cada um de nós.
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LUCAS JFB 09/08/2023

Uma das maiores descobertas da medicina
Para quem quiser entender a história por trás das células HeLa, essa leitura é mais que indispensável.
Rebecca Skloot foi atrás de informações que jamais teriam vindo a público, e Henrietta Lacks, morta por um câncer cervical uterino gravíssimo em 1951, nunca se tornaria conhecida.
O sofrimento desta mulher deu à ciência o cultivo de células tumorais com características que ninguém havia sequer sonhado em ver anteriormente, e isso permitiu que seu cultivo fosse aplicado em diversos estudos, experimentos e cenários para avaliar desde o impacto da gravidade até a funcionalidade terapêutica de diversos fármacos. Uma história em certos pontos muito triste, mas muito interessante de se ler e acompanhar.
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Beatriz.Nunes 14/05/2023

Devastador
Mesmo sabendo que a implementação de termos de consentimento e comitês de ética é relativamente recente, é muito pesado ver tudo que aconteceu com Henrietta e a família não muito tempo atrás.
É muito triste saber que uma das linhagens de células mais famosas e difundidas (se não a mais famosa) começou com uma história tão dolorosa.
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Josué.LAL 28/03/2022

Inspirador e revoltante
Tomei ciência desse livro principalmente sobre o assuntos cultura de células, e achei que lendo iria aprender sobre todos os aspectos das culturas de células, principalmente a respeito da primeira cultura de células humana, como foi o caso das células HeLa, mas o livro se propõe a tratar de um assunto muito mais emergente a se tratar do que as próprias culturas de célula.
Pode se dividir o livro em algumas partes como, História da cultura de células, história da Hela e de seus familiares e a história da escritora que se une com a história de seus familiares para conseguir descobrir e trazer a publico toda a verdade sobre uma mulher responsável por mudar a história da medicina e da ciência, mesmo que ela não soubesse oque tinha acontecido.
A vida de Henrietta Lacks, foi marcada por preconceitos e sofrimento em detrimento dessa discriminação, ela foi uma mulher forte, fez o máximo que pode pela sua família e amigos, mesmo depois de diagnosticada com câncer, o mal que apesar de ter mudado a história do mundo trouxe tristeza pra seus familiares, por isso esse livro extrapolou minhas expectativas, queria saber sobre as células que mudaram a história, mas me prendi na história que originou as células, Henrietta é um marco que não deve ser esquecido, não só para a medicina, mas para o direitos humanos.
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Delirium Nerd 21/08/2018

A Vida Imortal de Henrietta Lacks: Racismo, invisibilidade e violência
A vida imortal de Henrietta Lacks é uma biografia narrada em primeira pessoa, pela autora Rebecca Skloot, que tenta resgatar a história da mulher que deu origem à linhagem de células HeLa, sem as quais muitos dos maiores avanços da ciência talvez nunca tivessem acontecido.

Rebecca começa o livro nos contando quando e como começou a se interessar por Henrietta (que primeiro conheceu como apenas HeLa) e acaba nos envolvendo em sua jornada investigativa atrás da história daquela mulher negra, que viveu em plena segregação racial nos EUA, com a Lei Jim Crow* em pleno vigor, e morreu de câncer em 1951, deixando um legado imensurável para a humanidade e milionário para indústria farmacêutica.

Desta forma, a obra é um respeitoso resgate histórico da vida de Henrietta Lacks, mas que não se limita a apenas isto, pois se propõe a explorar também o contexto histórico, científico e legal dos Estados Unidos – daquela época em que a segregação racial estava em seu ápice.

Leia na íntegra:

site: https://deliriumnerd.com/2018/02/06/a-vida-imortal-de-henrietta-lacks/
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Roseane 15/07/2018

Nossos Corpos nos pertence?
Nossos corpos nos pertence?

Henrietta Lacks foi uma mulher negra que viveu no pós abolição mas no período de segregação americana. Portadora de um câncer uterino agressivo morreu em estado gravíssimo em condições de dor e subtratamento. Parte de seu órgão foi retirado para pesquisa sem o seu consentimento e dele foi possível a realizações de pesquisas que mudaram o rumo da medicina e ainda hoje essas células são utilizadas.
A autora é uma bióloga branca que ficou intrigada por tantos avanços nos tratamentos, diagnóstico e curas na medicina advindo dessas células mas pouco se sabia quem era a pessoa que deu origem a célula.
A história é verídica, todos os nomes e fatos do livro são verdadeiros. A autora mergulhou no mundo de Henrietta para falar ao mundo quem ela era, quem era a sua família.
Nos documentos o que se falava resumidamente “Ela era uma mulher negra”!
No tempo da segregação (se é que acabou) a população negra americana assim como no Brasil ficou a margem de uma sociedade racista e classista. Condições econômicas precárias, faltas de oportunidade, educação, saúde... a autora cita o avanço meritocrático do médico branco que colheu (roubou?) as células do útero de Henrietta dizendo que ele levou 8 anos para se formar em medicina pq ele tinha que trabalhar um semestre para poder custear o semestre seguinte, mas ela esquece de fazer um link onde os negros não tinham condições de fazer o mesmo pq os empregos permitidos a população negra eram os mais insalubres, remunerações em centavos que mal dava para se alimentar, não tinham “casa dos pais, carro dos pais...”
A autora não economizou dados para falar das irregularidades que a população negra miserável era submetida, pesquisas como estudo da sífilis onde médicos brancos DEIXAVAM pessoas negras morrerem em situações lastimáveis para poder observar o que a sífilis era capaz de fazer em um corpo humano, chegavam a injetar sífilis em pessoas saudáveis para realizar observações clínicas, enfim todo tipo de maldade era realizado a população negra.
A título de curiosidade o médico branco considerado “pai da ginecologia” Dr James Marion Sims teve sua estátua retirada do Central Park em abril desse por que ele usava mulheres negras escravizadas para fazer seus experimentos, ele realizava cirurgias desnecessárias, procedimentos agressivos, tudo SEM ANESTESIAAAAAA “em nome da ciência” a estátua só foi retirada após uma onda de protesto em contraponto a Marcha da Supremacia Branca de Charlottes Ville.
O livro fala dos avanços da medicina em geral e do avanço dos debates de ética médica. Ressalto que a primeira vez que o debate ético tomou grandes proporções foi quando 3 médicos Judeus se recusaram a fazer uma pesquisa antiética que colocaria a vida do paciente em risco e sem conhecimento e consentimento do paciente, esses três médico eram Judeus e ele lembraram da sua dor devido ao Nazismo terem feito o mesmo aos Judeus.
A vida pessoal das mulheres Lacks, além da pobreza, pouca educação formal era recheada de violência doméstica e abuso sexual de seus pares e familiares. Família negra mais uma vez em situação de vulnerabilidade e a mulher sendo o alvo para desembocar todo tipo de violência desde a infância e sem questionamento e proteção de outros homens negros, eram as mulheres que protegiam suas meninas.
Família miscigenada Henrietta era considerada linda com a sua pele clara, uma prima também de pele clara se “converte” a Portoriquenha por ser mais fácil que ser negra.
A família manteve abaixo da linha de pobreza apesar da indústria médica e farmacêutica terem lucrado zilhões com as células de Henrietta.
Leitura forte e envolvente.
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Suzane.Madruga 26/02/2024

Acompanhar a narrativa de Rebecca Skloot é passar por momentos muito instigantes de leitura. A autora nos apresenta a mulher por trás das células HeLa, de suma importância para o desenvolvimento científico. Muito mais que uma sigla, temos a história de Henrietta Lacks.

Há momentos em que o livro parece um longo e doloroso relato de negligência médica e pouca importância dada ao ser humano; em outros momentos, nos deparamos com sensibilidade e até uma dose se leveza.

Leitura interessante e escrita inteligente a respeito de temas tão dolorosos e difíceis.
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Gleice 01/01/2013

Uma história para reflexão
Em seu primeiro livro, Rebecca Skloots, uma repórter que escreve sobre ciência, apresenta de maneira profunda e sensível, a história por trás da tão famosa linhagem de células HeLa.
Fruto de uma investigação de mais de dez anos, repleta de relacionamentos conturbados e momentos nem um pouco previsíveis com a família Lacks, a autora apresenta um relato que vai além da simples relação de fatos históricos e científicos que levaram ao estabelecimento das células HeLa. Ela nos apresenta a história de Henrietta Lacks e seu legado - a enorme contribuição que suas células proporcionaram à ciência e o reflexo da falta de informação sobre seus descendentes.
Um livro excelente que nos leva a reflexão - Até onde deve ir o poder da ciência? Até que ponto a sociedade deve interferir na ciência? Um paciente deve ter o poder de decisão sobre amostras retiradas de seu corpo? Como isso poderia influenciar a evolução das pesquisas científicas? O paciente "doador" deve se contentar somente com os benefícios terapêuticos, se abstendo completamente de quaisquer lucros financeiros obtidos a partir de seu "corpo"?
Essas questões são tão complexas que ainda não existem regras suficientemente claras e muita discussão tem girado em torno de conflitos provenientes de procedimentos relacionados ao uso de tecidos humanos na pesquisa, no mínimo, eticamente duvidosos.



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Renata.Pereira 23/04/2022

Recomendo a leitura
Não há um ser humano que não tenha se beneficiado nas células de Henrietta Lacks!!!
O livros trás discussões necessárias, de uma mulher negra, que se tornou importantíssima para os avanços da medicina.
Todo mundo deveria conhecer essa história!!!
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Kethelyn 07/09/2022

Interessante
O livro retrata a história de uma mulher negra nos anos 50 que sentia dores no útero e não tinha acesso a um tratamento digno. É bem indigesto ler como trataram ela, totalmente desumano e inacreditável, em contraponto as células HeLa são essenciais para nossa vida atualmente, contribuiu imensamente para o avanço da ciência.
Confesso que li o livro devido a uma matéria da faculdade, bioética e biossegurança, assuntos que aparecem no decorrer de todo o livro, mas foi uma experiência bacana. Achei meio tedioso os detalhes sobre a forma que a jornalista buscou informações com a família e outras fontes por exemplo, mas isso se deve mais a mim do que a qualidade do livro acredito.
Indico para quem gosta de ciência e assuntos sociais.
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Lizzmarcella 27/12/2022

Li por indicação do Átila Iamarino e não me arrependi
Em meio a toda a relevância histórica das celulas Hela, em meio a todas as descrições científicas muito pertinentes, me conectei à história de Henrietta e chorei. Chorei pensando na vida sofrida dela e dos filhos, principalmente da filha que morreu num manicômio, abandonada e sozinha após a morte da mãe. Isso me fez pensar profundamente sobre como as mães temem morrer e deixar os filhos pequenos à própria sorte. Quando se é pobre e sem rede de apoio é praticamente uma sentença de sofrimento perpétuo pras crianças. Enfim, além de tudo também pensei sobre como é injusto que não haja o recebimento de direitos autorais por parte dos herdeiros, após toda a contribuição que sua mãe deixou para a ciência.
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