A Normalista

A Normalista Adolfo Caminha




Resenhas - A Normalista


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Mabs2 26/11/2023

Um dos livros que li no começo do ano e não resenhei aqui. Gosto muito da escrita do autor, é bastante envolvente, bem como os personagens. A trama é simples e fácil de acompanhar, com um final trágico mas levemente esperançoso. Foi uma boa leitura
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Luana 05/08/2023

Adolfo Carminha tem uma escrita limpa e fluida, é um clássico fácil de ler, mas difícil de digerir. O aspecto naturalista leva interesse ao teor da história, o que a deixa até certo ponto interessante, mas depois acaba ficando muito chata e monótona. O livro traz um sentimento de repulsa e nojo para os personagens e, nos leva a sentir pena da pobre Maria, mas confesso que esse livro não foi o mais repugnante que já li com esse tema. Odeio profundamente João da mata pelo que ele fez, e me deu ódio ler o que ele fez com a Maria, além do fato, de que a menina aceitou tudo com medo que fosse expulsa do único lugar que ela conhecia como um lar. É uma leitura difícil para quem tem traumas, tem passagens pesadas e nos mostra o ser desprezível que a humanidade pode se tornar.

?Duvidava às vezes, mas não perdia toda a confiança, porque amava deveras, e o amor transforma a pessoa ou objeto querido numa espécie de ídolo, que a gente adora como a um modelo de virtudes incomparáveis ?
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Lucas_Callisto 17/04/2023

Vou te contar o que não é normal.
Bueno, to até pensando se comento, acho que talvez preferiria esquecer. Tirando "O Cortiço", os clássicos que ja li até agora foi de enxerido mesmo, pois a história deles não me cativaram pela sinopse, o que me fez começar a ler sem saber do que se trata - e comecei logo com esse livro. O pior, é que odeio ler algo que me deixa com notas de repúdio, e aqui temos: uma pedofilia nojenta.

Não sei se o objetivo era causar incômodo, se foi me desculpe Adolfo Caminha, você gerou mais do que isso, mas em resumo é o seguinte: temos a Maria, um ADOLESCENTE de 15 anos, que vivenciou A Grande Seca, o pior período de uma no nosso Brasil, e aqui no nordeste. Ela ficou órfã, os pais morreram depois de entregá-la ao padrinho, indigente esse que futuramente começa a ter desejos sexuais pela própria afilhada.

Ele fica revoltado pois ela gosta do Zuza (que já é estudante de direito, que vida, coitada) e ele também gosta dela. Esse padrinho... é doente, fica com ciúmes e planeja conquistar a garota. Terminou com a mulher dele e ficou assediando a Maria. GENTE, ele a proíbe de ver o garoto e fica assediando ela, que simplesmente deixa pra poder conseguir ver o Zuza! NÃO, e quando ela soube que o Zuza tinha ido embora? Nesse momento frágil ele entrou no quarto delaaaaa, ASSEDIOU SEXUALMENTE E ELA ENGRAVIDOU DELEEEEEEE!

Tem umas coisas sobre a cidade de Recife (my city), falando das ruas, dos bairros, e eu "oh my God, i know these places", but, a problemática desse livro foi tão pesada que não deu nem pra sentir algo momentaneamente bom. As palavras desse verme me nausearam, as investidas dele me consumiram em raiva, odeio essa história.

Não sei se foi minha edição, mas algumas coisas sobre pontuação têm que ser revisado, principalmente nas falas dos personagens, ficou uma bagunça. A narrativa é ok, a escrita também e a ambientação é simples. Nenhuma característica do autor foi memorável para mim.

Mas o que me pegou foi quando eu vi pessoas falando de incesto, e ressaltando que isso É UMA REALIDADE DO NORDESTE.

Vou me abster.

A resenha contém spoiler, e não to nem aí, tchau.
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Samira_santos 06/11/2022

CAMINHA, A.
A Normalista é um romance que se passa no Ceará, em um contexto pós-seca e conta história de Maria do Carmo, uma jovem órfã que é criada pelos padrinhos, tratada como filha e etc. Até a chegada de sua mocidade, quando Maria do Carmo começa a ser vista como mulher, as coisas mudam e ela passa a se encontrar em uma situação delicada.
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Diego Lima 11/09/2022

A história ocorre na capital do Ceará do século dezenove, onde presenciaremos o desenvolver de Maria do Carmo, a qual precisou mudar-se quando criança para a capital e morar com o padrinho devido a soma de alguns ocorridos. Acompanharemos todo seu crescimento físico, intelectual e emocional, porém, numa jornada de dor, dúvidas e sofrimentos.

Além de passearmos por alguns locais ainda preservados em Fortaleza, vamos presenciar um pouco dos costumes do final do século XIX: a forma como enxergavam a convivência humana, o que era dito como certo e errado, como as informações eram repassadas, uma vez que não existia internet naquela época, enfim, é uma experiência excelente de comparação das épocas.

Sou de Fortaleza/CE e, foi bastante satisfatório a citação de alguns pontos turísticos e bairros os quais ainda existem nos dias atuais; é notória a mudança das relações atuais, bem como, ainda notar as algumas raízes preservadas. Sobre o livro é uma leitura um pouco diferente das contemporâneas no sentido da construção narrativa, não ficando claro o curso da história em alguns momentos, todavia, é uma história bastante interessante com momentos marcantes.
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AnaLuh 06/08/2022

Impactante
Foi a leitura que mais me impactou, lembro que na época que li tive que ficar um bom tempo respirando fundo pra absorver tudo. Ela é bem pesada e, realmente, retrata de fato o que ocorre na vida real.
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Clio0 23/05/2022

Obra de cunho Naturalista, pode chocar aqueles que esperam que os clássicos sejam livres de perversões e crimes passionais. Pois é isso mesmo que ela retrata: a pedofilia, o desamparo e a desigualdade nas relações familiares.

É uma história tão nossa conhecida mesmo nos dias de hoje que é possível desvendar o enredo já no primeiro capítulo. A mãe morta, o pai ausente, e uma menina bonita criada por padrinhos sem relação consanguínea (algo que o pedófilo em questão faz questão de frisar).

Talvez descrever a sedução de Maria do Carmo como pedofilia possa parecer um pouco exagerado desde que ela só ocorre quando a personagem em questão conta dezesseis anos. Porém, a própria relação de poder de João da Mata sobre ela que já poderia implicar o estupro de vulnerável é também fundada na estranha obsessão que ele apresenta quando ela ainda é criança.

Os outros personagens - o irresponsável e sedutor Zuza, a madrinha alienada, a amiga mal-falada - apenas reforçam o abandono de Maria do Carmo, a ignorância e o descaso que perpetuam o abuso e a miséria.

É uma história pesada da literatura nacional que deveria ser mais discutida já que esse tema continua atual.
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Léa Diógenes 27/12/2021

Um verdadeiro passeio por Fortaleza
Iniciei a leitura desse livro sem muitas expectativas, na verdade, a única expectativa que eu tinha era encontrar uma linguagem difícil e ultrapassada. Mas para a minha surpresa logo nos primeiros capítulos fiquei chocada pelo tema que o autor estava apresentando, fico imaginando o impacto que esse livro causou na época do seu lançamento.

Aqui o autor não só aborda o abuso sexual e pedofilia, mas também o papel da mulher na sociedade da época, além de várias críticas sobre o comportamento da sociedade fortalezense. É um livro perfeito para ser trabalhado na sala de aula das escolas cearenses, tanto na disciplina de literatura quanto na disciplina de História.

Amei conhecer uma Fortaleza Histórica, o autor fez questão de inserir no enredo ruas e locais que até hoje existem.

De fato, um livro surpreendente. O único ponto negativo é que o final para mim foi um pouco corrido.
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Ulissis Henrique 20/10/2021

Um romance real
Para quem gosta do clássico brasileiro, indico muito A normalista. O escritor apresenta um panorama de costumes da sociedade cearense da época. Com foco em Fortaleza, ele mostra características como a sordidez e mesquinhez presentes na vida social da cidade daquele período.
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Lia Trajano 01/04/2021

1 /04/2021
Com essa história o autor ilustrou coisas que aconteciam muito na sociedade da época.
Época que muito chamam de "bons tempos, quando havia respeito" Sim, muito respeito.?
A protagonista achei muito fraca, mas tem que levar em consideração a época e o contexto da vida dela.
Gostei do final. Acho que a única coisa que me identifico com João da Mata foi sua opinião sobre a proclamação da república.
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otxjunior 09/03/2021

A Normalista, Adolfo Caminha
De cara pulei o texto de apresentação para escapar de spoilers e estava certo, mas não esperava uma crítica tão mordaz à obra quando retornei à introdução de Samir Savon ao final da leitura. Sei também que muitos leitores torcem o nariz para a escola literária naturalista. O que me deixou perguntando se há defensores deste movimento, que marcou um importante período da literatura brasileira do Século XIX.
Hoje não deve haver muitos adeptos, pois muitos dos temas (clichês, segundo Savon) do naturalismo científico devem acionar gatilhos nos leitores contemporâneos ao girarem principalmente em torno de crimes sexuais; e A Normalista abusa deles. Ou pior, é abusada. Não só por seu padrinho asqueroso (não foi fácil ler que "um bom útero é tudo na mulher: equivale a um bom cérebro!" no dia internacional da mulher), mas por seu pretendente a noivo (com quem simpatizei levianamente em sua opinião favorável a Recife em relação a Fortaleza) e até em sonho, atacada pelo esteriótipo injusto do negro violento. A irresponsabilidade de todos os envolvidos, inclusive da vítima, é só uma entre as perversidades provocadoras da filosofia de Adolfo Caminha.
A crítica ao velho jeitinho brasileiro que aparece justificado pelo meio "tranquilo e dormente" está presente em toda a narrativa, no âmbito público e privado de cada personagem, até pouco sutilmente. São nas descrições de cenas e cenários típicos que o autor brilha: uma festa de casamento abarrotada ou um enterro de um aristocrata, ou ainda a paisagem rural a partir de um "êxodo urbano" forçado. Aliás, tentar reconhecer pontos da capital cearense, bairrismo à parte, foi particularmente delicioso. Digo tentar porque nas poucas páginas do romance o ambiente passa por profundas transformações que ajudam a compreender o estado atual das instituições. Muito e pouco mudou. Neste ponto, os naturalistas estavam certos, em suas teorias, a noção de evolução é gradual.
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julialleite_ 04/03/2021

eu passei MUITA raiva lendo isso, e fiquei com muito nojo
Pq é sempre assim?????????
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Andynho 07/01/2021

Uma obra atemporal, infelizmente!
A 'Normalista' de Adolfo Caminha é uma das obras clássicas da Literatura Cearense que se conhece sem precisar ler, tanto pelo enredo chocante e violento, o que torna a história marcante, quanto pelo sucesso, um pouco tardio, que consagrou Caminha como um dos expoentes do Naturalismo, tanto no âmbito local como nacional.
Além da coragem do escritor em narrar os constantes assédios sofridos pela normalista Maria do Carmo, cometidos pelo seu próprio padrinho, o que escandalizou Fortaleza da época, como uma crítica à hipocrisia dos conterrâneos ?corretos?, ?cidadãos de bem? e ?educados", mas que escondiam vários pecados e crimes, destaca-se também a maestria de Caminha em evidenciar as mudanças de costumes que estavam ocorrendo na sociedade fortalezense.
Embora de conhecimento geral, a trama de 'A Normalista' continua crível e atual como no séc. XIX.
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