A borra do café

A borra do café Mario Benedetti




Resenhas - A Borra do Café


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Renata CCS 15/07/2014

Revisitando a infância.

"A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente." (Albert Einstein)

Quando você mistura café moído com água quente e o serve não filtrado, a bebida resultante muito concentrada é chamada de café Turco, um tipo de café muito tradicional na Turquia, Grécia e Oriente Médio. Esta bebida inspirou a prática da Cafeomancia, usada para adivinhar o futuro através da leitura da borra de café que aparece na parede e no fundo da xícara, depois de bebê-lo. A ideia de que o futuro de uma pessoa possa estar inserido no passado é a premissa de A BORRA DO CAFÉ, de Mario Benedetti.

Já me considerava fã de Benedetti após a leitura de A TRÉGUA, e a leitura de uma segunda obra só veio confirmar a predileção. A BORRA DO CAFÉ é um desses livros que te pega e leva para conhecer pessoas e lugares, e a gente acaba se deixando levar com um imenso sorriso no rosto de puro contentamento!

Claudio, o protagonista, é uma espécie de alter ego de Benedetti, e são com pinceladas autobiográficas que o autor compõe a infância e juventude de Cláudio, suas amizades, amores, medos e segredos. É o cotidiano de Claudio em Montevidéu que o autor nos apresenta: experiências singelas em uma linguagem doce, explicando o futuro com as lembranças de um passado cheio de descobertas. È uma história simples, mas nada é banal, apelativo ou piegas. Tudo é extremamente bem dosado, incrivelmente bem escrito e delicioso, e nos leva, em várias passagens, a percorrer a nossa própria infância e adolescência. Isso porque Benedetti é um exímio contador de histórias e sabe extrair de cada personagem e de cada lembrança tudo o que quer deixar registrado, e cada leitor acaba dentro de seu mundo particular de recordações sentindo-se recompensado em poder mergulhar não somente nas lembranças do protagonista, mas também as suas próprias memórias. É nostálgico.

É um terno e poético livro de memórias, desses que a gente tem que ler. E por ser de Mario Benedetti, já se tem motivo suficiente.
Catharina 16/07/2014minha estante
Sou grande fã de Benedetti e me apaixonei por este livro.


Arsenio Meira 18/07/2014minha estante
A parte em Claudio/Benedetti revisita as lembranças da infância e da adolescência aliada ao cenário de uma vida cotidiana, em que - como bem notastes - tudo parece banal, mas não é, constitui a borra poética com que o escritor uruguaio teceu esse romance de primeira categoria. Linda e terna resenha, Renata1
Abraços
Arsenio


Igor Jota 18/07/2014minha estante
Benedetti é sempre uma excelente leitura.
Ótima resenha!


Nanci 18/07/2014minha estante
Renata:

Talvez por ter gostado tanto de A trégua, eu não consegui me apaixonar por A borra do café. Mas Benedetti é encantador. Ele circula bem entre gêneros diferentes. Deixo um poema seu:

A PONTE

Para cruzá-la ou não cruzá-la
eis a ponte

na outra margem alguém me espera
com um pêssego e um país

trago comigo oferendas desusadas
entre elas um guarda-chuva de umbigo de madeira
um livro com os pânicos em branco
e um violão que não sei abraçar

venho com as faces da insônia
os lenços do mar e das pazes
os tímidos cartazes da dor
as liturgias do beijo e da sombra

nunca trouxe tanta coisa
nunca vim com tão pouco

eis a ponte
para cruzá-la ou não cruzá-la
e eu vou cruzar
sem prevenções

na outra margem alguém me espera
com um pêssego e um país

(Antologia poética; tradução de Julio Luís Gehlen. Editora Record, 1988)


Renata CCS 21/07/2014minha estante
Apaixonante Benedetti, sensível, encantador!


DIRCE 21/07/2014minha estante
Que fazer após a leitura desta resenha - colocá-lo na Estante, claro.
E ,Nanci, que presente o poema deixado por você.


Joy 21/07/2014minha estante
Que pontaria, heim! Adorei a resenha. Vou ler.


Andre.Torres 26/02/2016minha estante
O que mais me impressiona no Benedetti é a incrível capacidade que ele tem pra fazer a gente rir (e com uma inteligência louvável, diga-se), é o jeito leve que caracteriza tanto os latino americanos. Como você, Renata, fiquei encantado com o "A Trégua" e depois com o "A Borra do Café". Benedetti é uma pérola entre tantas que estão bem pertinho da gente. Já se tornou um dos meus autores preferidos :D




Naiara 17/02/2024

É uma leitura gostosa, leve, sem grandes escandalos ou surpresas de deixar com a boca muita aberta..
o que me fez avançar umas paginas e ter que voltar, porque nem tinha percebido, mas tava me acostumando com as grandes surpresas, grandes boons e la, era dia a dia, pensamentos, vivencia, o que faz o humano ser humano, a pessoa se apaixonar pelo simples e vi um pouco de dificuldade nisso..

Aprendi algo nessa leitura, que estava me distanciando do simples e entao, comecei a ler de novo e pude gostar pra caramba de uma personagem la, me intrigar com outro e achar um absurdo aquela la..

acabei que me surpreendi muito com o final, terminei feliz rindo a toa rs

pretendo ler muitos desse escritor ainda, porque sinto que ganho em contemplar o simples com ele, nao sei se todas as obras vao me dar isso, mas é o que desejo depois dessa.
Max 17/02/2024minha estante
?


Naiara 17/02/2024minha estante
o que significa estrelinha? rsrs


Max 17/02/2024minha estante
A estrelinha é para você, Naiara! Amiga querida!?




Lia 29/10/2010

Cada livro que leio, o bom velhinho me conquista mais. Nesse livro ele olha para seu passado e conta algumas experiências em primeira pessoa e outras em terceira. Dá vida a Cláudio para ser o representante das suas histórias na infância, adolescência e vida adulta. Fala sobre amor, amizade, dor, alegria, família, cotidiano, enfim, pequena memórias da vida em Montevidéu. Gosto muito da maneira como ele fala sobre sobre sexualidade e amor, acho sutil e profundo. Um livro despretencioso e gostoso de ler. Na orelha do livro diz que deve ser lido porque sim e pronto. Concordo e ponto! ;)

'...A memória do corpo nunca entra em minúcias.' p. 115

'... Afinal o germe do amor terá melhor prognóstico se for semeado no sulco do desejo. Onde será que li isso? Talvez seja meu.' p. 117

'...É bom a gente ter um coração grande, onde entrem muitos amores.' p.125
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Paty 21/01/2014

Não queremos mais pedrinhas na janela; deixamos, em definitivo, a alegria entrar.
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Jan... 16/11/2020

Esse livro do Mario Benedetti é tão gostoso de ler. É uma mistura de ficção com elementos autobiográficos do autor. É uma viagem à Montevideu dos anos 30,40. A cidade é descrita com tanta paixão que dá vontade de viajar para lá e conhecer os bairros e ruas citados no romance.

Conta a história de Cláudio, desde a infância, adolescência e vida adulta.
Nesse ponto a Segunda Guerra Mundial e a explosão das bombas atômicas são um pano de fundo histórico que trazem diversas reflexões para a personagem.

São 48 capítulos curtinhos que fluem tão rápido numa linguagem poética e bonita: o protagonista e suas perdas, reflexões, memórias, paixões, amores.

"A única explicação é que o homem pode ser infinitamente cruel com seu semelhante. Pode ser cruel sem conhecer o próximo, sem ter-lhe visto o rosto nem sustentado seu olhar. Pode ser cruel por decisão soberana e autônoma. Como se esse próximo não fosse um espelho. Quando ele destrói o espelho, destrói a si mesmo. A decisão de lançar bombas é uma decisão assassina, mas também suicida. "
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@wesleisalgado 07/03/2021

Claudio Alberto Dionisio Fermín Nepomuceno Umberto (sem agá)
Que afago na alma esse livro foi. São as memórias do jovem Claudio (alter ego aqui o escritor) nos idos dos anos 20 e 30 no Uruguai. Os capítulo tem todos um tom muito leve e simplista, falando de amizades, perdas, luto, sexualidade, sonhos, até o encontro do amor e profissional.
Além do toque fabulesco adicionado pelo misticismo da marcação de 3:10h no relógio, quando grandes acontecimentos permearam a infância do nosso narrador em momentos distintos. E da incrível Juliska, croata exilada no Uruguai, braço direito da família.
No final, é como se fechássemos um álbum de família, e fica a vontade de poder passar mais tempo com os personagens ali retratados, e saber o destino final de cada um deles.
Ótimo!
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Fabio 26/11/2022

Mario Benedetti é bom demais!
Achei esse livro diferente. É notório que o autor foi mais livre nesse livro. Aqui, não temos a estrutura de romance comum, com uma história com clímax forte e bem delimitado como foi em A trégua, por exemplo. O foco narrativo é outro, mais leve, mais simples, talvez com a intenção de colocar para fora muitas das suas memórias, já que temos algumas histórias que aconteceram com o próprio autor.

Por outro lado, a linguagem é mais densa, mais erudita. Não se torna enfadonha ou problemática essa linguagem porque os capítulos são muito curtos.

No fim, temos a trajetória de Claudio da infância até a concretização e estabilização da vida adulta.

Achei muito interessante e é maravilhoso de ler. Apesar de não ter muitos plot twist para segurar ou entreter o leitor, a história é tão palpável que acaba por conseguir o mesmo efeito. Cláudio é tão real que é como se ouvíssemos a história de um parente ou amigo mais velho. Digo mais velho por causa dos marcos temporais que vemos no livro. Maravilhoso!

Não é melhor, mas chega ao mesmo patamar de A trégua.
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Giovana.rAdua 26/02/2022

A morte está dentro da vida
?Pois bem, como os que jogaram a bomba não eram alemães nem franceses nem russos, mas norte-americanos, os locutores passaram o dia comemorando o acontecimento e louvando os formidáveis avanços das técnicas bélicas das forças democráticas. Por outro lado, as centenas de milhares de vítimas não eram branquelas, mas amarelentas, de modo que também não era o caso de preocupar-se demais.
Para mim, aquilo parecia um horror. Eu não conseguia entender que as pessoas oscilassem tão irresponsavelmente entre a exaltação indignada e a exultação comemorativa. Prognosticavam que com isso a guerra se acabava, e o diziam tão jubilosamente quanto se até ontem tivéssemos sido nós os diariamente bombardeados. Não que eu alimentasse especial simpatia pelos japoneses, mas me parecia atroz que milhares de civis morressem calcinados. Com que rapidez os norte-americanos haviam aprendido dos nazistas o sistema dos fornos crematórios! De Auschwitz a Hiroshima, sem escalas.?

?E nós??, perguntei. Edmundo sorriu, desanimado. ?Nada. Não podemos fazer nada. Exceto manter a sensatez. O que já é muito.?
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Nina 07/03/2013

Uma história de diversos ângulos.
O livro descreve a história de vida de Claudio, começando com as memórias de sua infância e passando a fase adulta.
Ao chegar nesse segundo estágio os capítulos se confundem em primeira e terceira pessoa, quando o personagem conta a própria história e quando o personagem "se observa" transmitindo suas experiências em terceira pessoa.
O interessante do livro é uma mistura de mistério com mágica, que acontece com outra personagem, a Rita, se metáfora ou não, ela faz aparições pontuais, mas a todo momento você espera por uma nova surpresa. Ao ligar todos os pontos das "aparições" de Rita, e da presença do mesmo nome na vida de outros personagens, nos deixa pensando na possibilidade de uma metáfora bem elaborada e complexa, na qual, eu particularmente, consigo vislumbrar a personagem como sendo a personificação da própria morte em sim, os momentos nos quais ela aparece tem sempre uma relação ainda que tênue com o inevitável, além de todas as analogias que ela traz com horários, encontros e desencontros.
A borra do café é uma leitura fluída e intrigante, e quando infelizmente o livro acaba, você passa a sentir saudade de certos personagens que com características simples cativam o leitor.
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jota 08/10/2013

Memória e invenção
Uma simples menção ao uruguaio Mario Benedetti (1920-2009) inevitavelmente nos leva a pensar em sua obra-prima, o romance A Trégua. Se bem que Correio do Tempo, volume com diversas histórias curtas e até alguns poemas, é igualmente ótimo e sua leitura tão recomendável quanto aquela. Mas vamos ao que interessa, que é este A Borra do Café, recém-terminado de ler e que me lembrou vários momentos do também saboroso O Mundo, do espanhol Juan José Millás.

Em A Borra... tomamos não exatamente café, mas contato com a infância e juventude de Claudio, suas aventuras e desventuras ao longo dos anos iniciais de sua formação (este é também um romance de formação), narradas a maior parte do tempo pelo próprio Claudio, alter ego do autor. O livro ostenta tintas parcialmente autobiográficas, mas nem sempre vem escrito na primeira pessoa. Há um personagem desconhecido que volta e meia dá as caras (ou as letras, pensando melhor) em alguns capítulos.

O nome todo do narrador principal é Claudio Alberto Dionisio Fermín Nepomuceno Umberto Emilio. Mas o nome completo do autor é Mario Orlando Hardy Hamlet Brenno Benedetti Farrugia. São as memórias de Benedetti, sim, embora evidentemente reinventadas nesta revisitação do passado. E desse modo Rita, uma das mulheres na vida de Claudio, nem ele mesmo sabe se ela existiu de fato ou se foi uma criação de sua imaginação.

Eu ia falar também de outros personagens interessantes - o cego Mateo, Juliska, Norberto, Mariana, etc. -, mas acabou me tomando certa preguiça macunaímica e decidi então parar e copiar parte do que alguns resenhistas escreveram sobre o livro. E fazer assim uma espécie de colagem, sem muito critério; melhor, com apenas um critério: elogios ao autor, como acontece muito nas capas de livros, cheios de opiniões favoráveis de jornalistas de conhecidos veículos de comunicação. Para quem faz questão dessas opiniões (eu frequentemente faço), aqui vão duas:

“Benedetti nos conduz com humor e lirismo às suas aventuras e desventuras, tenham sido elas vividas ou inventadas.” – Martha Medeiros, escritora.

“Descobri, como Benedetti, que amores imensos nunca se vão de todo. Eles ficam na memória e nos moldam a vida, mas não nos impedem de vivê-la. Como os melhores livros.” – Ivan Martins, revista Época.

Mas vamos ver o que pensam nossos amigos aqui do Skoob:

Edu Trindade: “(...) mais importante que o enredo, aqui, é a construção da história, onde se mesclam a realidade, a fantasia e uma boa dose de saudosismo. Para quem gosta desta mistura, o livro é um primor.”

Lia: “[A borra do café] fala sobre amor, amizade, dor, alegria, família, cotidiano, enfim, pequenas memórias da vida em Montevidéu. Gosto muito da maneira como ele fala sobre sexualidade e amor, acho sutil e profundo. Um livro despretensioso e gostoso de ler.“

Deniferreira: “O mote da história são as mudanças que sua família [de Claudio] vai fazendo por diversas ruas e bairros da cidade, e a relação que o rapaz desenvolve com cada um desses lugares.”

Nanci: “Narrado com humor e adequada dose de poesia e ingenuidade, o autor nos guia pelas aventuras de Claudio: suas brincadeiras de menino nos quintais e nas ruas de sua vizinhança e nos fala sobre sua mania de desenhar, cuja habilidade juvenil se transformará em porta de acesso ao mundo profissional, marcando sua entrada no universo adulto; o autor não se aprofunda nesse período de sua vida. Aí a história se encerra: numa espécie de rito de passagem.”

Conclusão: todo mundo elogiando o livro de Benedetti, que o crítico José Geraldo Couto chamou de encantador. Então, o quê é que você está fazendo aqui ainda que não foi em busca deste livro? Melhor, de vários livros de Mario Benedetti? Deixe essa preguiça para os outros; deixe para os poetas e escritores as perguntas e as respostas para algumas questões fundamentais da vida: "Para onde vão as névoas, a borra do café, os calendários de outro tempo?" (Júlio Cortázar). Para onde?

Lido entre 25/09 e 08/10/2013.
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Isabel.Costa 22/12/2023

Não me capturou!
Esse livro tem resenhas muito elogiosas, mas eu realmente não fui capturada tanto por essa história quanto fui por A Trégua, do mesmo autor.
A borra do café é a mistura autobiográfica com ficção, e não é uma leitura ruim em si, talvez eu volte a ler em outro momento.
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Petrus 26/07/2015

O poeta Benedetti
Como prosa não chega a ter a força de "A Trégua", mas não há como não se emocionar com algumas páginas de extraordinário lirismo.
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skuser02844 28/05/2023

Uma delicinha
Este é um daqueles livros de conforto, tem boas pitadas de humor muito bem colocadas, pontinhas de drama... um livro curto, tem seu valor mas é despretensioso, uma delicinha!
Carlos é um menino comum, não tem nada demais nele, vive em uma casa bacana, da janela do seu quarto ele pode acessar um galho de árvore que o leva até o quintal do seu vizinho e melhor amigo, até que um dia ele precisa se mudar, meio triste em deixar pra trás tudo o que conhece está no seu quarto se lamentando quando uma menina que ele nunca viu na vida entra pela janela, ele acha estranho mas tudo fica bem quando ela se identifica como a prima de seu melhor amigo, essa visita estranha e inesperada vai transformar a vida de Carlos fazendo-o ficar em uma eterna espera, principalmente depois que o seu amigo diz não ter nenhuma prima.
Conforme Carlos vai crescendo ele reencontra, vez ou outra, essa personagem cativante e misteriosa. O autor usa episódios de sua própria infância e faz um livro com capítulos curtos e simpáticos, que faz com que o leitor se sinta abraçado pela história, cativado pelas personagens e aconchegado pelo livro. O título se refere a crença de ver o futuro das pessoas na borra do café, mas isso não é tão explorado no livro, serve mais para dizer que os acontecimentos, reações, encontros e desencontros da vida podem ser explicados pela forma como a pessoa viveu seu passado.
É um convite a nostalgia e reflexão, nos faz pensar em nossas próprias aventuras e descobertas na infância e no decorrer da vida, com uma narrativa lírica que nos conduz por nossas próprias memórias. Eu diria que ele é a mistura perfeita entre Sul da Froteira, Oeste do Sol, do Haruki Murakami e O Oceano no Fim do Caminho, do Neil Gaiman, mas com muita cor acrescentada, pois a melancolia aqui é muito menor do que nos dois livros que citei.
Uma agradabilíssima surpresa, um autor que já quero ir atrás de toda a obra.

site: https://hiattos.blogspot.com/2023/04/opiniao-borra-do-cafe-mario-benedetti.html
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Eduardo 09/04/2020

Da árvore e da menina
Há pouco menos que 5 minutos que terminei de ler A Borra do Café e eu não consigo absorver a enxurrada de sensações que, acumulando-se nesses dias de leitura, acabou de cair sobre mim. Naturalmente, melhor seria se eu esperasse mais um tempo para fazer essa resenha, mas é sob a êxtase que prefiro fazê-la, independentemente da opinião que terei sobre a obra daqui a dias ou semanas.
É uma ótima história. A casualidade da vida narrada é encantadora. Claudio não é uma pessoa excepcional, não sustenta uma grande trama ao longo de sua vida que é batizada por amores, perdas, descobertas. Da infância à idade adulta, a vida de Claudio consegue ser cativante e instigar uma leitura mais atenta, prendendo nossa atenção nas minúcias de seu dia-a-dia.
É um livro que presentearia a qualquer amigx com o coração cheio.
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