@vidaliterata 20/05/2023
O livro foi escrito em 1876 pelo autor norte-americano, Mark Twain, inspirado em sua própria infância.
A história se passa no vilarejo fictício de Saint Petersburg, localizado nos EUA. E o protagonista é Tom Sawyer, um garoto bem travesso e destemido, que adora se meter em encrencas, sendo esse o motivo de dor de cabeça para sua Tia Polly.
O vilarejo é um lugar tranquilo. No entanto, tudo muda quando Tom e um dos seus amigos, Huckleberry testemunham, sem querer, um assassinato no cemitério. Um homem inocente é preso no lugar do assassino e apenas eles sabem desse segredo. Essa trama, aliás, vai render bastante ao longo do livro.
É interessante que a narrativa é contada em terceira pessoa e os diálogos dos personagens têm uma variação linguística (ou seja, não seguem a norma-padrão) típica de pessoas que moram no interior brasileiro e/ou com baixa escolaridade. Tradução e adaptação excelente de José Roberto O?Shea.
Através de seus personagens carismáticos, Mark Twain retrata a inocência da infância, a amizade, as superstições, o fanatismo religioso, maus-tratos infantil e também a desigualdade social, por meio de Huckleberry, menino órfão e marginalizado.
No livro temos vários momentos divertidos e engraçados com os personagens, momentos tensos e de mistério. E de fato, tem muitas aventuras: Tom e os meninos fogem de casa e viram piratas numa ilha; forjam sua morte e descobrem um tesouro. Só para citar alguns exemplos.
Por se tratar de uma obra escrita no século XIX, é comum encontrar trechos problemáticos/ofensivos. Naquela época, a abolição da escravidão ainda não tinha ocorrido. Fora os temas sensíveis como assassinato e violência. Portanto, não é um livro apropriado para crianças pequenas.
Foi uma leitura agradável e gostosa, apesar de algumas vezes arrastada. Gostei bastante da experiência e fiquei curioso para ler a sequência dele, "As aventuras de Huckleberry Finn".