A cozinha açafrão

A cozinha açafrão Yasmin Crowther




Resenhas - A cozinha açafrão


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Lista de Livros 24/12/2013

Lista de Livros: A cozinha açafrão, de Yasmin Crowther
“– Por favor, não aja como ou como meu pai. Olhe para mim – Sara ergueu o rosto. – A raiva não tem volta. Um tapa não pode ser apagado. Algumas ofensas nunca são esquecidas. Instalam-se dentro de nós, não importa o quanto lamentemos e rezemos para que fosse diferente, até que algo terrível aconteça.”
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“Os costumes demoram a morrer, aqui como em outros lugares. Opiniões se formam por bons motivos e são difíceis de mudar, por mais que o tempo passe. São as fronteiras dentro das quais temos de viver.”
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caio.cidrini 27/01/2022

Uma grata surpresa
Esse livro me chegou de uma forma curiosa: ele foi uma indicação errada. Ao pedir a obra favorita de umas amigas , uma delas se confundiu com os títulos e falou "A cozinha açafrão". Eu ansioso do jeito que sou, encontrei ele por 13 reais na Estante Virtual e comprei antes que ela se desculpasse e viesse com o nome certo dez minutos depois.

Confesso que essa aleatoriedade fez com que ele furasse a fila de leitura, seria o primeiro livro indicado errado que leria na vida. A ambientação no Oriente Médio me desperta interesse, gosto de cinema iraniano, mas nunca havia lido nem os clássicos de Khaled Hosseini. Logo, foi também meu primeiro romance com um país islâmico como pano de fundo.

A autora é inglesa descendente de iranianos e tem esse único livro publicado. Nada contra autores de uma obra só, há gênios muito pouco prolíficos. No entanto, o texto e a estrutura do romance soam truncados em determinados momentos talvez por essa pouca prática de escrita narrativa e ficcional. Nada que prejudique o ritmo da leitura, pelo contrário, "A cozinha açafrão" é bem fácil e ágil de ser assimilado.

O livro tem o ponto de vista de duas mulheres, mãe e filha. A progenitora é uma iraniana imigrante que foi expulsa da terra natal por não se adequar as rígidas tradições e precisou viver em Londres. A tensão do exílio, de viver num local no qual você não se sente parte, é o cerne da obra. Claro que repleto de dramas, traumas e tudo que um êxodo forçado é capaz de causar. A filha, criada e nascida na Inglaterra tenta desvendar e entender os sentimentos da mãe.

Com descrições do passado da mãe, as lembranças da filha e uma viagem de volta, também temos uma visão das transformações que o Irã passou. Portanto, é um livro que entrega conflitos familiares, empoderamento feminino, imigração, costumes e contexto histórico.
casse 27/01/2022minha estante
qual o nome do livro da indicação certa? fiquei curiosa rs


caio.cidrini 27/01/2022minha estante
A cidade do sol! Do mesmo autor de O caçador de pipas




Sandra :-) 28/04/2011

Com uma escrita simples e direta, o livro é comovente e delicado.

Sim, é MAIS um livro sobre o Irã. Entretanto, dessa vez, a ênfase maior não é nos dramas das guerras e no regime do aiatolá, embora seja impossível passar totalmente ao largo desses assuntos numa história ambientada no Irã. Ele narra primordialmente os acontecimentos da vida pessoal de uma menina, depois mulher, e o que isso acarretará nos destinos das pessoas que a cercam.

Envolvi-me inteiramente com o drama pessoal dela e compreendi perfeitamente os seus conflitos.

Apesar de conter episódios bem dolorosos, para mim foi uma leitura fácil e repleta de emoções.
DIRCE 05/05/2011minha estante
Sandrinha,
Às vezes quando nos deixamos lever pelo título de um livro podemos nos dar mal. Quando vi o título desse livro, nem me passou pela cabeça a possibilidade de lê-lo. porém, sua resenha me despertou a vontade de ler esse livro e com certa urgência já que eu tenho um pe, ou melhor: os dois - lá nesses distantes mundos de meu Deus: além do Greenwich
Tenha uma feliz tarde.
bjs




DIRCE 22/06/2011

Um Livro de Receitas? Não deixa de ser.
Todas as vezes que me deparei com esse livro (" A Cozinha Açafrão"), pensei: deve ser um daqueles livros que fala sobre gastronomia, sobre receitas, e como não sou muito amante da cozinha, não me animava a lê-lo. Entretanto, movida pela resenha da Sandrinha, me dispus à leitura.
Não estava totalmente enganada. De certa forma, trata-se, sim, de um livro de receita – uma receita do que não devemos fazer com as nossas vidas.
Quando fiz a resenha do livro " De Volta a Estambul" eu disse ter chegado a conclusão que a definição do passado como um tempo que já passou e não volta mais, somente se aplica ao estudarmos tempo dos verbos, pois, na verdade, o passado sempre se faz presente em nossas vidas. É...de fato: o passado sempre nos acompanha; ele fica cravado em nossa memória como uma tatuagem num corpo. A relutância em nos livrarmos do apego às lembranças felizes, e também das cicatrizes que esse passado nos deixa quando ele ainda é o presente sempre fala mais alto e, muitas vezes, deixamos nos escravizar por esse passado sem que percebamos que é chegada a hora de virar a página.
Maryam, a protagonista do romance, não fugiu à regra. Filha de um general do exercito iraniano ( conservador ao extremo), Maryam sonhava com a liberdade, entretanto, quando a intolerância e o despotismo a induziram buscar exílio na Inglaterra , ela não soube fazer uso dessa tão almejada liberdade. Seu exílio não foi apenas geográfico, pois ela também se exilou no tempo: no seu passado. Foi escrava desse passado, não se permitiu se libertar das suas amarras e, com isso, deixou de viver o que o seu presente lhe oferecia: a dedicação e o grande amor de sua filha Sara e de seu marido Edward.
Estou em conflito: não sei se darei 3 ou 4 estrelas. A sensibilidade é uma marca gritante na narrativa. Desfilam personagens adoráveis como o pequeno Saeed, como Fátima, como Sara e Edward, como Ali e, até, a triste e resignada Farnoosh, porém, achei que o enredo em si ficou aquém dos demais livro que li, cujo cenário, era o Irã.
Lá vão: 4 estrelinhas-a receita foi valiosa, ainda mais se associada ao fragmento que deparei no mural da Sandrinha:
"E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando sermos donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre."
Miguel Sousa Tavares em "Não te deixarei morrer, David Crockett"

PS.: O meu comentário acerca do livro é absurdamente subjetivo.
Sandra :-) 23/06/2011minha estante
Fez muito bem em dar 4 estrelinhas...rsrs
Mesmo vc não "comprando" o sofrimento da Maryam, o livro como um todo tem uma narrativa muito boa e que nos absorve. Quanto a esse fragmanto de texto do meu mural, concordo absurdamente com ele. Beijoca!




Zana 27/05/2012

A Cozinha Açafrão é uma história ambientada em dois países Irã e Inglaterra, com enfoque voltado as tradições iranianas, sobretudo a cultura referente às mulheres. Através da personagem de Maryam Mazar é possível perceber a forma como a violência rotineira a mulher ainda é consentida no Irã, sob os chamados “crimes de honra” (supostas ofensas sexuais e matrimoniais), que permitem castigos, geralmente pelos próprios parentes, alegando que a “ofensa” trouxe “desonra” a família.

Maryam Mazar é filha de um conservador general do exercito iraniano, que sonha com a liberdade, mas acaba esbarrando na intolerância e despotismo das tradições iranianas, termina renegada e expulsa do país. Maryam cumpre seu exílio, refaz sua vida na Inglaterra, casa-se e tem uma filha. Contudo, escravizada as suas raízes, traumas e lembranças do passado não se permite uma integração plena ao seu novo país e a sua nova vida. Como menciona a “orelha” do livro A Cozinha Açafrão consiste uma “parábola sobre o exílio, sobre o que fica para traz, mas nunca nos abandona totalmente”.

Yasmin Crowther utiliza uma linguagem sensível e agradável, porém o enredo em si desenvolve-se aquém das expectativas. Do meu ponto de vista, faltou veracidade ao argumento. O sofrimento e trauma da protagonista Maryam Mazar não se revelaram tão convincente no contexto geral da história. É um livro apenas regular.
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Nil 18/04/2010

Boa leitura!
A cozinha açafrão nos mostra uma cultura diversa da nossa, onde as mulheres tem poucas opções e o preconceito é muito forte.
Mas, também fala sobre um amor que resiste a tudo, à distância, ao tempo, ao preconceito dos outros. Uma linda história!
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Elis 28/11/2010

A vida jamais foi totalmente fácil, creio que os dias de hoje tem seus prós e contras como tinha antigamente.
Essa história se passa em parte no Irã, em parte na Inglaterra e nos mostra como um líder político e poderoso pode ser cruel com sua própria filha, que era apenas uma adolescente que queria mais da vida.
O que Maryam nossa personagem não sabia é que pagaria um alto preço por sua liberdade, que a maltrataria por décadas, e por isso teria que voltar a sua terra natal para encontrar a paz.
Sara filha de Maryam vai atrás da mãe no Irã após uma triste trajédia ter acontecido. E para poder entender o que a distanciava tanto de sua vida atual e de seu pai.

Uma leitura emocionante onde o presente tem que fazer as pazes com o passado para poder seguir em frente.

Recomendo...Nota 10!!!!

Beijokas elis!!!!!!!!
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Daniela742 20/02/2010

Adorei!
Cativante. Envolvente. Ficamos diante da necessidade da liberdade e a dor do exílio. A autora tece uma teia entre o passado e o presente, na história de Maryam Mazar e sua luta para ser ela mesma, rompendo barreiras num país onde, o que fala mais alto são as tradições. Num cenário onde mãe e filha conseguem finalmente se encontrar. Com delicadeza e emoção aprendemos que, como diz na "orelha" do livro, certas coisas ficam pra trás, mas nunca nos abandona totalmente.
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babisenberg 09/07/2023

Envolvente
A estoria de uma mulher que saiu expulsa do Irã pelo seu pai. E quando a filha dela tem um acidente anos mais tarde ela volta pea terra natal afim de fazer as pazes com seu passado. Gostei da escrita leve e fácil de ler e dos questionamentos que a narrativa trouxe. Um ótimo livro!
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