Medo Líquido

Medo Líquido Zygmunt Bauman




Resenhas - Medo Líquido


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Litchas 05/09/2020

Muito bem escrito
A análise de Bauman é extensa, porém as conclusões e perpectivas são desanimadoras.
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Afranio.Cunha 09/08/2020

Medo Líquido
Ler Zygmunt Bauman é um privilégio, seu livro #Medo Líquido# explora vários nuances do medo, com leveza, erudição e ancorados em elementos filosóficos e situações do cotidiano que eu particularmente pensava que passaria desapercebido a ele. Não Zygmunt percorre vários autores como Marx, Adorno, Derrida, Gramsci, dentre outros para nos trazer uma mensagem de esperança. É disso que enfim o livro aborda, que devemos abraçar nossa autonomia e tentar viver em busca da nossa afirmação como seres humanos livres. Um livro simplesmente necessário e para reler várias vezes, pois ele é composto de várias camadas que se vai descobrindo aos poucos.
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Leila.Cavalcante 08/04/2020

Parece que a cada livro de Bauman eu me decepciono um pouco. Nesse livro, ele aborda os medos na sociedade liquido-moderna, o que eu acho que ele poderia simplesmente ter incluído no livro Modernidade líquida, mas enfim. Como sempre, e é algo que eu considero até positivo nos livros dele, é que ele traz uma discussão sociológica numa linguagem mais acessível. Ele discute um pouco as origens do medo, por que a temos medo, o que fazemos para nos sentir seguros; medo da morte, do desemprego, das insegurança, medo como justificativa para determinados comportamentos, enfim. É uma boa leitura, pra quem, como eu, ainda está começando a se aventurar na sociologia.
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Aninha 31/12/2017

"Medo é outro nome que damos à nossa indefesabilidade" (pág. 125)
"O medo é mais assustador quando difuso, disperso, indistinto, desvinculado, desancorado, flutuante, sem endereço nem motivo claros. (...)
'Medo' é o nome que damos a nossa incerteza: nossa ignorância de ameaça e do que deve ser feito - do que pode e do que não pode - para fazê-la parar ou enfrentá-la, se cessá-la estiver além do nosso alcance." (página 8)

Li Bauman há cerca de 8 meses (Amor líquido) e logo de cara vi que aquele não seria o único livro dele que leria pois, de uma forma lúcida, ele consegue fazer um retrato de nossa sociedade pós-moderna, sem rodeios, nem enrolação.

Nessa obra, o tema é o medo que permeia nossa vida diária, apesar de toda suposta segurança que usufruímos nesse século. O livro foi lançado em 2006 e o autor aproveitou para discorrer de temas recentes (o desastre do Katrina em 2005, o ataque das torres gêmeas em 2001 e outros eventos terroristas da época) para mostrar como estamos cercados pelo medo e pela ansiedade.

"As oportunidades de ter medo estão entre as poucas coisas que não se encontram em falta nessa nossa época, altamente carente em matéria de certeza, segurança e proteção." (pág. 31)

A morte, então, apesar de ser uma certeza na vida da humanidade, torna-se algo que nos assombra diariamente pois pode vir de onde menos se espera. E mesmo que se espere, não há muito o que fazer para evitar. Quais foram as maiores vítimas do Katrina: pobres x ricos, brancos x negros?
Além dos eventos "naturais", a morte surge quando se mata em nome de uma ideologia, de uma religião, de um líder. Vimos que na 2a Guerra Mundial muitos mataram porque a ordem veio de um superior/chefe/líder:

"Com a ajuda de seus cultos advogados, Eichmann tentou convencer o tribunal de que, já que seu único motivo era o trabalho bem-feito (ou seja, capaz de satisfazer seus superiores), este não se relacionava com a natureza e o destino dos objetos de suas ações. (...) deixaram implícito que a morte de aproximadamente seis milhões de seres humanos foi apenas um efeito colateral." (pág 81)

Mas como enxergamos a morte, no âmbito pessoal, quando atinge alguém muito próximo?

"Cada morte é a perda de um mundo - uma perda definitiva, irreversível e irreparável. " (pág. 60)

E ele cita Freud: "Colapso total quando a morte atinge alguém a quem amamos (...) Nossas esperanças, desejos e prazeres jazem na tumba com ele, não nos consolaremos, nem preencheremos o lugar daquele que perdemos." (pág. 61)

Então, num mundo assim, seria de se esperar que as pessoa se unissem em compaixão, certo? Mas na prática não é bem isso que acontece...

"Na sociedade líquido-moderna dos consumidores, cada membro individual é instruído, treinado e preparado para buscar a felicidade individual por meios e esforços individuais. O que mais possa significar a felicidade, ela sempre quis dizer ser livre das inconveniências." (pág. 68)

"Exortados, instados e pressionados diariamente a perseguirem seus próprios interesses e satisfações, e a só se preocuparem com os interesses e satisfações dos outros na medida em que afetem os seus, os indivíduos modernos acreditam que os outros à sua volta são guiados por motivos igualmente egoístas - e portanto não podem esperar deles uma compaixão e uma solidariedade mais desinteressadas do que eles próprios são aconselhados, treinados e dispostos a oferecer." (pág. 172)

O autor exagerou? Infelizmente acho que não...
Vivemos num mundo corrompido, doente e decadente e, se não tivermos fé em Deus (mesmo que seja do tamanho de um grão de mostarda), dificilmente teremos serenidade e paz para vivermos os dias que nos restam debaixo do sol.

Boa leitura!

site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2017/12/medo-liquido.html
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Wesllhey Holanda 24/10/2017

Medo Líquido - Zygmunt Bauman
Medo Líquido, uma obra prima de Bauman, trazendo à tona não só os medos inerentes a sociedade e sua influência direta às estruturas psíquicas e comportamentais, mas também os estratagemas que são desenvolvidos para saná-los.

Elucida como o Estado, Mercado, Marketing e etc, obtêm benefícios de uma sociedade ansiosa e desesperada na busca de aparelhos para minimizar, apaziguar ou até mesmo excluir a existência do medo.

E por fim, demonstra a ineficiência das medidas tomadas na ávida tentativa de remediar tais medos, mediante (ao que o autor denomina) à má globalização.
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Manu Menezes 24/10/2017minha estante
Caro Wesllhey, você conseguiu de uma forma maestral resumir em poucas linhas essa obra magnífica. Obrigada por expor sua opinião.




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