Resenhas - A Fúria dos Reis

Aniram 02/02/2012

A branda fúria.
"A Fúria dos Reis" em pouco se diferencia de "A Guerra dos Tronos" em termos de época e sequência dos fatos, parecendo, assim, que ambos formam um único grande livro - o que pode influenciar bem ou mal no fluxo da leitura.

O 2º volume d'As Crônicas de Gelo e Fogo é um pouco mais lento e monótono em relação ao anterior. Há uma certa demora para entrar "no ritmo", mas eventualmente chega lá, surpreendendo quando mostra ter levado um pontapé impulsionador que o levará ao desfecho da trama.

A maior surpresa, contudo, se faz presente na relação de novos personagens interessantíssimos como Davos e no destaque merecido que outros, como Tyrion, parecem receber. Por isso, aplaudo de pé à capacidade de George R. R. Martin de construir um universo fantástico tão repleto de ótimas caracterizações como essas.

Rumo ao "A Tormenta das Espadas".

Carolina 30/06/2011

Maravilhoso
Embora não seja tão bom como A Guerra dos Tronos, A Fúria dos Reis me divertiu tanto quanto, apesar de ter um pouco mais de enrolação.

Neste segundo volume de As Crônicas de Gelo e Fogo houve a introdução de alguns novos personagens que fizeram um bom acréscimo à história, como Jojen, Meera, Davos. Teve um grande aprofundamento nas personalidades de outras personagens, como Theon Greyjoy que teve seus próprios capítulos, e Sandor "Cão de Caça" Clegane, que a princípio aparentava ser um monstro sem escrúpulos e no entanto se mostrou bastante diferente, passando a ser considerado por mim a personagem mais intrigante e, de certo modo, mais apaixonante da história.

É impossível não se apiedar de Sansa neste volume. Ela se redimiu por todos os atos tolos que cometeu enquanto estava encantada por Joffrey e este se tornou a típica personagem que todos amam odiar. Não dá nem pra desejar a morte do infeliz, porque isso seria misericórdia demais pra ele.

O aumento do teor místico foi notável nesse livro, com a ligação entre os lobos gigantes e os Starks, os acontecimentos para lá da Muralha, a mulher Vermelha do Stannis, e as bizarrices que rondam Daenerys já que ela foi responsável pelo retorno da magia. Tenho que dizer que a Filha da Tormenta era uma das minhas personagens favoritas, mas achei seus capítulos meio monótonos nessa sequência.

Tyrion foi sem dúvidas a personagem que mais se destacou. Acho o Duende interessante desde o início, mas ele conseguiu se superar dessa vez. Seus capítulos foram ótimos e seus diálogos e jogos de poder tornaram a trama muito mais inteligente. Arya - minha sempre favorita - também teve relevante destaque. Sempre rodeada de muita ação e adrenalina.

Apesar do primeiro volume da Saga ser entitulado de A Guerra dos Tronos, a verdadeira guerra é mostrada em A Fúria dos Reis, e por isso ele é bem mais violento. Não estou criticando, porque afinal de contas, nas guerras reais o cenário não é muito diferente da barbárie apresentada nestas páginas, mas já aviso aos leitores mais sensíveis que podem achar meio pesado.

Para encerrar, o livro terminou de forma instigante, tornando impossível minha espera pelo lançamento do próximo volume no Brasil, por isso já estou com A Storm of Swords em mãos.

NatyLia 02/08/2022

Como pode ser tão bom??? A cada página, a cada capítulo você só quer mais e mais e assim que chega no final ainda não fica satisfeito. Essa saga, até o momento, faz jus total a fama que tem.

Rayane.Bahiense 18/07/2022

Uhhhh
Gostei mais que o primeiro livro, ler a guerra no final do outro me causou muito sofrimento HAHAHA

Aqui no segundo eu desenvolvi melhor a leitura, então acabei curtindo mais

Lauraa Machado 18/01/2022

Não tão bom quanto o primeiro
O primeiro livro dessa série me surpreendeu demais. Talvez porque me falavam que era uma leitura difícil e acabou sendo bem divertida, ou talvez só porque eu esperava ficar mais impressionada e incomodada com as mortes e os abusos. Mas quando fui ler esse segundo livro, estava esperando amar como amei o primeiro! Não chegou muito perto, infelizmente. Ainda é um livro muito bom e não cheguei a achar que estava enrolado nem nada assim, mas a história é bem mais parada e tem algumas coisas que me incomodaram.

A primeira coisa que não funcionou para mim foram as várias descrições e menções sobre estupro! Nenhuma veio como algo bom, de personagens bacanas, claro. Ninguém vai achar que o Mountain é um exemplo de pessoa, certo? Mas também não precisava descrever as cenas, sabe? Desnecessário e, se era algo para chocar, não funcionou também.

Mas acho que o fraco do livro é parecer ser uma conexão entre o anterior e as próximas coisas relevantes que vão acontecer. A história da Dany, por exemplo, parecia estar em uma espera gigante, bem enrolada. Jon também demorou para ter algo interessante acontecendo com ele. Enquanto isso, as guerras no resto do continente foram só teóricas por quase o livro todo e, no final, a parte que era mais intrigante, para mim pelo menos, ainda foi deixada para depois!

A série continua muito boa, eu gosto demais da história e o Tyrion segue sendo meu personagem favorito, mas este não é um livro tão emocionante e intrigante quanto o primeiro! Ele perdeu a novidade que o anterior tinha e não conseguiu criar uma própria. Mas eu continuo bem animada para ler os próximos!

Queiroz 22/06/2021

Finalmente tive uma visão mais aprofundada da personagem que é minha favorita na série e também da casa a qual ela pertence (que também é minha favorita).

Continuo odiando Jon Snow e sua síndrome de heroísmo.

Mateus295 31/03/2017

M-A-Ç-A-N-T-E
Maçante. Demorei quatro meses para terminar de ler, então daí vocês já tiram que o livro não me prendeu de jeito nenhum. Mas isso não quer dizer que vocês não se prendam a ele, acho que vai de opinião para opinião. O livro é bem grandinho, assim como os demais da saga, mas o primeiro fluiu muito melhor que esse segundo. Vou tentar dizer para vocês porque ele não me desceu e, para quem leu, dizerem se concordam comigo ou se não tem nada a ver e eu simplesmente já tinha desistido do livro em certo ponto e só terminei de ler por obrigação – que é bem provável.

Algo que me maravilhava no primeiro livro era a riqueza de detalhes e descrições que a narrativa continha, e nesse segundo isso não foi deixado de lado. Chega a ser caótico o tanto de nomes, famílias e títulos que são ditos na trama, inclusive ignorei a maioria por achar desnecessário me preocupar com isso. A narrativa já é densa o suficiente e esses detalhes, apesar de enriquecer a narrativa e dar uma “veracidade” maior, acabaram me cansando no meio da leitura a ponto de eu simplesmente pular alguns parágrafos.

Acredito que o primeiro livro me pegou mais que esse porque naquele tudo era novo, tinha um ar de estar descobrindo aquele mundo e como ele funcionava, nesse eu esperava uma progressão disso, ou seja, algo bem mais além. E não foi isso que eu li. Acho que esse é um livro de transição, onde nada acontece mas dá indícios que sim. Há muita estratégia sendo desenvolvida, muito avanços nas frentes que querem reivindicar o trono de ferro, o ponto de vista de alguns personagens novos, o que pode ser visto como algo bom, claro. Mas acho que isso tomou muito espaço do livro, fazendo tudo ser muito linear.

Entretanto nesse livro teve algo muito interessante que não foi tão bem desenvolvido no primeiro, a não ser por uma das melhores personagens da saga, Arya Stark, que é o empoderamento feminino. Tivemos destaques da Daenerys agora guiando seus dothraki sozinha e tomando decisões importantes, Sansa finalmente caindo em si e desconstruindo a sua visão do papel feminino e seus deveres, a aparição de Brienne que é uma das figuras femininas mais fortes da narrativa e, é claro, Arya e Cersei, que desde o primeiro livro já mostravam para o que vieram.

Mas os capítulos do Tyrion também tiveram grande destaque na narrativa, mostrando que, apesar de ser subestimado pela maioria dos personagens pela sua aparência, mostrou-se um dos mais inteligentes em suas estratégias de salvar sua pele e a manutenção da casa Lannister no poder. Tyrion eu te aclamo!

Enfim, “A fúria dos reis” é um livro sem muita ação, e os eventuais momentos de ação foram pouco explorados. O que chama atenção na trama foram os destaques femininos e a inteligência de Tyrion. Além de, quem está acompanhando Game of Thrones, a teoria que se desenrola no final da sexta temporada começa a tomar forma nesse livro. Então é o seguinte, ele tem alguns momentos bons e muitos outros maçantes. Como eu disse, um livro de transição. Acredito que o terceiro – A Tormenta das Espadas – seja melhor e com uma trama mais acelerada, apesar de ser ENORME. Entretanto, depois de 4 meses tentando ler esse livro, agora vou dar um tempinho na saga para ler algumas coisas menos densas e mais tranquilas, né?

Acaui 10/09/2022

Uma excelente continuação!!!
Embora não seja tão bom quanto o primeiro livro, a sequência traz a nós um melhor desenvolvimento de personagens, mundo, conflitos e etc.
Temos uma visão melhor das casas, da guerra, do motivo de tudo isso, e o pensamento de cada personagens (mesmo alguns não sendo tão bem explorados quanto outros).
Recomendo demais!!!

Marcos774 03/07/2022

Perfeito!
Eu não havia assistido a série, então, as surpresas foram fantásticas. Livro 5 estrelas e favoritado. Valeu muito a pena essa leitura. Recomendadíssimo.

Flavinha 21/06/2011

Fúria dos Reis - www.chatadoslivros.blogspot.com
A morte do Rei Robert e a ascensão de Joffrey com tão pouca idade desencadeou pelos Sete Reinos a cobiça de grandes senhores pelo trono de ferro.

Vamos falar sobre alguns deles?

O primeiro deles foi Renly, irmão mais novo do falecido Rei Robert, que reivindicou o trono antes mesmo de seu irmão Stannis, que seria o próximo na linhagem de Robert se ele não tivesse tido filhos, causando uma grande disputa entre família.

O segundo foi Stannis, também irmão de Robert, que quer a todo custo o trono de ferro porque além de ter certeza que Joffrey não é filho de seu irmão, ele se acha injustiçado pelas atitudes do falecido Rei, que deveria ter tido mais apreço por ele.

O terceiro é Rei Robb, proclamado Rei do Norte por seus cavaleiros após ganhar várias batalhas contra Tywin Lannister, pai da rainha Cersei. Mas este rei não visa o trono de ferro como os outros, ele quer vingança pela morte de seu pai e seu maior objetivo é trazer as irmãs, que são mantidas como refém pelo Lannisters, de volta para Winterfell.

O quarto é Balon Greyjoy, pai de Theon que quer vingar as humilhações sofridas no passado pela família Stark e recuperar a sua coroa.

Esses reis entram em guerra entre eles e também contra os Lannisters. O livro é repleto de batalhas sanguinárias que são descritas nos mínimos detalhes. Cada ferimento, cada golpe, cada avanço é narrado por George com maestria, nos fazendo sentir que estamos participando, juntamente com os personagens, desta guerra sangrenta e cruel.

Mas este volume não é feito só de batalhas. As conspirações e intrigas continuam muito presentes, especialmente na vida de Tyrion, que ocupa o cargo de Mão do Rei enquanto seu pai Lorde Tywin está em guerra contra os Stark. Mais uma vez esse personagem se destaca entre os demais. Sei que ele é um Lannister e que a maldade faz parte da natureza dele, mas não consigo deixar de pensar em como ele faz bom uso da inteligência para manipular as pessoas ao seu redor e conseguir atingir seus objetivos. É um monstrinho brilhante!

Daenerys ficou um pouco apagadinha neste volume. Vemos sua busca seguindo o cometa por lugares desconhecidos. Sentimos sua evolução como mulher e sua obstinação para retomar seu reino. Presenciamos a profecia vista por ela e compartilhamos de seu medo pelo desconhecido, mas ainda sim, acho que faltou um tcham. Talvez esse tcham esteja guardado para o próximo volume, quando os dragões estiverem maiores e forem capazes de provocar um grande estrago.

Sansa, apesar de ter aprendido muito sobre a vida, continua a menina ingênua que sempre foi, e obedece como um carneirinho a rainha com medo que lhe aconteça alguma coisa. Fico me perguntando se essa menina não possui nada da coragem dos Stark. Enquanto vemos Robb lutando em batalha, Arya no meio do inimigo, confabulando pra derrotar seus algozes e Bram e Rickon lutando por suas vidas, Sansa continua medrosa, esperando que alguém a salve. Quando será que vai acontecer alguma coisa realmente forte pra trazer essa moça pra realidade? Será que a força dela estava em Lady e quando a loba morreu levou toda a sua determinação com ela?

Jon Snow também ficou meio apagado neste livro, mas fiquei muito curiosa pelo que está por vir com ele no meio dos selvagens. Ele passou por uma grande prova ao ter que matar um dos seus irmãos de negro para cumprir as ordens que lhe foram dadas, isso requer muito foco e dedicação por um objetivo que poderá ser muito importante pro desenrolar da história.

Achei o máximo que Bram finalmente se descobriu um warg. O modo como ele se sente livre quando está com Verão me faz torcer pra que ele encontre seu verdadeiro lugar entre os Stark. Rickon está menos bravo e vemos o quanto ele está evoluindo junto com Bram. Mas ele ainda é uma surpresa porque ainda não ganhou um papel de muito destaque na saga, provavelmente porque ele é ainda muito novinho e ainda terá muito a aprender a respeito daqueles que o cercam.

Arya está corajosa e obstinada como no primeiro livro. Meu personagem preferido neste volume juntamente com Tyrion. Essa realmente tem o sangue dos lobos, sua coragem mostra bem isso. É também muito inteligente e descobre a duras penas que é bom ter os amigos por perto, mas se deve manter os inimigos mais perto ainda.

Me envolvi tanto na narração deste livro, que perdi a noção de tempo e espaço várias vezes enquanto lia. Mas acho que é assim mesmo que deve ser uma boa leitura, ela deve ter fazer viajar na história a ponto de você se sentir parte dela.

Neste volume tivemos romances, guerras, grandes descobertas, traições e um toque de sobrenatural, que fez dele literalmente, uma grande obra com 656 páginas. Mas não se assustem pelo tamanho do livro, porque a leitura te prende tanto que quando você menos espera, o livro acaba, e você se pega numa curiosidade daquelas, querendo saber logo a continuação.

Leitura que vale a pena!

www.chatadoslivros.blogspot.com

Isabela 02/11/2021

Que peso
Que livro pesado... estou ouvindo os audiobooks e mesmo assim. A sensação é de que o livro tinha 2mil páginas. E eu não tô reclamando, é só uma observação.
Que história complexa e extremamente preenchida...e notei, agora no segunda, que tem alguns elementos diferentes da série e principalmente ordem de alguns eventos (o que deixou me deixou doidinha). Vou dar um tempo antes de começar o terceiro (pq sei que ja começa só na desgraceira toda).
Mas agora vamos aos elogios... é tudo muito bem emaranhado, impressionante a capacidade do George. Muitos outros personagens são inseridos, as coisas vão ficando mais sérias e violentas e mesmo assim vc ainda consegue rir em vários momentos.
Maravilhoso!

Maria Fernanda 25/04/2016

George Fucking Martin!
Esse livro serviu para confirmar algo que penso desde que li A Guerra dos Tronos: George R. R. Martin é desgraçado da cabeça. O cara é um monstro! (No bom sentido, claro.) Eu não consigo nem começar a compreender como pode ser possível uma pessoa criar um universo do porte de As Crônicas de Gelo e Fogo, com tantos detalhes, cenários, personagens (é nome que não acaba mais), pontos de vista... Minha cabeça daria um nó.

Eu iniciei A Fúria dos Reis achando que aconteceria o mesmo de quando li o primeiro livro, e a leitura nada seria além de uma transcrição do que já vi na tv, porque A Guerra dos Tronos foi fielmente adaptado. Ledo engano. Nesse segundo livro várias mudanças já começam a saltar aos olhos do leitor, o que faz com que o enredo acabe sendo novidade mesmo para quem acompanha a série da HBO. Confesso que, embora feliz por encontrar uma leitura não tão previsível, fiquei chateada pelo tanto que a adaptação pecou contra a escrita do Martin. E já estou até com medo de acabar ficando com raiva de Game of Thrones por causa disso.

A Fúria dos Reis se aprofunda em vários núcleos que se desenrolam tanto dentro como fora de Westeros, com diversos pontos de vistas que possibilitam ao leitor uma visão panorâmica de (quase) tudo o que está acontecendo. Três pontos em especial chamaram a minha atenção: a interação de Bran com Jojen e Meera, e seus "sonhos verdes"; as visões que Daenerys tem na Casa dos Imortais; e os "sonhos de lobo" de Jon Snow. É impressionante como agora tudo faz mil vezes mais sentido para mim, principalmente porque Martin não poupa descrições, nem explicações. Não dá para explicar a sensação que a sua escrita passa, é coisa de louco.

E eu gostaria de fazer uma observação: vi algumas pessoas aqui no Skoob chamando o Martin de psicopata por causa das idades dos personagens e tal... (Por exemplo, Daenerys tinha 13 anos quando foi vendida a Khal Drogo.) Gente! O enredo se passa no que corresponde basicamente ao Período Feudal que a Europa viveu! Se vocês pesquisarem, vão ver que a vida era uma bosta mesmo naquela época. Não existia a noção de que criança é um ser inocente e blá, blá, blá. Era pei e pow, xau e bença. Se você ficou escandalizado, é muito simples: pare de ler. Falo mesmo.

site: http://instagram.com/_bookhunter

Yas 09/07/2016

"FANZOCA" DE RRMARTIN
O livro é bom para aqueles que assistem ou não a série.
Aos que assistem a série antes vocês vão se surpreender com a quantidade de politicas que ficaram subentendidas ou foram ignoradas pela série.
Aos que não assistem a série... Bom, preparem seus corações, sempre!! Traições inimagináveis e novos personagens com POV então a perspectiva da narrativa aumenta e se há muito mais para beber dos personagens complexos e comoventes.
Virou filhinho na estante - não troco, não dou, não empresto!! hahaha. Muito bom, recomendo para TODO MUNDO (exceto para os menores de 12 anos, acredito)

Luc4xc 20/04/2021

A escrita do George R R Martin continua muito fluída e que consegue envolver o leitor. Neste volume muitas questões foram resolvidas, porém ao meu ver apenas foram as sementes que foram plantadas para o que irá acontecer nos próximos livros, enfim, estou ansioso para começar a leitura de A Tormenta de Espadas!

Goth0 09/01/2012

Depois de muitas horas de leitura consegui derrubar esse colosso que é o segundo volume das crônicas de gelo e fogo. Nesse segundo livro a trama se arrasta numa infindável guerra entre quarto autoproclamados reis: Robb Stark, o rei no norte; Renly Baratheon, o rei em Jardim de Cima; Stannis Baratheon, o rei “legitimo” e finalmente Joffrey “Baratheon”, o rei filhinho da mamãe. E como se a situação já não estivesse complicada, temos a interferência da casa Greyjoy e do bastardo do Bolton.

Em primeiro lugar eu gostaria de escrever a coisa que mais me surpreendeu em todo o livro, um personagem conseguiu rivalizar com Joffrey para ser proclamado (dessa vez com todo direito) de o personagem mais idiota da série! E essa pessoa não poderia ser ninguém além de Theon Greyjoy! Cego por sua ganancia pelo poder e reconhecimento, Greyjoy toma Winterfell somente para impressionar seu pai e ao fazer isso provoca a morte de quase todas as pessoas que cuidaram dele desde pequeno, honraria que lhe foi concedida por Lorde Eddard Stark que acolheu o refém como se fosse um dos seus filhos. Boa Greyjoy! Não vou nem comentar sobre a cena em que ele usa a filha pequena de Sor Rodrick como refém.

Voltando a programação normal da resenha, George Martin continua com sua forma única de narrar os capítulos, fazendo com que tenhamos uma visão do que se passa em cada canto dos sete reinos, e além deles. Mas também nos obrigando a ficar presos com aquele personagem que você não gosta, tornando algumas partes do livro extremamente maçantes. E se pararmos para analisar, os arcos demoram muito de desenvolver, de um modo geral o arco de Daenerys foi deixado de lado depois da morte de Khal Drogo. Esperei ouvir mais noticias do norte além da muralha, mas tudo que nós foi dado foi um vislumbre do exercito de Mance e um breve contato com o dito povo livre. Fiquei um pouco decepcionado não vou mentir.

Dos personagens que me divertiram coloco em primeiro lugar Tyrion Lannister, como sempre o anão consegue arrancar risadas de mim com a maior facilidade e me impressionando com sua bravura, tornando-se de longe o meu personagem favorito. Em segundo lugar ficou Arya, Arry, Doninha, Nan, ou como você prefiri chama-la, Arya possui o espirito dos Starks e demonstrou muita coragem para alguém tão nova. Claro que todos personagens tiveram seus momentos, mudei de ideia em relação a Sansa, ela finalmente resolveu acordar para o que estava acontecendo ao seu redor. Davos e Jaqen H’ghar foram boas adições também!

Na minha resenha do primeiro volume eu disse que ficou a desejar cenas onde as batalhas fossem o foco, mas Porto real foi o palco de uma bela batalha e não tive o que reclamar, George Martin provou-se capaz de narrar uma boa briga e subiu muito no meu conceito.

“Não, chega de campos de batalha para mim, muito obrigado. Sento-me melhor numa cadeira do que num cavalo, e gosto mais de segurar uma taça de vinho do que um machado de batalha. Toda aquela conversa a respeito do rufar dos tambores, da luz do sol brilhando nas armaduras, de magníficos corcéis de batalha resfolegando e empinando? Pois bem, os tambores me dão dor de cabeça, a luz do sol brilhando na minha armadura me cozinha como se fosse um ganso no dia da colheita, e esses magníficos corcéis cagam por todo lado. Não que esteja me queixando. Comparado com a hospitalidade de que desfrutei no Vale do Arryn, tambores, cocô de cavalo e picadas de moscas são minhas coisas favoritas.”
- Tyrion Lannister