Dd/Ju
23/05/2024E o livro não foi bom nãoA passagem mais legal fica fora da história no 2° prefácio em que o autor diz que "o que me interessa mesmo é dar para mim o destino que as minhas possibilidades me davam. E que tenho sido útil: as preocupações, as tentativas, as amizades e até as repulsas (dinâmicas?) que tenho despertado provam bem. Principalmente disso vem o orgulho tamanho que possuo e me impede completamente qualquer manifestação de vaidade. Eu não me contentei em desejar a felicidade, me fiz feliz." (p. 225).
Sobre Macunaíma ele devia ser chamado "o herói sem nenhum fã" ou entediante e por aí vai. Eu sei bem que tem todo um significado por trás (estudando de Letras resenhando isso aqui), mas tirando fora toda a significância das lendas indígenas que compõem o livro e a sátira que a gente enxerga por trás dele o que resta? Aqui temos uma obra genial disfarçada de ruim, e creio que foi proposital. Me desculpem grandes críticos, mas eu não gostei. Genial o Mário de Andrade, mas o enrolado da obra chatei. Esse livro é bom para estudar os significados por trás e entender de forma bem clara a estética da forma do Modernismo, apesar da contradição do autor quanto a isso, e só.
As artimanhas do Macunaíma são até que engraçadas em parte, o que choca é o inusitado. Acho que é uma grande obra o filme retirado do livro, é como uma espécie de Laranja Mecânica brasileira que retrata uma realidade que a gente não quer viver, mas, de certa forma descreve o brasileiro em parte.