O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Henrique 16/07/2015

resenha completa:
https://www.youtube.com/watch?v=BXveZlqvtPA

não deixem de assistir! e o mais importante: não deixem de LER ;)
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Magasoares 05/01/2018

A decadência de uma família.
Já sei porque William Faulkner ganhou o Nobel da Literatura, sim eu sei... E gostei :)
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Dom Ramirez 08/05/2015

Sonoro e furioso, de fato
Ao ser questionado sobre qual conselho daria aos críticos que diziam não entender seus livros mesmo após lê-los duas ou até três vezes, o Nobel de literatura William Faulkner respondeu: “Sugiro que leiam quatro vezes.”
Não há dúvida de que, ao citar tais críticos, a entrevistadora se referia ao seu livro mais complexo e importante: O Som e a Fúria. O título é retirado de uma frase famosa da peça Macbeth, de Shakespeare, em que se diz que a vida é “uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não significa nada.” E, de fato, a narração da saga da família Compson começa a ser descrita pelo idiota Benjy, o narrador do primeiro capítulo.
Ao ler a história da degradação dos Compson, o leitor deve estar preparado para sentir em paralelo uma degradação de sua capacidade intelectual: durante os dois primeiros dos quatro capítulos que compõem o livro, o leitor acompanha a história do ponto de vista de um retardado mental mudo e um homem desesperado prestes a se suicidar, e o desespero da narrativa, seu som e sua fúria, emanam das páginas com tamanha caudalosidade que quase não é possível acompanhar a história.
O terceiro capítulo, narrado pelo sádico e inescrupuloso Jason, oferece ao leitor uma narrativa mais convencional, mas ao mesmo tempo o desconforto permanece através do confronto com o cinismo demasiadamente humano da personagem.
O derradeiro capítulo é narrado por uma voz onisciente focada na personagem Dilsey, a empregada negra dos Compson. Em seu encerramento sublime, Faulkner subverte a noção de apoteose e apresenta o clímax do livro através do único momento de tranquilidade do retardado Benjy.
O próprio autor disse que este foi o trabalho que mais sofrimento e angústia lhe causou, como a mãe que tem mais amor pelo filho que se tornou ladrão ou assassino do que por aquele que se tornou sacerdote. Complexo demais, furioso demais, sonoro demais, O Som e a Fúria deve ser abordado da mesma maneira que seu autor sugeriu que se abordasse o Ulisses de Joyce: com fé. Fé na arte, fé na humanidade. Os incautos podem não resistir à violência do jorro verborrágico das primeiras páginas, mas a recompensa é sublime.
Poucas vezes a literatura alcançou um estado tão elevado, e, enquanto a leitura deste livro pode ser incrivelmente difícil, é fácil demais entender porque este é considerado um dos maiores clássicos do século XX.
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Gabriela Dunham 26/01/2018

Em "O Som e a Fúria" acompanhamos a decadência - em diversos níveis e formas - da família Compson, em quatro capítulos + uma espécie de posfácio. Os três primeiros capítulos são narrados pelos irmãos Benjy, Quentin e Jason e há um ponto de interseção marcante em suas narrativas: a irmã Caddy. É interessante e quase irônico que a personagem que tantas vezes dita o rumo da história seja a única dos irmãos a não ter voz, a não ter qualquer chance de apresentar a sua versão dos fatos e seu ponto de vista. A falta dela, inclusive, faz com alguns pontos levantados sejam apenas isso; não há uma explicação posterior. Acredito que Faulkner optou por suprimir essa narradora para dar ao leitor a chance de construir a personagem em sua mente e de preencher por conta própria as lacunas deixadas pela sua ausência. Porém é possível fazer uma crítica à situação feminina no período em que a história se passa (final do século XIX - início do século XX) e entender a falta de voz à Caddy como um símbolo do silenciamento e da falta de escolha que permeava a vida das mulheres naquele período. Especialmente dentro de uma família tradicional sulista, que ainda parecia perdida dentro de um mundo pós Guerra de Secessão.
A narrativa de Faulkner inicia-se extremamente confusa, mas segue numa crescente; cada capítulo parece mais fácil e entendível que o anterior - e o posfácio no qual o próprio autor assume a narrativa fecha algumas pontas soltas deixadas no decorrer do livro. Porém acho que o capítulo mais importante é mesmo o mais confuso e difícil, ou seja, o primeiro. Ele é narrado por Benjy, o terceiro filho e aquele que possui problemas cognitivos. Sua narração é feita toda em fluxo de consciência, alternando eventos passados e futuros, trechos de conversas atuais, memórias e um pouco da forma como ele percebe o mundo em geral. Nessas idas e vindas ficamos sabendo de eventos que vão desde a infância daqueles irmãos até o dia 07/04/1928, dia em que Benjy faz 33 anos e antecessor a um dia particularmente importante para aquela família. Os demais capítulos - embora o segundo, narrado por Quentin, também contenha muitas lembranças e fluxos de consciência - possuem uma limitação temporal muito maior, por isso considero que o primeiro é o capítulo mais completo; é ele que nos narra toda a história dos Compson e os outros apenas o complementam.
Isso se torna ainda mais claro quando lemos na orelha do livro a citação de Macbeth, na qual a vida é "uma história cheia de som e fúria, contada por um idiota e que não significa nada". Benjy é visto - e chamado, algumas vezes - como o idiota da família, presencia fatos importantes apenas porque as pessoas sabem que ele não terá como conta-los depois, já que se expressa, basicamente, através de gritos (som e fúria, rs). Mas nós leitores podemos entrar na mente dele e - tentar - ver o mundo com seus olhos. Ao chegarmos ao final temos mesmo essa sensação de que foi Benjy - mais do que todos - quem nos contou essa história, a qual, não mostra início-meio-fim de cada personagem como estamos acostumados, não nos dá grandes lições de moral e, talvez, como disse Macbeth, não signifique nada, por ser só "mais uma história" de uma família com problemas, como tantas. Ou talvez signifique muito, mais uma vez Faulkner deixa isso à cargo de quem lê!
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Leo 06/04/2015

Um enredo sem linha de rumo preciso navega num tempo sem definição, ondeando entre memórias e prenúncios, desprezando a linearidade, a lógica. Como se ao longo da rota 66, como se caminhando descalço sobre o alcatrão das estradas do Iowa, como se sem destino nem rumo certo...

Respira-se o desprezo pelo concreto, a recusa do próprio tempo. O simbolismo, intenso e sempre presente, enreda-se permanentemente numa linguagem barroca, de formas por vezes sublimes, mas nunca frívolas.

Jogos de palavras, simples prazer da escrita e da leitura. Um grito coletivo de revolta: uma família apodrecida pela América da falsa prosperidade, rodeada de negros acorrentados à humilhação de ter nascido. Personagens enlouquecidas, devassas, horríveis, infelizes, perdidas num vazio de humanidade.

E a Dilsey… a criada negra desgraçada e feliz… normal.

Benjy é louco, Jason alucinado, Quentin lunático, e... um bando de negros.

Faulkner constrói assim um quadro quase sem nexo, quase sem sentido, como a vida. Quando chegamos ao fim as estórias ganham, finalmente, forma e sentido. Mas nessa altura fica na nossa mente a frustração de não haver mais páginas… como se todos os Compsons tivessem morrido de súbito. Apetece então voltar ao início… como na vida: uma circunferência que nunca se fecha e assim se transforma em espiral… perpetuamente… sem tempo…

Sem dúvida (pelo menos na minha opinião), um dos melhores livros de toda a história da literatura mundial.

Para ler e reler...
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Solange.Campos 02/04/2018

Um desafio literário
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Vinícius 11/04/2018

Dificílimo
O Som e a Fúria foi o livro mais difícil que já li. Recomendo aos futuros leitores que deem uma pesquisada sobre a obra, sobre como ela é construída e dividida pra que possam ler de uma maneira mais inteligível. Os dois primeiros capítulos são muito complicados, mas ao terminar a obra e entender a razão disso, deparamo-nos com um feito magistral, de uma inteligência fantástica. Recomendo a leitura da resenha da Leila de Carvalho na Amazon também, além da explicação de Munira Mutran no programa Literatura Fundamental, que pode ser encontrada no YouTube.
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Tuhã 12/04/2018

Decadência pura e bela
Esse é um daqueles livros impossíveis de não se envolver. A trama é jogada na cara do leitor logo no início, pelo personagem louco Benjamin. Tempo, espaço, ações e personagens se confundem nesse emaranhado narrativo, mas nada impossível de se acompanhar também, apenas exige um pouquinho a mais de esforço.

Todos os personagens são complexos, a trama é instigante - apesar de simples - e a construção narrativa descontínua e confusa só contribui para deixar tudo mais intrigante. Provavelmente O som e a fúria será o maior e melhor quebra-cabeça que você irá montar em sua vida. Livrão imperdível para qualquer amante de uma boa literatura.

OBS: as descobertas sobre a trama e o desenvolvimento dos personagens é essencial na leitura de O som e a fúria, ver/ler resenhas carregadas de spoilers sobre o enredo podem diminuir e muito a experiência de lê-lo.
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Raquel.Faria 26/04/2018

O Som e a Fúria
Que livro incrível! 4 vozes, 4 fluxos de consciência diferentes. Uma delas de um deficiente mental. Reunidos para contar, à sua versão, a tragédia familiar da decadente família Compson. Ambientada no sul dos Estados Unidos, entre 1915 a 1926, esta obra tem muito mais a nos falar do que escravidão, incesto, filhos bastardos, disputa por heranças e poder. Faulkner conseguiu, com maestria, quebrar o tempo e nos deixou uma obra atemporal e fabulosa. Difícil atrevimento em querer descrevê-lo. Se puder, leia.

site: https://trazumcappuccino.wordpress.com/2018/04/17/resenha-o-som-e-a-furia/
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Filipe 27/04/2018

Desafiador
Ainda que seja um livro complicado de se atravessar, Faulkner tece uma história onde muito do que não é dito é o que mais tem a dizer. As quatro vozes em conjunto compõem a narrativa não linear, que avança e retrocede no tempo em um período de 18 anos. O autor dá o enigma e todas as pistas, fazendo com que o leitor adentre em um imaginário cheio de peripécias linguísticas e saltos temporais para resolver o quebra-cabeças. Detalhe para o primeiro capítulo, onde o autor narra a história sob o ponto de vista de um deficiente mental. Genial é pouco.
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Perolitzzz 15/05/2018

Que Livro Incrível!
A leitura desse clássico foi uma experiência bem particular; acho que nunca havia lido algo assim antes. É sério.

O primeiro capítulo é o desafio maior. Li a primeira vez com uma atenção detalhista quase neurótica mas, foi qdo o reli com a mesma fluidez do fluxo da Narrativa, bem solta e sem procurar sentido, é q a história começou a tomar forma.

Depois do 2° capítulo, a trama foi ganhando corpo pq todos os fragmentos desconexos de informações começaram a se encaixar uns nos outros capítulo após capítulo.

Sem querer dar Spoiler mas... pros estudantes de Psicologia e interessados por Psicanálise, esse livro (eu acho) mostra num dos personagens o perfeito espectro da "Perversão" no sentido freudiano da palavra. Pra ter mais certeza, só numa releitura.

Resumindo: fui arrebatada por essa obra.
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marcelo.batista.1428 26/05/2018

Segundo livro em seguido que quando chego ao final vem a vontade de voltar ao início e tentar ligar pontos que ficaram soltos. Na minha edição há um apêndice do tradutor: "... o leitor só recebe as informações necessárias para compreender boa parte do que lhe é apresentado bem depois das passagens que elas finalmente esclarecem, ..."; portanto, acho que não foi só comigo rs. Gostei bastante da parte em que o narrador é Benjy, uma personagem com retardo mental, é sempre bom enxergar com olhos diferentes.
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joaopaulo.gurgeldemedeiros 14/02/2015

E se deu o milagre de Shakespeare na paixão de Cristo!
Livro espetacular! Marcado por uma técnica estonteante de escrita, Faulkner se utiliza da maestria da compreensão profunda da verdade dentro de suas personagens com estórias que se entrelaçam num livro que exige do interlocutor um tom ativo. Obra que deixa em deleite quem aprecia a arte no aspecto da forma, da estética, e compreende que a Literatura é a arte de representar vivências e de se entender os aspectos da verdade de um ponto de vista mais aproximado.
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