Barulhos

Barulhos Ferreira Gullar




Resenhas - Barulhos


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Basilcalado 26/04/2024

Muito lindo mesmo. amo quando estou lendo (principalmente poesia) e fico arrepiada de verdade enquanto leio.
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Leila 30/07/2022

Ferreira Gullar sendo Ferreira Gullar
O melhor da poesia de Ferreira Gullar está neste livro... Bem curto, didático e simples, torna-se uma leitura fácil...
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Arruda 26/07/2022

Barulhos do poema
Esse livro segue um caminho diferente do anterior que li do autor. Aqui as palavras e modo com que a poesia é escrita, deixa a obra mais impactante.
O que mais me agradou nessa leitura é a forma com que Gullar trata dos assuntos, uma maneira diferenciada da maioria das coisas que li. Trata dos enredos de uma maneira "bruta" e muito agradável !
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Salino 20/07/2022

Poesias Peculiares
Decerto é a primeiro vez que leio Gullar e, apesar de seu estilo neoconcretisra destoante da maioria, confesso que gostei de muitas poesias dentro dessa obra. Como o próprio autor diz, é preciso ler com calma, em minúcias; vale a pena!
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Sancha 03/08/2021

De dentro para fora
Os poemas são bem estruturados, focados em experiências, que vão desde o corpo do outro e de si próprio, mas não consegui me conectar com nenhum deles.
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Juliana 04/06/2021

Silenciando os barulhos externos, para ouvir os nossos gritos internos.
Esta é a primeira obra do autor que tenho contato, fora de livros didáticos. Lembro que desde criança, sua poesia trazia uma sensação diferente, que na minha inocência eu não era capaz de nomear. Acredito que ainda não sou. De cara, na contracapa o autor pede: ¨Por favor, leia devagar¨. E nesse necro-capitalismo que vivemos, onde tombam 2000 mil pessoas por dia, onde o governo finge que vai fazer alguma coisa, onde temos que ser produtivos, mesmo querendo largar tudo e chorar num canto, esse pedido é um abraço apertado, um convite a sentir que em algum lugar do tempo alguém já viveu a dor desse Brasil verde-amarelo de estampa camuflada.
Ficou pra mim a amorosa lição: quanto maiores forem as sombras do tempo, mais a poesia se faz necessária! A arte nos sacudirá! Coisa fina, obra de gênio.
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Solitto 26/01/2021

Os poemas de Ferreira Gullar tem uma espécie de dualidade para quem os lê. A delicadeza de sua escrita é o complemento perfeito para a densidade de seus temas.
Em 'Barulhos' o que mais se ouve é o som perturbador de silêncios intermináveis. O silêncio do abandono, o silêncio do tentar compreender o mundo e a si mesmo, o silêncio de um futuro incerto.
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Fabio Shiva 26/07/2018

"poema podre"
Esta é a segunda obra que leio do grande Ferreira Gullar, em seguida à sua impactante “A Luta Corporal”. Aqui encontrei o Poeta mais comedido e circunspecto, bem diverso do selvagem lutador de MMA, com sua poesia jiujiteira que nos agarra pela gola e já parte para um mata leão. É que mais de trinta anos separam “Barulhos” de “A Luta Corporal”. Lá estava o inflamado poeta concretista, no auge de sua juventude, e aqui temos o poeta maduro, depois de ter passado por inúmeros caminhos poéticos (inclusive a literatura de cordel).

Em “Barulhos”, encontramos um Gullar muito sensibilizado pela questão da morte, tanto a própria quanto a dos amigos, que são lembrados em várias e tocantes elegias. A preocupação com a mortalidade está presente da mesma forma no instigante conceito do “poema podre”, da poesia que se apresenta como uma fruta apodrecendo. E também, em um vislumbre que considerei diametralmente oposto, na conversa que o poeta estabelece com os amigos mortos, percebendo na Poesia a possibilidade de perceber uma continuidade para a existência após a morte física (coisa que o marxista Gullar não pode admitir).

Ainda assim, há algo de indelével e marcante tanto no jovem e furioso poeta de “A Luta Corporal” quanto no reflexivo e por vezes tristonho senhor de “Barulhos”, que falam de uma linda e inspiradora caminhada de vida, onde a Poesia é sempre guia e fiel companheira de viagem.

Amei todos os poemas deste livro, mas destaco “O Lampejo” como belíssimo exemplo da verve deste que é um dos maiores Bardos de nossa terra. Viva Ferreira Gullar! Viva a Poesia!

“O LAMPEJO

O poema não voa de asa-delta
não mora na Barra
não freqüenta o Maksoud.
Pra falar a verdade, o poema não voa:
anda a pé
e acaba de ser expulso da fazenda Itupu
pela polícia.

Come mal dorme mal cheira a suor,
parece demais com o povo:
é assaltante?
é posseiro?
é vagabundo?
frequentemente o detêm para averiguações
às vezes o espancam
às vezes o matam
às vezes o resgatam
da merda
por um dia
e o fazem sorrir diante das câmeras da TV
de banho tomado.

O poema se vende
se corrompe
confia no governo
desconfia
de repente se zanga
e quebra trezentos ônibus nas ruas de Salvador.

O poema é confuso
mas tem o rosto da história brasileira:
tisnado de sol
cavado de aflições
e no fundo do olhar, no mais fundo,
detrás de todo o amargor,
guarda um lampejo –
um diamante
duro como um homem
e é isso que obriga o exército a se manter de prontidão.”

Roda Viva com Ferreira Gullar:
https://youtu.be/JOZIS-_Pwxo


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