z..... 28/11/2016
O livro reúne as histórias de Simbad, contadas por Sherazarde entre as noites 70 e 90 do famoso 1001 noites. Em linhas gerais, o marujo relata a um humilde carregador (Himbad) suas aventuras, realizadas em sete viagens, ressaltando que sua riqueza foi fruto de conquistas e perrengues. A oportunidade se criou quando o carregador se lamentava diante da vida (e diante da casa de Simbad) pela fortuna de uns e insucesso de outros.
Fiquei frustrado com as histórias. Não tem heroísmo como as da Odisséia e nem pretensões jornalísticas (ainda que surreais) como os relatos de Marco Polo. Tudo tem caráter onírico, tentando despertar a atenção, espanto e curiosidade. Assim, toma-te narrativas sem pé nem cabeça para espanto e conquista!
O Simbad, ao contrário do que imaginava, passa por essas situações contando com a sorte para depois relatar. Todas as aventuras tem em comum um naufrágio e o marinheiro não é um herói que se impõe nas adversidades.
A narrativa que me pareceu mais inusitada foi a da quarta aventura, onde o marujo mostra caráter anti-heroico. Essa passagem fala de uma ilha de antropófagos e depois de um povo que tinha costume de enterrar os conjuges juntos se algum morresse. Simbad teve esse destino e sobreviveu de maneira um tanto covarde. Só lendo...
Não gostei e nem me diverti como pensava.