Clio0 14/06/2021
Um dos primeiros livros do universo expandido de Star Wars, feito na época em que o título ainda podia ser traduzido como Guerra nas Estrelas, antes da segunda (episódios 1 a 3) e da terceira (episódios 7 a 9) trilogia.
Ao ler esse volume fica óbvio de onde veio a inspiração para O Despertar da Força, mas infelizmente, os filmes tomaram outra guinada. Se tivessem continuado por essa via, provavelmente teriam produzido algo mais bem feito.
Não que a trilogia Thrawn de Timothy Zhan seja um primor de originalidade e escrita. De fato, ela é uma sequência direta dos filmes originais e, portanto, mantém o clima e a abordagem que conquistou fãs do mundo inteiro.
A história é simples: algum tempo após a derrota de Lorde Vader e do imperador Palpatine, a Nova República começa a reunir os planetas aliados, reconstruindo o aparato burocrático e as rotas comerciais. Porém, os remanescentes do Império, liderados pelo Grande Almirante Thrawn - um dos poucos alienígenas alçados para altos cargos pelo imperador - ressurge para impedir esses planos.
Thrawn difere da maioria dos vilões desse universo por ser um estrategista. Não sendo usuário da Força, é um personagem que a vê como um instrumento, não como uma doutrina.
Han, Leia, Luke, Lando e todos os outros estão presentes. Suas narrativas lembram muito O Império Contra-Ataca, com seus contrabandistas, traições, politicagem e reviravoltas.
O estilo de escrita de Zahn é suave, quase minimalista, semelhante a um roteiro de filme. É uma boa aventura, só que se apoia firmemente nos fãs mais antigos - um neófito talvez não consiga acompanhar a história.