Suelen Mattos 09/08/2013
Eita homem chato...
Devo dizer que a maior complicação da história era o próprio Lucas. Eita homem teimoso, cabeça-dura, orgulhoso, arrogante, prepotente e egoísta. O cara foi um cachorro com a pobre da Aislinn. Culpava a mulher por ela ser branca, rica e loira de olhos azuis. E depois queria reclamar que os brancos tinham preconceitos com índios. Isso porque Lucas era só meio índio. Seu pai era branco, fato que ele convenientemente gostava de ignorar. O homem era lindo. Sério, do tipo corpão, que benza Deus, mas ele tinha uma personalidade tão irritante que o fato de ser TDB não serviu para fazer com que eu me simpatizasse com ele não. Ok, o Lucas tinha um passado terrível, sofrido, cheio de descriminações, mas isso não era desculpa para tratar a mocinha (que nada tinha a ver com isso) da forma como tratou. E ela já tinha sua própria quota de infelicidade na vida. Mas você a via reclamar e culpar o universo inteiro pelos seus problemas? Claro que não! Eu acho que Aislinn se apaixonou de graça por ele. Sério mesmo, não havia nada ali para amar, baseado na forma como ele a tratava. Lucas era deliberadamente cruel, maltratando, humilhando e algumas vezes a machucando fisicamente. Maldita síndrome de Estocolmo!
Cheguei a estacionar no capítulo 3, mas de alguma forma eu precisava terminar a leitura. Então ontem peguei o livro e retomei a leitura. E não foi que depois dessa paradinha ela fluiu mais? Li direto, conseguindo chegar ao final. Claro, Lucas continuou me irritando. Quando pensava que a coisa melhoraria, lá vinha ele com seu ataque de "mim índio, você branca, mim manda, você obedece". Nossa, que ele já estava me tirando do sério. Acrescente a isso a falta de atitude da mocinha e podem imaginar meu desespero. Eu queria que Aislinn batesse mais o pé e que não cedesse tão fácil. Claro, ela fez isso (tentou se impor) algumas vezes, mas seu amor por ele a impedia de fazer qualquer coisa mais drástica. Como eu falei, Lucas era muito egoísta. Pensava só nele, no que ele queria, no que era melhor para ele. Não pensava muito nela. Muitas coisas Aislinn teve que fazer sozinha, porque o (cof...cof...jumento...cof...cof...) homem era orgulhoso demais para dar o braço a torcer.
Nunca havia lido nada da Sandra Brown e não posso dizer que tenha começado com o pé direito não. Só não me desencantei com ela por causa do casal secundário da história. Alguém capaz de fazer um mocinho tão fofo como o bom doutor deve ter outras histórias melhores. Não é que esse tenha sido um livro ruim. É só que poderia ter sido melhor. Lucas permanece com toda a quela arrogância até a última página, com sua última declaração. Isso não seria um problema pra mim, se ele não estivesse "me devendo" desde o começo da história, rs... Uma pena, pois estava doida pra ler esse livro. Estava quase dando 3 (mais para 3,5) estrelinhas, mas não teve jeito. Ao terminar a leitura, acabei dando só 2 mesmo.
Como eu disse, não é que seja um livro ruim. É só que eu esperava mais dele. O fato de mostrar muito pouco o ponto de vista do Lucas também contribuiu para a minha impressão negativa. Se ele a amava, era difícil saber, pois o homem era tão sensível quanto um iceberg. Talvez se seu ponto de vista fosse mais explorado, eu poderia entender melhor o que se passava naquele cabeção. Mas não deixe que minhas palavras te desanimem. O livro tem uma ótima cotação no Skoob e uma bem acima da média no Goodreads, mesmo as opiniões sobre ele serem tão divergentes. Teve quem amou, quem odiou e quem achou uma leitura normal, mediana. Apesar das minhas 2 estrelinhas, não digo que odiei o livro. Foi... interessante. Mas já li melhores. Uma pena mesmo!
site: http://su-romanticgirl.blogspot.com.br/2013/08/sandra-brown-em-nome-da-honra.html