Inquisição

Inquisição Toby Green




Resenhas - Inquisição: O Reinado do Medo


12 encontrados | exibindo 1 a 12


Leandro. 13/05/2024

Santa Inquisição Católica - o reino do terror.
Neste livro há uma abundância de fatos, detalha com amplitude a cobertura dos eventos deste tenebroso período histórico, descreve muitos acontecimentos interessantes e pouco conhecidos da Inquisição.

Uma verdadeira máquina de supressão do pensamento livre, do horror, da vigilância total, da tortura impiedosa, a Santa Inquisição Católica era verdadeiramente um triturador de ossos.

Contra quem e contra o que os inquisidores lutaram? Com base em que princípio foi construída sua organização complexa e ramificada?
Como a Inquisição conseguiu resistir por tanto tempo?

Toby Green fala sobre isso em seu livro.
comentários(0)comente



João 20/03/2022

A inquisição foi um dos períodos mais vergonhosos da história da humanidade, mas que não é muito lembrada.
Esse livro foca mais na inquisição moderna, concentrada em Portugal e Espanha, que durou do século XV ao XIX.
Com a justificativa de purificar, excluir todas heresias da sociedade e ficar mais próximos de Deus, a inquisição julgou, torturou cruelmente e amedrontou toda uma população, que começou a viver em total paranóia. Críticas à igreja, falas sobre Deus que poderiam ser mais ríspidas, ser judeu, convertido, ter descendência árabe, tudo isso era motivo para ser investigado pela inquisição.
As pessoas eram denunciadas por vizinhos, parentes e até seus cônjuges. Muitas vezes essas denúncias eram feitas com má fé, apenas por maldade ou inveja.
A inquisição mal investigava os denunciados, a palavra dos acusadores quase sempre eram aceitas como verdade. Os prisioneiros passavam por torturas terríveis, chegando muitas vezes ao limite que o corpo humano pode suportar, tudo isso para confessar suas supostas heresias. Muitas pessoas também foram queimadas vivas em autos de fé com milhares de pessoas assistindo.
Não foi nenhuma surpresa descobrir durante a leitura, que na verdade os objetivos religiosos eram uma grande fachada. Os inquisidores e os líderes da época usavam a inquisição para obter benefícios políticos, financeiros e sexuais.
Estudando certos períodos da humanidade, cada vez perco mais as esperanças. Será que as pessoas mudaram tanto assim, desde aquela época? Fica a reflexão...
comentários(0)comente



Sebo Gato Bibliotecário 09/12/2020

Poder e religião não devem andar juntas
O autor é um historiador e reúne histórias, documentos, relatos, sobre a inquisição espanhola e portuguesa. Diferentemente da inquisição europeia que aconteceu no final da idade média, a inquisição da península ibérica, durou mais tempo, aproximadamente quinhentos anos e tinha envolvimento político (corrupto) entre os inquisitores. Judeus, mouros, mulçumanos e convertidos eram as principais vítimas de preconceito por parte dos cristãos, a inveja, e o desentendimento familiar também levaram muita pessoas inocentes para a fogueira entre outros absurdos. Sob tortura, muitas pessoas denunciavam família e amigos, com medo da dor, também diziam falsas confissões. Suicídio eram cometidos, crianças eram encarcerados. Após Martín Lutero publicar as suas 95 teses, os luteranos e protestantes ingleses também foram alvos da inquisição espanhola. Obviamente, depois de muito tempo vivendo no medo, aconteceram algumas rebeliões contra os abusos de poder dos inquisidores, como aconteceu em Amsterdã, na Holanda. A inquisição também se expandiu para as colônias espanholas na América, e a portuguesa, foi até a Africa, Índia e outros países orientais. No Brasil, começou tardiamente, não teve muita força, e não vingou. No México, muitos espanhóis se refugiaram mas logo foram presos, torturados e queimados, pelos inquisidores vindos da Espanha. Mouros fizeram grandes resistências contra a inquisição e mesmo assim foram expulsos da Espanha. Escândalos sexuais também envolviam os religiosos, entre freiras, beatas, padres e inquisidores nos exorcismos. Com o surgimento da maçonaria, maçons também foram perseguidos. Excesso de poder e corrupção enfraqueceu a própria inquisição. Em Portugal, Marques de Pombal, derrubou a instituição. Livros foram censurados e queimados, a escravidão foi ignorada. Foi declarada guerra contra o iluminismo. As monarquias portuguesas e espanholas perdem força contra napoleão. Esse livro divido em 14 capítulos, mostra bem a realidade quando o poder faz com o ser humano, como disse Abraham Lincoln: "Se quiser conhecer um homem, dê o poder a ele".
comentários(0)comente



Jeferson Souza 20/05/2020

Leitura muito esclarecedora.
Leitura indicada para quem gosta de história e tem a curiosidade de entender como foi a Inquisição na Península Ibérica.
Através de uma pesquisa muito detalhada, o autor explica essa Instituição Medieval, desde sua criação, relatando sua sua expansão e decadência.
comentários(0)comente



Adriana 31/01/2017

Um livro para ser degustado....
É um livro denso, rico em informações que passa ao leitor a realidade do que foi a inquisição ibérica (não a medieval), quanto tempo durou, qual seu objetivo e qual foi o impacto desastroso na vida de pessoas, principalmente em países como Espanha e Portugal e suas colônias, lugares onde ela conseguiu ser mais ativa. Através da inserção de relatos e testemunhos, Toby Green consegue mostrar como a intolerância religiosa e o medo imposto foram utilizados como ferramentas para acobertar armações políticas, financeiras e sociais, além de egos exacerbados, pessoas pervertidas e pessoas simplesmente más.

Desde as fases iniciais na Espanha (1478) e em Portugal (1536) até o seu declínio no início do século XVIII, o livro retrata as várias faces da inquisição ibérica tais como o terror, a crueldade, os julgamentos despóticos, as torturas, o abuso sexual, a delação, a intriga, a censura de livros e a perseguição a mouros, judeus, hindus, huguenotes, luteranos, cristãos novos e posteriormente cristãos, francos-maçons, supostas bruxas, bígamos, padres pervertidos, marinheiros sodomitas e homossexuais. Além disso, houve o enriquecimento católico através de falsas acusações que justificavam o confisco de bens das pessoas consideradas hereges e uma tentativa frustrada de impor uma hegemonia monolítica espanhola através dos reis católicos.

Foram quatro anos de pesquisa, entre os quais o autor vasculhou documentos, relatos e testemunhos que fazem parte dos arquivos secretos do Vaticano, do arquivo Geral das Índias, do arquivo Histórico Nacional de Madri, das bibliotecas Britânicas, da biblioteca da Ajuda em Lisboa e do Museu do Prado.

O livro não é fácil de ler devido às inúmeras inserções de relatos, não há conexões entre as histórias, a não ser que foram coletadas pela inquisição ibérica em julgamentos e torturas. Mas são exatamente essas inserções que torna a obra deliciosamente interessante e realista. O autor nos mostrar um época sombria, e nos leva a pensar como ainda somos suscetíveis à intolerância religiosa e aos seus danos. O perigo ainda existe dessa intolerância se transformar em base para justificar extermínio de credos, países, culturas ou qualquer coisa que seja considerada diferente.

site: http://aberibeiro.wixsite.com/abear/single-post/2017/02/02/Inquisi%C3%A7%C3%A3o-o-reinado-do-medo---Toby-Green
comentários(0)comente



Alexandre663 12/12/2016

Ótimo trabalho de pesquisa
O livro nos mostra de maneira realista as inquisições espanhola e portuguesa . O autor durante anos se dedicou a intenso trabalho de pesquisa em vários arquivos inquisicionais em museus e bibliotecas nos respectivos países e mais alguns. Essa obra de história nos revela como a inquisição nos países Ibéricos realmente não causou tantas mortes (diferente das inquisições medievais ) quanto muitos acreditam e estava longe de ser uma " instituição de defesa da fé cristã " , mas sim tinha um caráter político e de extrema intolerância contra o outras religiões e costumes . A medida que a inquisição ia aumentando sua rigidez , censurando o conhecimento (milhares de livros censurados ) a intelectualidade ia diminuindo . E como se não fosse o bastante a inquisição ser o que era ainda existiam "funcionários " corruptos , pervertidos abusadores etc. Inquisidores , padres pessoas que tinham alguma posição teológica superior a população se aproveitavam de casos de histeria e paranóia dos(as) fiéis , ocasiões que mais se assemelhavam a um sadomasoquismo mental e físico muitas vezes causado pela repressão física e mental da coroa e da igreja . O livro relata um caso mais bizarro que o outro ( muitos envolvendo padres/inquisidores) . Depois de ler fico em dúvida se esse regime era mais burro ou maldoso , obrigavam Judeus a se converterem e depois os acusavam de " judaizar" e os torturavam brutalmente até conseguirem confissões . Enfim , esse livro é um ótimo trabalho de pesquisa histórica sobre mais um período violento da civilização . Sem dúvida eu indico esse livro :-D.
Obs: Os revisionistas das inquisições são quase tão burros (ou FDPs ) quanto os do comunismo.

comentários(0)comente



Natalhia 29/08/2016

Abandonei o livro não pela obra em si, mas por reconhecer que a leitura é de certa forma difícil. É com certeza um livro para colecionadores e eu particularmente adoro esse tema. Quando comprei o livro estava totalmente sem tempo de manter uma leitura assídua, e, acredite, são muitas datas e acontecimentos diversos e você precisa estar preparado para acompanhar o raciocínio do autor bem como os relatos. Com certeza pretendo reler o que já fora lido e terminar a obra, mas acredito que é preciso uma entrega da parte do leitor para conseguir aproveitar verdadeiramente seu conteúdo.
Maria.Campos 10/11/2016minha estante
Você está certíssima. Comprei esse livro em 2014. Ele prende muito a atenção mas é preciso uma entrega, uma leitura atenta e dedicada. Não é um livro para se ler um capítulo hoje e só voltar a ler depois de uma semana pois perde-se o chamado "fio da meada". Pretendo dar uma atenção a ele agora.




Uiara 08/07/2015

Um pouco de tudo e de nada
O autor foi ambicioso ao escrever uma obra sobre a Inquisição Ibérica (o nome do livro leva ao equívoco, pois não há uma inquisição somente, a Ibérica é considerada moderna e a do restante da Europa é chamada de medieval, pelo período em que ocorreram) sem fazer nenhum recorte temporal ou geográfico. Ou seja, ele quis fazer a "versão definitiva" sobre o tema, abrangendo Espanha, Portugal e as colônias destes, do século 15 ao 19.

A obra traz muitas referências interessantes para pesquisa, pois ele aborda alguns temas não muito frequentes na historiografia disponível no Brasil, como a ação da inquisição sobre mouros, cristãos velhos e intelectuais. Contudo, não há um detalhamento dos temas: aqui e acolá aparecem personagens ligados a outros, o que acaba deixando a leitura confusa. Ele também se estende muito sobre os séculos 15 e 16, indo e voltando o tempo todo em personagens, locais e acontecimentos diversos, que no fim perdem um pouco de sentido. Ele também não detalha o processo inquisitorial, o que acredito não ser o objetivo da obra.

Apesar de fazer referências a colônias como México, Goa, Brasil, Venezuela, quando aparecem são mínimas. Sobre o Brasil não há praticamente nada.

Também achei ousada a crítica do autor ao fato de pesquisadores sobre o tema se prenderem aos acontecimento de suas regiões, e não fazerem um estudo psicológico sobre as razões da perseguição inquisitorial, como se o fato dele tocar no assunto "psicologia dos inquisidores e da população ibérica no período" o colocasse acima dos demais.

Enfim, pesando os prós e os contras, o livro apresenta informações interessantes.
comentários(0)comente



Denaldi 19/12/2014

Muito bom
O livro trata da inquisição somente na península ibérica, mesmo assim temos uma boa ideia de como foi esse período lamentável da história. Tudo o que aconteceu resume-se em poder. A realeza queria poder e a igreja e seus apoiadores queriam cada vez mais poder às custas de qualquer um e de qualquer modo, nem que para isso perseguisse seus próprios membros. Mostra como o ser humano pode ser repugnante e vil, inventando demônios e massacrando quem quer que seja para satisfazer seu próprio ego.
comentários(0)comente



Lanzellotti 19/03/2014

Triste, mas real!
Um ótimo livro para quem se interessa pelo assunto e por história. O autor descreve com clareza a perseguição da inquisição aos judeus, muçulmanos, luteranos, bruxas, homossexuais e ataca a franco-maçonaria. Demonstra as armações políticas e financeiras da Igreja, o enriquecimento ilícito através do confisco de bens dos seus perseguidos. Narra fatos de prevaricação dos religiosos, abuso de poder, pedofilia, safadeza e perversão. E como o próprio autor menciona "a Inquisição não foi nada menos do que a primeira semente dos governos totalitários e da institucionalização do abuso racial e sexual", mas enfim acabou e nos dias de hoje temos uma declaração do líder da igreja católica Papa Francisco afirmando: "A Igreja deve ser uma casa aberta a todos, e não uma pequena capela focada em doutrina, ortodoxia e em uma agenda limitada de ensinamentos morais", “A religião tem o direito de expressar sua opinião ao servir as pessoas, mas Deus nos fez livres: é impossível interferir espiritualmente na vida das pessoas”.
comentários(0)comente



Mi Hummel 12/05/2013

A Instituição dos paradoxos...
Toby Green traz à baila o tema "Inquisição" analisando aspectos culturais e políticos que contribuíram para o surgimento do Poder Inquisitorial.
Neste exemplar, ele dá ênfase ao movimento na região Ibérica, onde a Inquisição teve sua maior força.

É uma coletânea de dados, relatos e casos que ilustram o crescimento e a duração deste flagelo que levou milhares à tortura, aos cárceres , à humilhação dos sambenitos, à pobreza e, enfim, à morte.

Existe muita coisa que desconhecia. A começar pelo fato de que a Inquisição "criava" inimigos e saía a caça de bodes expiatórios. É interessante observar que a caça as bruxas nos países ibéricos não era tão importante quanto a caça aos criptojudeus e mouros. ( Não vou me estender nesta resenha comentando o que é um ou outro. Recomendo a leitura.)

As reflexões do autor nos levam ao ponto de considerar que a Inquisição contribuiu para o clima que mais tarde assinou a sua destruição.

É assustador observar o quê a Inquisição conseguiu suprimir em séculos de dominação e o quê ela foi capaz de criar.
Hordas de fofoqueiros se revezavam para denunciar até os mínimos costumes de seus vizinhos e amigos. O simples ato de se lavar era visto como um costume judeu e digno de uma séria denúncia. E mesmo os inquisidores mantinham uma conduta imprópria, aproveitando-se do papel de destaque que a Instituição lhe garantia.

Toby Green fez um bom trabalho de reconstrução. Uma verdadeira viagem aos documentos sobre o tema.

comentários(0)comente



Val 04/11/2012

A era do terror
O livro é muito interessante pois narra um fato real ocorrido na história do mundo, que foi a inquisição.Tempo de horror e trevas onde pessoas inocentes eram levadas à fogueira ou eram torturadas até a morte,acusadas de bruxaria ou de conspirar contra a igreja e a realeza.Mas ele se torna cansativo por ficar repetindo certos fatos.
comentários(0)comente



12 encontrados | exibindo 1 a 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR