Fabiano 01/02/2013
Eia! Conspirações à vista!
Como sugere o título dessa resenha, esta traduz o livro completamente. Com enredo histórico fascinante e conspiratório, você se depara com a vida do personagem principal, Simone Simonini, e com ele acompanha sua história, agora revivida através de lembranças imortalizadas em seu diário.
Umberto Eco desenvolve uma trama complexa, impiedosa e poderosa crítica feita a tudo e a todos, nada passa despercebido aos olhos de Simone Simonini (personagem principal).
Simone Simonini relata os seus feitios durante sua vida em participações conspiratórias, sendo o foco principal à conspiração judaica, como sugere o título do livro. É uma perseguição quase insana sobre o povo judaico, que a tudo o que ocorreu em fatos históricos se deve aos judeus. Os fatos histórico, para exemplificar sem cometer um spoiler, Umberto Eco retrata a revolução francesa entre outras ocorridas na Europa.
Outro foco que o autor expõe abertamente são as religiões, críticas é que não faltaram, e sempre por assim dizer envolvendo a igreja católica, sendo vista por um olhar inescrupuloso, mas como disse anteriormente, nada é afável aos olhos do personagem principal e a crítica severa estará presente em toda a obra e a outras religiões.
O final é surpreendente pelo fato histórico, mas nada grandioso, mas é um final memorável que fará você investigar afinco nos seus livros de história sobre o que o autor retratara na obra.
O interessante no livro para falar engenhoso senão maravilhoso foi a construção de um diário, a dupla personalidade presente desde o início da obra, personagens históricos verídicos e o único personagem inventado é Simone Simonini e uma satanista.
A narrativa da obra é vagarosa e detalhista, e nisso Umberto Eco dá show, assim como a culinária descrita ao longo da história é maravilhosa. A obra exige atenção e concentração para se manter conectado historicamente. Na minha opinião achei o livro um pouco fatídico, mas nada demasiado, é um livro bom, narrativa maravilhosa, personagem cativante, enigmático, crítico... etc. Enfim, é uma obra maravilhosa e conspiratória típica de Umberto Eco desde O Nome da Rosa.